sábado, novembro 29, 2008

'West Side Story' estreia esta semana no Politeama

Musical. Filipe La Féria queria adaptar o clássico da Broadway para os palcos nacionais há vários anos. A antestreia está agendada para sexta-feira, pelas 21.30. Até dia 5 de Dezembro, a peça será apresentada aos patrocinadores numa série de sessões especiais com uma lotação limitada

Musical custou mais de 1,25 milhões de euros

Mais de meio século depois da estreia do original na Broadway, Filipe La Féria apresenta a sua versão de West Side Story sexta-feira, em antestreia no Teatro Politeama (em Lisboa). Durante uma semana, até 5 de Dezembro, a peça será apresentada a alguns patrocinadores, em sessões que ontem foram apelidadas de "estreias", numa conferência de imprensa. Contudo, também serão vendidos alguns bilhetes para estas sessões.
Transportar o clássico musical para os palcos portugueses não foi uma tarefa fácil. "Custou muito dinheiro", admite o encenador. "Para cima de 250 mil contos. Nem sei quanto é que isso é em euros", brinca, antes de sublinhar, num tom mais sério, que apesar de ter gasto mais de um milhão e 250 mil euros "não teve quaisquer apoios do Estado". Esta independência económica distingue as produções de La Féria de outras peças, dependentes de fundos públicos.
Mas o encenador admite que não poderia ter feito esta peça sozinho. Também "vive de alguns patrocínios de empresas", apesar de ser "patrocinada pelos próprios criadores", ou pela jovem equipa de actores e figurantes. Como é habitual, o elenco foi escolhido após uma série de audições abertas a qualquer pessoa. Desta vez, "foram apurados 54 cantores, actores, bailarinos e músicos", de entre mais de quinhentos candidatos.
Ricardo Soler, um dos protagonistas, foi descoberto nestas audições. "Vim com uma amiga minha, só mesmo para a apoiar", explica. "Depois decidi tentar também. Entretanto ela desistiu, mas eu segui em frente". Quando conseguiu o papel, já tinha participado na Operação Triunfo e integrava o elenco de Chamar a Música, apresentado por Herman José, mas não tinha qualquer experiência como actor.
Na peça, Ricardo é um dos actores que encarnam Tony, o antigo líder dos Jactos, um gangue branco. Partilha o papel com Rui Andrade. Maria, a sua amada e a irmã de Bernardo, o líder dos porto-riquenhos Tubarões, é interpretada por Cátia Tavares e Bárbara Barradas. O conflito entre as famílias destas personagens está no centro da história deste musical, que transporta a acção do Romeu e Julieta de Shakespeare para a Nova Iorque da década de 1950.
A ligação ao escritor inglês, foi um dos factores que levou o autor a adaptar a obra, que também traduziu. "Era um sonho meu desde que interpretei o papel de Romeu, com perto de 18 ou 19 anos", admite. "Sempre tive sempre este sonho de contar essa história, de fazer o Romeu e Julieta ou o West Side Story".
O sonho de Filipe La Féria traduziu-se num "grande espectáculo", que se estreia no final da semana no Politeama. Segundo o próprio encenador, o resultado final encontra-se ao nível de algumas produções internacionais. "No West End ou na Broadway raramente se vê um espectáculo com tanta qualidade".

‘West Side Story’ custa 1,5 milhões


Teatro: Musical estreia sexta-feira mas tem casa cheia até Maio

Perto de um milhão e quinhentos mil euros foi quanto custou a nova loucura de Filipe La Féria, ‘West Side Story – Amor Sem Barreiras’, que estreia sexta-feira no Teatro Politeama, em Lisboa, mas que já tem seis meses de "casas quase cheias" em reservas.
Em tempo de crise, o encenador – que está excluído da Lei de Mecenato por fazer teatro comercial e que não tem qualquer apoio do Estado – continua a contar com o público e diz que tem de agradecer aos patrocinadores e, sobretudo, aos actores, que durante os ensaios receberam metade do salário pa-ra que a produção pudesse continuar. Mas o futuro rima com optimismo.
"A qualidade vence sempre. Acredito que este espectáculo vai estar mais de um ano em cena", diz La Féria, que volta a apostar nas estrelas da casa: Anabela e Lúcia Moniz (que dividem o papel de Anita), Carlos Quintas ou Pedro Bargado, revelação de ‘Jesus Cristo Superstar’.
Estreado há 50 anos na Broadway, ‘West Side Story’ tem música de Leonard Bernstein e libreto de Stephen Sondheim, aqui traduzido pelo próprio Filipe La Féria. O encenador ainda se recorda da loucura que foi a estreia do filme homónimo, nos anos sessenta. "Foi toda a gente a correr aos Porfírios comprar jeans!"

Professores com vantagens face a restantes funcionários públicos


Ministra de Educação Explica Modelo de Avaliação

Falhou esta tarde a ronda de negociações entre a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e os representantes sindicais para viabilizar o modelo de avaliação dos professores, entretanto simplificado. Maria de Lurdes garante, em comunicado, que "este modelo protege os professores, dando-lhes condições mais vantajosas face à generalidade dos funcionários públicos, que não adquirem automaticamente condições de progressão com classificação isentas de quotas".
Salienta ainda a titular da pasta da Educação que 'neste período transitório existe uma vantagem adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classficações negativas'.
Um entendimento diferente sobre a avaliação possuem os sindicatos. No braço-de-ferro entre Governo e professores, Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos (Fenprof) reclamou no final da reunião a demissão da ministra. Por sua vez, o secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação, João Dias da Silva, espera para quarta-feira a realização da maior greve de sempre de professores.
Contudo para o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, as negociações falharam por responsabilidade dos sindicatos.
Jorge Pedreira referiu que concluídas as negociações com os sindicatos não foi encontrada qualquer saída para a recusa dos professores em serem avaliados pelo modelo simplicado porque 'os professores não deram nenhuma contribuição e continuam no mesmo ponto onde estavam, inflexíveis, irredutíveis, dizendo que se não houver suspensão não há possibilidade de negociação'. Também, Mário Nogueira classificou a reunião com a ministra como uma fracasso, acusando Maria de Lurdes Rodrigues de possuir 'a obsessão de que quem não está com o seu modelo está de má fé'.
Mário Nogueira defendeu então 'que se demita a srª ministra da Educação' e apelou aos professores para uma adesão a 100% à greve de quarta-feira.
Jorge Pedreira sublinhou que os sindicatos 'já não falam de nada do que estava a ser negociado', exigindo agora negociar 'a categoria de avaliação do professor titular e a existência de quotas'.
Mário Nogueira confirmou que para além do pedido de suspensão do modelo de avaliação simplificado, os sindicatos defendem também a revisão do estatuto de carreira docente e o abandono pelo Governo da medida que visa aplicar um sistema de quotas nas escolas. 'Os professores são um corpo especial da administração pública e por isso não se pode aplicar o regime geral', sublinhou.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Dia ‘D’ da avaliação


Educação - Sindicatos garantem que cinco mil se manifestaram em Lisboa

Um modelo transitório de auto-avaliação e a suspensão imediata do modelo em curso são as propostas que os docentes apresentam hoje à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. O regime de avaliação levou esta semana milhares de professores a manifestaram-se pelo País. Só em Lisboa, estiveram ontem à noite cerca de cinco mil.
De acordo com os sindicatos, o Ministério da Educação já pressionou as escolas a adoptarem o regime simplificado do modelo de avaliação, apesar de o mesmo ainda não ter sido discutido ou estar em decreto-lei. Os professores do agrupamento de escolas de Seia, por exemplo, já foram questionados sobre quem desejam que os avalie.
"Este conflito é, desde sempre, pura teimosia do Ministério da Educação. É o Governo que tem de resolver este drama da avaliação", salientou ontem Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
António Avelãs, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e dirigente da Fenprof, diz que "a auto-avaliação é um modelo transitório apenas para este ano, enquanto se prepara um projecto eficaz e deve ser discutida pelos conselhos pedagógicos das escolas."
"É mais interessante para os docentes do que limitarem-se a preencher papéis como se sugere neste regime simplificado", explicou ao CM. "Se esta crise se arrastar, em 2009 os protestos vão ser bem piores", acrescentou.
Na próxima quarta-feira, dia 3 de Dezembro, está agendada uma greve nacional: "Vai ser a maior greve de sempre em Portugal. As escolas vão encerrar em todo o País", alertou Mário Nogueira. Se o actual modelo de avaliação for suspenso, os docentes garantem que a greve é desconvocada.

MINISTRA RECEBEU ESTUDANTES DO SECUNDÁRIO PELA PRIMEIRA VEZ

Estudantes do Ensino Secundário foram ontem recebidos, pela primeira vez, pela ministra da Educação. Eduardo Fernando, porta--voz das 13 associações de estudantes que se reuniram com Maria de Lurdes Rodrigues, disse que a reunião se deveu a "um esclarecimento mais sucinto de todo o estatuto do aluno", nomeadamente em relação ao "regime de faltas". "O actual estatuto pode gerar uma dualidade de critérios, sendo que, por vezes, tem tendência a ser mal interpretado pelos alunos", disse. "O problema não está no estatuto, mas sim na compreensão do mesmo", alertou.
O estudante fez questão de dizer que "a reunião correu muito bem", salientando que "já está agendada uma nova conversa", porém "sem data ainda marcada".

55 MIL JÁ SE MANIFESTARAM

Entre os 5000 professores que se manifestaram ontem, em Lisboa, em frente ao Ministério da Educação contra o actual modelo de avaliação, esteve João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos de Professores (FNE). O dirigente referiu que estas lutas "já juntaram mais de 55 mil professores em todo o País" e que as alterações anunciadas pelo Governo são "insuficientes e não tocam na essência do modelo".

APONTAMENTOS

SEMANA DE PROTESTOS

Os docentes de Lisboa, Santarém, Setúbal e Caldas da Rainha protestaram ontem à noite contra o modelo de avaliação. Terça-feira a manifestação coube aos docentes do Norte e quarta-feira aos do Centro do País.

SUL MANIFESTA-SE

Esta tarde está organizada uma manifestação de professores em Portalegre, Beja e Évora. À noite os docentes do Algarve protestam em Faro.

ESTATUTO DO SUPERIOR

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e o Governo iniciaram ontem as negociações para a criação de um estatuto de carreira específico para os docentes do Ensino Superior. De acordo com o SNESup este processo poderá estar terminado em 2009.

FNE mantém greve


Após reunião com o Ministério da Educação

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) anunciou esta manhã que vai manter a greve de professores agendada para a próxima quarta-feira, dia 03 de Dezembro, após uma reunião com o Ministério da Educação ter terminado sem acordo.
João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, em declarações aos jornalistas após o encontro com a tutela, indicou que vai reunir-se esta sexta-feira com os sindicatos para discutir as propostas de simplificação do modelo de avaliação apresentadas pelo Ministério.
A greve só será cancelada se o Ministério da Educação suspender o processo de avaliação do desempenho dos docentes, frisou o dirigente sindical.
Antes da reunião com a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, João Dias da Silva sublinhou à TSF que não há margem para uma negociação sobre o actual modelo, dado que os professores não estão na disposição de perder tempo com medidas de remendo.

Centros sem formação há um ano só apoiam avaliação


Inactivos. O Estatuto da Carreira Docente determina que os professores terão de obter pelo menos 50 horas de formação, a cada dois anos, para evitarem penalizações na avaliação do desempenho, mas a reorganização da rede de centros está a gerar adiamento de cursos e preocupação

Falta de oferta gera explosão na procura

O Estatuto da Carreira Docente determina que os 140 mil professores de escolas públicas terão de obter pelo menos 50 horas de formação, a cada dois anos, para evitarem penalizações na avaliação, mas os centros responsáveis não dão cursos há mais de um ano. Entretanto, têm estado apenas direccionados para o apoio à avaliação do desempenho.
No passado ano lectivo, o Ministério da Educação decidiu extinguir todos os 200 centros de formação de associações de escolas existentes e reduzir a rede através da fusão dos anteriores. Isto numa altura em que já estavam elaboradas as candidaturas ao apoio financeiro do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), que ficaram sem efeito com a reorganização da rede de centros, que deveriam ser homologados até Agosto. "Até ao momento, foram registados 92", informa Joaquim Raminhos, director do Centro de Formação de Escolas do Barreiro e Moita. "Com a reorganização, ainda não foi possível concorrer aos fundos do POPH. Há mais de um ano que não existem formações - isto apesar de o Ministério da Educação garantir que as acções de formação não pararam, inclusive através de serviços ministeriais - e antes de Janeiro não vai haver nada, o que gera o desespero em professores que vêem o tempo passar e têm a informação que precisam da formação para efeitos de avaliação."
Muitos professores decidiriam não esperar pela abertura dos novos centros, a que deve corresponder uma explosão na procura, e pagam as formações do próprio bolso. Nunca menos de 150 euros por curso de 25 horas. "Dinheiro pago por um serviço que o ministério é obrigado a fornecer", critica Luís Mateus, ex-representante dos centros da região de Lisboa e critico da reorganização do Governo, "que está a gerar dificuldades aos centros para conseguirem regressar à normalidade".
Em vez de formações, os centros estiveram no último ano a dar apoio à avaliação do desempenho, nomeadamente com acções de esclarecimento junto de conselhos executivos, avaliadores e professores avaliados. "Enquanto isso, não arrancaram os cursos para todos os grupos disciplinares existentes nas escolas, não só os tradicionais, como o Português ou a Matemática, como em novas áreas, como as tecnologias, que é uma das apostas do Governo." A este propósito, o coordenador do Plano Tecnológico da Educação (PTE), João Trocado da Mata, anunciou ontem que a formação e certificação de professores em competências de Tecnologias da Informação e Comunicação vai arrancar no primeiro trimestre de 2009.

Acções contabilizadas

Críticos do actual modelo de avaliação, os movimentos independentes de professores defendem o regresso ao regime anterior de progressão na carreira, em que o professor tinha de reunir créditos para passar de escalão. O que não seria praticável neste momento, em que os cursos de formação contínua estão parados.
"Além disso, o Ministério da Educação informou que as formações realizadas antes de 2005/2006, ano em que as progressões foram congeladas, iriam ser contabilizadas na avaliação. Importa perceber o que aconteceria àqueles professores que não têm acções anteriores a 2005 e que não as conseguiram fazer nos últimos dois anos por falta de oferta", questiona Mário Machaqueiro, da Associação em Defesa do Ensino.

Bilhetes pré-comprados deixam de se vender


Lisboa. Basta um cartão para creditar dinheiro e usar em quatro operadores

Descontos de 5% para quem utilizar mais transportes públicos

A partir de terça-feira deixam de se vender 15 títulos de transporte da Carris, Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa, incluindo os denominados bilhetes de ida e volta e os pré-comprados. Mas quem ainda tiver títulos desses nos cartões Viva Viagem e 7 Colinas pode continuar a utilizá-los. Quando se esgotarem, passa a carregar dinheiro nesses cartões em vez de viagens, servindo um único cartão para utilizar nos quatro modos de transporte referidos.
Deixa de ser necessário ter um cartão para carregar viagens de metro e outro para a Carris e mais um terceiro sistema para utilizar os barcos que atravessam o Tejo. Esta é a principal novidade no sistema de bilhética da região de Lisboa, a que se juntam descontos imediatos de 5% para quem utilizar dois modos de transporte sucessivos num período de uma hora. Ou de duas horas, se incluir uma travessia do rio.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, exemplificou que um utente entra no metro no Marquês de Pombal e, quando sai no Terreiro do Paço, a máquina retira do cartão o valor dessa viagem. Se no prazo de uma hora utilizar um autocarro da Carris, o validador desconta-lhe do cartão um valor inferior ao preço do bilhete, descontando 5% sobre o total das duas viagens.
Além disso, o cartão Lisboa Viva, que até agora só servia para carregar passes mensais, passa também a funcionar simultaneamente como o Viva Viagem e o 7 Colinas. A partir de terça-feira, pode-se creditar dinheiro no Lisboa Viva para ir descontando em viagens nos quatro modos de transporte já referidos.
Os cartões Viva Viagem e Sete Colinas continuam válidos, não sendo preciso fazer qualquer alteração. Mas só é possível passar a creditar dinheiro depois de gastar os bilhetes que lá estejam carregados.
Ana Paula Vitorino explicou que esta "simplificação da bilhética e os descontos destinam-se a atrair mais pessoas para os transportes públicos e a retirar carros das estradas".

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...