domingo, outubro 24, 2010

Bomba fere jornalista português



Afeganistão: João Silva seguia patrulha dos EUA

Uma equipa de sapadores verificava a passagem com detectores de minas e cães treinados para cheirar bombas. Na senda do grupo, seguia o fotógrafo português João Silva, do ‘The New York Times’. Apesar dos cuidados, o português pisou uma mina e ficou ferido com gravidade, junto à cidade afegã de Arghandab, na província de Kandahar.

A explosão atingiu em cheio as pernas do repórter de imagem, que acompanhava uma patrulha da 101ª Divisão Aerotransportada dos EUA, envolvida no combate aos taliban naquela região do Sul do país. Após o acidente que não fez outros feridos, João foi transportado de helicóptero para o hospital da base de Kandahar.
Ao Correio da Manhã, Robert Christie, do ‘The New York Times’, adiantou que a explosão cortou parte das pernas de João e causou-lhe ainda "danos pélvicos e hemorragias internas". Após tratamento em Kandahar, foi transferido para a base de Bagram, junto a Cabul, de onde deveria seguir para a Alemanha, referiu a mesma fonte. "A mulher dele [Vivian] foi informada pelo cirurgião, que frisou que não está livre de perigo." Christie revelou ainda que, mesmo ferido, e "enquanto os médicos lhe aplicavam torniquetes, João continuou a fotografar".
João Silva, casado e com um filho menor, é um veterano de muitas batalhas, sendo considerado um dos melhores fotógrafos mundiais na sua área. "É o melhor fotógrafo de guerra que pode existir", afirmou Bill Keller, editor executivo do ‘The Times’, explicando que é um profissional "destemido mas cuidadoso".
No entanto, nem os cuidados nem a experiência acumulada a cobrir os conflitos no Afeganistão, Iraque, Médio Oriente, África do Sul e Balcãs impediram o drama. "Muitas bombas são feitas com pouco metal e são muito difíceis de detectar", explicou Dexter Filkins, também ele veterano da reportagem de guerra, no artigo em que relatou o acidente para o ‘The New York Times’.
Em palavras que assumem um tom quase profético, o também fotógrafo e colega Michael Kamber teceu no ano passado rasgados elogios ao português, mas lembrou: "Tendo em conta os riscos que corre desde há tanto tempo, o facto de estar vivo é, por si só, um milagre."

PERFIL

João Silva nasceu em Lisboa em 1966 e foi jovem para Moçambique. Em 1991, estreou-se como fotógrafo no jornal ‘Alberton’ e depois no ‘The Star’, de Joanesburgo, onde reside. Fotografou a violência pós-apartheid e criou com três colegas o Bang-Bang Club. Esteve nos Balcãs, no Iraque e Afeganistão. Foi distinguido com vários prémios, nomeadamente os da prestigiada World Press Photo.

RUELA BALEADA E RALEIRAS RAPTADO

Na manhã de 14 de Novembro de 2003, uma coluna de jipes de jornalistas portugueses foi atacada no Sul do Iraque. No primeiro jipe seguia o enviado da TSF, Carlos Raleiras, e a equipa da SIC, a jornalista Maria João Ruela e o repórter Rui do Ó. Ruela foi baleada, Rui escapou ileso e o jornalista Raleiras acabou por ser raptado por um dia.

COUSO E TARAS MORTOS NO IRAQUE

José Couso Permuí, espanhol, e Taras Protsyuk, ucraniano, ambos repórteres, morreram em 2003 no Hotel Palestina, na capital do Iraque, Bagdad, quando um tanque norte-americano disparou contra o edifício. Couso, de 38 anos, da Telecinco, que filmava um ataque dos EUA, ainda foi levado para o hospital, onde faleceu. Protsyuk, de 35, da Reuters, morreu no local.

PEARL, MORTO NO PAQUISTÃO

Daniel Pearl, jornalista do ‘Wall Street Journal’, foi raptado em 2002 no Paquistão, onde se encontrava a trabalhar com a mulher, Mariane, então grávida. O repórter acabou por ser decapitado e o seu corpo esquartejado. O martírio de Pearl e a luta de Mariane para o encontrar já motivou um filme, ‘Um Coração Poderoso’, protagonizado por Angelina Jolie.

GABINETE DA ONU EM HERAT ATACADO POR QUATRO SUICIDAS

Quatro taliban disfarçados com roupa de mulher e fardas da polícia atacaram ontem as instalações da ONU em Herat, na região Oeste do Afeganistão, ferindo dois seguranças e um polícia.
Segundo algumas fontes, três dos atacantes eram bombistas suicidas. Um deles fez explodir um carro armadilhado contra as portas do centro, enquanto dois outros, vestidos de burca, detonaram cintos de explosivos. O quarto elemento do grupo terá sido morto a tiro já no interior das instalações antes de poder detonar a bomba que levava presa ao corpo.
Henri Burgard, porta-voz da ONU, afirma que na altura do ataque havia cerca de 20 funcionários no interior das instalações, mas nenhum sofreu ferimentos.
Refira-se que as instalações agora atacadas foram transferidas de Cabul para Herat por se considerar esta cidade mais segura. A decisão foi tomada após o atentado que em Outubro de 2009 visou uma residência das Nações Unidas na capital afegã, causando a morte de cinco pessoas.
Mas, desde a transferência, as instalações foram já visadas por várias vezes por disparos de rockets e rajadas de metralhadora. Facto curioso é que vários distritos da província de Herat estão na lista das áreas consideradas estabilizadas e prontas para serem transferidas para o controlo das forças locais.

Ruptura financeira ameaça reformas



Pensões

Dentro de 25 anos, as receitas da Segurança Social não serão suficientes para pagar as pensões dos portugueses.

Fique a saber todos os pormenores na edição papel do jornal 'Correio da Manhã'.

Anónimo devolve carteira recheada



M. Canaveses: Emigrante na suíça trazia oito mil francos (5900 euros)

"Tive muita sorte. Perder este dinheiro implicava não poder pagar a prestação da casa e nem sequer oferecer uma prenda de Natal aos meus filhos. Graças a Deus recuperei-o. Ainda há gente séria neste país". As palavras são de um emigrante, que ontem recuperou oito mil francos suíços (cerca de 5900 euros), perdidos anteontem na estação de Campanhã, no Porto, momentos antes de apanhar um comboio para casa, em Marco de Canaveses. Para evitar outros azares, o dinheiro foi imediatamente depositado num banco.

Ontem à tarde, ao levantar o dinheiro no gabinete de apoio ao cliente da estação de Campanhã, o homem quis saber quem era a pessoa que tinha entregue a carteira com o dinheiro, para lhe dar uma recompensa, mas apenas lhe foi dito que os 8000 francos foram encontrados no 8º balcão. "Bem queria agradecer a quem mostrou seriedade, mas ninguém da CP me soube dizer quem era a pessoa. Também quis deixar uma gorjeta para os empregados da CP, mas eles recusaram", disse ao CM o emigrante.
Durante os últimos seis meses que esteve sozinho na Suíça, o homem amealhou a quantia que transportava no regresso a casa. Quando chegou de táxi à estação de Cête, em Paredes, deu pela falta da carteira e alertou imediatamente as autoridades. Pouco depois foi informado de que alguém tinha encontrado a carteira em Campanhã e devolvido o dinheiro. "Foi um alívio enorme. Estava a ver a minha vida a andar para trás", disse ontem o emigrante.

CANSAÇO EXPLICA DISTRACÇÃO

A ansiedade de ver a família e o cansaço de uma viagem de 2000 quilómetros são as explicações encontradas pelo emigrante para ter perdido a carteira. O homem viajou de Zurique, na Suíça, até ao Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, onde apanhou depois o metro até ao centro da cidade. Regressou a casa de comboio e terá sido na estação de Campanhã que deixou cair a carteira.
Ao CM, o homem aceitou contar a história, mas pediu para não ser fotografado nem identificado. Tem receio de que alguém saiba que possui uma quantia elevada e que venha ainda a sofrer outros contratempos. "Nos seis meses que estive na Suíça, tudo aquilo que podia ia amealhando. Morava numa casa da obra e tinha alimentação gratuita. Guardava o dinheiro para o trazer comigo", diz o trabalhador, que agora garante que irá recorrer ao banco para evitar percalços. Também a mulher, refeita do susto, garante que irão ter mais cuidado.

Novas Oportunidades permite subida de salários



Avaliação externa revela que apenas 32% confirmaram aspectos positivos da formação no seu emprego

Apenas 32% dos inscritos no ensino através das Novas Oportunidades afirmaram que esse facto "teve já algum impacto positivo na sua vida profissional". Dez por cento dos interrogados disseram que hoje ganham melhor graças à iniciativa que entregou certificados a 3 724 55 dos 1,088 milhões inscritos.

Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação, congratula-se com estas conclusões obtidas pela avaliação externa realizada pelo Centro de Estudos da Universidade Católica Portuguesa.
"Com o País numa situação de contenção e reduções de salários na Função Pública, haver 10% que obtiveram aumentos de salário é positivo", referiu, acrescentando que apenas 32% referiram aspectos positivos por responderem logo após o fim do curso.

Governo e PSD deram início à segunda ronda negocial



OE2011

As equipas do Governo e do PSD que estão a negociar o Orçamento do Estado para 2011 iniciaram hoje, com cerca de 15 minutos de atraso, na Assembleia da República, a segunda ronda de conversações.

Tal como aconteceu no sábado, nem a delegação do Governo, liderada pelo ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, nem a do PSD, chefiada por Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, prestaram declarações aos jornalistas.
Fonte social democrata referiu à agência Lusa que esta segunda ronda negocial incidirá sobre a análise das informações adicionais sobre despesa pública requeridas sábado pelo PSD a Teixeira dos Santos.
No final da reunião de sábado, o ministro de Estado e das Finanças afirmou que solicitara "informação adicional e esclarecimentos" em relação às condições colocadas pelo PSD para viabilizar o Orçamento do Estado para 2011.
"Tive a oportunidade de solicitar informação adicional e esclarecimentos. Foi uma reunião longa, com espírito positivo - e vai ser necessário continuarmos a trabalhar", disse sábado Teixeira dos Santos.

João Proença pede para não haver "mata e esfola"



Entre Governo e PSD

O secretário-geral da UGT, João Proença, apelou este domingo ao Governo e ao PSD, que realizam esta tarde a segunda ronda negocial sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2011, para "não estarem numa de mata e esfola".

"Há muitas questões no Orçamento apresentado pelo Governo que espero que sejam corrigidas, mas também espero que atitudes radicais, que por vezes surgem da parte do PSD, sejam claramente atenuadas e que se encontre um compromisso melhor", disse João Proença à agência Lusa.
O dirigente sindical reconheceu que é importante haver um OE "sob pena de termos perigos maiores", mas frisou que é fundamental que esse Orçamento "responda melhor às preocupações de todos os portugueses e às preocupações de justiça social".
"Um Orçamento também é um instrumento de justiça social. Tem que se combater o défice, mas a justiça social tem de estar sempre inerente", defendeu João Proença.
O sindicalista considerou ainda "inaceitável" as receitas do IRS relativamente a 2010 aumentarem "significativamente" e as receitas do IRC diminuírem, o que classificou como um dos "escândalos" deste Orçamento.
"Há um ataque às deduções em sede de IRS, mas não há ataque idêntico às deduções em sede de IRC", afirmou João Proença, que exigiu ainda um "combate sério à fraude e à fuga fiscal".
Referindo-se à greve geral marcada para 24 de Novembro, o secretário-geral da UGT comentou que o anúncio desta acção "já começa a ter resultados".
"Hoje, quando o Governo e a oposição se sentarem à mesa para discutir o OE, já têm presente a greve geral e o descontentamento dos trabalhadores e políticas que queriam promover já recuaram um bocadinho", sustentou o dirigente sindical, adiantando, no entanto, que isso "não é claramente suficiente".

Grande afluência a hipers no primeiro dia com novos horáros



Lei entrou este domingo em vigor

Os hipermercado estão a partir de hoje abertos ao domingo à tarde e feriados em virtude da nova lei que rege os horários destas superfícies comerciais. Até agora, estes horários sé eram permitidos no período natalício, compreendido entre 1 de Novembro e 31 de Dezembro. O CM fez uma ronda por vários centros comerciais, de Norte a Sul do País, e apurou que a afluência, neste dia de estreia, foi grande.

Os corredores das principais superfícies comerciais encheram-se de famílias carregadas de compras, que juntando o útil ao agradável, aliaram o passeio às compras.
A abertura do Jumbo de Alfragide aos domingos e feriados foi bastante aplaudido pelos clientes. O sentimento era comum: a medida é “muito satisfatória, pois atende às necessidades das famílias”. E, por outro lado, gera emprego e riqueza.
A cliente Ana Maria Alves é mais crítica. E aponta: “Os excessos devem ser evitados, há que saber poupar e gastar, pois os tempos são de crise”.
Cristina Maria Oliveira, operadora da loja de Alfragide há 22 anos, não se sente explorada e realça os benefícios do novo horário para os empregados e clientes. “É bom para nós porque recebemos o subsídio de domingo e para os clientes que têm mais tempo para comprar”. Para ela, hoje está mais gente que o habitual.
No actual contexto económico “qualquer medida que permita a criação de emprego e que gere riqueza para o País, deve ser posta em prática”. Quem o diz é Rui Teixeira, director do hipermercado. O responsável destaca a criação de 400 postos de trabalho e um acréscimo de três a quatro pontos percentuais nas vendas.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...