São José Almeida considera que, graças às questões levantadas em referendo, vai ser possível "atualizar as regras do Código Deontológico para a linguagem e para o mundo hoje".
As alterações aprovadas pelo 4.º Congresso dos Jornalistas, que decorreu em Janeiro, em Lisboa, foram hoje confirmadas pelos resultados do referendo ao Código Deontológico dos Jornalistas.
Segundo a presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, São José Almeida, graças às questões levantadas em referendo, vai ser possível "atualizar as regras do Código Deontológico para a linguagem e para o mundo hoje".
A primeira alteração, "que é mesmo muito importante, é autonomizar numa regra própria - deixam de ser 10 passam a ser 11 regras - aquilo que é o direito de objeção de consciência", disse à Lusa, citada pela imprensa. A segunda passa por "individualizar numa frase a obrigação de proteção da identidade dos menores, que estava misturada com outras frases (...) e criava ambiguidades".
Na terceira, "a preocupação foi olhar para o Código Deontológico e levar uma proposta a Congresso [dos Jornalistas] para a atualização, sobretudo de linguagem e de compatibilização constitucional do código".
O objectivo passa por "verter para o Código Deontológico a formulação do artigo 13.º da Constituição ponto 1 sobre não discriminação de pessoas, que foi alterada na revisão constitucional de 2004", e o que é feito é "substituir a formulação anterior pela atual". Para São José Almeida, os resultados do referendo "confirmam o que o congresso tinha aprovado, algo que mostra coerência em relação à necessidade dos jornalistas de aprovar em termos de linguagem o seu código".
No total votaram 347 jornalistas com carteira profissional válida, num universo de 5.746. A presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas desvalorizou o número de votos, mas referiu que "devia ter havido mais participação e mais interesse".
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