sexta-feira, novembro 14, 2008

Operadores têm de se entender sobre partilha da nova rede



A PT vai investir sozinha na rede de nova geração, que vai, a prazo, substituir a de cobre, permitindo maiores velocidades de acesso. Os operadores alternativos continuam a defender uma rede única nacional. A Anacom já disse que o mercado é que tem de decidir se partilha ou não o investimento na rede

As redes de nova geração, que, assentes em fibra óptica, vão permitir larguras de banda aos clientes muito superiores às actuais redes de cobre ou cabo, são o novo ponto da discórdia entre a Portugal Telecom (PT) e os restantes operadores. A PT quer uma rede sem partilhas, os restantes querem uma rede única. José Amado da Silva, presidente da Anacom, deixou a questão ao mercado. “O regulador não se importa com isso [partilha ou não], o mercado que escolha”, disse ontem, parecendo colocar um ponto final sobre o assunto.
A PT advoga que os investimentos numa nova rede de telecomunicações não devem ser partilhados. “No nosso caso, temos capacidade de financiamento e de engenharia para fazer acontecer”, declarou Zeinal Bava, presidente da Portugal Telecom, adiantando que esse investimento deve ter um crescimento progressivo. “Vamos ser criteriosos”, disse depois, à margem do Congresso, acreditando que, com a redução de preços ao nível da instalação da fibra óptica, mesmo as zonas menos viáveis vão acabar por ser cobertas. No entanto, há quem tema que isso possa significar que há zonas em Portugal que ficarão de fora deste investimento. Aliás, o Presidente da República já chamou a atenção para o risco de isso acontecer.
Apesar de o querer fazer sozinha, a PT volta a afirmar que só avança para esse investimento com enquadramento regulatório, o que, no seu caso, significa não ter de abrir a rede aos concorrentes. A Anacom ainda está a trabalhar nessas regras, tendo ontem Amado da Silva avisado que não tomará decisões céleres sem serem bem fundamentadas.

Alternativos defendem investimento único

Os operadores alternativos mantêm a importância de se realizar um investimento único nacional. António Carrapatoso, presidente da Vodafone, foi mais longe na sua proposta para essa rede única.Este responsável defendeu o lançamento pelo Governo de um concurso para a construção e exploração de uma rede passiva de telecomunicações em todo País, a quem os operadores contratavam espaço para oferecerem os seus serviços, podendo, ou não, ser accionistas dessa empresa.
O modelo teria de ser definido. Seria uma única rede, mas António Carrapatoso acredita que “é melhor ter monopólio da rede passiva do que monopólio ou duopólio na rede de acesso de serviços”.
Apesar da posição da PT e das opiniões já transmitidas por Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, ontem reafirmadas, de que deve haver concorrência ao nível das redes, António Carrapatoso acredita que ainda há tempo de discussão, até porque, disse num encontro com jornalistas, “o ministro já mudou de opinião noutras ocasiões”.
Também Ângelo Paupério, presidente da Sonaecom, salientou ao Negócios que “tudo o que se disser antes do regulador apresentar as suas conclusões é precipitado”. Isto depois de questionado sobre se as indicações de Mário Lino, e também de Amado da Silva, inviabilizavam o investimento numa única rede de fibra nacional.
Depois destas intervenções, António Carrapatoso reafirmou ao Negócios que as posições do regulador e do ministro não inviabilizam a discussão em torno da rede única, se não nacional, pelo menos em algumas regiões. E, concluiu, “temos de estar atentos, para não corrermos o risco de acontecer o que se passou com o cabo”, que estava liberalizado, mas só a PT teve condições de investimento.
Para Ângelo Paupério, “uma solução baseada em infra-estruturas partilhadas permite a universalidade, potenciação dos investimentos, respeito pelo ambiente e desenvolvimento da concorrência”.
Rodrigo Costa, presidente da Zon, que não entra na discussão da partilha ou não de uma rede única, diz, no entanto, que é uma decisão que tem de ser muito ponderada. Até pela sua experiência. A Zon cobre parte do País. “Não é economicamente viável cobrir 100% do País. E quando olho para aqueles investimentos para levar fibra até casa dos clientes chego à conclusão que se deve pensar duas vezes”. São cerca de 4,5/5 milhões de casas. “Não somos um país assim tão rico”. Por isso,deixa a questão sobre se não seriam “bem gastos os 1, 2 ou 3 mil milhões para fazer uma verdadeira rede de auto-estradas digital”.

Uma questão de condutas

As condutas, por onde passam os fios que chegam a casa dos portugueses, são um dos grandes pontos de crítica em relação à Portugal Telecom (PT), já que esta empresa tem obrigação de disponibilizá-las aos outros operadores. Os operadores alternativos insistem que a obrigatoriedade não está a funcionar, que não há cumprimento por parte da Portugal Telecom das regras para disponibilizar as condutas. Zeinal Bava, presidente da PT, garantiu ontem que dos 24 mil quilómetros de condutas que a PT tem, 11 mil estão ocupados pela concorrência, ou seja, 46% das condutas. E se não têm mais, diz, é porque não querem. Zeinal Bava garantiu também que já tem o mapa de todas as condutas disponível aos operadores.

Equipa de Manuela causa tensão na TVI



'Jornal Nacional de sexta-feira’ - Jornalistas contestam

A constituição de uma equipa própria para assegurar o ‘Jornal Nacional de sexta-feira’, da TVI, está a causar tensão na estação de Queluz. Alguns jornalistas queixam-se de falta de meios para o noticiário normal durante a semana e acusam a direcção de Informação de “não ter confiança na Redacção”.
Manuela Moura Guedes, pivô e subdirectora de Informação, desvaloriza: "Tinha de ir buscar à Redacção pessoas para fazerem peças com alguma dimensão." E explica que, depois de ter assegurado o noticiário com apenas dois estagiários, "nesta segunda fase foi necessário ir buscar algumas pessoas, nomeadamente à área da Sociedade, para fazer peças para sexta-feira. Mas sempre que necessário esses jornalistas trabalham para o dia-a-dia".
Manuela Moura Guedes frisou ainda que o factor distintivo do noticiário que apresenta é o "trabalho de investigação". "A regra é não ser subserviente ao poder. Procuramos fazer um jornal que fala sem rodeios das coisas que se passam e que preocupam os portugueses. Temos tido, felizmente, algumas coisas exclusivas", afirma. Sobre o estilo agressivo, nota que "os portugueses têm falta disso mesmo e sentem necessidade de que haja um jornal que não esteja com rodriguinhos." "Continuamos a ter recusa por parte do Governo em ir responder ao nosso jornal. Houve muitos convites a ministros e não houve um que aceitasse, independentemente de nós nos propormos a ir ter com eles. Acho que não querem mesmo".
Entretanto, durante a semana correram rumores de que Constança Cunha e Sá iria deixar o cargo de editora de Política da TVI. "Isso não é verdade", frisou a apresentadora de ‘Cartas na Mesa’ ao Correio da Manhã.
Já sobre o lançamento do canal de notícias TVI 24, o director de Informação, João Maia Abreu, disse ser "ainda cedo para falar do assunto". O CM sabe que o nome de Márcia Rodrigues, da RTP 1, foi veiculado para este novo projecto. Maia Abreu apenas confirmou que estão interessados em recrutar pessoas novas e vedetas de outras estações.

MAIS DADOS

‘Jornal nacional DE 6ª’

Na semana anterior, o noticiário apresentado por Manuela Moura Guedes registou 13% de audiência e 34,1% de share.

COMENTÁRIOS

A colaboração de Vasco Pulido Valente, historiador e comentador político, vai manter-se no ‘Jornal Nacional de sexta-feira’, garantiu Manuela Moura Guedes.

TVI 24

O ‘CM’ sabe que a TVI recebeu vários currículos de jornalistas da SIC que se candidataram ao canal de notícias TVI24.

NOVAS INSTALAÇÕES

A Media Capital vai criar um novo complexo em Almargem do Bispo (Sintra), onde vai albergar a estação de televisão TVI, o futuro canal TVI24 e a produtora NBP. O projecto, orçado em 40 milhões de euros, vai dar origem a uma Cidade Cenográfica, onde será produzida toda a ficção do grupo Prisa (que detém a Media Capital) para a Península Ibérica.

Microsoft avança com nova geração de Windows Live



Incliu serviços web personalizados

Utilizador tem disponível várias redes on-line

A Microsoft acaba de anunciar a próxima geração do Windows Live, um conjunto integrado de serviços on-line criado com o objectivo de facilitar a comunicação entre os utilizadores.
O novo Windows Live, disponível em www.windowslive.com «proporciona aos consumidores a comodidade acrescida de dispor de um ponto central para organizar e gerir as informações, a partir do computador pessoal, do telemóvel e nos web sites», avança a empresa em comunicado.
A nova geração do Windows Live inclui serviços web actualizados que permitem aos utilizadores conversar através de mensagens instantâneas, enviar mensagens de correio electrónico, partilhar fotografias e ficheiros entre dispositivos e manter-se actualizados com várias redes on-line.
As alterações ao Windows Live, esta sexta-feira anunciadas, «facilitam aos consumidores a gestão da vida digital, mantendo-se sincronizados com o seu universo online». Entre os destaques, incluem-se: o Windows Live Messenger, o Windows Live Hotmail e o Windows Live Group.
Todos estes serviços funcionam com o Windows Live Essentials, um conjunto de aplicações para comunicação e partilha que também funciona com outros serviços de correio electrónico, fotografias e blogs.
Esta próxima geração do Windows Live, disponível ficará disponível para os clientes nos EUA nas próximas semanas e a nível mundial, em 56 países e 48 idiomas, no início de 2009.

BP desce preço da gasolina em 2 cêntimos este sábado



Gasóleo fica inalterado

Galp e Cepsa também já mexeram no combustível esta semana

A BP vai descer o preço da gasolina em 2 cêntimos a partir das 0h00 deste sábado, avançou fonte da petrolífera à Agência Financeira.
A BP não vai alterar o preço do gasóleo que continua a custar 1,149 euros mas o litro da gasolina vai recuar passando a custar 1,219 euros.
Esta é uma tendência que já se verificou esta semana, quando a Galp e a Cepsa desceram o preço da gasolina. Nenhuma das marcas mexeu no preço do gasóleo.

Vodafone quer nova rede com custo de 700 milhões por operador



Infra-estrutura global custa perto de 2,5 mil milhões

António Carrapatoso defende partilha de Rede Passiva de Nova Geração

O presidente da Vodafone Portugal defendeu esta quinta-feira o modelo de partilha daquilo a que apelida de Redes Passivas de Nova Geração.
O projecto, que segundo António Carrapatoso, implicaria um custo total de pouco mais de 2,5 mil milhões de euros para cobrir 3,6 milhões de casas nacionais, ficaria a cerca de 700 milhões por operador.
«Os argumentos a desfavor destas redes não são suficientes para contrariar os benefícios desta solução», sublinhou no âmbito do 18.º Congresso das Comunicações, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
As mais-valias desta infra-estrutura estão para a Vodafone na maximização da cobertura, na promoção da concorrência e na optimização do investimento.
«Não nos podemos atrasar seja nas Redes Passivas de Nova Geração, seja nas condições regulatórias. Os outros países estão a avançar», sublinhou António Carrapatoso.

Sonaecom mantém discurso de partilha

Já o responsável da Sonaecom, presente no mesmo encontro, reiterou o discurso que a empresa tem vindo a fazer sobre a partilha das Redes de Nova Geração (RNG).
«A Sonaecom está preparada para os desafios das RNG», sublinhou Ângelo Paupério.
«Para redes partilhadas é preciso que haja uma regulação adequada e efectiva. Essa partilha deve ser feita de uma forma não discriminatória, acrescentou o presidente executivo da empresa do grupo Sonae.

Zon já testa Internet com 100 Mbps



Anúncio de Rodrigo Costa

Projecto arrancou nas Amoreiras, em Lisboa

A Zon já está a testar Internet com velocidade de 100 Mb por segundo.
O projecto-piloto, segundo anunciou o presidente da empresa, decorre na zona das Amoreiras, em Lisboa, e a ideia é depois estendê-lo a todo o País.
Segundo Rodrigo Costa, que se referiu à medida no âmbito do 18.º Congresso das Comunicações da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), o investimento implicou já a instalação tanto ao nível de infra-estruturas como de software.
O presidente da empresa assegurou ainda que o plano da Zon passa por continuar a investir na rede de cabo.

Zon: «Sem dúvida que hoje temos concorrência»



Balanço de um ano de separação com PT

Rodrigo Costa diz que não é económico cobrir com cabo 100% do País

O presidente da Zon Multimédia fez esta quinta-feira um breve balanço de um ano da operação de separação da Portugal Telecom e sustentou que o spin-off teve efeitos práticos positivos no mercado.
«Sem dúvida que hoje temos concorrência», disse Rodrigo Costa no âmbito do 18.º Congresso das Comunicações da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
O porta-voz da dona da TV Cabo deixou, ainda assim, algumas críticas: «Gostava que a regulação funcionasse de outra maneira, mas o mercado funciona. O consumidor, para já, beneficia, pagando menos pelos serviços», sintetizou.
Rodrigo Costa assumiu que a empresa lida bem com concorrência, mas sublinhou que o acesso às infra-estruturas é cada vez mais difícil e atrasado, inibindo o investimento.
De acordo com o mesmo responsável, as infra-estruturas que servem de base «não podem servir de base de arremesso contra outros operadores».
«O acesso tem de ser mais simples e previsível sob pena de não ser possível concorrer neste mercado», acrescentou o presidente executivo da Zon.
Sobre o negócio do cabo, Rodrigo Costa lembrou que o plano da empresa é continuar a investir na sua rede, mas lembrou que «não é económico» cobrir com cabo 100 por cento do País.
«Falamos entre 4 e 5 milhões de casas no seu todo. É preciso ter consciência de como se fazem este investimentos», disse referindo-se às Redes de Nova Geração.
«Independentemente das discussões (sobre RNG), continuamos a avançar na nossa rede», concluiu.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...