quarta-feira, janeiro 26, 2011

Caso Independente: Juíza nega branqueamento de capitais




A juíza e arguida Isabel Magalhães, ex-mulher do antigo vice-reitor da Universidade Independente Rui Verde, negou hoje a prática de branqueamento de capitais, alegando desconhecer a alegada proveniência ilícita do dinheiro utilizado para a compra de bens do casal.

Maria Isabel Pinto Magalhães, que se divorciou por mútuo consentimento com Rui Verde(arguido no processo principal), está acusada de um crime de branqueamento de capitais e dois crimes de falsificação de documentos, num caso relacionado com a dissipação do património que o casal adquiriu alegadamente com dinheiro subtraído à Universidade Independente (UNI), entretanto extinta.
Tratou-se da segunda sessão do julgamento no Tribunal da Relação de Lisboa, depois de na primeira audiência, na semana passada, Isabel Magalhães ter dito desconhecer os ilícitos financeiros praticados na gestão da UNI e insistir que documentos com a sua assinatura foram falsificados.
Acusada de branqueamento de capitais, a juíza admitiu ter colocado bens em nome de familiares e de na conta da irmã ter sido depositado dinheiro da venda de imóveis, incluindo da alienação de uma casa que o casal possuía em Espanha, mas negou que tivesse qualquer intenção de branquear.
"Não houve intenção de ocultar o que quer que fosse", disse a arguida, alegando que se quisesse branquear dinheiro não teria depositado o dinheiro da venda da casa em Espanha na conta da irmã, mas numa conta no país vizinho.
A juíza justificou a criação, com o acordo de Rui Verde e o patrocínio do advogado Horta Osório, da sociedade anónima Imopasse, que passou a deter os bens do casal antes da sua venda, justificando este esquema financeiro com a necessidade de proteger o património dos alegados credores do ex-vice-reitor, sobretudo de Amadeu Lima de Carvalho, auto-intitulado acionista maioritário da SIDES (empresa detentora da UNI), arguido no processo principal.
Diante do coletivo presidido por Ricardo Cardoso, insistiu que o ex-marido estava a ser vítima de agiotagem e de usura por Amadeu Lima de Carvalho, numa ação que envolvia familiares deste último e um grupo de angolanos interessados na UNI.
A alegada simulação ou não do divórcio com Rui Verde, o susposto clima de tensão do casal, o alegado desconhecimento da juíza da estratégia de reconquista do poder por Rui Verde e Horta Osório na UNI foram outros aspetos que marcaram a sessão de hoje.
A nova audiência está prevista para a próxima terça-feira à tarde.
No processo principal, Rui Verde é arguido juntamente com mais de 20 arguidos, incluindo Amadeu Lima de Carvalho e o antigo reitor da UNI, Luís Arouca, por crimes que vão desde associação criminosa, fraude fiscal, abuso de confiança, falsificação, corrupção e branqueamento, entre outros crimes.

Jornal, rádio e site de Rangel arrancam a partir de Abril



Os projectos de Emídio Rangel para a fundação de um semanário, uma rádio de informação e um site na Internet vão arrancar em simultâneo a partir de Abril. Trata-se de um investimento de cinco milhões de euros, que exigirá a contratação de mais de cem jornalistas que, no futuro, irão também trabalhar para um canal de televisão da responsabilidade do antigo homem forte da SIC.

A maior parte do capital a investir pertence a um grupo espanhol. O restante será repartido por vários accionistas, entre os quais Rui Pedro Soares, arguido no caso TagusPark. O ex-administrador da PT deverá fazer o investimento com parte do dinheiro da indemnização que recebeu para sair da empresa, mas não ficará como administrador nos projectos de Rangel. Os pequenos accionistas ficarão com participações entre um e os cinco por cento. No terreno, os contactos com alguns jornalistas já começaram a ser feitos, mas ainda não há contratações concretizadas.
Rangel já assinou um contrato com a Rádio Paris-Lisboa (RPL, dos franceses da Radio France International) para transformá-la num canal de informação concorrente da TSF, da qual foi fundador e primeiro director. Como a frequência da RPL só abrange a área da Grande Lisboa, o projecto pretende chegar a outros pontos do país, através de 15 rádios locais.
Em relação ao projecto de televisão, o antigo director da SIC já garantiu os direitos da Liga Espanhola de 2012 a 2015 e está em negociações com o Benfica para a compra dos jogos, após a época 2012-13. Em ambos os casos, os jogos são actualmente transmitidos pela Sport TV, canal controlado pela Controlinveste.

terça-feira, janeiro 25, 2011

TVI vende empresa de Felícia Cabrita



Nanook: Produtora é detida maioritariamente por Joaquim Vieira

A Media Capital vendeu a participação de 27% que detinha na Nanook, uma produtora especializada em documentários que tem como accionistas Joaquim Vieira, ex-presidente do OberCom (Observatório da Comunicação), e Felícia Cabrita, jornalista do ‘Sol’.

A informação está presente nas demonstrações consolidadas da dona da TVI referentes ao terceiro trimestre de 2010 e foi confirmada ao CM por Joaquim Vieira. "A Media Capital referiu que era um segmento de mercado que não lhe interessava e já tinha expressado vontade em sair", diz, acrescentando que o grupo de media herdou esta participação quando comprou a NBP, actualmente Plural.
A Media Capital detinha 27% da produtora, participação que foi adquirida por Joaquim Vieira. Este optou por não revelar o valor do negócio, mas confirma que, actualmente, é o sócio maioritário, com 77% do capital. De resto, Vieira havia já comprado a participação de Júlia Pinheiro, já que a apresentadora vendeu os seus 23% da Nanook quando saiu da RTP para a TVI. Felícia Cabrita mantém 23% da produtora.
De acordo com Joaquim Vieira, em 2009 a produtora obteve um lucro de 7765 euros. As contas de 2010 ainda não estão fechadas.
Especializada em documentários, a Nanook está, nesta fase, a trabalhar em dois projectos. Um documentário sobre a vida de José Afonso, para a RTP 1, e um sobre a Primeira República, para a RTP 2.
Os últimos trabalhos emitidos em Portugal estiveram também na antena dos canais públicos. A RTP 1 transmitiu ‘A Voz da Saudade’, que conta a história de uma mulher portuguesa que levou mensagens das famílias dos militares para a frente da guerra colonial, enquanto a RTP 2 emitiu ‘Por Amor ao Piano’, um trabalho sobre a vida e obra do pianista Sequeira Costa.

Vodafone FM arranca hoje às 24h



Nova rádio

Exclusisamente dedicada à música e ao público jovem, Vodafone FM aposta na divulgação de novos artistas e promete ser uma marca forte no sector.

"São projectos como este que podem puxar a rádio para cima", disse Luís Cabral, administrador da Media Capital Rádios, hoje, durante a apresentação da nova rádio, a Vodafone FM, que começa a emitir hoje às 24h.
António Coimbra, presidente da Vodafone Portugal, sublinhou que a música continua a ser o centro da comunicação da empresa. "O projecto que a Media Capital nos apresentou é pioneiro e tem como principal objectivo dar a conhecer as novas bandas portuguesas. Esta é uma iniciativa que pode mexer no mercado."
Numa primeira fase, o conteúdo da Vodafone FM é composto por uma playlist de músicas nacionais e internacionais, com destaque para a produção nacional. Diariamente, os ouvintes podem expressar as suas preferências musicais através de uma plataforma de votação online que decide os temas que vão para o ar.
A Vodafone FM vai emitir nas frequências 107.2 Mhz na Grande Lisboa e 94.3 Mhz no Grande Porto. Também estará disponível em www.vodafone.fm.

TMN: 4G em preparação



TMN prepara e moderniza rede com vista à adaptação para 4G.

A TMN vai actualizar e modernizar a sua rede, com vista à adaptação para 4G. O update à rede irá recorrer a tecnologias fornecidas pela Huawei e pela Nokia Siemens Networks, que vai trazer maiores benefícios a nível ambiental, de consumos energéticos e ainda diminuir os espaços ocupados para a instalação de equipamentos.
De acordo com o comunicado da operadora, os investimentos efectuados pela PT na fibra óptica, no negócio fixo, geraram sinergias com o negócio móvel uma vez que permitiram também a migração para fibra óptica da ligação das estações TMN. Actualmente cerca de 85% dos sites da TMN já estão ligados através de fibra óptica, valor ímpar a nível internacional, e que permitirá uma evolução sustentada para a 4ª geração móvel.
A TMN é um dos 61 operadores móveis em todo o mundo, num total de 7%, que se encontram a implementar a rede 4G. Em Abril do ano passado, numa demonstração pública da tecnologia LTE, demonstraram potencial para atingir entre 100 e 150 Mbp/s.

Vodafone FM lançada hoje



A Vodafone apresentou hoje no Parque das Nações a sua rádio, dedicada exclusivamente a música.

A Vodafone apresentou hoje, no Parque das Nações, a Vodafone FM, uma rádio dedicada exclusivamente a música e que começa a emitir a partir das 00h de amanhã. O projecto vai apostar na criação musical e na promoção de novas bandas e artistas, dirigindo-se essencialmente a um público jovem e urbano. A apresentação contou com a presença de António Coimbra, CEO da Vodafone Portugal, e Luís Cabral, Administrador da Media Capital Rádios, entre outras personalidades do universo da música nacional.
A Vodafone FM vai apostar em tudo o que de novo e relevante se faça no pop, rock, hip hop, dança ou nas múltiplas fusões de qualquer um destes estilos, de acordo com a operadora. Os ouvintes poderão expressar o seu gosto pelas músicas através de uma plataforma de votação online, permitindo uma intervenção sobre as músicas que passam no ar.
Inicialmente, os conteúdos vão consistir em playlists com destaque para a produção nacional, spots com divulgação do casting de locutores, que decorre até 13 de Fevereiro no site oficial da rádio, e ainda promoção do sistema de votação nas músicas. Mais tarde com a entrada dos locutores em antena, está prevista voz em directo na emissão e outro tipo de programação como noticiários de música, agenda cultural e programas de autor, refere a Vodafone em comunicado.
A estação de rádio vai emitir 24 horas por dia, 7 dias por semana, a partir do estúdio da Media Capital Rádios, podendo ser ouvida nas frequências 107.2 MHz na zona da Grande Lisboa, em 94.3 MHz no Grande Porto ou ainda em www.vodafone.fm para o resto do mundo.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Cavaco é o Presidente do País da gigantesca abstenção



Resultados

Cavaco esmagou em todos os distritos, mas é o PR menos votado da História. Alegre desiludiu em toda a linha, tendo menos votos com apoios partidários do que sozinho.

Confirmaram-se as indicações das sondagens, a tradição eleitoral, as previsões dos comentadores, o senso comum: Cavaco Silva foi reeleito, como gritavam os seus apoiantes durante a campanha eleitoral, "à primeira!"; e Manuel Alegre registou um resultado pior do que quando concorreu, em 2006, sem apoios partidários.
Mas, no país da abstenção (52,4%, valor só superado nas escolhas para o Parlamento Europeu), apesar de triunfar em todos os distritos (na maioria esmagando Alegre), com 52,9% e 2,2 milhões de votos, mesmo assim Cavaco Silva é o Presidente menos popular da III República: não só é o único que nunca teve três milhões de votos, como ficou abaixo de Jorge Sampaio, que tinha registado o pior desempenho até à data, com 55,6% e 2,4 milhões na reeleição de 2001.
O resultado de Manuel Alegre (19,8%), inferior aos 20,7% que teve quando concorreu sozinho - a origem desse milhão de votos de 2006 terá sido sobretudo dos que contestavam os partidos e, agora, votaram em Fernando Nobre -, pode ser terrível para o poeta, mas também é péssimo para o PS, o BE e o PCTP/MRPP - que somaram 43,7% (2,2 milhões de votos) nas legislativas de 2009. E, em especial, para José Sócrates, líder do partido que elegeu dois PR (Mário Soares e Jorge Sampaio) e, depois, obteve votações irrisórias nos candidatos que decidiu apoiar na corrida a Belém em 2006 e em 2011.



Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...