sábado, novembro 15, 2008

Sapo dá o 'salto' para a televisão através do Meo



Inovação. Notícias, trânsito, farmácias ou primeiras páginas dos jornais são algumas das informações do portal Sapo que estão agora disponíveis no Meo, serviço da Portugal Telecom. Trata-se de uma versão experimental, adaptada para televisão, e que para já só está disponível para os clientes de IPTV

Conteúdos têm em conta a zona de residência

O portal Sapo está, desde ontem, disponível no Meo, com uma navegação adaptada para televisão. Os clientes de IPTV do serviço da Portugal Telecom têm acesso, nesta versão experimental, a notícias, bolsa, totojogos, banca de jornais, horóscopo e também a conteúdos georeferênciados - as farmácias, trânsito e o tempo são apresentados consoante a zona de residência do cliente. Para breve está previsto adicionar mais informação deste género, como restaurantes, por exemplo. Esta funcionalidade é possível já que as caixas do Meo tem um endereço de IP, através do qual é feira a identificação da área de residência do cliente e são apresentados os conteúdos para a zona específica.
"Com esta inovação, deixamos de ser reféns do PC e o Sapo passa a estar disponível na televisão", afirmou Zeinal Bava, presidente executivo da Portugal Telecom, que ontem apresentou o projecto no Sapo Codebits, um evento organizado pelo portal para descobrir novos talentos na área da informática, que decorre até ao final do dia de hoje em Lisboa.

Mais inovações para breve

Além do Sapo no Meo, a Portugal Telecom está já a preparar outras inovações no seu serviço de televisão. Uma destas é a criação de perfis de utilizadores no Meo, em que a própria tecnologia detecta, através da fisionomia da pessoa, o utilizador que está sentado à frente da televisão. Esta funcionalidade permite, por exemplo, que as crianças vejam só os canais destinados para elas.
Outra das novidades é o novo interface do videoclube, que utiliza comandos semelhantes ao da consola Wii para mover os conteúdos (estes comandos contêm um sensor de movimento incorporado e comunicam sem fios). Brevemente, será também possível controlar os consumos da habitação - energia, água e gás - através do Meo, já que será criado um canal para o efeito. Este irá também apresentar valores indicativos, pelo que será possível perceber se está a consumir mais do que deve.

Greves até ao Natal são "forte hipótese"

Professores. Na véspera da 'manif' de independentes, a plataforma sindical avisa que se reúne 2.ª-feira para discutir a situação actual e pode anunciar greves ainda antes do Natal. Entretanto, 124 escolas e agrupamentos já terão suspendido unilateralmente as avaliações, e os sindicatos pedem mais

Independentes protestam hoje no Marquês

A plataforma sindical de professores reúne na próxima segunda-feira, para fazer um balanço da actual situação em torno da avaliação, e Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) adiantou ao DN que o agendamento de "uma ou várias greves", ainda no 1.º período de aulas, é uma "forte hipótese".
"Essa possibilidade já constava da moção aprovada no dia 8, na manifestação de 120 mil professores, e o que ficou definido foi que nesta reunião faríamos uma reflexão sobre o posicionamento do Ministério", explicou. Face à actual situação, acrescentou, é "forte hipótese" que, além da greve marcada para 19 de Janeiro - que servirá para assinalar um ano desde a aprovação do actual estatuto da Carreira Docente -, sejam agendadas paralisações totais ou parciais nos próximos tempos.
Para hoje, às 14.00, está marcada uma manifestação em Lisboa, com concentração no Marquês de Pombal, convocada pelos movimentos independentes do sector. Uma delegação destes professores será recebida pelo PSD na Assembleia da República, por volta das 14.30.

124 "efectivamente" paradas

Entretanto, a Fenprof divulgou ontem em conferência de imprensa uma lista de 124 escolas ou agrupamentos que terão suspendido unilateralmente as avaliações, por decisão dos professores: 33 no Norte, 48 na Região Centro, 29 na Grande Lisboa e 14 no Alentejo e Algarve. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, admitiu ontem "dois" casos.
Esta quinta-feira, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, adiantou que o Ministério já tinha rejeitado todos os "pedidos" de suspensão recebidos.
Mário Nogueira garantiu, no entanto, que os 124 casos "são suspensões efectivas", que "não têm a ver" com os pedidos que a ministra rejeitou. "Se considerássemos esses pedidos, a par de outras situações, como o adiamento de procedimentos, seriam muitos mais", garantiu, acrescentando: "O que estamos a fazer agora é pedir a todas as escolas, incluindo as que viram os pedidos recusados pela ministra, que avancem em definitivo para a suspensão".
A ministra da Educação já avisou que as recusas da avaliação serão consideradas "actos individuais", sujeitos a "consequências", ao mesmo tempo que lembrou os professores que a avaliação deste ano não terá consequências negativas em termos de avaliação.
Mário Nogueira responde que os professores "são pessoas informadas" e sabem com o que contam: "O facto de se avançar para a suspensão sabendo que a avaliação não terá consequências este ano é a prova de que os professores não se opõem ao actual modelo por medo, mas porque sabem que este prejudica o seu trabalho nas escolas com os alunos".
Outra ideia rejeitada pela plataforma é que a saída dos sindicatos da Comissão paritária de acompanhamento do processo tenha inviabilizado o diálogo: "Essa é outra mentira", disse Mário Nogueira. "A comissão não era um órgão de negociação política, nem tinha lá nenhum governante. Continuamos disponíveis para fazer essa negociação em sede própria".

'Simplex' chega à comunicação social



Anuncia ministro dos Assuntos Parlamentares

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, anunciou este sábado, em Vila Real, medidas "Simplex" para o sector da comunicação social que visam simplificar e modernizar os procedimentos administrativos.
Augusto Santos Silva, que falava no decorrer do "XI Congresso Nacional de Radiodifusão", que decorre até domingo, referiu que a primeira medida vai ser aprovada em breve em sede de Conselho de Ministros.
A nova medida permite ao operador efectuar oficiosamente o registo dos títulos junto da entidade reguladora, eliminando esse encargo, segundo explicou o ministro que tutela o sector da comunicação social.
Outra medida anunciada pelo governante, que deverá ser aprovada e publicada até ao final do ano, visa a simplificação do actual sistema de incentivos.
O governante anunciou também que o Executivo vai criar cinco escalões nas rádios locais, distinguindo-as em função da dimensão da população residente nos concelhos onde as rádios tenham os seus estabelecimentos.
O XI Congresso Nacional de Radiodifusão é organizado pela APR, que representa, neste momento, cerca de 230 estações originárias de todo o país.

Faleceu actor de ‘Malucos do Riso’



Óbito: Pedro Pinheiro tinha 68 anos

Pedro Pinheiro, 68 anos, protagonista da série ‘Os Malucos do Riso’ (SIC), faleceu quinta-feira à noite no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, vítima de cancro do pâncreas. O corpo do actor sai hoje às 12h30 da Basílica da Estrela para o Cemitério dos Olivais, onde será cremado.
Foi na sequência de uma operação à próstata, em Maio, que os médicos descobriram o cancro que o vitimou. "O Pedro recuperou bem da cirurgia, mas em Outubro teve uma recaída e foi internado. Sofreu uma depressão, mas morreu sereno", diz ao CM o amigo Alberto Barreto.
Após a cremação, as cinzas de Pedro Pinheiro serão levadas para a Abrigada, Alenquer, sua terra natal e onde repousam os pais do artista.
Sobre o actor, Vítor Espadinha afirma: "Trabalhei com ele durante seis anos. Era uma excelente pessoa e um excelente colega." Já Luciano Reis, autor da biografia ‘Actor de Mil Palcos’, afirma que Pedro Pinheiro, que celebrou este ano 45 anos de carreira, "foi o artista mais completo do espectáculo até hoje".
O actor escreveu mais de uma centena de peças de teatro radiofónico, foi autor de inúmeros sketches de ‘Os Malucos do Riso’ e deixou inédito um romance. Na televisão, entrou em dezenas de séries e novelas, como ‘Roseira Brava’,‘Ajuste de Contas’ (RTP), ‘Anjo Selvagem’ e ‘Tudo por Amor’ (TVI). O seu trabalho mais recente foi no filme ‘Amália’.
Numa entrevista recente ao boletim da Câmara Municipal de Alenquer, Pedro Pinheiro afirmou: "Foi um percurso de muito trabalho, sem nunca me desviar do rumo traçado nem pôr em causa o esforço que me exigia. A minha ambição nunca me obrigou a pôr em bicos de pés. Sempre tentei ser honesto. As luzes da ribalta só me iluminaram. Nunca me deslumbrei com elas."

PERFIL

Pedro Pinheiro nasceu a 27 de Novembro de 1939, na Abrigada, Alenquer. Estudou no Conservatório e estreou-se em 1963 no Teatro. Na SPA existem 134 registos de obras suas. Era solteiro e não deixa filhos.

DEPOIMENTOS

"HOMEM HONESTO E EXCELENTE COLEGA" (Maria Tavares, Actriz)

"Vim de Castelo Branco de propósito para me despedir do Pedro Pinheiro, um homem honestíssimo e excelente colega. Conhecemo-nos no Conservatório e fizemos depois muito teatro infantil."

"É UMA PERDA MUITO GRANDE PARA MIM" (João Carvalho, Actor)

"Era um querido amigo e colega. Mesmo depois de ‘Os Malucos do Riso’ ter terminado, continuámos a trabalhar juntos na escrita. Nunca o esquecerei. É uma perda muito grande para mim. E só espero que, onde ele esteja, esteja bem."

"TINHA UMA GRANDE PAIXÃO PELO TEATRO" (Camilo de Oliveira, Actor)

"Era um homem com uma grande paixão pelo teatro, actividade que sempre levou muito a sério. E o seu desaparecimento deixa os palcos mais pobres. Pedro Pinheiro era um profissional de valor, que escrevia muito bem."

Cresce revolta nas escolas



Educação: Alunos voltaram a sair ontem à rua

Milhares de estudantes manifestaram-se ontem contra o Governo em escolas de todo o País e em frente ao Ministério da Educação, num protesto marcado por SMS, e-mail e pelo Hi5. Governo, PS e organizações de pais falam em instrumentalização dos alunos e até acusam os professores de estar por detrás da contestação, com a Fenprof a ameaçar processar quem difamar os docentes. A crise que se vive no sector educativo levou mesmo o Presidente da República a apelar à "serenidade".
O caso mais complicado terá ocorrido na Escola de Idães, em Felgueiras, onde um encarregado de educação acusa a GNR de agredir sete jovens que tiveram de ser assistidos no hospital. No resto do País, registaram-se incidentes pontuais. O protesto fez-se ouvir em quase todos os distritos. Só na zona Centro registaram-se manifestações em 14 concelhos.
O secretário de Estado Valter Lemos garantiu, porém, que 'das 1200 escolas do País só pouco mais de uma dezena teve manifestações à porta'. E falou em 'instrumentalização dos alunos'. Vitalino Canas, porta-voz do PS, foi mais longe e acusou 'alguns radicais e alguns professores' de estarem por detrás do protesto. Margarida Moreira, directora Regional de Educação do Norte, diz que foram identificados dois alunos de uma juventude partidária. Cavaco Silva condenou os 'desacatos e insultos protagonizados por alguns alunos' e apelou para que 'cada um faça um esforço para que a serenidade regresse às escolas e para desanuviar esta situação de alguma tensão no sector'.

124 ESCOLAS SEM AVALIAÇÃO

A Fenprof divulgou ontem uma lista com 124 escolas de todo o País nas quais o modelo de avaliação de professores está suspenso.
A Plataforma Sindical de Professores reúne-se na próxima segunda-feira e poderá decidir uma greve nacional para breve.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

- Qual a principal contestação dos estudantes?

- O regime de faltas do Estatuto do Aluno (EA), que dizem poder resultar no chumbo mesmo por dar faltas justificadas devido a doença.

- O que diz a lei?

- O EA estipula que quando se atinge o limite de faltas justificadas (o triplo dos tempos lectivos semanais por disciplina, no Básico e Secundário) o aluno seja sujeito a medidas correctivas de apoio ao estudo e a uma prova de recuperação.

- Chumbar na prova pode resultar na reprovação?

- Sim. A lei diz que quando o aluno não obtém aprovação o conselho de turma pondera a justificação ou injustificação das faltas, o período lectivo e o momento em que a prova ocorreu e, sendo o caso, os resultados nas outras disciplinas, podendo determinar um plano de acompanhamento e nova prova de recuperação ou o chumbo.

- O que diz o Ministério?

- A ministra disse anteontem que 'os alunos não são obrigados' a provas de recuperação e que 'muitas escolas fizeram uma aplicação inadequada' do EA.

DE NORTE A SUL

Faltaram às aulas, pintaram cartazes, encheram as ruas e fizeram-se ouvir. Milhares de alunos protestaram ontem contra o Governo. Alguns voltaram a arremessar ovos, outros preferiram lançar laranjas.

AVEIRO

Os protestos também foram ouvidos em Aveiro, reunindo dezenas de estudantes

MIRANDA DO CORVO

Os estudantes da Escola Básica 2,3/S José Falcão faltaram às aulas

CHAMUSCA

Os alunos da Escola EB 2,3/S fecharam os portões com correntes e cadeados

LISBOA

O boneco da ministra da Educação do programa ‘Contra-Informação’ também participou

VIANA DO CASTELO

Ruas encheram-se de estudantes inconformados com o regime de faltas

BEJA

Quinhentos alunos marcharam até ao Governo Civil e atiraram laranjas. PSP interviu

FAFE

Os estudantes de Fafe foram à Câmara pedir desculpa pelos excessos nos protestos

LOUSADA

Três centenas de alunos participaram no protesto frente à Escola Secundária de Lousada

PORTALEGRE

Contestação reuniu 90% dos alunos das Secundárias e da EB 2,3 Cristóvão Falcão

VIANA DO ALENTEJO

Os alunos da EB 2,3 Dr. Isidoro de Sousa também trancaram a escola a cadeado

FARO

Cerca de 300 alunos de Faro, Olhão e Quarteira concentraram-se frente ao Governo Civil

DESENTENDIMENTO ENTRE SOCIALISTAS

A avaliação de professores está a provocar polémica até entre a elite do Partido Socialista. O líder do partido, José Sócrates, garantiu ontem que não estava preocupado com as eleições quando decidiu avaliar os professores, respondendo desta forma ao número dois do partido, António Costa, que se mostrou preocupado com a perda da maioria socialista no próximo acto eleitoral devido à contestação.
No programa ‘Quadratura do Circulo’, da SIC Notícias, António Costa, reconheceu que o PS pode perder a maioria nas eleições, em consequência desta polémica. Afirmou mesmo que 'parte importante do eleitorado do PS está em ruptura com o partido'.
A resposta de José Sócrates não se fez esperar. 'Não estamos a pensar nos votos e nas consequência eleitorais quando definimos a avaliação dos professores', afirmou o chefe de Governo e líder máximo do PS, reiterando a importância deste modelo:'Durante 30 anos tivemos progressão automática das carreiras. Temos de acabar com isso. Não estou a pensar em votos, mas sim em servir o País.'

APONTAMENTOS

CONVOCADOS POR SMS

Os protestos dos alunos foram convocados em reuniões locais de associações de estudantes, por SMS (mensagem de telemóvel), através da colocação de cartazes nas escolas e pelo hi5.

MAIL CONTRA O PS

Circula entre os professores um mail que apela à não-votação no PS nas próximas eleições legislativas. O texto, a que o CM teve acesso, refere que 'oficialmente começou a campanha eleitoral dos professores contra o PS'.

PROCESSO A SÓCRATES

Um grupo de professores de Viseu ameaça processar José Sócrates por este ter dito que os docentes não eram avaliados há 30 anos

NOTAS

REUNIÃO: MINISTROS JUNTOS

Apesar das contestações, o primeiro-ministro, José Sócrates, e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, mantiveram a agenda e estiveram na reunião com os ministros da CPLP.

LISBOA: PROFESSORES NA RUA

Dias depois da maior manifestação de sempre, os docentes regressam hoje às ruas de Lisboa. Os motivos são os mesmos, mas o protesto foi convocado por movimentos independentes.

CONCURSOS: FALTA DE ACORDO

Os sindicatos e o Ministério da Educação falharam ontem a última tentativa de acordo sobre o concurso de colocação de professores. O Governo mantém o concurso quadrienal.

Protesto junta professores no Marquês do Pombal



Centenas contra política de Educação

Centenas de professores concentraram-se ao início da tarde deste sábado no Marquês de Pombal, em Lisboa, aderindo a mais uma manifestação contra a política de educação, que ocorre uma semana após o maior protesto de sempre de docentes.
O protesto, marcado para as 14h00 no Marquês de Pombal, em Lisboa, foi convocado pelo Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) e pela Associação de Professores em Defesa do Ensino (APED).
Para o local foram destacadas forças policiais que se escusaram a quantificar o número de manifestantes presentes, que pelas 14h00 eram já algumas centenas de professores, que chegaram de vários pontos do país.

Marcha de protesto de professores a caminho da Assembleia da República



Docentes negam divisão da classe

O protesto de professores que se realiza hoje em Lisboa, convocado por movimentos independentes apenas sete dias depois da maior manifestação de sempre de docentes, não é um sinal de divisão da classe, segundo alguns manifestantes que se encontram neste momento na marcha a caminho da Assembleia da República.
"Não há divisão dos professores. A manifestação de hoje é um reforço da posição dos docentes. Estaremos cá outra vez daqui a oito dias se for preciso", afirmou Rosário Madruga, uma das professoras que confirmou ter participado também na manifestação do último sábado.
Um grupo de docentes do Agrupamento D. Carlos I, próximo da Assembleia da República, para onde se dirige a marcha de centenas de professores, relatou as várias formas de luta que estão a ser ponderadas. "Abaixos-assinados, reuniões dos vários Conselhos Executivos, vigílias e até greves de fome. Estamos a colocar todas as hipóteses. A ministra não pense que vamos desistir", disse Cristina Didelet, professora titular no Agrupamento.
Erguendo bandeiras de Portugal com lenços brancos na mão, os professores deslocam-se pela Rua Brancamp em direcção ao Parlamento, cantando o hino nacional e entoando frases críticas contra a ministra da Educação. "Votar no PS nunca mais", "Com tanta papelada fica a turma abandonada", "Esta avaliação, não" e "Política educativa do PS - fim do ensino público", são algumas das frases em cartazes de protesto.

"Deixem-nos dar aulas"

Com uma t-shirt preta na qual se lê "estou de luto pela Educação", um professor que não se quis identificar grita: "Deixem-nos dar aulas". Também vestidos de escuro, meia dúzia de professores de Esposende juntam-se em fila vestindo um grande pano preto com aberturas para as cabeças. Um desses professores, que pediu o anonimato, conta que sendo professor de educação física se sente "incapaz" de avaliar os seus colegas que leccionam música, ensino especial e educação visual tecnológica.
"É ridículo. Para cada um dos professores que tenho que avaliar preciso de preencher 44 folhas. Se fizermos as contas no nosso Agrupamento, que tem 133 professores, teríamos de preencher ao todo 5862 páginas, que pesam 33 quilos e duzentas gramas", disse este professor titular de Esposende.
Cristina Lopes, docente de uma escola de Lisboa que também participou na manifestação de sábado, defendeu que em vez de "uma acção de penalização" o Governo devia era investir na formação dos professores. "Deixem-nos dar aulas e arranjem uma secretária para cada professor", defendeu esta docente, explicando que o aumento de burocracia na escola só prejudica os alunos.
Quanto aos protestos de alunos na sexta-feira, por causa do novo estatuto do aluno, esta professora defende que o Governo devia ser processado por difamação ao acusar os professores de manipularem os alunos. "Os miúdos não precisam de ser manipulados. Estão revoltados e isso é compreensível, pois uma falta de um aluno doente é igual à de um que seja apanhado a comer batata frita na sala de aulas", concluiu esta docente.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...