terça-feira, julho 20, 2010

CDS e CDU pedem demissão de Isaltino Morais


Câmara de Oeiras

O presidente da Câmara de Oeiras, em resposta, disse que não admite ser 'condenado' pela oposição até haver uma decisão final da justiça sobre o seu caso.


O autarca viu, na semana passada, o tribunal da relação confirmar-lhe a condenação a pena de prisão de dois anos pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, mas reafirmou hoje a sua inocência, durante uma Assembleia Municipal, recordando que o processo não está concluído.
'Até à última decisão não admito que me condenem nesta Assembleia", disse Isaltino Morais durante a sua intervenção, durante a qual lembrou as 'muitas pedradas e julgamentos de praça pública' de que já foi alvo.
'Nunca cometi nenhum crime no exercício das minhas funções e este acórdão vem provar isso mesmo e espero que o próximo acórdão já venha provar a minha total inocência', frisou.
Na primeira instância, o autarca havia sido condenado a sete anos de prisão e a perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais no Tribunal de Sintra. Posteriormente, a relação veio a reduzir a pena de sete para dois anos de prisão efectiva.
Isaltino Morais respondia assim às críticas feitas pela deputada do CDS-PP, Isabel Sande e Castro, que, no seu discurso, apontou 'falta de seriedade' ao líder do executivo, sublinhando que a condenação do autarca será sempre uma 'mancha'.
'A obra fica sempre manchada por muito virtuoso que tenha sido o seu mandato', concluiu a deputada.
No final da sessão, em declarações à Lusa, Isabel Sande e Castro pediu a demissão do autarca, uma exigência que é também subscrita pelo deputado da CDU Daniel Branco, considerando que todo o processo que envolve Isaltino Morais 'tem marcado muito o estado em que o município tem funcionado'.
'Quando, no futuro, alguém vier analisar a gestão do nosso município depois de 2005, será forçado a considerar como relevante a situação judicial por que tem passado o actual presidente da Câmara', disse o deputado.
No final da reunião, Isaltino Morais recusou prestar mais esclarecimentos sobre o processo, afirmando apenas que acredita na Justiça.

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