domingo, outubro 12, 2008

Sócrates volta a ser alvo dos ‘Gato’



SIC: Série ‘Zé Carlos’ inspira-se na actualidade


A actualidade marca o formato ‘Zé Carlos’, à semelhança de ‘Diz que é Uma Espécie de Magazine’, da RTP 1. E a figura alvo da estreia do programa que marca o regresso dos Gato Fedorento à SIC foi mais uma vez o primeiro-ministro José Sócrates numa paródia ao lançamento do computador ‘Magalhães’.
Os Gato mostraram a sua versão dos factos históricos para estudantes, do 5 de Outubro, dia da Instauração da República. Alguns elementos do Governo também serviram de inspiração, assim como Hugo Chávez, que esteve de visita a Portugal –e se baralhou com os nomes dos ministros ‘Pino’ (Pinho) e Lino –, e ainda alguns membros da Oposição.
O carjacking, que sob o ponto de vista dos Gato se dá pelo nome de "‘carjaquim’, um crime que veio para ficar, uma estupidez de um só indivíduo" e uma paródia às novelas da TVI, também entrou no programa de estreia. A nova rubrica ‘Tumba’ substitui os antigos ‘Tesourinhos Deprimentes’ e desta vez Nuno santos, director de Programas da SIC, e Ricardo Araújo Pereira foram os visados.
Zé Carlos’, o novo programa dos Gato Fedorento, que estreou no passado dia 5, véspera do 16º aniversário da SIC, parodia a actualidade logo no genérico, em que aparece um novo elemento, a cadela ‘Lola’.
Recorde-se que Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores se estrearam em televisão na SIC Radical com as séries ‘Fonseca’ (2003), ‘Meireles’ (2004) e ‘Barbosa’ (2005). Depois mudaram-se para a RTP 1 onde lideraram audiências com ‘Diz que é Uma Espécie de Magazine’ e a série ‘Lopes da Silva’.
Os Gato Fedorento assinaram um contrato de dois anos com a SIC, o que corresponde a duas séries de 13 episódios cada.

Responsabilizar os jornalistas para credibilizar a classe

Porque uma actividade que escrutina os outros deve ser exigente consigo mesma e com os seus membros, a secção disciplinar da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) vai tentar influenciar comportamentos que dêem maior credibilidade à profissão, garantiram os seus membros no debate “Que fazer com estas competências?”, realizado na noite de 7 de Outubro na sede do Sindicato dos Jornalistas (SJ).

Organizado pelo SJ, o debate abordou as alterações introduzidas na actividade com o novo Estatuto do Jornalista, a recente publicação do Regulamento Disciplinar e a entrada em funções da CCPJ e da sua secção disciplinar, contando com a presença dos três primeiros membros dessa secção: os jornalistas Paulo Martins (“JN”) e Rosária Rato (Lusa) e Henrique Pires Teixeira, director de “A Comarca de Figueiró dos Vinhos” e advogado.

Receber pistas para reflexão

Rosária Rato destacou que esta iniciativa do Sindicato dos Jornalistas foi a primeira oportunidade que os três elementos da Comissão Disciplinar da CCPJ tiveram para se juntarem e que seria muito útil receber “pistas para reflexão” dos jornalistas presentes, até porque a comissão “não se vai tornar numa ASAE”.
“Não seremos polícias deontológicos, mas também não seremos santinhos”, esclareceu por seu turno Paulo Martins, enquanto Henrique Pires Teixeira sublinhou que a actuação da comissão nesta primeira fase será sobretudo pedagógica, com vista a “influenciar comportamentos”.
“Há um hábito de criticar à boca pequena, mas se queremos credibilidade é preciso ter outra atitude”, salientou o director de “A Comarca de Figueiró dos Vinhos”, consciente de que as medidas que a secção disciplinar da CCPJ tome nesta primeira fase vão “balizar o futuro da actividade”.

A tarefa mais complicada

Os presentes concordaram que a tarefa mais complicada no exercício das novas funções da CCPJ vai ser apurar qual a responsabilidade do jornalista e qual a da sua chefia, uma vez que o jornalista é, regra geral, um subordinado.
Como destacou Orlando César, presidente do Conselho Deontológico do SJ, “nós podemos encontrar justificações, nalguns casos, para o que os jornalistas foram forçados a fazer, mas isso não desresponsabiliza os jornalistas”, pelo que estes devem “passar a agir e não ficarem sempre numa posição de subserviência em relação às chefias”.
Nesse sentido, a vice-presidente do Conselho Deontológico, Otília Leitão, considera que as novas competências da CCPJ constituem uma oportunidade para “acordar os Conselhos de Redacção”, estruturas que já de si têm competências para dirimir questões relativas aos deveres profissionais e deontológicos dos jornalistas.
No fundo, tudo se poderá resumir numa afirmação de Joaquim Fidalgo (jornalista e professor na Universidade do Minho), em entrevista publicada no último número da revista “JJ”, que foi citada durante o debate por Fernando Correia (jornalista, professor na Universidade Lusófona e membro do Conselho Geral do SJ): “Um jornalista responsável tem de ser também responsabilizável”.

As sanções e a cooperação entre órgãos

A propósito das sanções em que incorre quem desrespeitar o novo Regulamento Disciplinar dos Jornalistas, Paulo Martins esclareceu que “só é sindicável o que está no ponto 2 do artigo 14º”, podendo as queixas ser accionadas pelos Conselhos de Redacção, pelos visados ou pela própria CCPJ.
Segundo o mesmo elemento da secção disciplinar da CCPJ, “as sanções têm sobretudo um carácter moral”, uma vez que só após duas reprimendas escritas no prazo de três anos é possível à CCPJ suspender a carteira profissional de um jornalista, o que faz com que a sua acção seja próxima da do Conselho Deontológico.
Recusando qualquer pretensão de tutela sobre a secção disciplinar da CCPJ, o presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, Orlando César, sugeriu que as relações entre os dois órgãos sejam “de consulta e não de concorrência”, uma ideia bem acolhida, até porque os deveres profissionais que a CCPJ vai verificar são bastante próximos das recomendações do Código Deontológico.

Duas horas de beleza a cavalo



Espectáculo: No passeio marítimo de Algés até 19 de Outubro

Do Canadá para Algés, ‘Cavalia’, uma criação de Normand Latourelle, apresenta-se como uma ode à beleza, fantasia e harmonia. De facto, o espectáculo de dança, música, acrobacia e efeitos visuais (com uma deliberada "pincelada" de Cirque du Soleil), que estreou anteontem em Portugal, surge como um proposta algo diferente dos outros eventos deste género, apostando menos em peripécias equinas e mais num conjunto de premissas artísticas e tecnológicas.
Trata-se de um conceito paralelo ao do ‘novo circo’ – embora esse recuse a presença de animais domados – protagonizado por 30 cavaleiros, bailarinos e acrobatas, uma cantora e seis músicos, que parte da imagem do cavalo a correr em liberdade pelo proscénio. Em linhas ou círculos, os belíssimos animais cavalgam sozinhos ou montados, enquanto bailarinos dançam dentro de água ou no solo e acrobatas voam em trampolins e trapézios elásticos ou em cima de bolas e barras flexíveis. O espectáculo arranca com imagens do parto de uma égua, mostradas num ecrã gigante, que, ao longo de cerca de duas horas, se vão desenvolvendo numa sequência de belas projecções, criando um clima de poesia e de encantamento.
Do ponto de vista estético, ‘Cavalia’ faz as delícias dos amantes (ou não) da raça equídea, recorrendo a uma vertente algo cinematográfica.
Está previsto que o espectáculo permaneça no Passeio Marítimo de Algés, num conjunto de belas tendas brancas que se elevam na Marginal, até 19 de Outubro, todas as noites pelas 21h00.

DETALHES

NENHUMA ÉGUA

Entre os 63 cavalos que participam no espectáculo que veio pela primeira vez a Portugal, 33 são garanhões e 30 castrados. Não existe qualquer égua.

CAVALOS LUSITANOS

Uma média anual de 17 500 fardos de feno permite alimentar os animais do elenco, incluindo 19 cavalos de raça lusitana oriundos de coudelarias do sul de França.

ORlGEM CANADIANA

Tal como o Cirque du Soleil, o espectáculo que pode ser visto até 19 de Outubro no Passeio Marítimo de Algés teve origem na província canadiana do Quebeque.

ELENCO INTERNACIONAL

A maioria dos artistas fala francês, já que, além de canadianos, encontram-se no elenco muitos franceses e ainda alguns marroquinos. Mas também há belgas, norte-americanos, russos, polacos, australianos, mexicanos e um cavaleiro do Quirguistão.

sábado, outubro 11, 2008

“Escolhi quem mais se destacou na Cultura”



Discurso directo

Joaquim Vieira, Coordenador das ‘Fotobiografias do Século XX’


Correio da Manhã – Que critérios presidiram à escolha destas oito figuras para as ‘Fotobiografias do Século XX’?

Joaquim Vieira – Este livro vem no seguimento da colecção de dez fotobiografias de figuras da História do século XX que já dirigi para o Círculo de Leitores, há sete anos. Desta vez a ideia era reunir figuras da Cultura portuguesa.

– Cada uma representa uma área distinta...

– Sim. E o objectivo, ainda que subjectivo, é destacar aquela que mais se destacou em cada sector. Como costumo dizer, é ‘o’ arquitecto, ‘o’ poeta, ‘a’ fadista...

– Alguma figura que destaque?

– Fernando Pessoa, pelo estatuto, projecção internacional e pelo talento. Mas é difícil: não tenho preferências e, infelizmente para os vivos, estas fotobiografias só incidem sobre pessoas desaparecidas. Se não, aqui estariam, certamente, nomes como o do arquitecto Siza Vieira, do realizador Manoel de Oliveira, do escritor José Saramago, o nosso único Nobel da Literatura...

– É um livro com maior destaque à fotografia...

– Quando se fala em fotobiografia pensa-se em imagens com legendas mas, neste caso, o texto também é muito importante. Por isso, cada um foi entregue a especialistas que investigaram as pessoas em questão. E cada texto já daria um pequeno livro...

– Há imagens inéditas?

– Sim, tive essa preocupação mas, no caso de Amália, por exemplo, já é difícil distinguir o que é ou não inédito. Já se publicou tantas fotos. Mas há uma, das primeiras Marchas Populares de Alcântara, que é desconhecida. E outras de Fernando Pessoa...

– A quem se dirige este livro?

– Além do público seguidor do Círculo de Leitores, a todos os que se interessem pela Cultura. E espero que a um público o mais alargado possível. Oxalá os jovens também se interessem...

Grandes figuras em livro



Lançamento das ‘Fotobiografias do século XX’

São oito figuras incontornáveis da Cultura do século XX reunidas numa obra fotobiográfica em que "o texto é também muito importante", diz Joaquim Vieira, responsável pela selecção.
A obra em oito volumes, editada pelo Círculo de Leitores, foi apresentada no passado dia 7, em Lisboa e reúne grandes figuras já desaparecidas: a fadista Amália Rodrigues, o poeta Fernando Pessoa, os actores Vasco Santana e Amélia Rey-Colaço, o fotógrafo Joshua Benoliel, o arquitecto Pardal Monteiro, o músico José Afonso e o pintor Amadeo de Souza-Cardoso.
Na apresentação da obra que tem fotografias inéditas, feita por Nuno Artur Silva, marcou presença o ministro da Cultura, Pinto Ribeiro.

sábado, outubro 04, 2008

Greve paralisa Saúde e Ensino



Função Pública - protesto nacional deixou o lixo na rua por recolher

Escolas fechadas, hospitais com consultas e cirurgias canceladas, lixo nas ruas por falta de camiões para o recolher. São os efeitos visíveis da paralisação nacional, convocada pela CGTP, que os funcionários públicos levaram ontem a cabo. Os números da greve divergem : o Governo fala numa adesão de 11%, os sindicatos nos 75%.
O secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho, além de contestar os valores dos sindicatos, referindo aos jornalistas que "não sabe onde a CGTP foi buscar os números", questiona o momento escolhido para a greve. É uma greve "fora do tempo" e "estranha", que só poderá estar "ao serviço de agendas partidárias", refere. Na resposta, a dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, Ana Avoila, critica o que considera ser uma tentativa do Governo de "denegrir a imagem dos trabalhadores da Função Pública e tenta passar para a opinião pública que nós estamos na luta só para fazer a luta. Não é verdade".
Os sectores da Saúde, da Segurança Social e da Educação são os que mais aderiram à greve, segundo os dados da Frente Comum.
Em Lisboa, a escola do Restelo não fechou as portas, mas por falta de funcionários não houve uma única aula.

LIXO ACUMULOU-SE NAS RUAS DO PAÍS

O lixo nas ruas é um dos efeitos mais visíveis da greve da Função Pública de norte a sul do País. Em Évora todos os 40 trabalhadores desta divisão camarária aderiram à paralisação convocada pela CTGP. No horário normal de laboração, entre as 20h00 de terça-feira e as 03h00 de quarta-feira nenhuma viatura procedeu à recolha dos resíduos, provocando o amontoamento nos caixotes da cidade. Em Lisboa, dos 578 trabalhadores do turno da noite da recolha de lixo, compareceram ao serviço 257.

SERVIÇOS A MEIO GÁS NOS HOSPITAIS

Um ambiente de consternação dominava o espírito de alguns dos pacientes que na passada quarta-feira se dirigiram aos Hospitais da Universidade de Coimbra. Consultas foram canceladas e cirurgias adiadas por causa da greve dos trabalhadores. De acordo com os sindicatos, só foram assegurados os serviços mínimos, com a greve a ter particular adesão entre os auxiliares, administrativos e técnicos de diagnóstico e terapêutica.

PORMENORES

Razões

A greve serviu para reivindicar aumentos salariais de 5% e a revogação do regime de contrato de trabalho em Funções Públicas aprovado pelo Governo.

Escolas

Em Faro pelo menos três escolas encerradas e várias funcionaram a meio gás por falta de pessoal não docente.

Transportes

O sector dos transportes também aderiu à paralisação. Em Lisboa os barcos da Soflusa ficaram em terra. Em Braga, só circularam cinco autocarros.

Pais pedem afastamento de professor



Condenado por crimes sexuais

Os pais dos alunos da Escola Secundária do Restelo estão indignados e pedem o afastamento de um professor estrangeiro que terá sido condenado por crimes sexuais e que está a dar aulas naquele estabelecimento, onde estudam menores.
Preocupado com a situação, e depois de algumas diligências, um grupo de encarregados de educação resolveu pedir ajuda a Pedro Namora, membro da direcção da Associação Rede de Cuidadores, para denunciar o caso. O advogado – que ficou conhecido por ter dado a cara na divulgação do escândalo de pedofilia da Casa Pia – confirmou a situação ao CM, adiantando ainda que os pais estão já a ponderar convocar uma assembleia geral. Os encarregados de educação já terão feito chegar a sua posição à escola, mas o nome do professor continua a constar do corpo docente do estabelecimento para o ano lectivo 2008/2009.
Esta não é a primeira vez que uma situação desta natureza acontece. Em Gondomar, enquanto aguardava julgamento, um professor de música acusado de 19 crimes de pedofilia continuou a leccionar, sob a vigilância da Direcção Regional de Educação do Norte.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...