quarta-feira, setembro 15, 2010

Governo quer baixar taxa de retenção do secundário em quase sete pontos percentuais até 2015



A descida da taxa de retenção do ensino secundário dos actuais 18,7 para 12 por cento é uma das metas do Governo para 2015, com...

A descida da taxa de retenção do ensino secundário dos actuais 18,7 para 12 por cento é uma das metas do Governo para 2015, comunicadas esta semana pela ministra da Educação aos directores das escolas.
Isabel Alçada reuniu na terça feira, em Braga, com mais de 300 directores de agrupamentos e escolas não agrupadas da área de influência da Direcção Regional de Educação (DRE) do Norte, continuando hoje com os responsáveis dos estabelecimentos de ensino da DRE do Centro.
Nestes encontros de trabalho, a ministra da Educação está a pedir aos directores que estabeleçam metas anuais de sucesso educativo, ao nível da sua escola, tendo em conta a existência de um objectivo nacional para 2015, expresso em três indicadores: taxa de retenção, exames nacionais e abandono.
Contactados pela agência Lusa, três dirigentes escolares presentes no encontro de segunda feira confirmaram que a governante estabeleceu como objectivo para o ensino secundário os 12 por cento de taxa de retenção até 2015, sendo que em 2008/09 este indicador situava-se nos 18,7 por cento.
A taxa de retenção e desistência é a relação percentual entre o número de alunos que não podem transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados nesse ano lectivo, um valor que em 2005/06 ultrapassava os 30 por cento.
O mesmo indicador deverá ficar pelos dez por cento no que se refere ao terceiro ciclo do ensino básico (contra os actuais 13,8 por cento), pelos cinco por cento no segundo ciclo (7,5 por cento) e pelos dois por cento no primeiro ciclo (3,4 por cento).
Quanto aos exames nacionais do 9.º ano do ensino básico, o objectivo do Governo para 2015 é aumentar em quatro pontos percentuais as classificações positivas a Língua Portuguesa e Matemática.
Este ano, a Matemática, 51,3 por cento dos alunos obtiveram uma nota positiva, enquanto a Língua Portuguesa 69,6 por cento dos estudantes alcançaram uma classificação positiva.
Relativamente ao terceiro indicador, Isabel Alçada pretende que a taxa de desistência aos 14 anos seja inferior a um por cento, aos 15 menor que dois por cento e aos 16 anos abaixo dos quatro por cento, em 2015.
Segundo Pedro Araújo, director da Escola Secundária de Felgueiras, "muitas" escolas já definem este tipo de objectivos nos seus projectos educativos, pelo que a proposta da ministra "não obteve qualquer rejeição", tendo ficado a ideia de "ser bem acolhida".
"[Isabel Alçada] disse muito claramente que o que se pretende é que as metas sejam atingidas com aprendizagens efectivas, não se podendo baixar o nível de exigência", disse à Lusa outro responsável, que preferiu não ser identificado, acrescentando ainda que a ministra "rejeitou a ideia de facilitismo".
A agência Lusa contactou o Ministério da Educação para confirmação destes dados, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

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