Uma árvore de Natal sustentável decora um centro comercial, mas só tem energia se alguém pedalar.
segunda-feira, dezembro 06, 2010
Mais pontes no calendário de 2011
Apesar da crise, o calendário do próximo ano vai permitir aos portugueses gozar mais pontes e fins-de-semana prolongados.
Foi através do voluntariado que a Legião da Boa Vontade recolheu bens suficientes para formar mil cabazes de Natal
São prendas que começaram já a ser entregues a um milhar de famílias carenciadas de Braga, Porto,Lisboa e Coimbra.
Neste dia Internacional do Voluntário há muitos exemplos que podem ser salientados em Portugal
Na Biblioteca Nacional por exemplo há um Serviço de Leitura para Cegos que conta com a colaboração de 23 voluntários. Várias vezes por semana estas pessoas ajudam na gravação de áudio-livros e também na produção de versões electrónicas e de textos em braille.
Mais de 15 mil voluntários e 800 instituições de solidariedade social fazem já parte da Bolsa do voluntariado
Um site que funciona como uma espécie de bolsa de trabalho gratuito. Uma forma de aproximar aqueles que mais necessitam de ajuda das pessoas que podem e querem muito ajudar
quinta-feira, novembro 25, 2010
Agressões e atropelamento em dois piquetes

Piquetes
Houve violência em Famalicão, Cabo Ruivo e Sta. Maria da Feira. Calma reinou entre condutores de camiões do lixo, em Lisboa
Tranquilo. Era assim o ambiente, na noite de terça-feira, no Parque de Remoções da Câmara Municipal de Lisboa (CML) antes do início da greve geral. Mais agitado foi o dia de ontem em Famalicão, Cabo Ruivo e Sta. Maria da Feira, onde ocorreram situações de violência quando trabalhadores tentavam ultrapassar a barreira dos piquetes. No Entroncamento, o piquete do Sindicato dos Ferroviários tentou convencer maquinistas de comboios internacionais a não prosseguir a marcha e aderir à greve geral.
Eram 22.00 de terça-feira e já dezenas de pessoas se concentravam no Parque de Remoção da CML, nos Olivais, de onde todas as noites partem os camiões de recolha de lixo de Lisboa. Com um piquete de greve com cerca de 50 pessoas, a noite viria a ser calma, apenas um dos 115 condutores optou por não fazer greve.
Apesar disso, foram muitas as razões encontradas pelos colegas para não sair para a rua. Os cortes, que neste sector irá afectar sobretudo os cantoneiros, são os mais referidos. "Como é que estas pessoas têm a ideia de cortar onde é preciso?", questionaram.
Segundo os grevistas ao DN, cada cantoneiro percorre de 12 a 15 quilómetros por noite. O trabalho é feito das 22.30 às 05.30, o que implica que "não tenham vida". "Se quiser sair, não posso, porque tenho de descansar e saio daqui quase às 06.00 para depois entrar às 22.30", justificou um dos trabalhadores.
Também os salários foram criticados. "Tenho 22 anos de casa e recebo 789 euros. O ordenado base de um condutor é de 530 euros", revelou um dos grevistas.
Foi em solidariedade com os protestos dos condutores dos camiões do lixo que várias pessoas se deslocaram, na noite de terça-feira, ao Parque da CML, entre elas Vitorino Almeida, dirigente do Sindicato de Trabalhadores do Município de Lisboa, e António Serzedelo, da Opus Gay. A concentração acabou pelas 23.30.
Situação bem diferente viveu-se ontem no Intermarché de Calendário, Vila Nova de Famalicão, com duas dirigentes sindicais a serem alegadamente atropeladas pelo dirigente do hipermercado. O gestor, que terá ameaçado com arma de fogo os grevistas, foi mais tarde detido, após queixa apresentada.
Também nos CTT de Cabo Ruivo, Lisboa, terá havido confrontos. Neste caso, o piquete de greve terá sido "alvo de agressões por parte da Polícia de Intervenção", afirmou a União de Sindicatos de Lisboa. Fonte da PSP explicou, porém, que a polícia estava no local para garantir que as pessoas que queriam trabalhar o pudessem fazer.
Já em Lamas, Sta. Maria da Feira, os distúrbios ocorreram à porta da Corticeira Amorim, originados pela presença de um indivíduo que tirava fotografias. O homem viria a identificar-se como GNR, acontecendo depois uma troca de palavras que culminou em agressões. Um dos grevistas, na casa dos 40 anos, foi hospitalizado para observação. A PSP foi ainda à sede da empresa de transportes MoveAveiro - o director decidiu abrir os portões, tarefa por norma entregue a funcionários.
Eram 22.00 de terça-feira e já dezenas de pessoas se concentravam no Parque de Remoção da CML, nos Olivais, de onde todas as noites partem os camiões de recolha de lixo de Lisboa. Com um piquete de greve com cerca de 50 pessoas, a noite viria a ser calma, apenas um dos 115 condutores optou por não fazer greve.
Apesar disso, foram muitas as razões encontradas pelos colegas para não sair para a rua. Os cortes, que neste sector irá afectar sobretudo os cantoneiros, são os mais referidos. "Como é que estas pessoas têm a ideia de cortar onde é preciso?", questionaram.
Segundo os grevistas ao DN, cada cantoneiro percorre de 12 a 15 quilómetros por noite. O trabalho é feito das 22.30 às 05.30, o que implica que "não tenham vida". "Se quiser sair, não posso, porque tenho de descansar e saio daqui quase às 06.00 para depois entrar às 22.30", justificou um dos trabalhadores.
Também os salários foram criticados. "Tenho 22 anos de casa e recebo 789 euros. O ordenado base de um condutor é de 530 euros", revelou um dos grevistas.
Foi em solidariedade com os protestos dos condutores dos camiões do lixo que várias pessoas se deslocaram, na noite de terça-feira, ao Parque da CML, entre elas Vitorino Almeida, dirigente do Sindicato de Trabalhadores do Município de Lisboa, e António Serzedelo, da Opus Gay. A concentração acabou pelas 23.30.
Situação bem diferente viveu-se ontem no Intermarché de Calendário, Vila Nova de Famalicão, com duas dirigentes sindicais a serem alegadamente atropeladas pelo dirigente do hipermercado. O gestor, que terá ameaçado com arma de fogo os grevistas, foi mais tarde detido, após queixa apresentada.
Também nos CTT de Cabo Ruivo, Lisboa, terá havido confrontos. Neste caso, o piquete de greve terá sido "alvo de agressões por parte da Polícia de Intervenção", afirmou a União de Sindicatos de Lisboa. Fonte da PSP explicou, porém, que a polícia estava no local para garantir que as pessoas que queriam trabalhar o pudessem fazer.
Já em Lamas, Sta. Maria da Feira, os distúrbios ocorreram à porta da Corticeira Amorim, originados pela presença de um indivíduo que tirava fotografias. O homem viria a identificar-se como GNR, acontecendo depois uma troca de palavras que culminou em agressões. Um dos grevistas, na casa dos 40 anos, foi hospitalizado para observação. A PSP foi ainda à sede da empresa de transportes MoveAveiro - o director decidiu abrir os portões, tarefa por norma entregue a funcionários.
"Grande alegria" na jornada do descontentamento

O dia mais longo
Nas centrais sindicais, teve muito mais horas que o costume. Carvalho da Silva e João Proença começaram no início da noite de 23 e só deram por finda a jornada depois das 20 de ontem.
Para o snack-bar 'O Saboroso', a greve geral começa bem. Ao balcão, Nuno, 36 anos, já perdeu a conta às imperiais. "Foram umas 100 na última hora. Devíamos ter encerrado à meia-noite, mas ficámos até este pessoal querer." O "pessoal" é o piquete de greve do Metro, que fechou portas às 23.30 e se junta, coletes encarnados (CGTP) e amarelos (SINDEM) na entrada de serviço da estação Parque e, do outro lado da rua, frente ao Saboroso, em amena confraternização. No meio da pequena multidão está o líder da Intersindical, Manuel Carvalho da Silva, para quem esta é a quarta paragem da ronda nocturna que iniciou às 20.00 no aeroporto, na entrada de turno dos sapadores bombeiros (o secretário- -geral da UGT, João Proença, começou às 21.30 na Carris e entra no dia 24 nos Serviços Municipalizados de Loures).
Francisco Louçã passou cá mais cedo, Garcia Pereira, do MRPP, fica uma hora e ainda vão aparecer Francisco Lopes, candidato do PCP à presidência, e o secretário- -geral dos comunistas, Jerónimo de Sousa.
Do balcão do Saboroso, Nuno enfrenta imperturbável tanto entusiasmo. "Porque é que havia de fazer greve? Para protestar? Por que é que havia de protestar? Se não estiver bem mudo-me." Garante até que "há muita gente que não quer é trabalhar, preferem receber o subsídio de desemprego". O grevista Luís Assunção, 41 anos, 20 de Metro como "técnico administrativo", assente: "Pois, e o rendimento mínimo."
Asserções que, Rita Santos, 37 anos, operadora comercial (vendedora de bilhetes) e filiada na CGTP decerto refutaria, se com elas confrontada. "Concorri durante dez anos para entrar no Metro porque trabalhava em hotelaria e não tinha nenhuma estabilidade nem progressão na carreira, nada. Queria uma empresa que me desse valor enquanto trabalhadora." E, admite, encontrou - mesmo se hoje está aqui para "mostrar o descontentamento".
Na hotelaria trabalha ainda Carmo, que está de serviço, entrando e saindo da cozinha, no pequeno refeitório da CGTP, onde Manuel Carvalho da Silva e Mário Nogueira almoçam após a conferência de imprensa das 13.00. Caldo-verde, frango assado, arroz de hortaliça a meio de um dia em que a maioria dos presentes não foi à cama e que só terminará perto das 21, após o último "ponto da situação" para a imprensa. Questionada sobre se está a fazer greve, Carmo primeiro diz que sim, mas acaba por confessar que não. "Acho que vou receber este dia, se estou aqui. Mas não tenho nada que ver com a CGTP." Uma fura-greves numa das sedes do protesto? Ao lado, Carvalho da Silva sorri, sem comentários.
Ao fim da noite, na reunião final dos dirigentes da UGT na respectiva sede, João Proença adianta uma novidade que talvez explique o paradoxo. "Há muitos trabalhadores que fazem greve, mas depois apresentam uma justificação - baixa ou outra - para receberem o dia." Talvez Carmo, ao contrário, trabalhe e desconte o dia, como o universo dos sindicalistas. Uma trapalhada que explica a assumida dificuldade nas estimativas, mesmo se na conferência de imprensa conjunta, iniciada às 17.00, Proença de Carvalho e Carvalho da Silva garantem a sua "grande alegria" com "uma extraordinária greve-geral em Portugal" e atiram para o alto, adiantando que dos três milhões e 800 mil "trabalhadores activos", um milhão dos quais do sector público, só 800 mil não terão feito greve. As tentativas de perceber o fundamento da estimativa deparam com a refutação irónica dos números apresentados pelo Governo: "A senhora ministra[do Trabalho] diz que nos serviços públicos a adesão andou entre 5% e 95%. Se tivesse dito entre zero e 100% tinha a certeza de acertar."
Quanto aos efeitos práticos da jornada, Proença resume: "É fundamental que não haja um novo PEC e que muitas das medidas sejam alteradas." Carvalho da Silva reforça: "É obrigatória a reposição da protecção social. Queremos diálogo e negociação." Mas a resposta à pergunta sobre pedidos de audiência ao primeiro-ministro e ao Presidente desencadeia uma risada na sala: "Ao primeiro-ministro já pedimos antes. E a qual Presidente?" Carvalho da Silva explica: "Não vejo o professor Cavaco Silva, o actual PR, a pôr em causa a promulgação do orçamento."
Ao fim de quase uma hora de conferência de imprensa, os dois aliados despedem-se dos media: "Obrigada pelo vosso esforço." O esforço de quem, no caso, não fez greve - mas se todos os jornalistas fizessem, para quem falariam os sindicatos?
Francisco Louçã passou cá mais cedo, Garcia Pereira, do MRPP, fica uma hora e ainda vão aparecer Francisco Lopes, candidato do PCP à presidência, e o secretário- -geral dos comunistas, Jerónimo de Sousa.
Do balcão do Saboroso, Nuno enfrenta imperturbável tanto entusiasmo. "Porque é que havia de fazer greve? Para protestar? Por que é que havia de protestar? Se não estiver bem mudo-me." Garante até que "há muita gente que não quer é trabalhar, preferem receber o subsídio de desemprego". O grevista Luís Assunção, 41 anos, 20 de Metro como "técnico administrativo", assente: "Pois, e o rendimento mínimo."
Asserções que, Rita Santos, 37 anos, operadora comercial (vendedora de bilhetes) e filiada na CGTP decerto refutaria, se com elas confrontada. "Concorri durante dez anos para entrar no Metro porque trabalhava em hotelaria e não tinha nenhuma estabilidade nem progressão na carreira, nada. Queria uma empresa que me desse valor enquanto trabalhadora." E, admite, encontrou - mesmo se hoje está aqui para "mostrar o descontentamento".
Na hotelaria trabalha ainda Carmo, que está de serviço, entrando e saindo da cozinha, no pequeno refeitório da CGTP, onde Manuel Carvalho da Silva e Mário Nogueira almoçam após a conferência de imprensa das 13.00. Caldo-verde, frango assado, arroz de hortaliça a meio de um dia em que a maioria dos presentes não foi à cama e que só terminará perto das 21, após o último "ponto da situação" para a imprensa. Questionada sobre se está a fazer greve, Carmo primeiro diz que sim, mas acaba por confessar que não. "Acho que vou receber este dia, se estou aqui. Mas não tenho nada que ver com a CGTP." Uma fura-greves numa das sedes do protesto? Ao lado, Carvalho da Silva sorri, sem comentários.
Ao fim da noite, na reunião final dos dirigentes da UGT na respectiva sede, João Proença adianta uma novidade que talvez explique o paradoxo. "Há muitos trabalhadores que fazem greve, mas depois apresentam uma justificação - baixa ou outra - para receberem o dia." Talvez Carmo, ao contrário, trabalhe e desconte o dia, como o universo dos sindicalistas. Uma trapalhada que explica a assumida dificuldade nas estimativas, mesmo se na conferência de imprensa conjunta, iniciada às 17.00, Proença de Carvalho e Carvalho da Silva garantem a sua "grande alegria" com "uma extraordinária greve-geral em Portugal" e atiram para o alto, adiantando que dos três milhões e 800 mil "trabalhadores activos", um milhão dos quais do sector público, só 800 mil não terão feito greve. As tentativas de perceber o fundamento da estimativa deparam com a refutação irónica dos números apresentados pelo Governo: "A senhora ministra[do Trabalho] diz que nos serviços públicos a adesão andou entre 5% e 95%. Se tivesse dito entre zero e 100% tinha a certeza de acertar."
Quanto aos efeitos práticos da jornada, Proença resume: "É fundamental que não haja um novo PEC e que muitas das medidas sejam alteradas." Carvalho da Silva reforça: "É obrigatória a reposição da protecção social. Queremos diálogo e negociação." Mas a resposta à pergunta sobre pedidos de audiência ao primeiro-ministro e ao Presidente desencadeia uma risada na sala: "Ao primeiro-ministro já pedimos antes. E a qual Presidente?" Carvalho da Silva explica: "Não vejo o professor Cavaco Silva, o actual PR, a pôr em causa a promulgação do orçamento."
Ao fim de quase uma hora de conferência de imprensa, os dois aliados despedem-se dos media: "Obrigada pelo vosso esforço." O esforço de quem, no caso, não fez greve - mas se todos os jornalistas fizessem, para quem falariam os sindicatos?
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