quarta-feira, setembro 15, 2010

52% dos portugueses consideram euro prejudicial



Estudo da Transatlantic Trends

Em Portugal, 52% da população consideram que o euro tem sido prejudicial para a economia, revela o estudo anual da Transatlantic Trends hoje divulgado.

O inquérito da Transatlantic Trends 2010 indica ainda que a maioria dos europeus considera que actual crise está relacionada com o euro e não com o projecto da União.
Após a formulação da pergunta se o euro foi positivo ou negativo para a economia de Portugal, registaram-se 40 por cento de respostas positivas e 52 por cento negativas.
Em paralelo, 69 por cento dos entrevistados no país concordaram que o estatuto de membro da UE tem sido positivo para a sua própria economia (20 por cento de opiniões desfavoráveis).
Nos 11 estados da UE incluídos no estudo, 78 por cento defende que a União deve manter uma forte liderança nos assuntos internacionais. Em Portugal, 84 por cento considera que a União deve exercer essa liderança, contra 14 por cento de pareceres negativos.
Quanto aos próximos cinco anos, 75 por cento dos portugueses também acredita que a UE vai exercer forte influência nos assuntos mundiais, enquanto 25 por cento considera o oposto.
Em relação à situação no Afeganistão, apenas dois por cento dos inquiridos em Portugal se pronunciaram pelo aumento do número de tropas; 45 por cento pela manutenção nos níveis actuais, 15 por cento pela redução e 37 por cento pela retirada total do terreno.
Em paralelo, 25 por cento dos sondados disseram ser demasiado cedo para a retirada, 37 por cento defenderam a saída do terreno em 2011 caso existam condições, e 36 por cento optaram por defender o início imediato da retirada das tropas do Afeganistão.
Quanto às perspectivas de estabilização da situação no Iraque, 29 por cento dos portugueses admitiu estar optimista ou muito optimista e 69 por cento respondeu negativamente (25 por cento referiram permanecer muito pessimistas). " pergunta se, sob determinadas condições, a guerra é necessária para obter justiça, 70 por cento discordam e 29 por cento concordam.
Portugal também parece estar atento à perspectiva de o Irão obter armas nucleares, revela ainda o estudo anual da Transatlantic Trends. Na sondagem, 86 por cento dos portugueses manifestou preocupação com essa eventualidade, contra 14 por cento de opinião contrária.
Em relação à melhor forma de dissuadir o Irão em obter armas nucleares, 36 por cento apostaram na oferta de incentivos económicos, enquanto 32 por defendeu a imposição de sanções económicas.
No caso de a alternativa ficar reduzida entre um ataque militar ou um Irão nuclear, já 57 por cento dos portugueses defende o uso da força contra Teerão.
Ao serem questionados sobre a Turquia, 41 por cento dos portugueses disseram ter uma opinião positiva da Turquia, 45 por cento negativa e 14 por cento não responderam.
Transatlantic Trends é um projecto do German Marshall Fund dos Estados Unidos e da Companhia di San Paolo, com o apoio da Fundação Luso-Americana (FLAD), Fundação BBVA e Tipping Point Foundation (Bulgária).
Trata-se do único inquérito com componente transatlântica sobre temas de política internacional, no qual Portugal participa desde 2003.

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