terça-feira, junho 20, 2023

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

 

O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril.

Marta Garção, Cofundadora da Associação Palco e Coordenadora Geral da Peça e da Coordenação, referiu que este espectáculo em formato musical que a Associação Palco da Tua Arte organiza e produz todos os anos foi diferente este ano porque houve uma reviravolta na produção. Deixaram algumas ajudas tecnológicas para fazerem o cenário. Este espectáculo em formato musical contempla mais de 110 pessoas no total, entre eles, a maior parte são jovens e crianças que frequentam as aulas na Associação Palco da Tua Arte. Segundo Marta Garção, esta é a produção maior que fazem, no final do ano com todos os alunos, professores e parceiros artísticos que trabalham com a Associação o ano inteiro. Alguns dos parceiros artísticos são a APPMCDM e o Estúdio 3, ambas com turmas de dança do Professor Telmo, a PerfolieArt com ginástica rítmica e tecidos Verticais e dança vertical, e o Clube Nacional de Ginástica, na Parede, com duas turmas de dança das quais uma delas é da Professora Marta Garção.

A equipa até ao momento fazia os próprios cenários Trabalhavam com cenários pequenos e com o apoio de Led Wall, que consiste numa parede electrónica que passa os conteúdos para iluminar a peça de Teatro. Deixaram de contar com a Led Wall, o apoio tecnológico, das gravações das imagens de sala, de ambiente de praia ou de outros ambientes que ilustrasse ou iluminasse a peça em si. Actualmente contam com o apoio de luzes e de cenários. Esta foi a reviravolta segundo Marta Garção.

A peça foi baseada em dois tons. Num tom real que depois passou a um tom imaginário. No fundo foi uma ajuda à personagem principal protagonizada pela Teresa que na personagem era a Sara que a ajudou a encontrar todas as respostas às questões pessoais que ela tinha. Ela era uma jovem com algumas questões pessoais e alguns traumas dos quais não se lembrava, por isso as atitudes dela eram menos correctas e não ajudava as pessoas à volta. O acesso ao seu sonho, do plano real para o plano do sonho, fez com que ela não se lembrasse de quem era efectivamente, capaz de conseguir voltar ao mundo real e produzir o espectáculo que era o ganha pão daquela família, mãe e filha. As personagens de Teatro perfomizaram várias vezes, várias situações diferentes, tanto no plano real como no plano do sonho, pela mãe da actriz principal, pela memória da actriz que era protagonizado por outra actriz de acesso à memória da menina e com várias personagens do mundo dos sonhos, um capitão, tripulantes, piratas para causar um pouco mais de impacto em relação ao bem e ao mal, isto é os caminhos que se devem percorrer ou não devem percorrer, segundo Marta Garção.


sábado, outubro 23, 2021

E se Astérix e Obélix fossem cowboys?



Nesta quinta-feira, dia 21, foi lançado o álbum n.º 39 da série Astérix. Com uma tiragem de cinco milhões de exemplares, em 17 línguas, continua a ser um sucesso mundial. Astérix e o Grifo é o título desta aventura que se desloca para os confins do Leste Europeu, bem longe do centro do império romano de César. (Aviso: texto contém spoilers.)

Em 1959, o argumentista René Gosciny e o desenhador Albert Uderzo precisavam de tirar da cartola um novo herói para o primeiro número da revista de banda desenhada Pilote. Como é frequente nas boas ideias, não demoraram muito tempo: "Em duas horas ficou tudo resolvido", revelou mais tarde Goscinny, após Uderzo se ter lembrado do cenário da Gália e de inventarem uma aldeia com gauleses muito especiais, rodeada por exércitos romanos que sempre "colaboraram" para os leitores se divertirem à sua custa.

As aventuras de Astérix regressaram ontem com um novo álbum: Astérix e o Grifo. Uma figura mitológica que desperta a cobiça de César, que envia uma expedição aos territórios dos Sármatas que tem a infelicidade de se cruzar com Astérix, Obélix - Ideafix também - e o druida Panoramix. A aldeia dos Sármatas é a oposta da gaulesa, onde as mulheres é que tomam conta da guerra, mas os problemas não diferem muito. Principalmente, quando uma guerreira sármata é raptada pelos romanos e as amazonas têm de a salvar.

Astérix quer ajudar mas, no grande truque desta nova aventura, quando vai beber a poção mágica descobre que o frio congelou o líquido e precisa, além da força de Obélix, de encontrar soluções nada mágicas para combater o destacamento enviado por César até, diz o centurião, "nunca antes um romano se aventurou tanto para Leste". A guarnição romana vai ter a vida dificultada e mesmo com as informações de Feikenius e de Desorientadus (um sósia do escritor Michel Houellebecq), receiam que o mundo esteja para acabar num precipício, numa alegoria os terraplanistas, enervam-se com o distanciamento exigido entre os soldados, que são ameaçados de confinamento se não obedecerem às ordens superiores, noutra alegoria à covid.

Não é por acaso que é grande a paródia aos acontecimentos mais recentes no planeta neste álbum, o quinto de autoria dos sucessores da dupla Goscinny e Uderzo, respetivamente, Jean-Yves Ferry e Didier Conrad. Segundo o argumentista, os factos contemporâneos fazem falta para situar as aventuras de Astérix e os leitores gostam: "Sim, quanto mais não seja porque sem essas referências atuais poderia até parecer que se está a ler um Astérix dos anos 60. É preciso trazê-lo aos nossos dias, isto sem se perder a forma clássica de contar."

Realmente, a cada novo álbum dos sucessores de Goscinny e Uderzo, a réplica fica mais aprimorada e com Astérix e o Grifo evocam-se os melhores tempos das aventuras dos gauleses. O que não implica que Ferri e Conrad não deixem a sua marca, como o primeiro faz questão de afirmar quando se lhe pergunta como foi fazer um novo álbum após a morte recente de Uderzo. Tiveram mais liberdade? "A morte dele entristeceu-nos porque existia uma ligação que se foi fazendo ao longo destes cinco álbuns, no entanto ao nível do trabalho nada mudou porque Uderzo foi-se distanciando e dando-nos liberdade, contentando-se com alguns reparos e nada mais."



E a receita do sucesso de Astérix está toda neste livro, nem se esquecem de trazer os piratas para onde não há mar. Segundo Ferri, todos os "amigos" dos gauleses devem marcar presença em cada livro e desta vez "só aconteceu à última hora porque os piratas vinham a propósito de uma piada que só se tornaria possível com eles". Quanto à ausência da poção mágica nesta aventura, Ferri revela um pouco do segredo que provoca o sucesso contínuo nesta série: "É verdade que seguimos as regras mas, ao fim de tantos livros, é preciso sempre encontrar qualquer coisa que altere a realidade a que o leitor já se acostumou. É o caso da poção mágica que fica congelada e só resta a Astérix inovar-se e deixar de contar com uma força que torna tudo mais fácil, restando-lhe a ajuda de Obélix, cujos efeitos da poção são eternos porque caiu no caldeirão em pequeno.

Quando se diz a Ferri que ao ler Astérix e o Grifo tem-se a sensação de estar com Goscinny e Uderzo ainda. É o vosso desejo ou uma obrigação? "Não é uma obrigação, mas é importante manter o perfil das personagens. Por exemplo, o Goscinny gostava muito de colocar Astérix em países reais, isso era muito dele, depois quando era só Uderzo as coisas mudaram." E desta vez mudam mais ainda porque Ferri e Conrad levam Astérix até bem longe da aldeia gaulesa e basta olhar a capa para se perceber como alteram o paradigma tradicional: Obélix está a tentar tirar Ideaifix de cima de um totem e Astérix está montado num cavalo! É uma homenagem aos westerns que a dupla aprecia, transformando os heróis gauleses numa espécie de cowboys. Ferri explica: Tem a ver com isso. Eu adoro os westerns clássicos dos anos 50 de John Ford, onde há grandes aventuras, passadas em espaços naturais gigantescos e no álbum passa-se um pouco disso porque os sármatas vivem muito longe." Ou seja, é uma espécie de western mas na direção oposta, podendo chamar-lhe um eastern!



Se a distância da Gália aos Sármatas pode ser comparada às do Oeste da América do Norte, há uma grande diferença no cenário, que é a da neve do Leste. Foi mais complicado desenhar? "Esse foi um grande desafio para o Conrad na hora de desenhar. Se usássemos muito um cenário branco de neve, a ação seria menos fácil de perceber e foi preciso encontrar um modo de contornar a falta de cor habitual. Enviei-lhe várias fotos da Mongólia em que se viam florestas, lagos e paisagens bastante diferentes das habituais em Astérix, e ao vê-las Conrad conseguiu fazer o que queríamos sem trair o espírito da geografia."

Conrad dá a sua opinião: "A receita é simples: paisagens magníficas, aventura, ação a cavalo e uma natureza hostil! E explica a influência do cinema: "Quando se fala de um western, pensa-se imediatamente em vastos espaços virgens. É o que salta aos olhos ao ver os velhos filmes de John Ford, em que ficamos obrigatoriamente sem fôlego devido àquelas imagens idílicas. É um verdadeiro desafio para um desenhador como eu e devo honrar esses filmes que devoro desde tenra idade."

Ferri explica que este novo álbum tem como cenário os verdadeiros Sármatas, mas não quis fazer um argumento ao jeito de um historiador: "Era mais como uma Sildávia imaginária e pareceu-me divertido inventar um território, com o seu folclore e as suas crenças." Quanto a este álbum, Ferri responde ainda a várias questões abaixo.



Quando chega a hora de fazer um novo álbum, o maior receio é no início?

Não, o meu medo é mais no fim. Porque quando começo está tudo em aberto e até posso divertir-me, mas conforme a história avança e o álbum começa a aparecer, é preciso afinar o tom geral e essa é a parte mais complicada.

Astérix e o Grifo foi o álbum mais difícil até agora?

Creio que podemos dizer que cada novo álbum é sempre mais difícil, mas as razões serão diferentes. É preciso encontrar em cada livro um equilíbrio e desta vez, como eles foram até muito longe, era complicada a gestão do espaço nas páginas para a descrição da viagem. Por isso, fez-se uma elipse logo ao princípio ou de outra forma precisaríamos de 60 páginas só para essa descrição.

 A ação decorre numa região onde os romanos nunca foram. César oblige?

Tem a ver com razões históricas, porque havia a possibilidade de César ter querido encontrar o grifo, mas creio que é mais uma desculpa para outros interesses. Não é por acaso que um dos personagens vai fazendo prospeção de ouro na região, razão financeira que daria mais cobertura às expedições nesse sentido geográfico do que numa busca pelo grifo. Mas essa era uma história mais complicada!

Os Sármatas já entraram em Astérix e a Transitálica...

É verdade, mas aí era mais numa ótica política. Eram russos que parodiavam os comunistas, desta vez estão como o povo que eram e sem referências à sociedade russa.

Michel Houellebecq não se vai irritar por ser o Desorientadus?

... não sei... pode-se dizer que sim... mas ele tem um bom perfil para o personagem e daí termos imitado. Espero que ele goste, mas até agora não houve reações.

O empoderamento das mulheres Sármatas deve-se ao movimento Me Too?

Sim, com certeza, porque os três gauleses vão para um país onde é tudo é ao contrário. Se bem que a aldeia se pareça com a deles, a sociedade é bem diferente. É uma resposta ao que se vê hoje em dia e o Astérix não pode apenas viver entre mulheres que estão a tratar da casa como era nos primeiros livros. Há um lugar muito forte para as mulheres, mesmo que se mantenham sentimentais e isso vê-se com a paixão de Obélix.

Obélix já se apaixonou em vários livros!

Não sei o que se passa com ele, mas uma coisa é certa, ouço muitas vezes as mulheres dizerem que Obélix é o seu personagem preferido. Não sei se é uma coisa sexual, não percebo.

Num tempo de grande crise editorial, Astérix vende cinco milhões de exemplares. Qual é o segredo?

Um bom argumentista... falando a sério, cada vez que perguntávamos isso a Uderzo, ele respondia que não sabia o segredo e recordava que era o primeiro a surpreender-se desde o início da série. O sucesso foi passando para o segundo livro, para os outros e como os primeiros quinze álbuns eram de grande qualidade, isso fidelizou os leitores.

Qual o livro de Astérix de que gosta mais?

Do período de Goscinny gosto de Asterix Legionário. Do período de Uderzo, que é bastante diferente, prefiro O Grande Fosso. Dos nossos, é sempre o mais recente. Acho que Astérix e o Grifo é bastante diferente e destaca-se do que é habitual.

Já agora, vamos esclarecer os números da correspondência entre vós. A editora diz que trocaram seis milhões de emails durante a produção do álbum. Não fazem mais nada na vida?

Eu gostaria bem de ter trocado esse número gigante de emails, mas essa informação não passa de uma brincadeira da editora. Pelo contrário, diria que somos mais sóbrios, até porque o Conrad tem um método de trabalho muito à americana. A troca de emails acontece mais em partes que colocam dúvidas, como a da neve neste livro, e vamos conversando mais ou menos a cada dez páginas.






sexta-feira, agosto 27, 2021

Consumidores mais protegidos. Proibidas letras pequeninas nos contratos

 



A alteração, aprovada em maio, entra em vigor, mas há um artigo desta lei contra as clausulas abusivas que fica para mais tarde.

A partir desta quarta-feira, estão proibidos contratos com letras pequeninas, pouco espaço entre linhas e palavras e com cláusulas contratuais previamente redigidas para o consumidor, nomeadamente por bancos ou fornecedores de telecomunicações ou água.

A quarta revisão do regime das cláusulas contratuais gerais, de 1985, publicada em maio, com entrada em vigor hoje (dia 25), acrescentou uma nova cláusula: Estão em absoluto proibidas cláusulas que “se encontrem redigidas com um tamanho de letra inferior a 11 ou a 2,5 milímetros, e com um espaçamento entre linhas inferior a 1,15".

O tamanho da letra e espaçamento de linhas juntam-se agora a outras cláusulas proibidas, como alterar regras respeitantes ao ónus da prova (obrigação de provar facto ou afirmação) ou à distribuição do risco.

As novas regras do regime das cláusulas contratuais gerais resultaram de projetos do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e Bloco de Esquerda (BE), apresentados em 2020, e foram aprovadas em abril por maioria, com a abstenção do PS, o CDS a votar contra e votos a favor do PSD, BE, PCP, PAN, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e das duas deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e Cristina Rodrigues (ex-PAN).

O Presidente da República promulgou em 22 de maio esta alteração legislativa.

Artigo contra cláusulas abusivas fica para mais tarde

O artigo 3.º, que determina a criação de um sistema “de controlo e prevenção de cláusulas abusivas” ainda tem de ser regulamentado. À Renascença, o Ministério da Economia diz que o prazo de 60 dias só agora começa a contar.

Ana Sofia Ferreira, jurista da DECO, defende que este sistema é essencial porque garante que uma cláusula proibida por decisão judicial não pode voltar a ser aplicada por ninguém - passa a ser vinculativa de forma universal.

“Este sistema administrativo de controlo e prevenção vem garantir que as cláusulas consideradas proibidas por decisão judicial não são aplicadas por outras entidades. O objetivo é que as entidades cumpram as regras e não recorram a cláusulas abusivas, mas para a verificação das mesmas tem que existir uma fiscalização e denuncia. O objetivo deste sistema administrativo é de que efetivamente a partir do momento em que determinada cláusula é considerada proibida, por decisão judicial, outras entidades não possam fazer uso destas clausulas”, explica.

Não existindo regulamentação, este sistema administrativo de controlo e prevenção não tem ainda aplicação na prática. “Neste caso, estamos dependentes da regulamentação para fazer uma verdadeira apreciação do alcance que terá esta norma. Mas o objetivo é que as cláusulas consideradas proibidas, por decisão judicial, não sejam aplicadas não só pela própria entidade que fazia parte dessa ação, mas também não possam ser usadas por nenhuma outra entidade”, explica a jurista.

Apesar disto, Ana Sofia Ferreira diz que a parte da lei, agora em vigor e que proíbe contratos com letra demasiado pequena em linhas muito juntas, é muito positiva.

“Sempre defendemos que quanto mais claras forem as regras melhor se cumpre o objetivo de uma informação clara e adequada. Portanto, a questão relacionada com o tamanho da letra e o espaçamento é importante para uma leitura adequada e congratulamo-nos com a entrada em vigor deste diploma”.

Portugal acima da média europeia no acesso a notícias online em 2020

 



Portugal ficou, em 2020, acima da média da União Europeia (UE) no acesso a 'sites' de notícias, com 86% dos portugueses a fazerem-no, mas foi um dos países europeus onde menos se viu televisão e vídeos pela internet.

Os dados são do gabinete de estatística da UE - o Eurostat - sobre o entretenimento em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19, e revelam que nesse ano 86% dos portugueses entre os 16 e os 74 anos acederam a 'sites' noticiosos de jornais e revistas, contra uma média de 75% no conjunto da UE.

Já no que toca ao consumo de televisão ou vídeos transmitidos pela internet (em 'streaming', incluindo séries ou filmes), 66% da população portuguesa revelou ter, nos três meses anteriores ao inquérito, recorrido a este tipo de entretenimento, contra uma média de 74% no conjunto da UE.

Em outra forma de entretenimento avaliada, relativa às pessoas que jogaram ou descarregaram jogos 'online' em 2020, a média da UE fixou-se em 34%, com Portugal a superar ligeiramente esta percentagem, nos 38%.

O Eurostat adianta que uma média de 61% dos cidadãos da UE ouviram música ou rádio na internet no ano passado.

Estes resultados têm por base um inquérito realizado sobre as experiências individuais e culturais dos cidadãos inquiridos durante os últimos três meses anteriores ao estudo, sendo que o período de referência varia de país para país por causa dos atrasos que a pandemia causou no trabalho de campo.


Solyd Sailing Team no Cascais SB20 World Championship 2021




O Campeonato do Mundo de SB20 de 2021 irá realizar-se entre os dias 29 de agosto e 3 de setembro, no Clube Naval de Cascais, e reúne mais de 400 velejadores de todo o mundo. A SOLYD SAILING TEAM representa o Clube Naval de Cascais, será liderada por Vasco Serpa, campeão nacional da modalidade, e é candidata ao título mundial este ano.

A promotora imobiliária SOLYD Property Developers acaba de anunciar o seu apoio à equipa do velejador Vasco Serpa, assegurando assim presença no Campeonato Mundial de Vela na classe SB20, organizado pelo Clube Naval de Cascais, entre os dias 29 de agosto e 3 de setembro.

Em representação do clube anfitrião da prova, a SOLYD SAILING TEAM será uma das candidatas favoritas ao título na maior competição internacional da categoria, integrando, para além de Vasco Serpa, os velejadores Joaquim Moreira e Pedro Costa Alemão.

Esta parceria surge da ambição da SOLYD Property Developers em promover Portugal - e Cascais, em particular - enquanto destino de eleição para viver, devido às caraterísticas únicas do nosso país e da proximidade do mar para a promoção do bem-estar e de um estilo de vida mais sustentável.

Sónia Santos, Diretora Comercial da SOLYD, refere a propósito desta parceria que "é para nós um enorme orgulho apoiar uma equipa que é forte candidata a conquistar o título mundial mas, mais do que isso, apoiar uma modalidade em franco crescimento no nosso país e que tem ajudado a captar investimento para Portugal. Sabemos que a nossa costa é única e queremos apoiar e estar perto de quem, como nós, está empenhado em preservar as caraterísticas que nos distinguem de outros países: o nosso mar, a nossa cultura e a nossa ligação tão próxima à natureza."

De acordo com Vasco Serpa, timoneiro da SOLYD SAILING TEAM, "o Campeonato do Mundo de SB20 em Cascais será o culminar de uma época fantástica em que a equipa ganhou várias regatas e se sagrou Campeã Nacional. A parceria com a SOLYD vem num momento crítico e vem fortalecer ainda mais a equipa. Vamos para o Campeonato do Mundo confiantes num bom resultado."

Além do patrocínio à SOLYD SAILING TEAM, a promotora será também um dos patrocinadores do evento no Clube Naval de Cascais. O Cascais SB20 World Championship 2021 trará à nossa costa as melhores tripulações nacionais e internacionais da classe SB20 para disputar, durante 5 dias, uma prova que envolve 100 embarcações e cerca de 400 velejadores de todas as partes do mundo.

A largada da primeira regata está agendada para segunda-feira, dia 30 de agosto, a partir do Clube Naval de Cascais, estando prevista terminar no dia 3 de setembro no mesmo local.




SB20 - uma modalidade em crescimento em Portugal

O SB20 é um barco para três ou quatro tripulantes, que apresenta características muito específicas. Tem uma vela grande, um estai e um spinnaker, além de possuir uma quilha ao invés do patilhão, mas segue o conceito de "one design", ou seja, todos os barcos em competição são iguais, não aceitando modificações no desenho original. Estas linhas fazem desta categoria uma das mais competitivas no mundo da vela, que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos.

Esta classe da vela surgiu em Portugal em 2004, como classe Laser SB3, graças a um conjunto de amigos velejadores, com uma larga experiência em provas nacionais e internacionais. Desejavam um barco que pudesse simultaneamente servir para passear e fazer regatas, com os amigos, dentro das limitações profissionais e familiares. Foi adquirindo um sucesso crescente, até se definir enquanto uma nova modalidade competitiva de vela. É atualmente a classe com mais adeptos na modalidade.


quinta-feira, agosto 26, 2021

Lei de estacionamento e aparcamento de autocaravanas entrou em vigor na quarta-feira




A nova lei sobre o regime de estacionamento e aparcamento de autocaravanas, que estabelece que fora das áreas protegidas é permitida a pernoita "por um período máximo de 48 horas no mesmo município", entrou na quarta-feira em vigor.

A lei 66/2021, que modifica o regime de estacionamento, pernoita e aparcamento de autocaravanas, alterando o Código da Estrada e o Regulamento de Sinalização do Trânsito, foi anteontem publicada em Diário da República, entrando em vigor um dia após a sua publicação.

O decreto foi promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa em 06 de agosto, depois de, em 22 de julho, ter sido aprovado na Assembleia da República com os votos contra de PCP e PEV, a abstenção de BE, PAN, IL e Chega, e os votos a favor das restantes bancadas parlamentares.

Em votação final global, os deputados viabilizaram o texto de substituição apresentado pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação relativamente ao regime de estacionamento e aparcamento de autocaravanas inscrito no Código da Estrada, nomeadamente os artigos 48.º e 50.º-A.

De acordo com a lei, relativamente ao artigo 50.º-A, "são proibidos a pernoita e o aparcamento de autocaravanas ou similares, em áreas da Rede Natura 2000, áreas protegidas e zonas abarcadas pelos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, salvo nos locais expressamente autorizados para o efeito".

"No restante território e na ausência de regulamento municipal para a atividade, é permitida a pernoita de autocaravanas homologadas pelo IMT - Instituto de Mobilidade e Transportes, por um período máximo de 48 horas no mesmo município, salvo nos locais expressamente autorizados para o efeito, para os quais não se estabelece qualquer limite de pernoitas", lê-se no texto anteontem publicado.

O diploma mantém a distinção do valor da coima para quem infringir as regras de proibição de pernoita e de aparcamento de autocaravanas ou similares fora dos locais expressamente autorizados para o efeito, o que "é sancionado com coima de 60 a 300 euros", salvo se se tratar das áreas de Rede Natura 2000, áreas protegidas e zonas abarcadas pelos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, casos em que "a coima é de 120 a 600 euros".

Neste âmbito, "pode o Governo promover a regularização da autorização de estacionamento e pernoita [...] sujeita a registo diário em plataforma eletrónica gratuita que validará a geolocalização e guardará este registo por um período máximo de 60 dias", em que "o não cumprimento do preceito aqui previsto levará ao agravamento em 50% da sanção prevista".

O diploma determina ainda que, após a notificação das infrações, o infrator pode proceder ao pagamento voluntário da coima de imediato, situação que "corresponde à liquidação da coima pelo mínimo".

Em relação ao artigo 48.º sobre paragem e estacionamento, "é proibido o estacionamento de autocaravanas e similares nas áreas da Rede Natura 2000, áreas de paisagem protegida e zonas abarcadas pelos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, fora dos locais autorizados para estacionamento de veículos", e quem infringir essa norma "é sancionado com coima de 60 a 300 euros".

"Considera-se estacionamento a imobilização de um veículo, com ou sem ocupantes, que não constitua paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação", segundo a iniciativa, que refere também que "o estacionamento de autocaravanas ou similares, nas mesmas condições que os demais veículos, devem respeitar, cumulativamente, as disposições dos regulamentos municipais de estacionamento e trânsito e as seguintes proibições: a) a prática de campismo e quaisquer outras atividades a ela associadas na via e espaço público; b) despejo de resíduos orgânicos e águas, fora dos sistemas de disposição final previstas para o efeito na legislação específica aplicável; c) ocupação da via e espaço público superior ao perímetro da autocaravana".

Ao entrar em vigor em janeiro, o regime de estacionamento e aparcamento de autocaravanas inscrito no Código da Estrada foi contestado pelos representantes dos autocaravanistas, nomeadamente pela proibição de pernoita de autocaravanas fora dos locais autorizados.



Sintra: Linha de Elétrico classificada como Monumento de Interesse Municipal




A Linha do Elétrico de Sintra foi classificada como Monumento de Interesse Municipal, revela a autarquia, remetendo para uma publicação em Diário da República que oficializa a classificação de todo o percurso, entre a Estefânea e a Praia das Maçãs, estruturas de apoio e, claro, de todo o material circulante. 

Foi publicado a 13 de agosto de 2021, no Diário da República, que a Linha do Elétrico de Sintra passa a ser classificada como Monumento de Interesse Municipal.

É considerado Monumento de Interesse Municipal, a totalidade do percurso do Elétrico atualmente subsistente, entre Sintra (Estefânia) e a Praia das Maçãs, incluindo as respetivas estruturas de apoio, composições e todo material circulante que constituem o património dinâmico.

A classificação valoriza não só o estado de preservação, mas também as memórias que invoca, tal como o seu potencial turístico, criando em conjunto um bem com uma relevância histórica e cultural inestimável. Por tudo isto, este é um monumento com um grande significado para o Município de Sintra.

A linha ferroviária liga a serra ao mar através do percurso de Sintra até à Praia das Maçãs, ao longo de quase 11 quilómetros, entre a Vila Alda na Estefânia e a Praia das Maçãs. Numa viagem com a duração de cerca 45 minutos, os passageiros podem usufruir de um singular passeio turístico entre a Serra de Sintra e o Oceano Atlântico.

Primeira viagem foi feita em 31 de março de 1904

A ideia de ligar Sintra a Colares e, posteriormente, à Praia das Maçãs surgiu em 1886. Durante vários anos foram feitas sucessivas tentativas para a concretização deste projeto que fracassaram uma a uma.




Só em novembro de 1898 foi dado um passo de gigante, quando a Câmara Municipal de Sintra concedeu a Nunes de Carvalho e Emídio Pinheiro Borges, pelo prazo de 99 anos, a concessão para construir e explorar um caminho de ferro a vapor entre Sintra e a Praia das Maçãs, mais tarde substituída pela tração elétrica.

Em julho de 1900 é constituída a Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs que, em 1904, passou a denominar-se Companhia Cintra ao Oceano.

Em agosto de 1902, na zona da Estefânia, começou a construção desta linha e em março de 1903, são encomendados à firma americana J. G. Brill Company, 13 elétricos, sendo sete carros motores e seis atrelados.

A 31 de março de 1904 é aberto o primeiro troço desta linha, entre Sintra (Vila Velha) e São Sebastião de Colares, numa extensão de 8,900 metros e a 10 de julho do ano seguinte, é aberto o troço até à Praia das Maçãs, numa extensão de 3,785 metros.

Desde o início, a vida dos elétricos foi sempre atribulada. Em 1914 é constituída a Companhia Sintra-Atlântico, que substituiu a anterior empresa que entretanto falira.

A 31 de janeiro de 1930 os elétricos chegam à pitoresca vila das Azenhas do Mar, atingido assim a sua máxima extensão de 14,600 metros. Os elétricos de Sintra tinham entrado no seu melhor período, impulsionados pelo dinamismo do seu administrador, Camilo Farinhas, que dirigiu a Sintra-Atlântico até ao ano da sua morte, em 1946.

A decadência surgiu a partir de finais dos anos 40, com o desenvolvimento dos transportes mecânicos. A partir de 1953, os elétricos passam a funcionar somente durante o verão e, em 1955, é encerrado o troço Praia das Maçãs-Azenhas do Mar. Em 1958 o mesmo acontece ao troço entre a Vila Velha e a Estação de Sintra, devido ao alargamento da Volta do Duche e do incremento do tráfego automóvel nesta zona de Sintra.




Funcionando unicamente nas épocas estivais entre Sintra (Estação) e a Praia das Maçãs, os elétricos vão adquirir um estatuto muito especial, tornando-se num autêntico ex-libris de Sintra, conhecendo um novo período de ouro. Aos domingos e feriados, era comum ver autênticas avalanches de pessoas à procura de um lugar nos elétricos. Não havia elétricos que chegassem para transportar tanta gente.

Em agosto de 1967, a Sintra-Atlântico é comprada pelo grupo de camionagem Eduardo Jorge. Com esta nova administração o investimento nos elétricos reduz-se ao mínimo da sua sobrevivência, esperando pelo fim da sua concessão pois, a exploração há muito tinha deixado de ser rentável. A degradação das infra-estruturas e material circulante tornam-se visíveis, fruto do desinvestimento por parte da empresa concessionária.

Este panorama nada animador prolonga-se até 1974, ano em que os elétricos funcionam pela última vez até Sintra. Em de julho de 1975 é autorizada a substituição dos elétricos por autocarros.

Apesar de todas as adversidades, a vontade de colocar os elétricos novamente nos carris não acabou e a 15 de maio de 1980, foi oficialmente reiniciada a circulação dos elétricos nesta linha mas, somente entre o Banzão e a praia.

Entre 1996/97 foi recuperado o troço entre a Ribeira e a Praia das Maçãs e a 30 de outubro de 1997, a Ribeira viu novamente a chegada dos elétricos. A 4 de junho de 2004, precisamente no ano do seu centenário, os elétricos chegam de novo a Sintra, mais propriamente até à zona da Estefânia.

De novo em funcionamento este "património sobre carris" e muitos anos depois, é com grande alegria que se voltou a ver os carros elétricos a circular cheios de passageiros.


Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

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