sexta-feira, dezembro 12, 2008

Nova greve na Soflusa


Trabalhadores não aceitam proposta da empresa

O Sindicato dos Fluviais realizou esta quinta-feira um plenário, tendo os trabalhadores da Soflusa, decidido agendar novas greves na empresa.
Segundo o presidente do sindicato, Albano Rita, “a proposta da empresa não satisfaz a totalidade dos trabalhadores, foram avanços ténues e exigiram contrapartidas, como a paz social em 2009, que não podemos aceitar”.
Nos dias 24, 25 e 31 de Dezembro e 1 de Janeiro os trabalhadores da área comercial vão efectuar uma greve de 24 horas, o que vai afectar sobretudo as bilheteiras.
Para os dias 5, 6 e 7 de Janeiro vão ser os trabalhadores da área marítima e auxiliares de terra que vão parar, duas horas por turno, o que volta a afectar as ligações entre Lisboa e Barreiro.

Ministra diz que sindicatos não apresentaram "proposta verdadeiramente alternativa"


Maria de Lurdes Rodrigues promete avançar com modelo simplificado

A ministra da Educação disse hoje que os sindicatos não apresentaram “nenhuma proposta verdadeiramente alternativa” para a avaliação dos professores e que aceitar as suas sugestões representaria “um regresso ao passado”, pelo que promete avançar com o modelo simplificado que propôs.
“O Governo reforçou a sua convicção quanto à importância de prosseguir com o seu modelo de avaliação, com as medidas de simplificação já anunciadas”, anunciou Maria de Lurdes Rodrigues, acrescentando que será aprovado “brevemente” o decreto que regulamenta as alterações anunciadas há quase três semanas.
De acordo com a ministra, a proposta apresentada esta tarde pela Plataforma Sindical “cabe, basicamente, numa folha A4” e contempla sobretudo a auto-avaliação pelos docentes, sem observação de aulas e sem envolvimento da direcção da escola, nem qualquer possibilidade de distinção do mérito, correspondendo, assim, “a um grave regresso ao passado”.
“Os sindicatos não apresentaram nenhuma proposta verdadeiramente alternativa para uma avaliação credível dos professores. Era minha convicção no passado, e é agora ainda mais, que nenhuma razão pode ser invocada para se suspender o modelo de avaliação”, acrescentou, admitindo que a divergência com os sindicatos se mantém “grande” no que diz respeito a esta matéria.

Reunião na próxima semana para discutir estatuto

Apesar de não ter sido alcançado um acordo sobre a avaliação de desempenho, as duas partes voltam a reunir-se na próxima segunda-feira para discutir o Estatuto da Carreira Docente (ECD).
A Plataforma Sindical já avisou que a revisão do estatuto terá de passar pela eliminação da actual divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular), mas a ministra entende que esta divisão “é muito importante”. Lurdes Rodrigues diz, por isso, estar apenas disponível para discutir a forma como esta hierárquica se concretiza, mas garante que não abdica da existência de quotas, pois “os lugares de topo são em menor número do que os de início”.
Antes da ministra, Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical revelou que o desacordo com a ministra foi “absoluto” no que diz respeito à avaliação, uma vez que a tutela “não aceitou um único item da proposta trazida pelos sindicatos”. Nesse sentido, os sindicatos decidiram manter a greve agendada para o dia 19 de Janeiro e vão fazer circular, a partir de amanhã, uma petição nas escolas, em defesa da suspensão da avaliação.

Reunião no Ministério da Educação termina sem acordo


Ministra e sindicatos dos professores voltam a reunir-se na próxima segunda-feira

A reunião desta tarde com a ministra da Educação terminou a reunião sem acordo quanto ao futuro do actual modelo de avaliação, pelo que a Plataforma Sindical mantém a greve geral agendada para 19 de Janeiro. Ainda assim, as duas partes voltam a reunir-se na próxima semana, num encontro em que será debatido o Estatuto da Carreira Docente, anunciou Mário Nogueira.
Na reunião desta tarde, os sindicatos apresentaram a Maria de Lurdes Rodrigues a sua alternativa para a avaliação dos docentes no corrente ano lectivo e voltaram a exigir a suspensão do modelo proposto pelo Governo – reivindicação que mantêm apesar de o ministério ter apresentado medidas de simplificação.
À entrada para a reunião, a ministra reafirmou, contudo, que “o processo de avaliação vai continuar” e que a sua suspensão “não está em causa” na actual ronda negocial com os sindicatos. Ainda assim, Maria de Lurdes Rodrigues revelou que pediu ao Governo o adiamento da aprovação do decreto que regulamenta a simplificação do actual modelo, num sinal de abertura para as negociações.
No final da reunião, o porta-voz da Plataforma Sindical garantiu que o desacordo com a ministra nesta questão foi “absoluto”, uma vez que a tutela “não aceitou um único item da proposta trazida pelos sindicatos”.
Assim sendo, anunciou, a Plataforma vai pôr a circular nas escolas, “a partir de amanhã”, uma petição em defesa da suspensão, para ser entregue ao Ministério no próximo dia 22. “Esperamos que dezenas e dezenas de milhares de professores a assinem”, declarou Mário Nogueira, dizendo acreditar que este será "o maior abaixo-assinado que alguma vez os professores portugueses fizeram".
Mário Nogueira anunciou ainda que foi decidido manter a greve geral agendada para19 de Janeiro e que será antecedida, no dia 13, por “uma jornada nacional de reflexão nas escolas”. Apesar das divergências, o dirigente sindical adiantou que a Plataforma regressa no próximo dia 15 ao Ministério da Educação para uma reunião "para discutir o que tem a ver com o Estatuto da Carreira Docente".

Governo não aprovou simplificação do modelo de avaliação a pedido da ministra


Maria de Lurdes Rodrigues reúne-se esta tarde com os sindicatos

Maria de Lurdes Rodrigues explicou que o decreto que regulamenta a simplificação da avaliação de docentes não foi aprovado hoje em Conselho de Ministros, a seu pedido, para que a reunião desta tarde com sindicatos decorra "sem condições", mas reafirmou que a suspensão do processo não está em causa.
“O Conselho de Ministros, a meu pedido, aguarda os resultados desta reunião para podermos ouvir sem condições o que os sindicatos têm a propor”, explicou a ministra da Educação, à entrada para a reunião com a Plataforma Sindical de Professores que vai apresentar formalmente, pela primeira vez, a sua alternativa ao modelo do Governo.
Contudo, a governante reafirmou que “suspensão não está em causa”. “O processo de avaliação vai continuar. Há um enquadramento legal que permite que este modelo continue”.
Confrontado com o adiamento da aprovação do decreto regulamentar, o porta-voz da Plataforma Sindical, Mário Nogueira, disse não esperar outra coisa, alegando que se o documento fosse hoje aprovado, a reunião com Maria de Lurdes Rodrigues “não teria sentido”.
Apesar das garantias da ministra relativamente à aplicação do processo já este ano, Mário Nogueira disse estar confiante na suspensão do actual modelo, lembrando que nas últimas semanas os professores de centenas de escolas “entupiram o faxe do ministério” com moções e abaixo-assinados a pedir o fim deste processo.
“Se não acreditássemos [na possibilidade de suspensão] não estávamos aqui”, afirmou, acrescentando que os sindicatos têm “todas as formas de luta” para manter a contestação ao modelo.
De acordo com Mário Nogueira, a proposta dos sindicatos prevê a suspensão do modelo de avaliação em vigor, a adopção de uma solução transitória para este ano lectivo e o início, já em Janeiro, de um processo negocial com vista à revisão do Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente para alterar a estruturação da carreira, actualmente dividida em duas categorias (professor e professor titular).
A realização do encontro de hoje levou os sindicatos a suspender as greves regionais que estavam agendadas para esta semana, apesar de o Ministério da Educação ter garantido não estar disponível para suspender o processo de avaliação, insistindo na aplicação do modelo já este ano lectivo, embora de uma forma simplificada.

Ramón Salaverría: Ciberjornalismo era inevitável mas não pode cingir-se aos jornalistas



I Congresso Internacional de Ciberjornalismo

Ramón Salaverría, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, especialista espanhol em jornalismo, afirmou hoje, no Porto no I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, que a convergência digital dos meios de comunicação social "era inevitável", mas avisou que o processo "não pode, contudo, cingir-se aos jornalistas".
"É indispensável convergir à escala empresarial e tecnológica antes de acontecer uma integração dos profissionais e dos conteúdos", defendeu Ramón Salaverría, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, Espanha, e subdirector do departamento de projectos jornalísticos da Universidade de Navarra, Espanha.
Falando na conferência de abertura do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, a decorrer até amanhã no Porto, Ramón Salaverría disse que "a convergência digital não significa só organizar as salas da redacção".
Segundo referiu, há processos de convergência praticamente em todos os grupos de comunicação social do mundo, mas, na prática, não há um resultado de integração em nenhum desses grupos.
Considerando que esta convergência surgiu de "uma moda dos editores, mas não dos jornalistas", Ramón criticou o facto de se notar que "não há uma convergência empresarial, mas parece que ela tem que existir junto dos jornalistas".
Na sua opinião, a Internet aparece como o único suporte capaz de integrar os diferentes conteúdos de todos os meios de comunicação social (rádio, TV e imprensa), sendo que, no futuro, a independência de cada um dos meios terá tendência a perder-se.
Quanto ao jornalista em si, o espanhol defendeu que a este profissional caberá ser abrangente, pluralista.
"No futuro, todos terão que ser repórteres audiovisuais, editores audiovisuais e editores de locução e áudio", disse.
Ramón Salaverría considerou que, futuramente, "o importante deixará de ser o órgão de comunicação em si mas a marca" e passará o "conteúdo a valer mais do que o suporte".
Para que seja atingido o modelo "multimédia" nos órgãos de comunicação social, disse, "será necessário passar de um modelo de subordinação editorial para um modelo de coordenação".
"Passar da improvisação para a planificação", assim como "passar da redundância editorial actual para a complementaridade" são também fundamentais.
O especialista sustentou ainda que, para que tudo isto seja alcançado, as escolas de jornalismo têm de assumir um desafio: "deixar de ensinar destrezas profissionais de acordo com a lógica tradicional dos diferentes órgãos de comunicação social".
"O jornalista tem como missão informar e não apenas escrever e isso deve ser entendido nas escolas", para que o profissional possa estar apto a cumprir o seu trabalho independentemente do suporte para o qual vai trabalhar.
José Azevedo, professor da Universidade do Porto, do curso de Ciências da Comunicação, afirmou à Lusa que este congresso surgiu exactamente na sequência "da grande transformação que o jornalismo está a sofrer em resultado do fenómeno da convergência digital".
"O impacto dos media digitais está a ter um profundo efeito entre a relação dos órgãos de comunicação social e as suas audiências", disse.
Neste congresso, iniciativa do Observatório do Ciberjornalismo (OBCIBER), pretende-se dar algum tipo de resposta aos "desafios que são colocados aos profissionais e às empresas na adaptação a esta nova realidade".
José Azevedo concordou com a ideia que as escolas de jornalismo terão que alterar métodos de ensino para que "os jornalistas, mais do que responder aos diferentes tipos de suporte, têm de ser capaz de fazer coisas diferentes".
Reunir especialistas na área para analisar e debater questões centrais da prática ciberjornalística actual à luz de novas realidades empresariais, profissionais e formacionais é o objectivo central desta iniciativa.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Lisboa: greve dos trabalhadores do lixo demonstrou "oposição" contra a câmara


Sindicatos só dialogam se privatização não for para a frente

Os dois sindicatos de trabalhadores de recolha do lixo em Lisboa fizeram um balanço positivo de greve de quatro dias, referindo que ficou demonstrada a sua “oposição” à privatização dos serviços por parte da câmara municipal.
O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) disseram que a greve ficou marcada pela "forte afirmação da capacidade de luta e de afirmação destes trabalhadores em defesa do seu posto de trabalho e do direito ao serviço público executado como tal e sob alçada total da Câmara Municipal de Lisboa (CML)".
"Esta foi uma resposta significativa ao que estava em causa, que era a exigência da manutenção de todo o serviço de limpeza, varredura e remoção sob alçada da câmara e o combate a qualquer tentativa de privatização anunciada já, numa primeira fase, para a Baixa/Chiado e a junta de freguesia de Santa Maria dos Olivais", considerou o presidente do STML, Joaquim Jorge.
Para o dirigente sindical, "os trabalhadores mostraram todo o seu descontentamento perante esta intenção do executivo camarário" e "o presidente da câmara (António Costa) terá de tirar as devidas ilações".
O presidente do STML exaltou ainda "o comportamento dos trabalhadores e a forte adesão à greve, na ordem dos 90 por cento" e espera agora que o presidente da autarquia diga como está o processo de privatização do serviço em Lisboa.
"Vamos solicitar uma reunião ao presidente da câmara nos próximos dois ou três dias, para aquilatar se, perante este protesto, mantém a intenção de avançar com o processo ou não", anunciou.

Dispostos a diálogo se privatização não avançar

Joaquim Jorge lembrou que os sindicatos querem "a suspensão total deste processo e a continuidade da exigência de munir o departamento de higiene urbana e resíduos sólidos da CML com os meios humanos e materiais necessários para continuar a fazer e desenvolver um serviço de qualidade na limpeza na cidade e na remoção de lixo".
"Se o presidente da CML não atender a este protesto e aquilo que são as pretensões legítimas dos trabalhadores e exigências do sindicato, equacionamos continuar esta forma de luta sob todas as possibilidades que venham para cima da mesa, incluindo novas paralisações, se necessário, após audição dos trabalhadores numa nova ronda de plenários a realizar a 17 e 18 de Dezembro", acrescentou.
O dirigente sindical considerou ainda que "o presidente da câmara terá de ter uma postura diferente e dar uma resposta aos trabalhadores e sindicatos sobre o que pretende fazer do serviço de limpeza urbana da câmara de Lisboa e se está disposto a reflectir e arrepiar caminho".
Francisco Brás, dirigente do STAL, sublinhou, por seu turno, que o sindicato "valoriza a disposição do presidente da CML" para o diálogo, mas apenas se "estiver disposto a suspender o processo de privatização".

Nova greve agendada

"Está aprovado um orçamento municipal já com verbas destinadas à contratação de empresas. Queremos que essas verbas sejam transferidas para a contratação de trabalhadores e aquisição de meios para a câmara poder fazer o serviço", disse Francisco Brás rejeitando a ideia de que esta solução é temporária.
Nesse sentido, Joaquim Jorge recordou que "o está agora a ser proposto é idêntico ao que foi feito com os espaços verdes e depois assistiu-se a uma desorçamentação dos mesmos e a um aumento das áreas de acção".
Tendo como base a hipótese de os sindicatos convocarem uma nova paralisação para os dias após o Natal, o STML e o STAL já entregaram um pré-aviso de greve para os dias 26, 27 e 28 de Dezembro. Joaquim Jorge explicou que "pode ser retirado se as soluções que nos forem apresentadas nos satisfizerem".
“Este pré-aviso é uma salvaguarda, porque a greve não pode ser concretizada sem o pré-aviso", explicou, numa resposta às declarações de António Costa, que lamentou ter recebido um pré-aviso de greve dos Trabalhadores da Higiene Urbana.
"A única coisa que vi foi um pré-aviso de greve para os dias 26, 27 e 28 de Dezembro. Não vi qualquer abertura para o diálogo", disse António Costa.

Lisboa: Quarto e último dia de greve dos trabalhadores de higiene urbana com adesão acima dos 90 por cento


Números do sindicato

O quarto e último dia de paralisação dos trabalhadores da recolha de lixo e limpeza urbana da Câmara de Lisboa, que se cumpre hoje, teve uma adesão acima dos 90 por cento, disse à agência Lusa fonte sindical.
Joaquim Jorge, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) acrescentou que hoje das 108 viaturas que saem no turno da noite para recolha de lixo apenas saíram duas para assegurar os serviços mínimos de recolha nos hospitais.
No período diurno - iniciado hoje às 6h00 - saíram apenas três das 65 viaturas que saem habitualmente, acrescentou.
Referiu que face a estes valores a greve contou com uma adesão "superior a 90 por cento".
Hoje, os cantoneiros não estão abrangidos pela greve, mas a lavagem a varredura de ruas também não está a processar-se, uma vez que o lixo acumulado já é muito pelo que não vale a pena varrer ou lavar as ruas sem que se recolha primeiro o lixo, disse.
Acrescentou que por essa mesma razão, e apesar de os cantoneiros não estarem hoje de greve, estão apenas a proceder à limpeza de matas.
Ainda hoje os trabalhadores da recolha de lixo e limpeza e higiene urbana vão reunir-se para fazer um balanço dos quatro dias de greve, iniciada segunda-feira, que na prática se traduziu por cinco dias sem recolha de lixo e varredura e limpeza das ruas.
Na próxima semana os trabalhadores daquele sector - que já solicitaram uma reunião com o presidente da Câmara, António Costa - vão fazer plenários com os trabalhadores para os informar da adesão à greve e decidir "novas formas de luta que não excluem mais greve" caso a autarquia "não dê garantias de abandonar qualquer tentativa de privatização naquele sector", concluiu Joaquim Jorge.
O presidente da Câmara António Costa tem negado qualquer intenção da autarquia vir a privatizar o sector de recolha de lixo e higiene urbana em Lisboa, considerando esta greve "extemporânea".

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...