Mostrar mensagens com a etiqueta Mundo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mundo. Mostrar todas as mensagens

sábado, setembro 10, 2016

"Sentimos o comboio a saltar e depois descarrilou"


Passageiros relatam horror vivido em descarrilamento de comboio na Galiza. Maquinista português entre as quatro vítimas mortais.

O descarrilamento de um comboio português de passageiros, esta Sexta-feira, junto à estação de Porriño, em Pontevedra, na Galiza, fez pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos, alguns em estado grave. 
O comboio ao serviço da CP transportava 69 passageiros e fazia o trajeto Vigo - Porto, desconhecendo-se ainda as razões do acidente, que ocorreu cerca das 9h30 locais (8h30 em Portugal). 
Para já, sabe-se apenas que o comboio, que foi à revisão em Maio, saiu dos carris e chocou com um poste de iluminação e que a via onde circulava a composição era uma via secundária, pois a principal estava em obras. 
A Junta de Galiza disponibilizou um número de telefone para os afetados pelo acidente de comboio. Familiares e amigos podem pedir mais informações pelo número +34 900 101 020. 

Passageiros relatam horror vivido 

Conception e Antía estavam no comboio que descarrilou, esta sexta-feira, na Galiza. As duas mulheres, de Monforte e Vigo, estavam na terceira carruagem da composição e tudo corria dentro da normalidade quando, de repente, sentiram o comboio a dar um 'salto'.
"Antes de começar toda esta loucura, estávamos despreocupadas. Sentimos o comboio a saltar e depois descarrilou", explicou uma delas, citada pelo jornal Faro de Vigo.
O comboio acidentado estava pejado de turistas como Conception e Antía. Aliás, entre as vítimas mortais consta uma pessoa norte-americana.
O dia-a-dia na zona também foi totalmente alterado, esta sexta-feira. Arim Rodriguez, que mora a um minuto da estação, garante que estava em casa quando a confusão começou. "Fui logo até lá para oferecer ajuda, mas estava tudo controlado e acabei por ir embora, para não estar a estorvar".
"Cá fora é que estava um caos, porque cortaram muitas ruas para que as ambulâncias pudessem circular. As pessoas também estavam muito nervosas porque se lembravam do acidente de 2013 e tinham medo que fosse outro acidente trágico", explicou. 

Um português entre as vítimas 

O maquinista, de nacionalidade portuguesa, é uma das vítimas mortais. José Arnaldo Moreira tinha 45 anos e estava ao serviço da CP há 22 anos. Fazia várias vezes este caminho. A família de José Moreira vai receber apoio psicológico.
Outra das vítimas será o revisor, de nacionalidade espanhola, que teria 55 anos. Uma terceira vítima mortal - que o jornal Faro de Vigo diz ser um jovem galego de 23 anos - faleceu a caminho do hospital, com uma paragem cardíaca. Segundo a mesma fonte, a quarta vítima confirmada será um turista de nacionalidade norte-americana.
O presidente da Junta da Galiza (Governo regional), Alberto Feijóo, admitiu que pode existir uma quinta vítima mortal, ainda encarcerada. O vice-cônsul de Portugal na Galiza, Manuel Correia da Silva, disse que três dos feridos são portugueses, entre eles uma mulher, mas dois deles já tiveram alta.
A maioria dos passageiros abandonaram o comboio e a zona do acidente pelo próprio pé, com o café da estação de comboios a transformar-se num autêntico hospital de campanha.
Alguns feridos foram transportados para o hospital Álvaro Cunqueiro, em Vigo e foram acionados helicópteros para transportar as vítimas. Foram hospitalizados 12 feridos, dos quais três são portugueses.
A agência de gestão ferroviária espanhola Adif já abriu uma investigação ao acidente. 

Doze feridos continuam internados 

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, informou que 12 pessoas feridas no acidente desta sexta-feira do comboio Celta em Porriño, na Galiza, continuam hospitalizadas, mas sublinhou que nenhuma corre perigo de vida. 

CP participa em comissão de inquérito liderada por espanhóis 

A CP-Comboios de Portugal lamentou o acidente ferroviário ocorrido na Galiza que fez quatro mortos, um deles o maquinista português, indicando que participará na comissão de inquérito "de imediato constituída" para esclarecer as respetivas causas.
Em comunicado, a companhia ferroviária portuguesa precisou que a comissão de inquérito é "liderada pelas empresas ferroviárias espanholas, ADIF e RENFE, e inclui representantes da CP".
"No âmbito deste inquérito serão apuradas as causas e circunstâncias deste acidente, que só após a sua conclusão serão divulgadas", acrescentou.
A empresa indicou igualmente que o maquinista, de nacionalidade portuguesa, "pertencia aos quadros da CP", que está agora a acompanhar a família "neste momento de luto para todos os ferroviários".
Na nota à imprensa, a CP lamentou ainda "profundamente as vítimas mortais", endereçando "os mais sentidos pêsames às famílias" e desejando "a rápida recuperação dos feridos resultantes do acidente". 

Ligação entre Porto e Vigo assegurada com ajuda de autocarro 

A ligação ferroviária entre o Porto e Vigo, em Espanha, está a ser assegurada com a ajuda de um autocarro devido ao descarrilamento, hoje de manhã, de um comboio naquela linha, disse fonte oficial da CP.
"Enquanto a linha estiver interrompida naquela zona, os passageiros vão de comboio até Valença [no distrito português de Viana do Castelo], onde fazem depois o transbordo rodoviário até Vigo", explicou a fonte à Lusa.
No sentido contrário, o esquema é o mesmo: os passageiros vão de autocarro de Vigo até Valença, onde apanham depois o comboio até ao Porto. 

CP diz que o comboio estava "em perfeitas condições" 

O Presidente da CP, Manuel Queiró, partiu para a Galiza mal soube do acidente e foi já em Porriño que falou aos jornalistas. O responsável máximo da CP garante que a composição "se encontrava em perfeitas condições" e que só uma investigação rigorosa poderá esclarecer as causas do acidente. Queiró elogiou a actuação dos meios de socorro galegos e apresentou condolências às famílias das vítimas mortais, que confirmou serem quatro.
Manuel Queiró esclareceu ainda que a composição acidentada, "pertence às duas companhias, a Renfe e a Cp", pelo que diz tratar-se de "um comboio luso-espanhol". O presidente da CP considera que a realização de obras na via "não pode ser a causa" do acidente ocorrido na manhã desta Sexta-feira.
A porta-voz da CP confirmou entrentanto que a ligação ferroviária "Celta", que liga Porto a Vigo (Espanha), é partilhada pela Comboios de Portugal (CP) e pela Renfe "em termos comerciais e operacionais"
"O 'Celta' é explorado conjuntamente pela CP e pela Renfe [operadora espanhola] em termos comerciais e operacionais. Toda a gestão é partilhada pelas duas empresas", afirmou Ana Portela, especificando que "os custos de circulação são partilhados". A tripulação dos comboios que servem essa ligação pode, por isso, ser mista.
Segundo Ana Portela, o material circulante (comboios) é espanhol e alugado pela CP, cabendo as maiores manutenções à Renfe.
Há dois meses, indicou, o comboio que hoje descarrilou foi alvo de uma "grande intervenção" pela empresa espanhola e, já depois, teve outra intervenção, mais pequena, no Porto.
Já ao nível dos carris, a gestão é feita no território português pela Infraestruturas de Portugal, enquanto em Espanha essa função cabe à Adif. 

Partidos galegos suspendem campanha eleitoral

Os partidos políticos galegos - incluindo o PP, o Partido Socialista da Galiza e o En Marea (que inclui o Podemos) - suspenderam os atos de campanha previstos para hoje devido ao acidente em Porriño.
O PP (Partido Popular), PSdeG (Partido Socialista da Galiza) e o En Marea (a marca do Podemos para as eleições regionais galegas) lamentaram, em comunicado, o acidente e manifestaram o seu pesar às famílias das vítimas. A Galiza celebra eleições autonómicas (regionais) a 25 de Setembro.

sábado, junho 07, 2014

Vodafone denuncia vigilância directa e permanente de conversas por alguns governos


Serviços de informação de cerca de seis países têm acesso directo e permanente, de modo legal, a dados e conteúdos de conversas telefónicas sem terem sequer de pedir à empresa.

A Vodafone tornou-se a primeira operadora de telemóveis a divulgar procedimentos dos governos para ouvir comunicações móveis, revelando a existência de canais directos de acesso à sua rede (e às de outras operadoras), que permitem às agências de informação dos países ouvir e gravar conversas sem que a operadora saiba quem é atingido nem porquê, e sem que o público possa ter uma noção da escala da vigilância. 
“Governos terem acesso a telefonemas com um toque num interruptor é algo que não tem precedentes e é aterrorizador”, comentou ao diário britânico The Guardian o director da organização não governamental Liberty, Shami Chakrabarti. 
“Estes são os cenários de pesadelo que estávamos a imaginar”, reagiu Gus Hosein, director executivo da Privacy International, que tem vários processos legais contra o Governo britânico pela vigilância em massa dos cidadãos. 
O acesso directo não existe no Reino Unido, o primeiro mercado da Vodafone (hoje com 400 milhões de clientes) e a sua base, já que no país é necessário um mandado judicial para escutas, diz a empresa. Mas entre os 29 países em que a Vodafone opera (tão diferentes como do Congo ao Egipto, da Austrália à República Checa, do Lesoto a Espanha, da Nova Zelândia à Grécia ou a Portugal) há “cerca de seis países” em que a lei obriga, ou permite, a instalação deste canal directo. A empresa diz que não os nomeia por ter medo de que o seu pessoal seja preso em retaliação. 
A Vodafone é a primeira operadora de telecomunicações a apresentar um estudo global das práticas legais, mas desconhecidas do público, dos governos, e prometeu relatórios anuais. Não disse porque escolheu fazer estas revelações agora, mas tem uma posição crítica. “O modelo de acesso directo existe”, repetiu o responsável pela privacidade da Vodafone, Stephen Deadman. “Pedimos o fim do acesso directo como meio de as agências governamentais obterem os dados de comunicação das pessoas. Sem um mandado oficial, não há visibilidade externa.” 
A empresa quer que as autoridades sejam submetidas a um “escrutínio regular por uma autoridade independente” e defende ainda que os Estados publiquem anualmente o número de pedidos de informação que fazem. A Vodafone não pode divulgar os pedidos legais nem se é feita a recolha de quaisquer dados nalguns dos países em que opera, como o Egipto, Índia, Qatar, Roménia, África do Sul e Turquia. Noutros três (Albânia, Hungria e Malta), a lei permite apenas a divulgação de pedidos de acesso a metadados de comunicação (quem ligou a quem e a que horas, por exemplo), da própria empresa e não a conteúdo. 
Malta é um dos países que mais pedidos fizeram em relação à população, aponta o Guardian, com 3773 em 420 mil habitantes. A Hungria, com pouco menos habitantes que Portugal, tem muito mais pedidos: 75.938 contra 28.145. Itália destaca-se em pedidos tanto de metadados como de escutas de conteúdo (605.601 e 140.577 pedidos, respectivamente). 
Em termos de acesso a conteúdo de conversas, a Alemanha fez 23.687 pedidos enquanto a mais pequena Holanda fez 43.956. Muitos países não têm dados relativos ao conteúdo neste relatório (França, Bélgica, Portugal e Espanha, por exemplo). 
A posição das empresas telefónicas tem sido diferente das de Internet – o Guardian lembra que precisam de licenças dos governos para operar. Até agora, a operadora alemã Deutsche Telekom e a Telstra na Austrália divulgaram dados dos seus países. Nos EUA, fizeram o mesmo a Verizon e a AT&T. 
Após as revelações da extensão da espionagem por parte das agências de segurança feitas pelo antigo analista de segurança Edward Snowden, empresas como a Apple e Microsoft, e também Google, Yahoo ou Facebook, publicaram dados e iniciaram processos judiciais pelo direito de divulgar mais informação. Mais, algumas destas empresas já avisaram que vão começar a ignorar as ordens e a avisar os utilizadores de pedidos de dados feitos pelas autoridades, segundo noticiava recentemente o jornal norte-americano Washington Post.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Mubarak anuncia delegação de poderes em Suleiman



O presidente egípcio, alvo da contestação popular pelo 17.º dia consecutivo, anunciou na televisão que vai delegar os seus poderes no seu vice-presidente.

segunda-feira, outubro 25, 2010

França: Três refinarias terminam greve



Trabalhadores põem fim ao bloqueio

Os trabalhadores de três das 12 refinarias francesas, paralisadas há vários dias em protesto contra a reforma do sistema de aposentações, decidiram levantar a greve, indicaram fontes empresariais e sindicais.

O fim da greve foi aprovado em duas refinarias francesas do grupo Esso, referiu uma fonte da direcção da petrolífera. "O fim da greve foi votado em Fos-sur-Mer (sul), durante o fim-de-semana, e hoje em Port-Jérôme Gravenchon (norte)", indicou esta segunda-feira uma porta-voz da direcção da Esso, explicando, no entanto, que o grupo continua "à espera de crude" para retomar a produção.
A refinaria de Fos - também afectada pela greve nos terminais petrolíferos na região de Marselha -, "está com um fluxo mínimo desde o início da contestação", acrescentou a mesma fonte.
Os funcionários das 12 refinarias francesas juntaram-se ao movimento nacional de contestação contra a reforma do sistema de pensões, o que provocou graves perturbações no fornecimento dos postos de gasolina em todo o país.
Os trabalhadores da refinaria de Reichstett (este), do grupo suíço Petroplus, paralisados desde 15 de Outubro, votaram hoje também pelo "levantamento do bloqueio" de forma "a reiniciar a produção no futuro", indicaram os sindicatos.

Indonésia: Sismo de 7,5 ao largo de Samatra



Autoridades lança alerta de tsunami

Um sismo de magnitude 7,5 foi registado esta segunda-feira ao largo da ilha indonésia de Samatra, tendo levado as autoridades a lançar um alerta de tsunami.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo sísmico registou-se a 30 quilómetros de profundidade, com epicentro ao largo de Samatra, na região onde teve origem o sismo que, em Dezembro de 2004, provocou o mais devastador terremoto de que há registos.
Um aviso de tsunami foi emitido para a Indonésia, com a indicação de que o sismo poderá gerar ondas num raio de algumas centenas de quilómetros a partir do epicentro, mas o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico indicou que os registos existentes sugerem que as ondas produzidas pelo sismo não serão destrutivas.

França: Greves custam entre 200 e 400 milhões de euros por dia



Afirma ministra

O custo das greves que afectam a França varia entre 200 e 400 milhões de euros por dia, afirmou esta segunda-feira a ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, em declarações à rádio Europe 1.

A factura para a economia francesa está estimada por "alguns (...) entre 200 e 400 milhões de euros por dia", disse Lagarde, sublinhando que este custo é difícil de precisar.
Christine Lagarde referiu ainda que as greves e os incidentes em acções de protesto contra o aumento da idade mínima de reforma dos 60 para os 62 anos representam também um "prejuízo moral" para a França, cuja imagem tem sido prejudicada no exterior.

terça-feira, setembro 07, 2010

Sindicatos reclamam 2,5 milhões nas ruas de França, Governo fala em 1,1 milhões



Protesto contra aumento da idade da reforma

Cerca de 2,5 milhões de pessoas estiveram envolvidas nas acções de protesto de hoje contra o projecto de reforma do sistema de pensões francês, disse fonte sindical citada pela AFP. O ministério do Interior quantifica os manifestantes em 1,1 milhões.

O número avançado pelos sindicatos é superior aos cerca de dois milhões que reclamaram no último grande protesto social em França, a 24 de Junho passado.
Por volta da hora do almoço, ainda antes da grande manifestação desta tarde em Paris, o Ministério do Interior fez uma primeira estimativa e reconheceu que cerca de 450 mil pessoas estavam envolvidas em acções de protesto em todo o país.
Na grande manifestação de Paris participaram cerca de 270 mil pessoas, segundo a central sindical CFT. A polícia fez anteriormente uma estimativa de 80 mil manifestantes, que mantém. Em Junho, a manifestação parisiense contou com 130 mil pessoas, na versão sindical, ou 47 mil, segundo os dados policiais.
Nos transportes, registam-se importantes perturbações nos tráfego ferroviário, urbano e aéreo em inúmeras cidades: circulavam apenas dois em cada cinco comboios TGV e pela manhã os comboios Eurostar que ligam Paris a Londres eram os únicos a operar normalmente.
O tráfego era também limitado nos principais aeroportos. Já a greve dos controladores aéreos levou a direcção-geral da aviação civil a pedir às companhias que não realizem um quarto dos voos programados para Paris.
Os primeiros dados confirmam uma forte adesão à greve em diferentes sectores. Um exemplo: nas escolas, o Ministério da Educação reconheceu uma adesão de professores de 25,8 por cento, contra 10,3 em Junho. Os sindicatos reclamam 55 a 60 por cento no dia de hoje.
As greves e manifestação são uma acção de protesto contra o aumento da idade de reforma, de idade mínima dos 60 para os 62 e para quem quer ter pensão completa dos 65 aos 67.O Presidente francês , Nicolas Sarkozy, disse já hoje que se manterá “firme” no projecto de reforma do sistema de pensões.

Transportes aéreos, ferroviários e urbanos fortemente afetados pela greve em França



A greve em França contra a reforma do sistema de pensões está hoje a afetar fortemente a circulação de transportes aéreos, ferr...

A greve em França contra a reforma do sistema de pensões está hoje a afectar fortemente a circulação de transportes aéreos, ferroviários e urbanos em cerca de 100 cidades.
A Direcção Geral de Aviação Civil (DGAC) havia pedido às companhias aéreas a supressão de um quarto dos voos programados, nos aeroportos de Paris, atendendo à greve dos controladores aéreos.
Segundo a página da ANA - Aeroportos de Portugal, a TAP cancelou hoje pelo menos dois voos provenientes das cidades francesas de Lyon e Nice.
A nível ferroviário, apenas circulam em França dois em cada cinco comboios de alta velocidade (TGV), um de cada quatro dos de longo curso e metade dos regionais.
Os comboios Eurostar que ligam Paris a Londres são os únicos a manter a normal circulação, enquanto uma em cada cinco viagens programadas dos comboios Thalys - que unem Paris à Bélgica, Holanda e Alemanha - foram suspensas.
Também suspenso foi um em cada 10 dos comboios Lyria - ligação de Paris a Genebra e Lausana (Suíça).
Na capital francesa, o sistema de transporte urbano está menos alterado, com uma circulação praticamente normal em metade das 14 linhas metropolitanas.
As greves foram convocadas pelos principias sindicatos do país que, segundo sondagens recentes, contam com o apoio de mais de 60 por cento da população.
O protesto visa chumbar a reforma do sistema de pensões, cujo debate parlamentar começa hoje.
Para o presidente francês, Nicolas Sarkozy, trata-se da reforma mais importante do seu mandato, sendo o ponto crucial a passagem, até 2018, da idade mínima de reforma, de 60 para 62 anos.
Para auferir de uma pensão completa, os aspirantes a reformados terão de trabalhar até aos 67 anos, mais dois do que actualmente.
Os sindicatos prevêem mobilizar cerca de dois milhões de pessoas em cerca de 200 manifestações organizadas por todo o país ao longo do dia de hoje.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Presidente iraniano volta a colocar em causa a versão oficial do 11 de Setembro


O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a colocar em causa a versão oficial dos atentados do 11 de Setembro nos Estados Unidos e acusa as autoridades norte-americanas de a usarem como pretexto para intervirem no Afeganistão.
"Qualquer coisa foi produzida em Nova Iorque e ainda ninguém sabe quem foram os principais autores. Nenhuma parte independente foi autorizado a identificar os autores", disse Ahmadinejad num encontro com jornalistas, domingo à noite, no Qatar.
Depois dos atentados contra as torres gémeas do World Trade Center, que fizeram perto de três mil vítimas, "eles (norte-americanos) disseram que os terroristas estavam escondidos no Afeganistão, a NATO mobilizou todos os seus meios e atacou o país", acrescentou.
Ahmadinejd classificou de "mentira" a versão norte-americana dos atentados do 11 de setembro, mas os ataques foram rapidamente reivindicados pela rede terrorista Al-Qaida de Usama Bin-Laden, que se escondeu depois dos ataques nas zonas fronteiriças entre o Afeganistão e o Paquistão.
"Eles dizem que duas mil pessoas morreram nas torres gémeas, mas no Afeganistão mais de 110 mil pessoas foram mortas", disse o Presidente iraniano que fez uma curta visita a Doha no domingo à noite.
Washington e Teerão não têm relações diplomáticas desde o rapto de diplomatas norte-americanos na capital iraniana depois da revolução islâmica de 1979.

Rice revela o que se passou no bunker da Casa Branca no 11 de Setembro



Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado dos EUA, proibiu George W.Bush de regressar a Washington depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001, segundo conta a própria numa entrevista à emissora britânica "Channel 4", que será transmitida no próximo sábado.
O então presidente norte-americano não gostou da "ordem" para permanecer na Florida e desligou o telefone de forma repentina, conta Rice.
"O presidente ficou muito chateado comigo. No entanto, ninguém sabia o que poderia acontecer. A Casa Branca poderia ser alvo de um ataque ", argumenta a assistente do ex-presidente dos EUA para a segurança nacional.
Na entrevista, que será emitida para marcar o nono aniversário dos atentados ao World Trade Center em Nova Iorque, Rice revela ainda o que se passou sob o bunker da Casa Branca, onde se refugiou com o então vice-presidente, Dick Cheney, e outros membros do governo.
"Estavam tantas pessoas no bunker que até faltava oxigénio. Algumas pessoas, consideradas 'não tão importantes', tiveram de sair do local", por ordem expressa dos serviços de segurança, contou.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Obama: "A missão de combate no Iraque terminou"



EUA

O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou hoje o fim da missão de combate no Iraque, sete anos depois da invasão que derrubou o regime de Saddam Hussein, e apontou a economia como a "tarefa mais urgente" da sua administração.


"A missão de combate no Iraque terminou", refere a aguardada comunicação do presidente, segundo excertos libertados pela Casa Branca através de alguns órgãos de comunicação, antes da declaração ao país marcada para as 20:00 locais (01:00 de Lisboa), a partir da Sala Oval.
Apesar do fim das operações, os Estados Unidos vão manter mais 50 mil tropas no Iraque até ao final do próximo ano, confinadas a tarefas de contraterrorismo, aconselhamento e formação das forças iraquianas.
Isso mesmo foi vincado pelo presidente norte-americano na manhã de terça feira, na visita às instalações militares de Fort Bliss, no Texas, onde antecipou às tropas ali presentes que a sua comunicação ao país não seria "um auto-elogio".
"A nossa tarefa no Iraque não está ainda acabada", afirmou o presidente norte-americano, desde o início um opositor à invasão daquele país do Médio Oriente.
O cumprimento das metas para a retirada das tropas do Iraque foi um dos temas centrais da campanha presidencial de Obama, que enfrenta, no início de Novembro, um difícil teste nas eleições intercalares, em que estará em jogo o controlo do Congresso.
Na sua comunicação, Obama lembra o "alto preço" pago pelos Estados Unidos para "pôr o futuro do Iraque nas mãos do seu povo".
Numa altura de "virar a página" e em que o crescimento económico está a abrandar e o desemprego tarda em baixar de máximos históricos, o presidente vinca uma nova prioridade.

Economia é prioridade

"A nossa tarefa mais urgente hoje é revigorar a nossa economia", afirma. O combate ao desemprego, adianta, é "central às responsabilidades presidenciais".
Os sete anos de conflito no Iraque causaram 4400 vítimas mortais às forças norte-americanas e um número indeterminado de baixas entre forças de segurança iraquianas e civis.
Juntamente com o Afeganistão, o conflito no Iraque custou mais de um bilião de dólares aos cofres norte-americanos.
Esta foi a segunda vez que Barack Obama falou ao país a partir da Sala Oval, reservada apenas para as comunicações mais importantes.
Na segunda feira, o presidente norte-americano fez uma visita de surpresa a um hospital militar em Washington, onde se avistou com soldados internados.
Simultaneamente, o vice-presidente, Joe Biden, deslocou-se a Bagdade para se avistar com os principais líderes políticos iraquianos.
No campo político, prossegue o impasse sobre a formação do novo governo, seis meses depois das muito renhidas eleições.
Sete anos depois de o ex-presidente George W. Bush ter declarado "missão cumprida" no Iraque, Obama ligou hoje ao seu antecessor, a bordo do Air Force One.
A Casa Branca limitou-se a afirmar que Bush e Obama falaram "por alguns momentos", escuasando-se a revelar o teor da conversa.

terça-feira, agosto 31, 2010

Túnel para salvar mineiros chilenos começou a ser escavado



Começou a ser preparado o túnel por onde devem sair os 33 mineiros chilenos, presos há 26 dias. Uma escavadora já está a trabalhar no local, mas a operação de resgate vai demorar vários meses.

sábado, agosto 28, 2010

Mineiros chilenos fazem vídeo para as famílias que já recorreram à justiça



Cinco dos 33 mineiros que se encontram presos numa mina no Chile sofrem de depressão. As autoridades já anunciaram que vai ser feito o acompanhamento psiquiátrico à distância. As obras para escavar o poço , por onde devem ser retirados os homens arrancam dentro de 24 ou 48 horas. Passam já 23 dias desde que aconteceu o acidente. Um vídeo feito pelos próprios mineiros mostra a vida e organização 700 metros abaixo do solo.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Provas no inquérito à maré negra deverão ser recolhidas pelos principais suspeitos



Golfo do México

As autoridades americanas responsáveis pelo inquérito às causas da maré negra no Golfo do México não têm os meios técnicos para recuperar as provas, a 1500 metros de profundidade. A missão deverá ser entregue aos principais suspeitos, entre eles a BP.


Em causa está a recolha das provas junto dos destroços da plataforma Deepwater Horizon, a 1500 metros de profundidade.
A empresa Transocean, que alugava a plataforma à BP, deverá assumir as operações de recuperação. Um porta-voz contactado pela AFP recusou dizer quando vão começar. A British Petroleum (BP) recusou dar informações sobre o assunto.
Os especialistas receiam que o processo de recuperação de destroços da plataforma possa perder-se em querelas jurídicas, uma vez que a BP, a Transocean e as outras empresas sub-contratadas são os principais suspeitos de responsabilidade na catástrofe.
Stephen Herman, advogado de Nova Orleães que representa centenas de queixosos contra a BP, não se mostra muito pessimista. “Normalmente, poderíamos recear ter a raposa a guardar a capoeira. Mas a BP será forçada a ser honesta pela Transocean, cujos interesses vão ao encontro dos seus”.
Além da BP e da Transocean, a Cameron International - que fabricou o sistema de segurança que deveria ter travado a fuga - e a Halliburton - que enviou uma equipa para cimentar o poço - deverão também participar nas operações. Acima de tudo interessa-lhes provar que não são responsáveis por aquilo que aconteceu.
Ontem, 77 queixas apresentadas contra a BP foram confiadas a um juiz único do Luisiana, o estado que mais sofreu com a maré negra. Mas, explica Martin Davies, professor de direito marítimo na Universidade de Tulane, se "a BP conseguir provar que houve negligência manifesta de qualquer uma das outras partes, poderá desembaraçar-se de uma parte de custos".
A BP poderá ainda ser processada por outras companhias petrolíferas que viram as suas actividades bloqueadas pela moratória de seis meses às explorações em alto mar, decretada pelas autoridades. Além disso, a maré negra poderá custar à BP até 17,6 mil milhões (13,3 mil milhões de euros) de multas.
O Governo americano está a conduzir um inquérito, que poderá acabar nos tribunais, sobre a origem da explosão da plataforma a 20 de Abril e do seu naufrágio, dois dias depois. Onze funcionários morreram no acidente e cerca de 4,9 milhões de barris de crude – representando 780 milhões de litros – escaparam para o oceano, até que a 15 de Julho foi colocada uma cúpula por cima da fuga.
Uma tempestade que se está a aproximar do Golfo do México vai adiar por dois ou três a perfuração dos poços de apoio pela BP, considerada o passo final para dar como concluído o processo definitivo de encerramento da fuga. O Centro Nacional americano de Furacões previu que uma tempestade tropical atravesse o local da fuga, no Golfo do México, antes de atingir o Luisiana amanhã.
Ontem, o Governo norte-americano reabriu 13.323 quilómetros quadrados de águas à pesca; actualmente 22 por cento das águas federais continuam encerradas.

sexta-feira, julho 23, 2010

Cavaco Silva destaca importância da Língua Portuguesa



O Presidente da República portuguesa salientou os passos dados para afirmar e expandir o Português, mas disse que é preciso ir mais longe.

Tempestade obriga BP a suspender operações no Golfo do México



Maré negra

A chegada iminente da tempestade tropical 'Bonnie' ao Golfo do México forçou hoje a petrolífera britânica BP a suspender as operações no poço de petróleo que provocou uma maré negra no Golfo do México.


Às 12:00 TMG (13:00 em Lisboa), a tempestade atingia a costa atlântica da Flórida com ventos de 65 quilómetros por hora, segundo o centro nacional de furacões, com sede em Miami, prevendo-se que chegasse ao início da noite ao Golfo do México.
Segundo as previsões do mesmo centro, a 'Bonnie' deve dirigir-se em seguida para a região afetada pela maré negra e chegar a terra, no sul da Louisiana, no domingo de manhã.
Estas previsões levaram o grupo petrolífero BP a anunciar a suspensão temporária das 'actividades no local do poço' onde se registou um derrame de petróleo que provocou o desastre ecológico.
O poço foi obturado há uma semana, 'continua fechado neste momento', e a BP continuará a vigiar o local 'assim que o tempo o permita'.
'A duração da suspensão das actividades dependerá do estado do tempo', afirmou a BP, que explora a plataforma DeepWater Horizon, que afundou a 22 de Abril, após uma explosão.
Thad Allen, responsável da administração norte-americana para as operações de luta contra a maré negra, indicou na quinta-feira que 'devido ao risco da tempestade tropical 'Bonnie' para a segurança das cerca de 2000 pessoas que trabalham na limpeza da poluição' o local seria evacuado.
A Casa Branca já indicou que o presidente norte-americano, Barack Obama, e a família vão de férias para a Flórida a 14 de Agosto para mostrar a sua solidariedade com a população da região afectada pela maré negra.

Lula da Silva chora durante entrevista



Lula da Silva emocionou-se ao falar de economia. O presidente do Brasil chorou ao rever as diferenças entre o país de 2003 e o de 2010, nos sete anos de presidência que agora terminam.
Sindicalista, ex-metalúrgico, homem forjado por uma vida dura de trabalho desde os sete anos, Lula da Silva já deu muitas provas de grande têmpera. Outras de humanismo, pela forma como se manteve ligado às origens humildes enquanto que liderou o Brasil nos sete anos de presidência que agora findam.
Lula da Silva emocionou-se, e chorou, ao falar de economia, numa entrevista concedia à televisão “Record”, do Brasil. Num tom exaltado, falou primeiro dos empresários. “Nunca ganharam tanto dinheiro como agora. Nunca tiveram tanta obra”, disse o presidente do Brasil, antes de ir ao encontro das origens.
"Tenho a consciência de que vou entregar um outro país. Um país com gente menos pobre, um país com trabalhadores a ganhar mais”, dizia Lula da Silva, quando se notou um primeiro, e discreto, embargo na voz. “Um país com a democracia mais consolidada, com a infraestruturas mais fortes do que já tivemos. Já fizemos tudo? Não, falta ainda muita coisa para fazer”, continuou.
Assumindo-se apenas como “o encarregado” que seguiu as orientações do verdadeiro dono da obra que transfigurou as Terras de Vera Cruz, “o povo brasileiro”, Lula da Silva não se conteve. Chorou. E chorou mais ainda ao recordar a conquista democrática que permitiu a um grupo de “catadoras de papel” fazer um empréstimo de 200 milhões de reais.
A democratização do acesso ao crédito, como um símbolo do triunfo da voz e da vontade do povo, um sinal da mudança de um país, que deixou de ter só pobres e ricos, que tem uma classe média emergente que garante de crescimento económico. “As pessoas passaram a perceber que o Brasil é deles”, continua, emocionado Lula da Silva, que em 2009 foi considerado pelo jornal britânico “Financial Times” uma das 50 pessoas que moldaram a década.
Podem tirar o metalúrgico da fundição, tirar um homem simples do meio do povo e levá-lo para um palácio, mas, pelo menos com Lula da Silva, não podem arrancar-lhe do peito o povo que lhe pulsa no coração. Ao recordar um encontro que promoveu com “pessoas de rua” no palácio presidencial, a emoção desabou, em forma de lágrimas, pela barba de um homem rijo, esse mesmo Luís Inácio que, menino ainda de sete anos, vendia laranjas no porto de Guarujá, no estado de Pernanbuco.
“Acho que estou a ficar velho”, reagiu, ao tirar o lenço do bolso, para limpar os olhos e o rosto. Mais velho e mais sábio, olha o relógio do tempo com o grande mestre, que tudo aclara. “Só vou fazer uma avaliação do Governo depois de algum tempo. Vou descobrir muitas coisas que não fiz;vou valorizar algumas coisas que fiz”, disse.
Nos sete anos de presidência de Lula, o Brasil mudou. Passou de país subdesenvolvido, ou, para aos mais optimistas, em vias de desenvolvimento, a potencia regional e, depois, mundial.
A força do petróleo, com novos e pujantes poços a brotar ouro negro, ajudou o Brasil a assumir-se como voz audível no panorama político internacional. Lula da Silva, o homem de quem o Mundo desconfiava, em 2003, foi eleito personalidade do ano de 2009 pelos jornais “El País”, Espanha, e “Le Monde”, França. Afinal, “o comuna” não transformou o Brasil numa União Soviética nas barbas dos EUA. Apenas fez do Brasil um país mais parecido com a América.



quinta-feira, julho 22, 2010

Maré negra atinge costa da China



As autoridades chinesas estão a tentar conter o avanço da maré negra no nordeste do país provocada pela explosão, seguida de incêndio, de dois oleodutos, há quase uma semana.
Centenas de barcos de pesca e outras embarcações participam nas operações para lutar contra a poluição no porto de Dalian.
As autoridades anunciaram que cerca de 1.500 toneladas de petróleo foram derramadas no Mar Amarelo, ao largo da província de Liaoning.
Segundo uma estimativa do governo, divulgada na segunda-feira, a maré negra estendia-se por 435 quilómetros quadrados, mas a imprensa refere que a superfície pode ser muito mais vasta, atingindo 90 quilómetros ao longo da costa.
Em comunicado, a China National Petroleum Corp (CNPC), primeiro produtor petrolífero chinês e proprietário dos oleodutos, afirmou hoje, quinta-feira, que já foram recuperadas 400 toneladas de petróleo.
As autoridades também já disseram que esta maré negra não tem comparação com a que atinge o Golfo do México, nos Estados Unidos.
Para Zhao Zhangyuan, investigador do Instituto de Ciências Ambientais da China, citado pelo Shanghai Morning Post, o impacto da poluição na vida marinha e nos humanos, ao entrar na cadeia alimentar, poderá durar pelo menos dez anos.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...