quinta-feira, dezembro 25, 2008

Sócrates promete ajuda e pede empenho e determinação


Pela primeira vez, o primeiro-ministro gravou a sua mensagem de Natal de pé quebrando com a tradição de estar sentado

O Primeiro-Ministro, José Sócrates garantiu na sua mensagem de Natal transmitida pela televisão esta sexta-feira, que o Governo usará todos os meios possíveis e ao seu alcance para ajudar as empresas, os trabalhadores e as famílias no ano de 2009, ano que será particularmente “difícil e exigente”.

Falando de pé e não como tradicionalmente sentado, Sócrates sublinhou que sendo o ano de 2009 “difícil e exigente para todos” o dever do Governo é “não ficar à espera que os problemas se resolvam por si próprios”.
"Pela minha parte, e pela parte do Governo, quero garantir-vos que não temos outra orientação que não seja defender o interesse nacional neste momento particularmente difícil. E defender o interesse nacional é usar todos os recursos ao nosso alcance, com rigor, sentido de responsabilidade e iniciativa, para ajudar as famílias, os trabalhadores e as empresas a superarem as dificuldades, e para incentivar o investimento económico que gera riqueza e emprego", disse.
O líder do Governo socialista não quis no entanto deixar de dar aos portugueses uma mensagem de esperança em relação ao futuro face aos próximos desafios resultantes da "grave crise económica e financeira" mundial.
"Os seus efeitos já se sentem também em Portugal. Mas a verdade é que, nos últimos três anos, o país ultrapassou a crise orçamental e pôs as contas públicas em ordem. Isso permite-nos agora responder melhor às dificuldades económicas que nos chegam de fora. Podemos agora usar mais recursos do Estado para apoiar o emprego, as empresas e as famílias", sustentou.
O primeiro-ministro garantiu aos portugueses que poderiam esperar dele e do seu Governo, determinação no presente “momento difícil da Europa e do mundo”.
"Determinação no apoio à economia. Determinação, também, na defesa e na promoção do emprego. Mas, determinação, sobretudo, na protecção das famílias, especialmente às famílias de menores rendimentos, protegendo-as das dificuldades que sentem e ajudando-as nas suas despesas principais", acrescentou.

Sócrates recordou medidas já tomadas a favor dos mais desfavorecidos

Sócrates aproveitou a mensagem para relembrar e sintetizar as medidas já tomados nos últimos meses como os aumentos do abono de família, da acção social escolar ou dos passes para os transportes escolares.
"Foi por isso que criámos as condições para que baixassem os juros com a habitação, generalizámos o complemento solidário para idosos, protegemos as poupanças, aumentámos o salário mínimo e actualizámos os salários da função pública acima da inflação", disse, ainda em referência a medidas tomadas pelo Governo.
O Governo visou o "reforço do investimento, apoio à economia e ao emprego e aumento da protecção social".
"Esta é a resposta adequada aos tempos difíceis que vivemos. Hoje, os portugueses compreendem melhor porque foi preciso consolidar as finanças públicas, defender a segurança social pública, reformar os serviços públicos: justamente para que, no momento em que as famílias mais precisam do Estado, o Estado tenha as condições para intervir e ajudar quem precisa", advogou.

Apêlo à confiança, entreajuda e solidariedade

Face a uma conjuntura problemática e complexa, Sócrates apelou aos portugueses num momento em que “se espera de todos uma atitude de confiança, uma capacidade de entreajuda, um sentido de responsabilidade solidário".
"O país precisa dessa atitude, desse empenhamento e dessa determinação", salientou.
Portugal tem boas razões para acreditar e ter confiança no seu futuro.
"Os portugueses já conseguiram enfrentar e resolver uma grave crise orçamental. Saberão agora, com o seu talento e o seu trabalho, superar os efeitos negativos da crise económica internacional", disse.
“Empenhamento e coragem” foi pedido aos portugueses enquanto o primeiro-ministro entendeu deixar uma “profunda solidariedade” aos cidadãos mais desprotegidos, e "sofrem com a doença, a pobreza ou a solidão".
O primeiro-ministro não deixou de, à semelhança do que é habitual neste tipo de mensagens, saudar especialmente os militares das Forças Armadas e os elementos das forças de segurança que se encontram em missões no estrangeiro, bem como as comunidades portuguesas "espalhadas pelo mundo, que em todos os continentes mostram a nossa capacidade de trabalho e iniciativa e o nosso carácter pacífico e solidário".

Mensagem de Natal do Primeiro Ministro, José Sócrates

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Saramago diz que 'A Viagem do Elefante’ pode ser o último livro


Na apresentação

José Saramago confessou, esta terça-feira, na apresentação do seu livro ‘A Viagem do Elefante’, na Casa de América em Madrid, que este pode ser o seu último livro.
'Tenho 86 anos e estou suficientemente lúcido, mas já não espero escrever muitos livros e se escrever algum é um milagre', disse o Nobel de Literatura, acrescentando que se decidir escrever mais algum gostaria que a qualidade não fosse inferior às obras anteriores.
O título já vendeu mais de 70 mil exemplares na Espanha e o autor agradeceu a boa recepção à obra, escrita em 2007, enquanto lutava contra uma grave infecção respiratória.

Ministério paga dívidas a transportadoras



Mais de 12 milhões de euros

O Ministério da Justiça anunciou esta quarta-feira que vai saldar ainda este ano dívidas superiores a 12 milhões de euros com empresas transportadoras, nomeadamente a Carris e o Metro.
Em comunicado, a tutela explica que assina amanhã acordos com dez empresas de transportes públicos para “regularizar dívidas históricas superiores a 12 milhões de euros relativas ao transporte gratuito de oficiais da Justiça, magistrados e elementos da Polícia Judiciária”.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Actrizes contra o dia de exibição


RTP 1: Nova temporada de ‘Conta-me como foi’ estreia em Janeiro

Rita Blanco e Catarina Avelar reagiram mal à decisão de José Fragoso, director de Programas da RTP, em manter a terceira temporada da série ‘Conta-me como Foi’ aos domingos.
"O quê? Vamos para o ar ao mesmo tempo do que o ‘Equador’ [TVI]? Querem dar cabo de nós?", disse Rita Blanco, interprete de ‘Margarida’. Já Catarina Avelar, a ‘Hermínia’ da série, apressou-se a pedir maior publicidade ao formato. "Espero que pelo menos promovam bem o nosso trabalho", salientou.
A nova temporada da série, adaptada de um original espanhol em exibição na TVE, estreia dia 4 de Janeiro e vai ter mais 52 episódios.
"A ideia é levar a série pelo menos até ao 25 de Abril de 1974. Agora começamos com o Natal de 1970 e a Passagem de Ano 70/71. Mas existe a hipótese de prolongar por mais um tempo a série. A decisão será tomada daqui a alguns meses e se for avante teremos que ser nós a fazer os guiões, uma vez que o original espanhol termina em 1974", adiantou José Fragoso.
Jorge Marecos, responsável pela produtora SP Televisão, explicou que, sendo uma saga, "o simples facto de passar ao longo dos anos implica, necessariamente, estar constantemente a mudar. Há novas personagens, novas situações... Agora, por exemplo, vai abrir um supermercado o que dará um grande dinamismo à rua. Só a família e as figuras fixas do bairro é que não mudam".
‘Conta-me como foi’ irá para o ar aos domingos depois de ‘As Escolhas de Marcelo’, na RTP 1. "Achamos que a série deve regressar aos domingos e é claro que a vamos promover tal como promovemos todos os programas da RTP", referiu José Fragoso. "Estamos tranquilos com o horário e com o dia da semana. É um programa que já esteve no ar durante anos, que os telespectadores conhecem bem e que tem sido muito marcante", frisou.

MAIS DADOS

NOVA EQUIPA

A 3.º temporada da série tem Sérgio Graciano como realizador e Patrícia Sequeira como coordenadora do projecto.

MUDANÇAS NO BAIRRO

Surge o primeiro supermercado no bairro onde vive a família Lopes e a mercearia sofre obras de remodelação. Também existe uma boutique para senhora e mais edifícios.

GRAVAÇÕES

A gravação da série arrancou a semana passada mas só ontem a família Lopes se reuniu.

“Estive quase a chumbar por me faltar a farda”


Discurso Directo

Joaquim Vieira, Jornalista e autor do livro ‘Mocidade Portuguesa’.

Correio da Manhã – O que o fascina na Mocidade Portuguesa (MP) ao ponto de escrever um livro sobre o assunto?

Joaquim Vieira – Fascina-me a organização, as suas características militaristas e marciais, o facto de julgar estar a preparar as bases de apoio a um regime totalitário. E que teve o seu paralelo tanto na Alemanha nazi quanto na União Soviética.

– Da sua passagem pela organização, o que retém de positivo?

– Entrei na MP, como toda a gente, porque era obrigatório, mas como o meu pai era da oposição – era apoiante do Humberto Delgado – não me comprou a farda. Estive quase a chumbar por faltas de material, até ele se decidir a comprar. Acabei por usá-la apenas uma vez. Na verdade, entrei quando já estava em decadência. De positivo, recordo o convívio entre os colegas.

– A quem acredita destinar-se um livro desta natureza?

– Para já, aos milhões que pertenceram à MP e que, mesmo que não quisessem lá estar, vão gostar de recordar os seus tempos de juventude. Depois, a pessoas que não conhecem a estrutura ou o tempo em que se integrou mas que têm curiosidade pelo passado recente de Portugal e que vão ficar surpreendidas com algo que não imaginam que pudesse ter existido, desta forma, no nosso país.

– O que foi mais difícil na feitura do livro?

– Alguma iconografia que não existe nos arquivos oficiais e que foi preciso recolher junto de antigos dirigentes da MP. Foi um contributo precioso para enriquecer um livro que vive tanto da imagem.

– O que aprendeu ao fazer o livro, que desconhecia?

– Surpreendeu-me a influência que a Alemanha nazi teve na MP. Tudo foi feito segundo indicações que vieram do exterior e eu não fazia ideia. Surpreendeu-me também, pela positiva, o contributo que a MP teve para o desenvolvimento dos desportos em Portugal.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Avaliação: Negociações estão “encerradas”


Processo avança ainda este ano

O processo de negociações sobre a avaliação dos professores neste ano lectivo “está encerrado”, disse esta sexta-feira o secretário de Estado Jorge Pedreira.
“As negociações terminaram e o Governo aprovará muito em breve todas as medidas e instrumentos legislativos e normativos que permitirão o desenrolar do processo de avaliação para este ano lectivo”, disse o governante, em Coimbra, à margem da sessão do lançamento do concurso “A nossa escola pela não violência”.
Contudo, a tutela não fecha a porta e futuras negociações “para os anos lectivos, como estava previsto no memorando de entendimento”.
“Esperamos que os sindicatos reconheçam e aceitem a legitimidade democrática do Governo para governar”, sublinhou Jorge Pedreira, acrescentando que “há um tempo para ouvir, para escutar, mas também há um tempo para decidir”. O secretário de Estado fez ainda “um apelo à reflexão serena dos professores sobre as medidas que o Governo tomou”.
Relativamente ao descontentamento vivido na classe dos professores, Jorge Pedreira disse esperar que “a insatisfação e o protesto não atinjam de forma alguma os alunos e as famílias”.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...