quarta-feira, outubro 20, 2010

Cavaco: 'estão criadas as condições para que decorram negociações'



oe2011

O Presidente da República até admite que existam mediadores, mas "discretos".

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou hoje, na Covilhã, que "estão criadas todas as condições para que decorram negociações à volta do Orçamento, eventualmente para melhorar aquilo que foi apresentado".
Cavaco Silva justifica que há condições, porque "o documento é do conhecimento de todos e tanto o Governo como as forças políticas declararam total abertura para a negociação".
Sem comentar especificamente as condições colocadas pelo PSD para viabilizar o OE, Cavaco referiu que "todas as propostas apresentadas pelos partidos políticos devem ser objecto de uma análise cuidada, com grande abertura", destacou.
Para o Presidente deve ser seguida "a linha do espírito de negociação que foi publicamente expresso pelo ministro das Finanças".
Cavaco Silva espera que "haja uma vontade muito séria de chegar a um compromisso", tendo em conta "a situação complexa em que o pais se encontra".
"Já tive ocasião de fornecer toda a informação aos partidos", realçou Cavaco: "A nossa economia não consegue funcionar razoavelmente sem acesso dos bancos e do Estado aos mercados financeiros internacionais".
Cavaco realçou que "os mercados, provavelmente, não se abrirão aos nossos bancos, ao Estado e agentes económicos, sem que tenham algumas notícias positivas para o próximo ano, sobre a execução orçamental deste ano e execução efectiva em 2011".
Questionado sobre se espera cedências de parte a parte, destacou que "uma negociação é isso mesmo: o compromisso é o resultado final. Ambas as partes têm que percorrer um caminho para chegar a esse resultado final que os portugueses esperam que seja um resultado positivo".
De forma clara, referiu que, "neste momento, confio muito na combinação de cultura do diálogo e cultura do compromisso".
"As negociações ocorrem directamente entre as forças políticas. Aquilo que eventuais mediadores devem fazer, tem que ser de forma discreta, nunca na praça pública".
E dá como exemplo "aquilo que tenho vindo a fazer como Presidente da República: não podia deixar de o fazer de forma discreta se tiver a ambição de realizar uma magistratura activa e com alguma influência".
Questionado sobre as perspectivas de retracção económica em 2011, Cavaco Silva encara-as sem surpresa e esperançado em que as exportações equilibrem as contas.
"Os ensinamentos da economia são muito claros quanto aos efeitos de um orçamento em que o défice estrutural se reduz significativamente. Aliás, o Governo reconheceu isso mesmo, com um efeito contraccionista que pode vir a ser compensado em parte com uma expansão das exportações".
"Muitos economistas que estudaram estas matérias, tal como eu, já expressaram a sua opinião e penso que a expressaram tendo por base os conhecimentos fundados que possuem e o estudo que fizeram do orçamento", concluiu.


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