quinta-feira, abril 30, 2009

PT subsidia caixas para população carenciada



DESCRIÇÃO A PT assumiu o compromisso de subsidiar caixas para a população carenciada. No entanto, ainda não divulgou de que forma. Na sua proposta, a PT destinou um montante de 15 a 20 milhões de euros para essa subsidiação. Quem quiser migrar para a televisão digital terá de ter uma televisão preparada ou então comprar uma caixa descodificadora.

TDT disponível no computador



DESCRIÇÃO A Televisão digital terrestre pode ser vista também nos computadores. A TMN lançou hoje uma placa de acesso à Internet móvel, com antena receptora de televisão digital. Custa 149 euros, mas requer uma fidelização a um tarifário de banda larga móvel da operadora de 12 meses.

PT lança televisão digital em 29 localidades



DESCRIÇÃO A PT lançou hoje a televisão digital terrestre em 29 concelhos portugueses, abrangendo 40% da população. Até ao final do ano cobrirá 80% da população e por isso Zeinal Bava, presidente da operadora, reafirmou a possibilidade tecnológica de Portugal antecipar o apagão do sinal analógico. Mário Lino, ministro das Comunicações, assegurou que o desligamento está marcado para 26 de Abril de 2012.

Feira do Livro de Lisboa abre as portas



Abre esta quinta-feira a Feira do Livro de Lisboa. Este ano o certame tem novos pavilhões e novos horários.

Televisão digital em 10 concelhos portugueses



Em 29 cidades portuguesas arrancou hoje a Televisão Digital Terrestre. A TDT traz mais canais gratuitos e serviços interactivos, além de som e imagem com qualidade superior.

domingo, abril 26, 2009

Oposição pede ruptura face ao Governo


35 anos após o 25 de Abril

Os partidos da oposição assinalaram hoje os 35 anos do 25 de Abril pedindo uma "ruptura" em relação ao Governo, enquanto o PS afirmou que "Portugal vai dar a volta, vencendo a crise".

O líder parlamentar do PSD e cabeça-de-lista social-democrata às eleições europeias, Paulo Rangel, enalteceu na sua intervenção na sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República "o bem da liberdade" e acusou o Governo de o "renegar às gerações futuras".
Paulo Rangel apontou a liberdade como "o bem sublime" deixado pelos militares de Abril e "o maior bem que uma geração pode dar a outra".
Em seguida, alegou que o Governo está a "roubar a liberdade de escolha às gerações futuras" com o seu "programa de grandes obras públicas" porque este deixará "uma dívida monstruosa", uma "renda anual de 1500 milhões de euros até 2040, durante 30 anos".
"É por isso que hoje, 25 de Abril de 2009, que é necessária uma ruptura", defendeu o social-democrata.
"Chegou a hora de a geração Europa, a nossa geração tomar o destino em suas mãos e impedir o sequestro do futuro de Portugal, o sequestro de gerações e gerações de portugueses. Chegou a hora de cortar amarras e correntes", concluiu.
Antes, PCP e BE pediram também "profundas rupturas", não apenas em relação ao actual Governo, mas com as políticas seguidas nas últimas décadas, defendendo que a actual crise tornou evidente a "falência" do "sistema capitalista" e do "modelo liberal".

PCP

O deputado comunista João Oliveira considerou que "o projecto libertador de Abril mantém toda a sua actualidade como verdadeiro projecto político de progresso social e económico", declarou que "é preciso Abril de novo" e que isso significa "profundas rupturas".
"Significa romper com políticas que passam ao lado do combate à corrupção e à criminalidade económico-financeira, mas utilizam o aparelho repressivo do Estado para coagir sindicatos e trabalhadores em greve ou limitar liberdades fundamentais, como as de manifestação ou propaganda", acrescentou.
João Oliveira terminou a sua intervenção manifestando "a certeza" por parte do PCP "de que mais cedo que tarde o povo português há-de querer retomar esse caminho libertador de Abril", e que o fará "neste nosso tempo, mesmo que lhe dê outro nome".

BE

A deputada do BE Ana Drago sustentou que "o paradigma político seguido em Portugal nas últimas décadas falhou" e que "o modelo liberal" em de ser "substituído por outro" que cumpra as "expectativas de um país assente na justiça social".
Ana Drago pediu também uma "ruptura no combate à corrupção" e a "refundação do sistema de justiça".
"Trinta e cinco anos depois do 25 de Abril, lembro a esperança e a exigência: Cidadãos que somos e não súbditos, levantamo-nos para retomar a luta pela justiça, contra o défice democrático e o défice social", rematou.

CDS-PP

Por sua vez, a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro apelou à "", mas opôs-se aos "valores falhados do PREC (período revolucionário em curso) que ameaçam voltar "à reserva de coragem que permitiu aos portugueses reinventar o seu destino".
Teresa Caeiro defendeu que Portugal podia ser hoje mais respeitado e próspero "se, em vez de uma revolução, tivesse tido uma transição" e seria "uma economia mais avançada e uma sociedade mais justa" não fossem as ocupações e nacionalizações do processo revolucionário.

Capitão de Abril e deputado Marques Júnior

Numa intervenção comovida, o capitão de Abril e deputado do PS Marques Júnior recordou os que lutaram contra a ditadura.
O socialista considerou que o balanço da evolução do país desde 1974 "é francamente positivo", mas que "o futuro se apresenta incerto", perante "uma crise profunda e difícil".
"A solução dos problemas do país não passa pela maledicência, pela resignação, pela suspeição, pela tacanhez, pela demagogia, pela propaganda, por uma luta político-partidária que não coloque acima de tudo os interesses nacionais", antes exige "coragem, determinação, visão" e "o PS, por seu lado, quer estar à altura dessas exigências", disse.
No final do seu discurso, Marques Júnior manifestou a confiança que "uma vez mais, Portugal vai dar a volta e conseguir ultrapassar as dificuldades, vencendo a crise".
O deputado do partido "Os Verdes" José Luís Ferreira considerou que com os sucessivos Governos Portugal se afastou "das pretensões e dos valores que Abril semeou" e criticou a inauguração, hoje, em Santa Comba Dão, de uma praça com o nome de Salazar.

Discurso de Cavaco "reconhece bem a crise"


Oposição reage ao discurso do Presidente da República

A maioria dos partidos da oposição considera que o discurso de Cavaco Silva reconhece bem a crise que o pais está a viver. PCP e "Os Verdes" discordam.

A presidente do PSD considerou que o discurso de Cavaco Silva correspondeu "exactamente" ao que se espera do Presidente da República e subscreveu o apelo à "responsabilidade colectiva" e ao "realismo".
"Aquilo que se espera do Presidente da República é exactamente aquilo que ele disse, um sinal da nossa responsabilidade colectiva", declarou Manuela Ferreira Leite aos jornalistas, no final da sessão solene comemorativa dos 35 anos do 25 de Abril, na Assembleia da República.
A presidente do PSD subscreveu a ideia de que "todos somos precisos para resolver e ultrapassar os problemas que estamos a enfrentar e que é absolutamente necessário que isso seja feito com realismo e com verdade".
Manuela Ferreira Leite assinalou a defesa por parte do Presidente da República de "um grande realismo nas propostas que são feitas", considerando que "esse realismo evidentemente está em ligação com a verdade".
"O que fundamentalmente eu retenho da mensagem do senhor Presidente da República é uma responsabilização colectiva das decisões e das propostas. Essa responsabilização colectiva pertence não só aos políticos, mas a toda a sociedade civil", reforçou.

Bloco de Esquerda

O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou "importante" o apelo do Presidente da República ao combate à abstenção e o reconhecimento que fez sobre a profundidade da crise, mas acusou o PSD de "enorme hipocrisia".
"O discurso do Presidente da República tem dois aspectos importantes: um apelo à participação - e eu dou-lhe inteira razão, porque a abstenção é favorecer que outros decidam por nós - e reconhece a profundidade da crise", declarou o líder do Bloco de Esquerda.
Para Francisco Louçã é natural que o chefe de Estado o Bloco de Esquerda tenham uma visão diferente da actual crise.
"A nossa preocupação é uma resposta por direitos sociais, por compromissos, pela proibição de despedimentos em empresas que têm lucros, pela restrição da especulação e pelo combate às privatizações e às grandes opções que estruturaram uma economia desagregada", apontou Francisco Louça.
No entanto, para o deputado do Bloco de Esquerda, Cavaco Silva, ao reconhecer a crise, "é em si próprio um aspecto importantíssimo".
"Há uns meses atrás ou há uns anos nenhum dos responsáveis políticos de topo do país responderia que a questão essencial é a crise. Por isso, é tão importante o debate sobre as alternativas", disse.
Interrogado se o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, tem razão quando diz que as gerações futuras estão sequestradas pelas políticas do actual Governo, Louça respondeu que os sociais-democratas "estão numa situação de enorme hipocrisia".
"No mesmo dia em que faz um discurso sobre liberdade, há uma Câmara Municipal do PSD - gostava de ouvir a dra Manuela Ferreira Leite sobre isso - que inaugura um largo Salazar em Santa Comba Dão. É uma enorme provocação gerações de hoje, às passadas e às futuras", considerou.

PCP e "Os Verdes"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou que o Presidente da República, Cavaco Silva, fez no discurso do 25 de Abril "um certo estender de mão à retoma da ideia do Bloco Central".
Em declarações aos jornalistas, no final da sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, Jerónimo de Sousa acrescentou que "aquilo que se impunha era de facto uma ruptura com esta política e essa palavra não ficou" por parte de Cavaco Silva.
De acordo com o secretário-geral do PCP, Cavaco Silva fez "um certo estender de mão à retoma da ideia do Bloco Central, na medida em que fala dos partidos estruturantes" e foi "mesmo muito superficial em relação à análise da própria crise".
Tal como o secretário-geral do PCP, também a deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia considerou que "o problema do país tem sido esta alternância entre PS e PSD, praticando o mesmo rumo político, e ao senhor Presidente faltou ter a coragem de dizer que é preciso criar uma ruptura com esta política".

Manuel Alegre

O deputado socialista Manuel Alegre considerou que o Presidente da República falou para todos os portugueses e fez um bom exercício democrático, dizendo que Cavaco Silva não deve ser bengala do Governo ou chefe da oposição.
"O papel do Presidente da República não é ser anti-Governo. O Presidente da República não tem que ser a bengala do Governo nem chefe da oposição. O Presidente da República fala para todos os portugueses e falou para todos os portugueses e de acordo com a data", declarou Manuel Alegre no final da sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República
Segundo o ex-candidato presidencial, Cavaco Silva "falou de responsabilidade democrática, de participação, contra a abstenção em actos eleitorais, contra a demagogia, contra a crítica pela crítica e contra o apoliticismo".
Cavaco Silva "fez um bom exercício democrático", sustentou Manuel Alegre, antes de se referir em concreto aos apelos feitos pelo chefe de Estado contra a abstenção nos próximos actos eleitorais.

Cavaco pede realismo e autenticidade nas eleições


Discurso no 35º aniversário do 25 de Abril

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, apelou hoje à participação activa dos cidadãos nas eleições deste ano, pedindo aos agentes políticos para apresentarem propostas com realismo, autenticidade e sem ilusões, num debate centrado nos grandes problemas do país.

"Aquilo que se promete deverá ter em conta a realidade que vivemos no presente e em que iremos viver no futuro. Dizer que essa realidade será fácil será faltar à verdade aos portugueses. Quem prometer aquilo que objectivamente não poderá cumprir estará a iludir os portugueses", afirmou Cavaco Silva, no discurso da sessão comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República.
Numa intervenção dividida em duas partes, com a primeira dedicada à crise que Portugal atravessa e que "não pode ser iludida", o chefe de Estado falou longamente sobre os três actos eleitorais que irão decorrer entre Julho e Outubro - europeias, legislativas e autárquicas - fazendo um apelo directo à participação dos cidadãos.
"O exercício do sufrágio é, sem dúvida, a melhor homenagem que poderemos prestar à liberdade conquistada há 35 anos", disse, fazendo um "apelo directo" aos cidadãos para que "participem activamente" nas eleições, porque "a abstenção não é solução" e quem não vota abdica do direito de contribuir para "a construção de um Portugal melhor".
Depois do apelo à participação eleitoral, Cavaco Silva dirigiu-se aos agentes políticos e à comunicação social, advogando campanhas eleitorais "esclarecedoras", com os jornalistas a dever informar "objectiva e imparcialmente" sobre as propostas das forças políticas.
Aos políticos, o Presidente da República pediu para que "saibam dar o exemplo", concentrando-se num debate sobre a "resolução dos grandes problemas que o país enfrenta", com propostas com "realismo e autenticidade".
"Este não é, seguramente, o tempo das propostas ilusórias. Este não é o tempo de promessas fáceis, que depois se deixarão por cumprir. A crise obriga acrescida de prometer apenas aquilo que se pode fazer, com os recursos que temos e no país que somos e iremos ser", salientou.

"Crise não pode ser iludida"

Cavaco Silva defendeu ainda que a crise que Portugal atravessa não pode ser "iludida", alertando para a incerteza de que este seja "um momento meramente transitório" de recessão económica.
"A crise que vivemos não pode ser iludida e, num dia como o de hoje, haverá com certeza muitos portugueses que se interrogam sobre se foi este o país com que sonhámos em Abril de 1974", afirmou Cavaco Silva, num discurso na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República.
Reconhecendo que "vivemos tempos difíceis, muito difíceis", o chefe de Estado lembrou as centenas de trabalhadores que são lançados no desemprego, num tempo em que Portugal está dominado pelas notícias de encerramento de fábricas e de empresas "apesar dos esforços para combater a crise".
Por outro lado, acrescentou, as previsões económicas divulgadas por instituições nacionais e internacionais "estão à vista de todos e não é possível negá-las".
"Devemos, por isso, compreender que esta crise leve muitos portugueses a interrogarem-se sobre aquilo que o futuro nos reserva", salientou, considerando essas interrogações tanto mais pertinentes, "quanto a crise que vivemos tornou mais nítidas as vulnerabilidades estruturais que o país ainda manifesta".
"Não há, assim, a certeza de que este seja um momento meramente transitório de recessão da actividade económica, a que se seguirão melhores dias num prazo mais o menos próximo".
Lembrando que "a ausência de valores e princípios éticos nos mercados financeiros" constituiu uma das principais causas da crise económica mundial, o chefe de Estado insistiu na necessidade de "a dimensão ética e a responsabilidade social" passarem a ocupar um lugar central no desenho das novas regras de controlo e supervisão das instituições e mercados financeiros.
"Seria condenável e imoral que os países mais pobres fossem obrigados a suportar os custos de uma crise para a qual em nada contribuíram", defendeu.
Porque, acrescentou ainda o Presidente da República, se é certo que a estabilidade financeira internacional é "um bem público global", cuja defesa é da competência de todos, "no caso da presente crise não restam duvidas sobre quem foram os que se aproveitaram das poupanças alheias e provocaram o colapso do sistema".
Ou seja, gestores financeiros "imprudentes ou incompetentes", outros "pouco escrupulosos ou dominados pela avidez do lucro a curto prazo", que abusaram da liberdade do mercado e da confiança dos cidadãos, com graves consequências na vida de milhões de pessoas.

Discurso do Presidente da AR no 25 de Abril



O discurso de Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República, na sessão solene dos 35 anos do 25 de Abril que decorreu na Assembleia da Répública.

Discurso do PR no 25 de Abril



Discurso do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, na sessão solene das comemorações dos 35 anos do 25 de Abril que decorreu na Assembleia da República.

Cavaco pede discussão de problemas concretos em campanha



O Presidente da República alerta os políticos para não se perderem em questões artificiais e para que apresentem propostas realistas, sem iludir os portugueses. Palavras do discurso da sessão solene do 25 de Abril, onde Cavaco Silva falou também dos novos pobres em Portugal.

Festa da Música no CCB



Ouvir, tocar, passear ao som dos herdeiros de Bach

Site do ‘CM’ bate recorde de audiência


Mais de um milhão de pageviews na quinta-feira

O site do Correio da Manhã (www.correiomanha.pt) ultrapassou pela primeira vez a fasquia do milhão de pageviews em apenas um dia. Durante a passada quinta-feira foram contabilizados 1 001 123 de pageviews (visualizações de conteúdos), relativas a 149 633 visitas.
Entre as notícias mais vistas pelos utilizadores do site do CM na quinta-feira estiveram "Professor suspeito de abuso sexual", lida por 27 984 internautas, "Otelo promovido a coronel", com 26 585 leituras, e "Morta pela professora", vista por 23 152 pessoas. O vídeo associado a esta última notícia foi o mais visto do dia no Sapo Vídeos.
Em Março, o site do CM obteve o melhor resultado mensal de sempre. Segundo o Netscope, da Marktest, conseguiu 23 393 256 pageviews e 4 201 730 visitas, o que representa uma média diária superior a 135 mil visitas.

Moura Guedes processa primeiro-ministro

Entrevista José Sócrates

A directora adjunta da TVI decidiu processar o primeiro-ministro depois de Sócrates ter dito na RTP que o Jornal Nacional de sexta-feira é um "telejornal travestido" e uma "caça ao homem".

José Sócrates aproveitou a entrevista para tornar claro o seu desprezo pelos telejornais de sexta-feira na TVI.
"Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", é "um telejornal travestido", feito de "ódio e de perseguição", disse, queixando-se ainda da ausência de críticas entre os jornalistas ao tipo de jornalismo praticado por Manuela Moura Guedes.
"Vou processá-lo", foi assim que reagiu a directora adjunta de informação e pivô da TVI, Manuela Moura Guedes, contactada pelo DN, depois de ter ouvido a entrevista que o primeiro-ministro, José Sócrates, deu ontem à noite na RTP1, aos jornalistas Judite de Sousa e José Alberto Carvalho.

Preparação da entrevista

"É uma entrevista exigente e de grande responsabilidade tratando--se do primeiro-ministro, mas a preparação é igual à de todas as outras que conduzo semanalmente", explicou Judite de Sousa ao DN.
Questionada sobre a necessidade de haver uma preparação especial para esta entrevista em particular, a jornalista sublinha que muita da preparação é diária e não é específica para um entrevistado. "Temos de ler muito e estar permanentemente bem informados, como qualquer jornalista", avança.

Director da TVI também processa primeiro-ministro

Resposta à entrevista de Sócratres

José Eduardo Moniz respondeu às acusações de Sócrates com as mesmas palavras

O director geral da TVI anunciou no passado dia 22 de Abril que avançou com um processo judicial contra o primeiro-ministro, que na véspera considerara o jornal da estação "um espaço de ataque pessoal" e de "caça ao homem". José Eduardo Moniz acusou também José Sócrates de usar "processos de intimidação" para condicionar os jornalistas.
Em directo no arranque do Jornal Nacional, o director-geral da estação de Queluz disse ter ouvido com "surpresa" e "estupefacção" as palavras de Sócrates na entrevista na RTP1, num tom que classificou de "impróprio" de um primeiro-ministro. Mas ontem respondeu às acusações usando exactamente as mesmas palavras do chefe do Governo. "Não sou cobarde, nem me escondo atrás de uma moita ou de um arbusto para fazer uma caça ao homem usando um jornal travessado", afirmou o responsável da TVI. Sócrates "teve oportunidade de esclarecer o país sobre o seu alegado envolvimento [no caso Freeport].
Preferiu atacar a TVI", frisou. Afirmando que "até hoje ninguém desmentiu" a informação do canal sobre o caso Freeport, acusou o primeiro-ministro de "processos de intimidação que querem condicionar o exercício do jornalismo". E lamentou que "a poucos dias do 25 de Abril se presenciem tantos ataques ao jornalismo livre". Também a subdirectora de informação Manuela Moura Guedes vai processar o primeiro-ministro.

sábado, abril 25, 2009

"Não faria entrevista" se Sócrates não falasse do Freeport


Judite de Sousa

Directora adjunta de informação da RTP, é por muitos considerada a melhor entrevistadora da TV portuguesa. Numa grande entrevista à Notícias TV, comparou Sócrates e Cavaco, confessou as suas inseguranças, lamentou o fim da amizade com Moniz e Manuela Moura Guedes e assume que deu a sua opinião sobre a ida do marido, Fernando Seara, para a TVI 24

O caso Freeport ocupou grande parte do tempo da sua entrevista desta semana a José Sócrates. S. Bento não lhe colocou qualquer tipo de reserva sobre o assunto?

Não. Nesta, como noutras entrevistas a este nível, são definidos temas. Não há um acordo quanto a perguntas, como é óbvio, mas tem de haver uma definição de temas. As pessoas têm de estar preparadas.

Imagine que José Sócrates, ou alguém por ele, lhe dizia antes da entrevista desta semana que não falava do caso Freeport...

Eu não faria a entrevista. Não aceitaria essa condição.

Mesmo sabendo que não falando de Freeport a entrevista teria sobejos assuntos de interesse, como a situação económica do País, a contestação social na rua, o círculo eleitoral que aí vem, etc...

Não, na conjuntura actual, sabendo que o caso Freeport está no topo da agenda mediática, seria completamente inaceitável para mim e incompreensível que essa condição fosse colocada. E mais ainda que eu aceitasse essa condição.

É normal imporem-lhe condições?

Não, não é normal. A única pessoa que até ao momento me impôs uma condição para me dar uma entrevista foi Bill Gates. Mas foi uma condição perfeitamente aceitável, que era não falar da sua vida privada. Achei normal porque é uma condição que eu própria imponho quando dou entrevistas.

Que tipo de ponderação é que fez?

O que pensei e acho que é o que se deve pensar é: "Eu vou perder esta entrevista pelo facto de me estarem a colocar uma condição?" E tenho de encontrar a resposta. Eu não queria, por nada deste mundo, perder a entrevista com o Bill Gates

A Judite dá a cara pelo mais antigo programa de entrevistas da televisão portuguesa. A Grande Entrevista está no ar há 12 anos...

Sim. O meu primeiro entrevistado foi Sousa Franco, antigo ministro das Finanças de António Guterres. Durante muitos anos, o programa teve uma periodicidade quinzenal e só com o Luís Marinho como director de Informação da RTP, ou seja, há cinco anos, passou a ser semanal.

Tem ideia de quantas personalidades já entrevistou?

Cerca de 500. Estive a fazer as contas no outro dia e o número é aproximadamente esse. Mesmo durante o tempo em que a Grande Entrevista era quinzenal havia períodos em que eu fazia várias entrevistas durante a semana, em períodos de grande tensão política ou em ciclos eleitorais. E há pessoas que já entrevistei cerca de dez vezes: Paulo Portas e Francisco Louçã, entre outros.

Quem é que lhe falta entrevistar?

Tanta gente. Gostava muito de entrevistar o José Mourinho. Já o convidei dezenas de vezes.

E podia ser em Milão, tanto mais que já foi a Manchester entrevistar Cristiano Ronaldo...

Sim, eu vou onde for preciso. Eu sou como o slogan da TSF, vou até ao fim do mundo. Nem que depois leve muita pancada por causa disso. Levei muita pancada, se bem se lembra, por ter ido ao Rio de Janeiro entrevistar Fátima Felgueiras.

E Mourinho nunca aceitou?

Já o convidei dezenas de vezes. Há pessoas que têm um estatuto que lhes permite decidir em que momento querem dar entrevistas. Ele só dá entrevistas quando quer e a quem quer.

Que conclusão tira daí, que ele não lhe quer dar uma entrevista a si?

Não. Ele não me deu a mim como não deu a ninguém. A entrevista que há uns anos a Clara de Sousa lhe fez quando ele foi para o Chelsea foi-me inicialmente oferecida. Só que na altura, naquela semana em que ele estava disponível, eu não podia deslocar-me a Londres. Ainda não aconteceu, mas não perco a esperança.

Tal como a Cavaco Silva, desde que chegou a Belém...

Pois. Já contactei o Fernando Lima, assessor de imprensa, dezenas de vezes. Estou sempre a telefonar-lhe. "Fernando, aqui estou, mais uma vez. É só para lhe lembrar que estou interessada na entrevista, blá blá, blá..." Nós, que andamos nisto há muito tempo, sabemos que estas coisas são assim. O Presidente só dá entrevistas quando quer e a quem quer.

Mas Cavaco, desde que está em Belém, já deu entrevistas a outros jornalistas que não à Judite. Por exemplo, a Maria João Avillez na SIC...

Sim, e nas circunstâncias que se conhecem. Numa quinta-feira, em cima de mim, que tinha nesse dia como convidado Pedro Santana Lopes acabadinho de publicar o seu livro sobre aqueles sete meses como primeiro-ministro e no qual ele fazia o seu ajuste de contas com uma série de pessoas, a começar por Jorge Sampaio. E a SIC programou a entrevista com o Presidente da República para aquele dia...

Programou e bem... do ponto de vista concorrencial.

[risos] Mal. Programou mal. Porque correu mal. Porque não se pode programar uma entrevista com o Presidente da República à mesma hora que outra entrevista num outro canal, porque pode correr o risco de o Presidente da República ter menos audiência. E foi o que aconteceu. Não se pode colocar o Presidente numa situação de inferioridade em relação a quem quer que seja. Mas, enfim, são aquelas situações de excesso de convencimento. Pessoas bem avisadas e com alguma idade sabem que é arriscado fazer coisas dessas. Ainda por cima com Santana Lopes, que é um tanque do ponto de vista comunicacional, como toda a gente sabe.

Portanto, continua à espera de Cavaco...

Continuo à espera que o Presidente queira vir à televisão pública dar uma entrevista. Não tem de ser ao meu programa, pode ser uma entrevista especial. A mim, ao José Alberto Carvalho, a mim e ao José Alberto. Obviamente, não me passa pela cabeça que o Presidente da República não queira ser entrevistado também por mim, considerando que já entrevistei Cavaco Silva imensas vezes. Aliás, é notável quando me lembro que durante as duas maiorias de Cavaco, ele fartava-se de dar entrevistas à RTP. No próprio Telejornal. Eu entrevistei-o imensas vezes no Telejornal. Ele era um primeiro-ministro muito disponível.

Está a ver isso hoje em dia ser possível com José Sócrates?

[risos] Não, de todo. Nesse campo houve alguma sofisticação a nível comunicacional.

De 1987/95 [duas maiorias de Cavaco] a 2005/09 [maioria de Sócrates] há muitas diferenças na relação do poder político com a imprensa...

Sem dúvida. As condições comunicacionais de hoje são de forma a proteger o primeiro-ministro, a isolá-lo das perguntas dos jornalistas. Há uma imagem que está gravada na minha cabeça e que nunca esquecerei: a Dina Aguiar, repórter e simultaneamente pivô do Telejornal, de microfone na mão atrás de Cavaco Silva, nas escadas de Belém. Ele a descer e a Dina Aguiar atrás dele a fazer-lhe perguntas. Ora isto hoje é impensável. Mas tanto é impensável para Sócrates como para Cavaco. O registo é hoje muito diferente. São poucos os jornalistas que, hoje em dia, se conseguem aproximar do primeiro-ministro. É tudo mais apertado.

Mas até a preparação mediática de um político que chega ao poder é hoje mais elaborada...

Claro! Mas Cavaco há 20 anos, no seu tempo, foi um homem muito bem acompanhado do ponto de vista de comunicação. Sempre teve bons assessores de imprensa e soube rodear-se de grandes consultores de comunicação. É evidente que o investimento que hoje se faz na comunicação é maior. Porque os políticos julgam que a comunicação vale tudo. É preciso relativizar essa importância. A comunicação não substitui a realidade. Por vezes, os políticos exageram. Mas depois também há aqueles que pura simplesmente ignoram a importância da comunicação, como é o caso de Manuela Ferreira Leite. E, claro, vão ter de encontrar algumas razões para o insucesso por esse lado.

Sócrates exagera?

[pausa] Não, não acho que ele exagere. Mas acho que devia ser mais espontâneo, mais verdadeiro. Devia ser mais Obama. Eu gosto da atitude do Obama. Acho o Obama uma personalidade inspiradora a todos os níveis. Mas, a nível da sua relação com os media, o que mais me tem fascinado é a forma descontraída, distendida, solta e natural como ele reage às perguntas, às adversidades. Percebe-se que aquele homem está a ser verdadeiro. Não há maquilhagem ali. E Sócrates, se conseguisse aproximar-se daquele registo, teria muito a ganhar. Os nossos políticos deviam ser mais serenos com a comunicação social. Sinto o ambiente muito crispado.

Soares é capaz de ter sido o último político a ter essa relação descontraída com a imprensa...

É verdade. É muito bem observado.

Estou a falar de Soares-Presidente, não de Soares-candidato nas últimas eleições para Belém...

Sim, houve uma grande diferença. Por causa de Manuel Alegre. Mário Soares sempre teve uma relação muito franca, aberta, cordial, muito terra-a-terra com os jornalistas, mas perdeu o pé nesta última campanha.

Recordo-me da entrevista muito difícil que lhe deu nessa campanha...

[pausa] Sim, foi talvez a entrevista mais desagradável que fiz até hoje. É a entrevista de que guardo as piores recordações. [longa pausa] Quando a entrevista acabou, despedi-me dele [até hoje nunca mais o vi] e chorei baba e ranho, recebi dezenas de telefonemas de pessoas a solidarizarem-se comigo. Foi tão desagradável. Estava tão crispado, tão tenso. Eu percebo porquê. Naqueles dias toda a gente lhe perguntava por Manuel Alegre. Quando ele veio à RTP já tinha passado por tantas entrevistas. Senti-o muito desagradado.

E deve ter sido a décima entrevista que fez a Mário Soares ao longo da sua carreira...

Sim, seguramente. Aliás, tive um programa mensal com Mário Soares durante um ano. Tínhamos uma relação muito simpática. Mas aquilo correu muito mal. Senti-me muito infeliz. Não gosto de entrevistas tensas. O que não quer dizer que não tenha de fazer as perguntas que a minha consciência profissional me obriga. Nunca deixo de fazer uma pergunta importante. Só se não estiver nos meus melhores dias.

Também acontece...

Sim, claro. Às vezes, acontece e há coisas que me passam completamente ao lado.

E apercebe-se disso?

Sim. Saio daqui, meto-me no carro e vou para casa a pensar naquilo que fiz, no que perguntei, no que me responderam, no que eventualmente devia ter perguntado e não perguntei. Penso muito nisso. Porque não basta preparar bem as entrevistas. Mais de 50% das perguntas, dizem os livros, mudam consoante as respostas dos entrevistados.

Consigo também?

Claro que sim. Eu tenho procurado fazer uma grande aprendizagem a esse nível. Durante muitos anos achei que ficava demasiado presa ao questionário que eu própria, previamente, tinha elaborado.

Isso aprende-se continuamente?

Aprende-se se tivermos humildade. E se não acharmos que somos os melhores da nossa rua. Se assim for, estamos permanentemente a aprender.

Mas a Judite não é a melhor da sua rua?

Não.

Isso é modéstia ou é o que acha? É que, ainda por cima, não há muitos na sua rua a fazer o que a Judite faz...

[risos] Nunca alguém me ouvirá dizer que sou a melhor da minha rua. Quero que esse julgamento, a ser feito, o seja pelos críticos e sobretudo pelo público. E que seja medido pelos resultados dos meus programas. Tenho os pés bem assentes na terra. O que é verdade em televisão hoje é mentira amanhã. Quem ganha hoje, perde amanhã.

Há bocadinho dizia que chorou baba e ranho depois da última entrevista com Mário Soares. É muito emotiva? Interioriza muito depois do trabalho acabado?

Completamente.

Chora muito?

[risos] Não, chorar não. Nesse caso aconteceu porque foi muito desgastante e desagradável. Fiquei emocionalmente abalada. Até por razões que envolvem algum fundo pessoal.

É muito cerebral?

Sou aparentemente cerebral e verdadeiramente emocional. Mas também aprendi recentemente com o António Damásio que as pessoas que dizem que são cerebrais não sabem pura e simplesmente o que estão a dizer, porque não há na da na nossa vida nem nos nossos mecanismos cerebrais que não seja fortemente influenciado pelas emoções.

E tem fama de ser muito explosiva, de se irritar facilmente na redacção, de gritar, de ter os seus ódios de estimação, o seu grupo de gente protegida na RTP. Tem consciência disso?

Tenho, mas é mais fama do que proveito [gargalhada]. Tenho 30 anos de RTP em cima e isso confere-me uma grande liberdade. Conheço todas as pessoas como as palmas das minhas mãos. Além disso, sou a primeira a dar o exemplo. Muitas vezes sou a primeira a chegar e a última a sair. As pessoas que são competentes, esforçadas, humildades, que querem aprender e fazer melhor e contribuir com o seu trabalho para o valor da empresa têm em mim uma aliada, uma amiga, uma camarada. Não uma directora adjunta, mas uma amiga a cem por cento. Quem é incompetente e laxista já sabe que não vai ouvir de mim coisas muito simpáticas.

Continua a haver gente dessa na RTP?

Sim, algumas pessoas. Continua a haver, claro. Eu não tenho mentalidade de função pública. E se calhar é isso que explica o meu percurso. Nunca me deixei vencer. Antes pelo contrário. Mas ainda há gente que acha que isto é uma empresa pública e que, portanto, tudo está garantido. Quem não pensa assim tem tudo o que quiser de mim.

Portanto, não tem o seu grupo de jornalistas protegidas, como consta?

Não, não tenho. Tenho muito poucos amigos na RTP. Amigos, amigos. Amigos de casa. Mas sou uma pessoa muito disponível, até porque não utilizo o meu gabinete. Que me recorde, em 30 anos da RTP, sou a única pessoa com um lugar como o meu que não utiliza o gabinete. Acho que isto diz tudo. Quer maior desassombramento do que este? Maior despojamento? Estou sempre na redacção, sento-me ao lado da editora da Política. Escrevo, faço pivôs, faço títulos e se for preciso pego na vassoura e limpo o chão, não tenho problema algum. Agora exerço as funções que me estão incumbidas pelo conselho de administração da empresa. O meu dever de lealdade é com o director de informação que me convidou e com a administração que me nomeou.

Portanto, racionalmente emotiva, exigente, que diz as coisas na cara. E que mais? Que mais se esconde por trás da figura forte que se vê na televisão?

[risos]

É uma mulher insegura...

[pausa] Sou. Q.b. [risos] Sou um bocadinho insegura. Não posso esconder. Tenho as minhas inseguranças.

Sente-se injustiçada às vezes...

Injustiçada? Sinto. A que nível se refere?

Por exemplo, na sua relação com a imprensa...

Sim. Sinto. A minha carreira é algo que me dá muito orgulho. Sinto que tenho feito um percurso profissional sério, honesto, limpo, sem ser levada ao colo por ninguém. E disso orgulho-me. E talvez não haja assim tanta gente que possa orgulhar-se disso [pausa]. Eu tenho orgulho nisso. E acho que não estou a dizer uma coisa tonta [emociona-se].

Portanto...

Acho que a imprensa tem um problema com a RTP. Não é comigo. Eu não sou ninguém. A imprensa, ou pelo menos alguma imprensa, de um modo geral, é muito permissiva e contemporizadora com os insucessos da concorrência e não é tão tolerante relativamente ao que se passa na RTP.

Isso não será natural pelo facto de os insucessos da RTP serem pagos com o dinheiro dos contribuintes?

Não.

Não estou a afirmar, estou a perguntar...

Não, mas não posso aceitar essa possibilidade. Essa não é uma justificação profissional. Não compete aos jornalistas e à imprensa fazer esse tipo de avaliação. Quem tem de o fazer é o mercado, são os decisores políticos, são as muitas entidades que pululam à volta da RTP e que fiscalizam o nosso trabalho (o conselho de opinião, os provedores, a ERC, a Assembleia da República, o Tribunal Constitucional). Onde é que está escrito que a imprensa tem de ser mais exigente em relação à RTP do que em relação à SIC e à TVI?

Durante anos, a Grande Entrevista foi o único programa de entrevistas na televisão generalista. No ano passado, teve as Cartas na Mesa, de Constança Cunha e Sá, na TVI (agora na TVI 24) e este ano tem Mário Crespo Entrevista na SIC, à segunda-feira. Como viu a chegada da concorrência?

Na minha cabeça sempre tive concorrência. Antes de a SIC e da TVI terem colocado programas de entrevista, eu tinha concorrência na minha cabeça. Porque sou muito competitiva comigo própria. Quero sempre fazer melhor. Portanto, vi com muita naturalidade o aparecimento dos programas de que fala. Até estranhei que não tivessem surgido antes.

Um deles já desapareceu da generalista para o cabo...


Sem que a imprensa tenha escrito uma linha sobre isso.

Sem que alguma imprensa tenha escrito uma linha sobre isso...

[risos] Sim. O outro, o do Mário Crespo, não está em concorrência directa com a Grande Entrevista mas está em concorrência directa com outro programa meu, que é um programa de autor moderado por mim, As Notas Soltas de António Vitorino.

Mas porque fez questão de dizer que o Mário Crespo Entrevista não está em concorrência directa com a Grande Entrevista mas em concorrência directa com outro programa seu...

[risos] Porque é diferente. É mais fácil.

É mais fácil concorrer com António Vitorino do que consigo?

Não, concorrer com António Vitorino também é concorrer comigo, entendamo-nos. Um programa de opinião tem outra natureza. Todas as semanas é aquela pessoa, não há surpresa. É sempre a mesma dupla. Há quatro anos que às segundas-feiras na RTP1 estão o António Vitorino e a Judite de Sousa.

O que é que quer dizer com isso?

Apenas o que estou a dizer. Não acha que neste cenário é mais fácil a concorrência poder ganhar do que à quinta-feira, em que os convidados são sempre diferentes?

Não me cabe a mim responder a isso. O que sei é que a opinião de António Vitorino é sempre mais vista do que as entrevistas de Mário Crespo.

E o que quer que eu lhe diga?

Quando arrancou o programa, Mário Crespo colocou a fasquia das suas audiências em um milhão de espectadores. Está com menos de 800 mil, enquanto a Grande Entrevista tem quase um milhão.

É o resultado que o público entende atribuir àquele programa. Não me compete a mim dizer se é um mau ou bom resultado. O problema é quando à partida se fixa uma fasquia.

Nunca teve um programa de entrevistas com nome próprio. Porquê? Acha que não tem estatuto ou é um exercício de narcisismo?

[pausa] Não considero essa uma questão importante.

Qual, a minha questão ou a de ter um programa com o seu nome?

Não, não. A sua é perfeitamente oportuna e pertinente. É uma boa pergunta [risos]. Ter um programa com o meu nome é que não é uma coisa importante para mim. Eu, Judite de Sousa, nunca considerei isso importante e vou continuar a não considerar. Nunca fiz saber a alguém que queria ter um programa com o meu nome. Nunca me pus em bicos de pés na RTP junto de alguém. Mas, atenção, não faço juízos de valor. Acho normalíssimo que haja quem goste de associar o seu nome aos programas.

Seria normal, sendo a Judite de Sousa a Marília Gabriela da televisão portuguesa, querer ter um programa com nome próprio...

Bem, mas isso é o Nuno que o diz, não sou eu. Mas nunca se lembraram. Nunca ocorreu a alguém nesta empresa propor-me isso.

E se ocorrer a alguém, aceita?

Não, não.

Mário Crespo tem.

Sim e eu não tenho nada com isso. Não faço juízos de valor.

A SIC promoveu o Mário Crespo Entrevista com um spot que dizia qualquer coisa como "a entrevista inteligente tem um rosto". O que achou?


Deselegante. Triste. A TVI fez o mesmo. O José Eduardo Moniz disse o mesmo quando lançou a Constança Cunha e Sá. A RTP não faz esse tipo de coisas. Não vê a RTP a fazer esse tipo de considerações sobre a concorrência.

Já que estamos a falar de concorrência... ainda é amiga de José Eduardo Moniz e de Manuela Moura Guedes?

[pausa longa e suspiro] Sabe que as amizades são como as plantas, têm de ser regadas. Há pessoas que eu guardo no meu coração. Há pessoas que irão acompanhar-me até ao resto da vida [voz embargada] por aquilo que representaram para mim. O Zé Eduardo foi a pessoa que mais influenciou a minha carreira. Eu não seria aquilo que sou sem ele. Eu vim para Lisboa convidada por ele. Se não tivesse existido em 1990 um director-geral da RTP chamado José Eduardo Moniz a convidar uma jornalista do Monte da Virgem chamada Judite de Sousa para vir para Lisboa apresentar um jornal que ele, director, apresentava aos sábados, provavelmente a esta hora eu estaria no Porto. Isto são coisas que não se esquecem. Eu sou uma pessoa de memória.

Mas deixaram de ser amigos?

Afastámo-nos nos últimos anos. É público. O meio televisivo é muito cruel. É muito competitivo. Lamentavelmente. Tenho muita dificuldade em perceber isso. A concorrência contaminou a nossa relação. Houve um afastamento progressivo. Encontramo-nos cada vez menos.

De Manuela era mesmo muito amiga...

Sim, sim, amiga de casa. Vi nascer e crescer os filhos da Manuela. A infância e os primeiros anos de adolescência do meu filho foram vividos em casa da Manuela, com o filho mais velho dela. Mas, pronto, é a vida. Não quer dizer que não nos falemos. Ainda no outro dia nos encontrámos no XL, em Lisboa. Cumprimentámo-nos. Tudo bem. Somos pessoas civilizadas. Mas tenho imensa pena de termos perdido o resto.

Em Janeiro, Manuela Moura Guedes, em entrevista, dizia que os políticos só vão onde sabem que são tratados como "entrevistados do regime" e que nas suas entrevistas "ficam sempre imensas coisas por esclarecer"...


Não sei do que ela está a falar quando fala dos entrevistados do regime. Quem me conhece sabe que não sou de estender o tapete vermelho a ninguém. Não sei o que ela quer dizer com isso.

Que opinião tem do Jornal Nacional 6.ª que Manuela Moura Guedes apresenta?

É diferente de tudo aquilo que se faz em Portugal e de quase tudo o que se faz a nível europeu. Tem um estilo próprio que eu respeito, que vejo enquanto espectadora de televisão. É um jornal mais "editorializado" do que os outros.

Isso é um eufemismo para dizer que é um jornal opinativo?

Não sei. Aquele programa configura um determinado modelo de jornalismo.

No qual não se revê?

É um jornal que eu não faria. E que não seria capaz de fazer. O estilo dela é aquele. A Manuela Moura Guedes tem um estilo muito próprio. E tem o seu público. O Jornal Nacional à sexta-feira tem liderado as audiências. Há que assumi-lo sem qualquer tipo de problema. Mas não é o meu estilo.

José Sócrates tem colocado o Jornal Nacional 6.ª como um dos vértices do eixo do mal, como estando alegadamente na origem da campanha negra contra ele. Por aquilo que vê daquele jornal, José Sócrates tem razão?

[pausa]Não lhe vou responder a isso. Não estou na posse de informações ou constatações que o gabinete do primeiro-ministro possa formular sobre jornais televisivos. Mas também lhe digo uma coisa. Nesse aspecto estou de acordo com Thomas Jefferson, um dos fundadores da América: se tivesse de optar entre uma imprensa e uma opinião livre e um governo, optava por uma imprensa e opinião livre.

Portanto, o Jornal Nacional 6.ª é um bom produto jornalístico...

Essa pergunta não tem resposta de sim ou não. Eu não sou jornalista da TVI, não estou na redacção da TVI, não conheço as matérias que a TVI investiga e como investiga.

O que é certo é que todas as sextas-feiras a TVI apresenta factos novos, por exemplo, sobre o caso Freeport. Porque é que a RTP não tem essa informação?

[pausa]A RTP tem noticiado tudo aquilo que tem sido público sobre o caso Freeport. Fomos acusados pelo ministro Santos Silva, de uma forma violentíssima, de termos violado o segredo de justiça. Porque nós abrimos um Telejornal com uma peça de oito minutos, o que é um caso absolutamente excepcional, constituída na íntegra com a carta rogatória dos ingleses. Fomos a primeira estação a ter um enviado em Londres, a jornalista Rita Marrafa de Carvalho, no dia da carta rogatória, que o Diário de Notícias divulgou de manhã.

José Eduardo Moniz: "Até agora a TVI só relatou factos"


Caso Freeport

O director da TVI disse hoje que vai mesmo processar o primeiro-ministro e que este desperdiçou uma oportunidade na entrevista que deu à RTP1 para esclarecer o país sobre o caso Freeport e que, sobre o caso, "a TVI só relatou factos".

José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, disse que não vai adoptar “o tom nem a maneira de actuar” do primeiro-ministro, que, afirmou, considera “incompatíveis com o sentido de Estado” e com as responsabilidades de José Sócrates em relação ao país.
O director-geral da TVI vai processar o primeiro-ministro José Sócrates por este ter dito em entrevista à RTP que o telejornal das sextas-feiras da TVI é informação "travestida" e "um espaço de ataque pessoal". Decidiu "avançar com uma queixa judicial contra José Sócrates" e admite que "outros jornalistas da TVI" façam o mesmo.
Em directo no "Jornal Nacional" das 20:00, José Eduardo Moniz disse ter ouvido com "surpresa" e "estupefacção" as declarações que o primeiro-ministro fez, em entrevista transmitida terça-feira pela RTP 1, sobre o jornalismo da estação de Queluz de Baixo.
Sobre a falta de credibilidade da TVI apontada pelo primeiro-ministro no programa Grande Entrevista da RTP1, o director da estação alegou que “até agora a TVI só relatou factos, não inventou as imagens, os sons e as afirmações a que o país tem assistido com espanto”. Referia-se à gravação divulgada pela estação em que Charles Smith diz que Sócrates “é corrupto”.
Depois das declarações de José Sócrates na entrevista à RTP1, Manuela Moura Guedes, que apresenta o Jornal Nacional na TVI, disse que ia processar o primeiro-ministro. A posição oficial da estação face ao caso foi agora divulgada por José Eduardo Moniz.
Para o director da TVI, “a última vítima parece poder vir a ser a liberdade de informação” e “o livre exercício do jornalismo é fundamental e basilar em qualquer sociedade democrática”.
Moniz disse ainda não ser cobarde para utilizar um telejornal como meio para promover a “caça ao homem” que José Sócrates acusou a TVI de fazer no seu telejornal da noite.
O director-geral adiantou ainda não querer alimentar polémicas, lamentando o que considera parecer um ataque à liberdade de informação, "a poucos dias do aniversário do 25 de Abril".

Cofina reduz trabalhadores com despedimento colectivo

O grupo de media Cofina vai fazer um despedimento colectivo de 10 pessoas, reduzindo em 2,5 por cento o número dos seus trabalhadores na subholding Presslivre, disse à Lusa fonte da empresa

A Presslivre, que edita os títulos Correio da Manhã, Sábado, TV Guia e Flash!, quer "ajustar a sua estrutura" para fazer face à quebra das receitas publicitárias.
"Face a uma conjuntura de recessão económica e de quebra abrupta das receitas de publicidade, que no primeiro trimestre se situou em 21,7 por cento, a empresa decidiu proceder a um ajustamento na sua estrutura de custos, reduzindo em 10 o número de colaboradores, procedendo a um despedimento colectivo, processo já iniciado", disse à Lusa fonte oficial da empresa.
Segundo anunciou a empresa no final da semana passada, as receitas operacionais do grupo diminuíram 9,6 por cento entre Janeiro e Março, passando para 30,7 milhões de euros.
Esta queda foi provocada sobretudo pela redução das receitas publicitárias em 21,7 por cento, para 11,2 milhões de euros, enquanto os proveitos com origem no marketing alternativo sofreram uma quebra de 11,9 por cento, para os 4,3 milhões de euros.
Ainda assim, as receitas de circulação (vendas e assinaturas) melhoraram quase 3 por cento, passando para os 15,2 milhões de euros.
Já no início deste mês, o jornal desportivo do grupo, o Record, foi alvo de um despedimento colectivo que abrangeu 10 colaboradores.
O anúncio de despedimentos da Cofina vem juntar-se aos já conhecidos da Controlinveste, Impala e ainda aos da espanhola Prisa, que detém a TVI.
A Controlinveste, que publica jornais como o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, o 24 Horas e tem ainda a rádio TSF, anunciou no início do ano, o despedimento de 122 trabalhadores (número entretanto reduzido para 118) como forma de reduzir os custos da empresa.
Também a Impala - proprietária das revistas Maria, Ana, Nova Gente e Focus, entre outras - avançou que iria efectuar um despedimento colectivo de 20 funcionários e que, segundo o site Meios e Publicidade, obrigou mesmo ao fecho de títulos.
Já esta semana, a Media Capital Edições, detida pela Progresa da espanhola Prisa, iniciou um processo de despedimento colectivo de 12 colaboradores, enquanto a Prisa anunciou que planeia despedir até 2.000 trabalhadores em todo o mundo até ao final do ano.
Nos três primeiros meses deste ano, os anunciantes gastaram menos 131 milhões de euros do que tinham gasto no mesmo período do ano passado, o que significa uma quebra dos investimentos de 11,6 por cento.


Sindicato condena despedimentos "sem motivos" no CM

O Sindicato dos Jornalistas "condena vivamente" a decisão da administração do jornal Correio da Manhã de despedir uma dezena de trabalhadores, sete dos quais jornalistas, informa a estrutura sindical num comunicado na sua página na Internet.

De acordo com o texto, o Sindicato "não nega às empresas o direito de abrirem processos de adesão voluntária a programas de redução de pessoal, embora tais programas se traduzam geralmente num desperdício de experiência e de memória que enfraquece as redacções e empobrece o serviço prestado aos cidadãos".
Porém, "rejeita claramente despedimentos como aquele que agora foi desencadeado", que "acentua a redução de jornalistas recentemente encetada, nomeadamente em delegações do jornal (são atingidas agora as delegações de Braga, Porto e Algarve, além da sede), diminuindo a relação do Correio da Manhã com as regiões, com efeitos negativos na expressão da diversidade das realidades do país".

Pontos de venda vão oferecer jornal na 2.ª-feira


Lançamento do novo '24horas'

O 24horas vai distribuir na segunda-feira 400 mil exemplares em todos os quiosques do País. No dia de lançamento do novo formato adoptado pelo diário, os leitores receberão, gratuitamente, a primeira edição daquilo que a direcção do 24horas apelidou de "um jornal que parece uma revista".

A primeira edição do novo 24horas terá um total de 72 páginas e pretende ser um produto inovador no mercado. Com um tamanho próximo do habitualmente usado pelo mercado de revistas, em papel melhorado e agrafado, estará organizado em cinco secções: "Notícias" onde, de forma comentada e analítica, se faz o resumo do que mais de importante aconteceu na véspera, seja no país ou do mundo. "Factos", onde se publicam as fotos mais relevantes do dia e se trata com profundidade, em pelo menos duas páginas de texto e fotos, um tema da dia. Segue-se "Na Capa" onde, em quatro páginas, se analisa com profundidade o assunto de maior destaque da edição. Depois virá a secção "Pessoas" onde se noticia a vida social, da televisão, dos espectáculos e de outras pessoas influentes da nossa sociedade, do país e do estrangeiro. Finalmente na secção "A Fechar" será publicada uma entrevista diária e crónicas de opinião.
Do ponto de vista de linha editorial, a direcção do 24horas define o jornalismo que pretende praticar desta forma: "pessoas, pessoas, pessoas".

quarta-feira, abril 15, 2009

Livro reúne textos publicados na Internet



Três monárquicos juntaram-se para escreverem as razões da causa

Beber café é saudável



Investigadores norte-americanos ligaram a cafeina à redução de alguns tipos de cancro de pele. Os cientistas defendem que a cafeina é protector solar, podendo também prevenir a demência e a doença de alzheimer.

terça-feira, abril 14, 2009

Pleuresia afasta jornalista do ecrã


TVI: Pedro Pinto vai ficar de baixa três semanas

Pedro Pinto, pivô do ‘Jornal Nacional’ da TVI, teve na passada Quarta-feira, 8 de Abril de 2009, alta do Hospital da Luz onde esteve internado desde segunda-feira, 6 de Abril de 2009. O jornalista tem uma pleuresia (inflamação na membrana que reveste os pulmões) e vai estar de baixa durante três semanas. "Ainda me custa muito respirar" confessou ao CM, acrescentando que, por causa da doença, deixou de fumar.
Tudo começou no dia do lançamento do seu primeiro livro ‘O Último Bandeirante’, a 18 de Março. "Senti uma dor que me pareceu muscular e tomei Voltaren. Convenci-me de que era do stress. Como as dores passaram, não liguei mais a isto", conta Pedro Pinto.
O jornalista foi entretanto de férias para a praia do Forte, em Salvador, Brasil, com a família. "Dois dias depois de lá estar voltaram as dores. Fui ao médico que me receito um anti-inflamatório. Também pensou que era um problema muscular e, claro, os medicamentos ‘mascararam’ a doença", adianta.
Pedro Pinto regressou ao trabalho na passada segunda-feira, 6 de Abril de 2009, e ainda apresentou o ‘Jornal Nacional’. "Mas não aguentei as dores, até pensei que tinha uma costela partida. Fui ao hospital e fiquei internado. Afinal era uma pleuresia. Vou estar três semanas de baixa", salienta o pivô.
"Vou apresentar o ‘Jornal Nacional’ durante a baixa do Pedro. Pode ser por três semanas ou mais, depende da sua recuperação", adianta ao CM José Carlos Castro, que, juntamente com Vítor Bandarra e Pedro Pinto, edita o noticiário da TVI.

Cascais reafirma que não constrói praça de touros


Presidente da Câmara esclarece notícia do ‘CM’

O presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, veio esclarecer a posição da autarquia em relação à notícia do Correio da Manhã da última quinta-feira, de título ‘Cascais põe fim à festa de toiros’.
"De facto, declarei, em resposta a uma pergunta que me foi formulada: "Não existe na Câmara qualquer pedido para levar a efeito um espectáculo tauromáquico. Não tenciono construir uma nova praça de touros nem autorizar espectáculos com animais em estruturas desmontáveis", diz o presidente da Câmara.
"Não vejo nada de extraordinário em afirmar que Cascais, por iniciativa da Câmara, não vai ter uma nova praça de touros. Damos naturalmente prioridade ao investimento em escolas e a outros equipamentos sociais e desportivos", acrescenta.
Para António Capucho, "não é de admirar não autorizarmos espectáculos com animais em estruturas desmontáveis". O autarca de Cascais reafirma: "Não tenho pendente nenhuma solicitação de privados no sentido da construção de uma praça de touros, nem acredito que possa surgir."

sábado, abril 11, 2009

Cascais põe fim à festa taurina


Tourada: Presidente da Câmara toma decisão peremptória

As touradas parecem ter acabado em Cascais, pelo menos na vigência da actual administração camarária. "Não tenciono construir uma nova praça de touros nem autorizar espectáculos com animais em estruturas desmontáveis", afirma o presidente da edilidade, António Capucho.
Divulgada anteontem pelo Gabinete do Munícipe de Cascais, a frase constitui a resposta a uma solicitação feita pela Animal. Esta associação de defesa dos direitos dos animais organizou um movimento de envio de e-mails contra a realização de uma tourada, alegadamente anunciada para 20 de Junho. A resposta "extremamente positiva" do presidente da Câmara faz Cascais juntar-se ao pequeno grupo, constituído por Viana do Castelo e Braga, de cidades cujos municípios "não autorizam touradas", afirma em comunicado o presidente da associação, Miguel Moutinho.
A praça de touros de Cascais foi demolida no presente mandato de António Capucho. Anos antes, o perigo de colapso do edifício levara a edilidade a interditar a sua utilização.
O CM tentou contactar o presidente da Câmara Municipal de Cascais sem o conseguir.

domingo, abril 05, 2009

Pelo menos 12 mortos em assalto com 40 reféns no Estado de Nova Iorque


Homem armado que ocupou edifício suicidou-se

Um homem armado que fez 40 reféns num edifício onde está instalada uma associação de apoio a imigrantes na cidade de Binghamton, no Estado de Nova Iorque, suicidou-se depois de disparar sobre as pessoas. A informação foi confirmada pelas autoridades locais. De acordo com o governador do Estado de Nova Iorque, há registo de 12 ou 13 mortos.

As autoridades retiraram o corpo do atirador das instalações da Associação Cívica Americana, em Binghamton, a 250 quilómetros da cidade de Nova Iorque. O homem armado que tomou de assalto o edifício tinha 42 anos e era de origem asiática.
Após as primeiras informações sobre o suicídio do atirador, todos os reféns acabaram por ser retirados do local.
Por volta das 19h00 (hora de Lisboa), uma repóter da Sky News deu conta de que estava em curso uma operação das forças especiais norte-americanas, incluindo o FBI. Negociadores e especialistas neste tipo de acção terão nessa altura conseguido libertar cerca de 20 reféns. Dois homens foram também vistos a sair algemados do edifício e a polícia procurava ainda um terceiro suspeito, o que indicava a possibilidade de se ter tratado de uma acção organizada por um grupo e não de um acto individual, como se pensou inicialmente.
Pouco depois do início do assalto, um jornalista de uma rádio local relatou à cadeia de televisão norte-americana CNN, citando fontes da polícia, que 13 pessoas poderiam sido abatidas.
São ainda desconhecidas os motivos que levaram à ocupação do edifício por volta das 10h30 (17h30 em Lisboa) em Binghamton, uma cidade pequena e pacata do Estado de Nova Iorque, com 45 mil habitantes, onde não há registo de qualquer incidente semelhante.
Sabe-se que há pessoas que fugiram para a cave e outras procuraram refúgio noutras salas do edifício, onde está instalada a Associação Cívica Americana.
Entre outras actividades, esta associação organiza cursos de inglês para novos imigrantes nos EUA.

sábado, abril 04, 2009

Catorze mortos e quatro feridos em estado grave na sequência de tiroteiro


Assalto a organização de acolhimento de imigrantes

Catorze pessoas morreram e quatro ficaram gravemente feridas na sequência dos disparos efectuados por um homem dentro de uma organização de acolhimento de imigrantes em Binghamton, divulgou o chefe da polícia de Nova Iorque em conferência de imprensa.

Os números anteriores apontavam para "12 ou 13 mortos", como havia declarado o governador do Estado de Nova Iorque, David Paterson.
O chefe da polícia de Nova Iorque, Joseph Zikuski, afirmou ainda que "37 pessoas saíram do edifício sãs e salvas, e quatro feridos estão em estado grave".

Atirador suicidou-se

O atirador ter-se-á suicidado com um tiro na cabeça, segundo um responsável do Governo, citado pela televisão norte-americana CNN.
O tiroteio, que ocorreu durante a tarde de esta sexta-feira nos escritórios da American Civic Association, uma organização de acolhimento de imigrantes, provocou 14 mortos após o homem ter bloqueado a porta das traseiras dos escritórios com o seu carro, entrando então pela porta principal a disparar uma arma de fogo.
Segundo o mesmo responsável, o atirador trazia consigo identificação em que indicava ter 42 anos e residir na parte norte do Estado de Nova Iorque.
O corpo do homem foi encontrado dentro de um dos escritórios da organização.

Investigação

Entretanto, as autoridades conseguiram já um mandado de busca domiciliária para proceder a investigações numa moradia perto da cidade de Johnson, afirmaram as autoridades.
As autoridades adiantaram ainda que não irão divulgar o nome do alegado atirador.

Atirador suicidou-se



Atentado nos EUA com pelo menos 12 mortos

Sequestro nos EUA



Reféns e vítimas mortais em edifício estatal

Manifestações contra a NATO



Detidas cerca de 100 pessoas

Obama pede mais envolvimento da Europa


Cimeira da NATO na Alemanha

Em Baden-Baden, na Alemanha, começou a cimeira que assinala os 60 anos da NATO. Marcada, pela primeira vez, pela presença de Barak Obama, espera-se que o encontro decida o reforço da presença da NATO no Afeganistão e na luta anti-terrorista. Obama pediu maior envolvimento europeu.

Barak e Michelle Obama são a grande sensação desta cimeira da NATO, que começa na Alemanha, em Baden-Baden, e acaba, neste sábado, em Estrasburgo, na França. É o sublinhar da unidade europeia, quando a NATO assinala 60 anos e se prepara para responder a novos desafios, como o terrorismo.
Num encontro com jovens, em Estrasburgo, o Presidente dos Estados Unidos mostrou empenho em ultrapassar divergências transatlânticas, geradas pela guerra no Iraque.
Obama apelou a maior envolvimento europeu, até porque, na sua opinião, a Europa está mais ameaçada pela AlQaeda que os Estados Unidos.
Também salientou que a luta antiterrorista não é justificação para que se ponham em causa os Direitos Humanos.
Noutro registo, Obama falou do seu futuro cão para a Casa Branca, que pode ser português, embora sem grande novidade.

NATO celebra 60 anos



Cimeira na Alemanha e em França

Nova Manifestação em Maio


Plataforma Sindical dos Professores

A Plataforma Sindical dos Professores disse na tarde desta quinta-feira que prevê fazer uma nova manifestação nacional de professores ou acção semelhante algures entre os dias 11 e 16 de Maio.
“Colocamos a possibilidade de uma grande acção nacional e será até ao dia 16 de Maio uma vez que na semana seguinte começa a campanha para as eleições europeias e não queremos confusões”, sublinhou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e secretário-geral da FENPROF.
Reunidos com os jornalistas os dirigentes apresentaram a “Semana de Consulta Geral aos Professores e Educadores” que decorrerá entre os dias 20 e 24 de Abril: “Todos os agrupamentos ou escolas isoladas terão uma reunião. Vamos tentar perceber qual é a disponibilidade dos professores, de que formas deveremos prosseguir a luta e também debater sobre os avanços que foram feitos”, avançou Mário Nogueira. E prosseguiu: “Os professores não saíram vencedores mas também saíram vencidos”.


Obama chega a França para cimeira da NATO



Encontro será dominado pelo Afeganistão. Sócrates e Severiano Teixeira participam

Protestos em Londres contra G20



Manifestantes e polícia envolvem-se em confrontos

quarta-feira, abril 01, 2009

Sete anos e meio de prisão para ex-coordenadora da PJ


Tribunal da Boa-Hora

Ana Paula Matos foi hoje condenada a uma pena de sete anos e seis meses de prisão efectiva por quatro crimes de peculato, pelo Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa e ao pagamento de 8.340 euros ao Estado.

A antiga coordenadora da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) foi acusada pelo Ministério Público de desviar 94 mil euros naquilo que preenche o o crime de peculato, dinheiro que tinha sido apreendido em várias operações anti-droga conduzidas pela Polícia Judiciária.
A ex-coordenadora do DCITE usou esse dinheiro desviado de um cofre da Polícia Judiciária para pagar várias dívidas que teria contraído entretanto.
O juiz Renato Cardoso ao ler a sentença a Ana Paula Matos deu como provadas todas as acusações e referiu que a arguida "traiu de forma gravíssima a confiança que os cidadãos têm na PJ".
Ana Paula Matos - que não esteve presente na leitura da sentença por motivos de saúde, de acordo com a advogada de defesa - foi condenada por apropriação ilegal de dinheiros públicos referentes a quatro casos:
• Um deles por apropriação de 890 euros;
• Outro de 1.500;
• Um terceiro de 7.450 euros e, por fim,
• Outro de 86.485 euros.
Perante uma sala de audiências repleta de jornalistas e de inspectores da Polícia Judiciária, a advogada da Arguida ouviu em sua representação, a sua cliente ser condenada para além da pena de prisão, ao pagamento ao Estado da quantia de 8.340 euros a que acrescerão juros até efectivo pagamento, além das custas do processo.
Graciete Pinto e Silva, a advogada que garante a defesa da antiga coordenadora do departamento da polícia Judiciária que combate o tráfico de droga já anunciou que vai recorrer da sentença hoje lida no velho tribunal que em breve deixará de servir para julgar prevaricadores e fazer justiça.
Ana Paula Matos vai provavelmente ainda ver um tribunal civil apreciar o destino da verba de que se apropriou ilegitimamente. O tribunal que a condenou hoje enviou o processo da divida dos 86.485 para que em sede cível essa questão seja apreciada.

Boa-Hora condena ex-inspectora da PJ a 7,5 anos de prisão



Foi condenada a sete anos e meio de prisão a ex-coordenadora da Polícia Judiciária acusada de desviar 94 mil euros. O dinheiro tinha sido apreendido em várias operações de combate ao tráfico de droga.

Antiga inspectora coordenadora da PJ condenada a sete anos e meio de prisão



Por quatro crimes de peculato

A antiga inspectora coordenadora da Polícia Judiciária, Ana Paula da Costa Matos, foi hoje condenada pelo Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, a sete anos e meio de prisão por quatro crimes de peculato. A advogada de defesa já disse que vai recorrer da sentença.
Ana Paula Matos era acusada da apropriação de mais de 94 mil euros apreendidos a traficantes de droga durante quatro ocasiões diferentes que deram origem a quatro crimes, todos dados como provados pelo Tribunal da Boa-Hora.
Graciete Pinto e Silva, a advogada de defesa, revelou que vai recorrer da sentença. "Por que é que a palavra de 30 inspectores da PJ [que testemunham no julgamento] vale mais do que a palavra de uma coordenadora?", questionou a advogada.
A antiga coordenadora da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) da PJ já cumpriu três meses de prisão preventiva, numa instituição psiquiátrica.
Graciete Pinto e Silva assegurou que Ana Paula Matos, que nunca esteve presente em todo o julgamento, não vai tomar conhecimento da sentença.

Ex-coordenadora da PJ com 7 anos e meio de prisão



Acusada de quatro crimes de peculato

A ex-coordenadora da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) da PJ foi condenada a 7 anos e 6 meses de prisão, acusada de quatro crimes de peculato. A sentença foi lida esta manhã no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, que deu como provados os quatro crimes.

A arguida foi detida em 2007. No mesmo ano tentou o suicídio por ingestão de medicamentos.
Ana Paula Matos foi acusada de desviar 94 mil euros (crime de peculato) que haviam sido apreendidos em operações anti-droga.
Na leitura da sentença, o juiz Renato Barroso deu como provadas as acusações, afirmando que a arguida "traiu de forma gravíssima a confiança que os cidadãos têm na PJ".
A advogada de defesa, Graciete Pinto e Silva, afirmou que a ex-coordenadora da DCITE vai recorrer da sentença.
Segundo a acusação, as verbas desviadas em 2006 pela investigadora de um cofre da PJ foram utilizadas para pagar várias dívidas que contraíra. Neste processo, a arguida chegou a estar em prisão preventiva.
A sala de audiências do Tribunal da Boa Hora onde hoje foi lida a sentença estava repleta de jornalistas e inspectores da PJ que recusaram prestar qualquer declaração.
Ana Paula Matos - que não esteve presente na leitura da sentença por motivos de saúde, de acordo com a advogada de defesa - foi condenada por apropriação ilegal de dinheiros públicos referentes a quatro casos: um deles por apropriação de 890 euros, outro de 1.500, um terceiro de 7.450 euros e, por fim, outro de 86.485 euros.
Além da pena de prisão, o juiz determinou que a ex-coordenadora da PJ tem de pagar ao Estado 8.340 euros, mais os juros, além das custas do processo.
Em relação ao processo dos 86.485 euros, o juiz Renato Barroso enviou os dados para o tribunal civil se pronunciar.



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