quinta-feira, abril 21, 2011

Dia em revista 5ª (21.04.2011)

Greve dos maquinistas da CP desconvocada



Acordo

Os sindicatos que representam os trabalhadores da CP afirmam que o acordo alcançado hoje com a empresa criou condições para suspender as greves previstas, disseram fontes sindicais.

Três sindicatos que representam os trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal comprometeram-se hoje a suspender as greves, entre as quais a paralisação prevista para o período da Páscoa, disse hoje à Lusa a porta-voz da empresa, Ana Portela. "Pensamos que estão criadas as condições para suspender as greves em curso e dar por findo durante a próxima semana o conflito" entre sindicatos e a empresa, afirmou à Lusa o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira. "Prevaleceu o bom senso", afirmou o presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Medeiros, acrescentando que o acordo alcançado hoje com a CP "prevê a aplicação do regime de trabalho contido no Acordo de Empresa", em detrimento das regras da Função Pública.
"O objectivo que levou à marcação da greve está alcançado e a normalidade da circulação ferroviária será estabelecida", disse o sindicalista. O SNTSF, o SMAQ e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) estiveram hoje reunidos com a CP e chegaram a um acordo que teve como consequência a suspensão de todas as greves previstas. Na reunião, a CP comprometeu-se a apresentar ao Governo o estudo para aplicação das cláusulas do Acordo de Empresa no que se refere ao trabalho extraordinário, em dia de descanso e em dia feriado em detrimento da aplicação das regras da Função Pública. Os sindicatos, por sua vez, "comprometeram-se a suspender todas as greves que tinham em curso neste momento", explicou a porta-voz da CP.
Este acordo levou à suspensão da greve ao trabalho extraordinário, que começou a 17 de Fevereiro, bem como da paralisação dos maquinistas que teria início na sexta-feira e terminaria na terça-feira. Ficou também suspensa a greve dos revisores, agendada para domingo. No acordo assinado hoje, a CP compromete-se a apresentar hoje às tutelas - ministérios dos Transportes e das Finanças - a proposta para aplicação do Acordo de Empresa, com efeitos retroactivos a Janeiro. A empresa compromete-se também "a qualificar como ausências justificadas por greve, as faltas consideradas por parte da Empresa como injustificadas no contexto destas greves", lê-se no acordo. Na origem das reivindicações dos sindicatos estava a forma como a CP aplicou a norma do Orçamento do Estado relativa aos cortes salariais. As estruturas sindicais contestaram a redução dos valores pagos pelas horas nocturnas, pelo trabalho extraordinário, em dia de descanso e feriados.

quarta-feira, abril 20, 2011

Sindicatos retomam greve se não houver acordo com CP



Transportes Ferroviários

Os dirigentes e delegados sindicais decidiram esta quarta-feira mandatar o sindicato dos ferroviários para retomar, a partir de 10 de Maio, a greve ao trabalho extraordinário, caso não haja um acordo com a CP.

O Sindicato Nacional do Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) tem exigido à CP - Comboios de Portugal - alternativas à aplicação das regras da Função Pública no que diz respeito ao trabalho extraordinário, nocturno, em dia de descanso semanal e ao feriado.
Os sindicalistas reclamam "do Governo uma resposta rápida, que evite a anormalidade na circulação ferroviária no período da Páscoa", referindo que a resolução do "conflito na CP e CP-Carga" está dependente da "decisão final do Governo".
Os activistas sindicais dizem ainda estar disponíveis para reunir "de imediato e a qualquer momento, com o objectivo de procurar um acordo para o presente conflito, de modo a evitar futuras perturbações na circulação, em particular neste período da Páscoa".
O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que representa, entre outros, os revisores da CP, reiterou esta quarta-feira em comunicado que estará em greve no dia 24 de Abril, e pediu a intervenção do primeiro-ministro e do Ministério dos Transportes para ultrapassar o conflito.
O SFRCI afirma que a "administração da CP e a tutela [Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações] continuam a discriminar os seus trabalhadores no que toca à aplicação das medidas que contam no Orçamento de Estado".

Trabalhadores protestam junto ao Ministério das Finanças



Sindicalistas contra prováveis privatizações

Pouco mais de uma centena de trabalhadores do sector dos transportes e comunicações protestaram esta quarta-feira em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, contra cortes salariais, em defesa dos postos de trabalho e contra a provável privatização de algumas empresas.

Segundo Amável Alves, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FETRANS), são dirigentes sindicais, sindicalistas, representantes de comissões de trabalhadores que foram protestar "junto do Governo pela alteração da contratação colectiva, contra decisões tomadas que vão no sentido da privatização de algumas empresas de transportes e contra a redução dos serviços públicos das empresas e em defesa dos postos de trabalho".
"Grande parte destas empresas já funciona nos limites, do ponto de vista do número de trabalhadores, e a redução tem consequências na redução da oferta do número de transportes e também o aumento dos custos dos transportes que será sentido pela população", destacou.
A culpa, segundo o sindicalista, é dos governos que "têm decidido as obras, as infra-estruturas e os serviços que as transportadoras têm de oferecer às populações, mas depois não lhes dá os meios financeiros necessários, o que obriga as empresas a financiarem-se na banca e a pagarem juros elevados por isso".
Admitindo que até agora as sucessivas greves, manifestações e demais protestos dos trabalhadores dos transportes não têm sido bem sucedidas, Amável Alves destaca que os trabalhadores "irão continuar a luta até que se verifique a reposição das convenções colectivas, tendo em conta os direitos dos trabalhadores, mas também o funcionamento normal das empresas".

quinta-feira, abril 14, 2011

Jornalismo político 'esquizofrénico' em debate em Lisboa



Os políticos António José Seguro e Miguel Relvas e jornalistas como Judite de Sousa e Maria Flor Pedroso juntaram-se hoje num debate no ISCEM em que a «esquizofrenia» foi um adjectivo atribuído à política e ao jornalismo actuais.
Neste debate entre políticos e jornalistas que são docentes do ISCEM, Miguel Relvas aproveitou para criticar a comunicação do Governo: «Eu, por exemplo, acordo aos fins-de-semana e sei que vão falar quatro ministros».
«Nós respondemos um aos quatro e mesmo assim levamos pancada, dizem que não temos comunicação. São quatro que vivem para aquela esquizofrenia. Isto é estranho na circunstância em que estamos, porque os políticos que são Governo são pagos pelo erário público para governar», criticou.
O secretário-geral do PSD reiterou ainda a posição do seu partido a favor da saída do Estado da comunicação social: «Este não é um sector para o Estado estar presente. Não tem lógica que o Estado esteja presente diariamente, com o dinheiro dos contribuintes, a tentar condicionar informação, e é essa a realidade que nós temos tido em Portugal».
A jornalista da TVI Judite de Sousa foi a primeira a utilizar a expressão «esquizofrenia», a propósito da forma como o PS e o PSD trocam acusações e se preparam para disputar eleições num momento em que «estão obrigados a entender-se».
Depois, o jornalista e professor universitário espanhol Júlio César Herrero descreveu o jornalismo ibérico actual como «fácil, de declarações» e considerou que a comunicação social, apesar do poder que tem amplificar e até de «causar crises».
Segundo Maria Flor Pedroso, da Antena 1, o número de emissões em directo dos canais de notícias em Portugal está a tornar os repórteres «pés de microfone» e causa situações em que os políticos falam «sem nada para dizer» e os jornalistas «não sabem o que perguntar».
«Não há jornalismo sem edição», afirmou.
Carlos Magno, também jornalista da RDP, questionou se «há política para além do jornalismo» e se «há jornalismo político para lá do espectáculo mediático».
Por sua vez, o deputado do PS António José Seguro questionou se «a comunicação social transmite realidades ou cria realidades», apontou uma confusão entre opinião e notícia no jornalismo português e pediu «mais verdade, mais informação esclarecida».
«Aquilo que eu julgo que é preciso muito em Portugal é mais verdade, é mais informação esclarecida, é mais coerência, porque isso faz a separação entre os políticos rigorosos e exigentes e os que não são», disse.
Quanto ao debate político em Portugal, Seguro considerou que é mais «em torno de personalidades» do que «da substância» e mais «numa lógica de trincheiras do que de convergência».
«Atenção, não estou com isto a dizer que os partidos políticos e os políticos devem abandonar as suas convicções, bem pelo contrário, ou que deixem de afirmar a sua matriz ideológica - bem pelo contrário, bem gostaria eu que em Portugal houvesse menos elasticidade ideológica e mais respeito pelas matrizes dos próprios partidos», acrescentou.
O deputado do PS interrogou ainda se «hoje há tempo para a política» e reclamou que seja respeitada a sua opção de falar quando entende que tem «alguma coisa a dizer».

terça-feira, abril 12, 2011

Mais de cinco milhões de pessoas recenseadas pela Internet



CENSOS 2011

Mais de cinco milhões de pessoas estão recenseadas nos censos 2011 através da Internet, segundo dados revelados à agência Lusa pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no último dia de resposta electrónica.

O número de alojamentos recenseados via Internet, até às 10:00 de hoje, ascendia a 1.894.082. Nestas habitações residem 5.130.419 pessoas que estão recenseadas desta forma. O prazo para responder pela Internet termina hoje, mas as declarações em papel podem ainda ser preenchidas até ao dia 24.
O INE decidiu, na sexta-feira, alargar o prazo da resposta electrónica até hoje, dada a grande adesão que esta modalidade registou no ano de estreia.
O processo ficou marcado por algumas dificuldades, tendo o provedor de Justiça, Alfredo de Sousa, pedido esclarecimentos "urgentes" à presidente do INE, Alda de Carvalho, sobre anomalias no funcionamento da linha telefónica de apoio, que motivaram mais de meio milhar de queixas.
A Lusa questionou também hoje o INE sobre esta situação, mas não obteve resposta oficial até ao momento.

Polícia à porta de quem não responder aos Censos



Recenseamento

Quem recusar responder aos Censos pode mesmo acabar com a polícia à porta. É que essa é uma das opções dos delegados municipais, depois de esgotarem todas as vias diplomáticas. Mesmo assim, a polícia limita-se a identificar os infractores e enviar essa informação para o INE.

É que apesar dos Censos serem de resposta obrigatória, segundo a lei, e de os que recusarem colaborar poderem ser multados, o INE nunca aplicou uma coima e diz que não tenciona começar a fazê-lo agora. "Muitas vezes só o facto do recenseador chamar o supervisor já ajuda a desbloquear a situação", explica um coordenador.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...