O primeiro lugar do concurso das marchas populares de Lisboa foi partilhado por Alfama e pelo Castelo. Numa noite quente, os lisboetas invadiram a baixa da cidade e o bairro de Alfama para festejar o Santo António.
domingo, junho 14, 2009
Exposição mostra várias visões do culto de Santo António

Mais de 90 artistas portugueses mostram, pelo quinto ano consecutivo, n'A Arte da Terra, nas antigas cavalariças da Sé de Lisboa, as suas interpretações do santo mais popular de Lisboa.
Bem pertinho da casa e da Igreja de Santo António, no fresco das antigas cavalariças da Sé de Lisboa, o culto deste santo popular é apresentado nas mais diversas formas na exposição "Santo António - De Lisboa a Pádua". A iniciativa da loja-galeria A Arte da Terra vai já no quinto ano consecutivo e exibe mais de 800 peças, cada uma mostrando a visão dos cerca de 90 artistas representados.
Escultores, artesãos, jovens designers, todos portugueses, como não poderia deixar de ser neste espaço dedicado ao artesanato e à cultura nacional, responderam ao desafio lançado pela galeria e apresentam novas abordagens artísticas sobre o santo mais popular de Lisboa.
Apesar de o tema ser apenas um - o culto de Santo António -, a diversidade das peças apresentadas reflecte as diferentes gerações e as diferentes correntes e sensibilidades artísticas presentes. Os muitos santos antónios representados tanto podem ter apenas cinco centímetros de altura como 1,80 metros e são feitos de materiais tão diferentes como barro, madeira, arame, granito, mármore e tecido.
A localização do espaço, no coração dos festejos dedicados a Santos António, "foi determinante para o lançamento desta iniciativa", explicou ao DN Filomena Frade, sócia-gerente d'A Arte da Terra. E pelo tema da exposição, o evento foi incluído na programação oficial das Festas da Cidade de Lisboa.
Os turistas são os principais clientes deste espaço e, por isso mesmo, a exposição muda todos os dias, consoante as peças que são vendidas. "E se os coleccionadores já sabem que aqui podem encontrar mais uma peça original, os devotos de Santo António preferem representações mais tradicionais", comenta Filomena Frade.
Escultores, artesãos, jovens designers, todos portugueses, como não poderia deixar de ser neste espaço dedicado ao artesanato e à cultura nacional, responderam ao desafio lançado pela galeria e apresentam novas abordagens artísticas sobre o santo mais popular de Lisboa.
Apesar de o tema ser apenas um - o culto de Santo António -, a diversidade das peças apresentadas reflecte as diferentes gerações e as diferentes correntes e sensibilidades artísticas presentes. Os muitos santos antónios representados tanto podem ter apenas cinco centímetros de altura como 1,80 metros e são feitos de materiais tão diferentes como barro, madeira, arame, granito, mármore e tecido.
A localização do espaço, no coração dos festejos dedicados a Santos António, "foi determinante para o lançamento desta iniciativa", explicou ao DN Filomena Frade, sócia-gerente d'A Arte da Terra. E pelo tema da exposição, o evento foi incluído na programação oficial das Festas da Cidade de Lisboa.
Os turistas são os principais clientes deste espaço e, por isso mesmo, a exposição muda todos os dias, consoante as peças que são vendidas. "E se os coleccionadores já sabem que aqui podem encontrar mais uma peça original, os devotos de Santo António preferem representações mais tradicionais", comenta Filomena Frade.
Marchas de Santo António atravessam fronteiras
Santarém, Lamego, Amarante, Itália, Brasil e até Japão. As marchas de Santo António vão hoje muito além das fronteiras de Lisboa. Na Avenida da Liberdade havia ontem espectadores de todos os cantos do País e também do estrangeiro.
O italiano Marcello Zini, que "travou conhecimento" com Santo António, há vinte anos, numa viagem de negócios ao nosso país, não tem dúvidas em afirmar que "as marchas estão para Portugal, assim como o Carnaval está para o Brasil. Só é pena que não sejam mais divulgadas". Este fã incondicional faz questão de, sempre que pode, visitar Lisboa nesta altura.
Marcello e os mais de meia dúzia de amigos italianos eram só alguns dos muitos admiradores das festas de Lisboa, que ontem à noite encheram a Avenida para ver desfilar as 23 marchas (20 a concurso e apenas três participantes).
Dentro do País há quem faça centenas de quilómetros para ver as marchas. É o caso de Augusta Sobral. "Vim de Lamego a Lisboa para assistir pela primeira vez ao desfile", disse ao DN. Junto à tribuna presidencial, onde a actuação das marchas é mais esmerada, Augusta esperou pelas exibições desde as 16.30.
Atenta, ela e os milhares de olhares, de novos e velhos, seguiram a abertura do desfile, feita em tons de laranja pela marcha Sanjoanina, que veio dos Açores (ver texto ao lado). Uns metros atrás, e na tonalidade de vermelho, marchavam os Mercados, felizes por regressarem este ano a uma lide que foi interrompida em 2008 "não se sabe bem porquê", diz Luísa Carvalho, responsável da marcha. Os padrinhos, a fadista Anita Guerreiro e o actor João de Carvalho, garantem que esta é a rainha das marchas que, embora não vá a concurso, "representa todos os bairros, pois todos têm mercados".
Alheia às tendências bairristas, Maria Júlia veio de propósito de Amarante com um único objectivo: assistir à grande noite do desfile das marchas, que costuma acompanhar através da televisão. "É a primeira vez que venho, não conheço nenhuma marcha mas vim pelo espectáculo", confessa.
E espectáculo era o que iam prometendo os marchantes de cada bairro a quem por eles passava. "Alfama! Alfama!", era dos nomes que mais se ouvia e muitos apostavam na sua vitória. "Depois de tanto tempo de trabalho, ficaríamos satisfeitos se arrecadássemos a 14.ª vitória", admitiu, João Ramos, em nome de todos os marchantes. A maioria diz que "logo se vê".
Belém e Baixa estavam radiantes com a estreia nestas andanças, que para Miguel Honrado, presidente da EGEAC (empresa municipal de animação cultural) "é um espectáculo maravilhoso" que tem cada vez mais adesão".
O italiano Marcello Zini, que "travou conhecimento" com Santo António, há vinte anos, numa viagem de negócios ao nosso país, não tem dúvidas em afirmar que "as marchas estão para Portugal, assim como o Carnaval está para o Brasil. Só é pena que não sejam mais divulgadas". Este fã incondicional faz questão de, sempre que pode, visitar Lisboa nesta altura.
Marcello e os mais de meia dúzia de amigos italianos eram só alguns dos muitos admiradores das festas de Lisboa, que ontem à noite encheram a Avenida para ver desfilar as 23 marchas (20 a concurso e apenas três participantes).
Dentro do País há quem faça centenas de quilómetros para ver as marchas. É o caso de Augusta Sobral. "Vim de Lamego a Lisboa para assistir pela primeira vez ao desfile", disse ao DN. Junto à tribuna presidencial, onde a actuação das marchas é mais esmerada, Augusta esperou pelas exibições desde as 16.30.
Atenta, ela e os milhares de olhares, de novos e velhos, seguiram a abertura do desfile, feita em tons de laranja pela marcha Sanjoanina, que veio dos Açores (ver texto ao lado). Uns metros atrás, e na tonalidade de vermelho, marchavam os Mercados, felizes por regressarem este ano a uma lide que foi interrompida em 2008 "não se sabe bem porquê", diz Luísa Carvalho, responsável da marcha. Os padrinhos, a fadista Anita Guerreiro e o actor João de Carvalho, garantem que esta é a rainha das marchas que, embora não vá a concurso, "representa todos os bairros, pois todos têm mercados".
Alheia às tendências bairristas, Maria Júlia veio de propósito de Amarante com um único objectivo: assistir à grande noite do desfile das marchas, que costuma acompanhar através da televisão. "É a primeira vez que venho, não conheço nenhuma marcha mas vim pelo espectáculo", confessa.
E espectáculo era o que iam prometendo os marchantes de cada bairro a quem por eles passava. "Alfama! Alfama!", era dos nomes que mais se ouvia e muitos apostavam na sua vitória. "Depois de tanto tempo de trabalho, ficaríamos satisfeitos se arrecadássemos a 14.ª vitória", admitiu, João Ramos, em nome de todos os marchantes. A maioria diz que "logo se vê".
Belém e Baixa estavam radiantes com a estreia nestas andanças, que para Miguel Honrado, presidente da EGEAC (empresa municipal de animação cultural) "é um espectáculo maravilhoso" que tem cada vez mais adesão".
Marchas: Marvila cede o ceptro a Alfama e Castelo
Marvila, o bairro vencedor do Concurso de Marchas Populares de Lisboa de 2008, cedeu a primazia a Alfama e Castelo, vencedores "ex-aequo" da edição de 2009.
Várias foram as classificações "ex-aequo", facto que foi salientado com satisfação pelo júri como sinal da "qualidade global sempre crescente" das marchas.
Foi a seguinte a classificação final (indicam-se entre parênteses a posição em 2008):
Várias foram as classificações "ex-aequo", facto que foi salientado com satisfação pelo júri como sinal da "qualidade global sempre crescente" das marchas.
Foi a seguinte a classificação final (indicam-se entre parênteses a posição em 2008):
1. Alfama (2) e Castelo (5)
3. Madragoa (3) e Marvila (1)
5. Bairro Alto (8)
6. Bica (13)
7. Alcântara (6)
8. Olivais (18)
9. Mouraria (12)
10. Beato (4)
11. Alto do Pina (16), Carnide (7), Graça (13) e Santa Engrácia (11)
15. Baixa (não concorreu) e Lumiar (10)
17. S. Vicente (8)
18. Bela Flor (17)
19. Belém (não concorreu)
20. Campolide (15)
(Em 2008, Ajuda classificou em 19.º lugar e Benfica em 20.º, não tendo concorrido este ano.)
Outros prémios:
Melhor figurino - Beato, Castelo e Madragoa
Melhor coreografia - Bairro Alto e Castelo
Melhor cenografia - Alcântara e Castelo
Melhor letra - Beato, Madragoa, Marvila e Mouraria
Melhor musicalidade - Alfama
Desfile na Avenida - Alfama
Melhor composição - Bica ("" espera de uma fragata").
Alfama e Castelo venceram Marchas de Lisboa
As marchas de Alfama e Castelo foram as grandes vencedoras da noite de Santo António, em Lisboa. O júri atribuiu a mesma classificação às duas marchas e destacou a qualidade crescente dos desfiles dos bairros lisboetas.
sábado, junho 13, 2009
Europa protege imprensa

Jornalismo: Carta europeia para a liberdade dos jornalistas
Proibição da censura, livre acesso às fontes, protecção dos jornalistas contra a vigilância electrónica, escutas telefónicas e buscas a Redacções e computadores são alguns dos princípios enunciados na Carta Europeia para a Liberdade de Imprensa, que foi entregue à comissária europeia responsável pelos Media, Viviane Reding.
Adoptada e assinada por 150 jornalistas de 19 países europeus, a carta – promovida pelo chefe de Redacção da revista alemã ‘Stern’, Hans-Ulrich Jörges – pretende ainda que o cumprimento da liberdade de imprensa seja obrigatório na adesão de novos países à União Europeia.
"Não conheço a Carta, mas Portugal há muitos anos que é reconhecido, por diversas entidades, como um dos países com a legislação mais avançada, protegendo a liberdade de imprensa. Na matéria, estamos acima da Alemanha, Grã--Bretanha, Itália e Espanha", diz o socialista Arons de Carvalho. Já Luís Rodrigues, deputado do PSD, sublinha a importância da Carta, pois "a liberdade de imprensa é um princípio da Democracia". E, em jeito de crítica, refere: "O respeito mútuo é fundamental e penso que este Governo [PS] não tem seguido essa orientação."
O documento entregue na Europa enuncia os dez princípios que os governos devem respeitar na relação com os jornalistas, bem como a necessidade de proteger os meios de Comunicação Social de sanções económicas. "A Carta constitui uma importante reafirmação dos valores fundamentais, nomeadamente o pluralismo dos media e a liberdade de expressão e de informação, que são os alicerces das tradições democráticas da Europa", diz a comissária Europeia para a Sociedade de Informação e Media, que reconhece "não ter competência directa para converter este documento num texto juridicamente vinculativo".
Adoptada e assinada por 150 jornalistas de 19 países europeus, a carta – promovida pelo chefe de Redacção da revista alemã ‘Stern’, Hans-Ulrich Jörges – pretende ainda que o cumprimento da liberdade de imprensa seja obrigatório na adesão de novos países à União Europeia.
"Não conheço a Carta, mas Portugal há muitos anos que é reconhecido, por diversas entidades, como um dos países com a legislação mais avançada, protegendo a liberdade de imprensa. Na matéria, estamos acima da Alemanha, Grã--Bretanha, Itália e Espanha", diz o socialista Arons de Carvalho. Já Luís Rodrigues, deputado do PSD, sublinha a importância da Carta, pois "a liberdade de imprensa é um princípio da Democracia". E, em jeito de crítica, refere: "O respeito mútuo é fundamental e penso que este Governo [PS] não tem seguido essa orientação."
O documento entregue na Europa enuncia os dez princípios que os governos devem respeitar na relação com os jornalistas, bem como a necessidade de proteger os meios de Comunicação Social de sanções económicas. "A Carta constitui uma importante reafirmação dos valores fundamentais, nomeadamente o pluralismo dos media e a liberdade de expressão e de informação, que são os alicerces das tradições democráticas da Europa", diz a comissária Europeia para a Sociedade de Informação e Media, que reconhece "não ter competência directa para converter este documento num texto juridicamente vinculativo".
DADOS
25 DE MAIO
Foi o dia em que 150 jornalistas, entre os quais 48 editores e chefes de órgãos de Comunicação Social, de 19 países, assinaram o documento. Outros fizeram-no on-line.
6 LÍNGUAS
A Carta Europeia para a Liberdade de Imprensa existe já em seis línguas e está disponível on-line [em www.pressfreedom.eu ] e aberta à assinatura dos jornalistas interessados.
A CARTA
Pode ser invocada pelos jornalistas "contra governos ou autoridades públicas sempre que sintam que a liberdade do seu trabalho é abusivamente ameaçada", diz Reding.
Preços caem 1,2% em Maio
Inflação
Os preços em Portugal desceram 1,2% em Maio em relação ao mesmo mês do ano passado, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística.
É o terceiro mês consecutivo de queda da inflação.
É o terceiro mês consecutivo de queda da inflação.
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