sábado, dezembro 27, 2008

130 mil euros por minuto no Natal


Comércio: Recorde de dinheiro movimentado no multibanco

Os portugueses esqueceram a crise nos últimos dias antes do Natal. Entre levantamentos e pagamentos de compras com o cartão multibanco, gastaram entre os dias 21 e 25 de Dezembro, 130 mil euros por minuto. No total, foram movimentados, em apenas quatro dias, mais de 749 milhões de euros.
Curiosamente até ao dia 21 de Dezembro, os levantamentos e compras realizados através da rede de multibanco indiciavam um aperto do cinto dos portugueses, mas as corridas dos últimos dias acabaram por contribuir para que o dinheiro movimentado na rede tenha batido um novo recorde durante este Natal.
Entre 1 e 25 de Dezembro, os portugueses movimentaram, através da rede multibanco, mais de 4,2 mil milhões de euros, 2,2 mil milhões dos quais em compras. Trata-se de um aumento de um por cento face ao mesmo período de 2007. O número de operações, por seu turno, revela um crescimento de quatro por cento.
As compras dos últimos quatro dias apagaram assim os resultados mais modestos dos primeiros 21 do mês. De acordo com os dados da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), que gere a rede multibanco, o valor médio dos levantamentos aumentou mesmo face a 2007, passando dos 68 para os 69 euros.
O número dos movimentos dos primeiros 21 dias de Dezembro revelava um aumento de compras, mas de valor inferior, em média, a 2007.

COMÉRCIO SURPREENDIDO

O presidente da União das Associações de Comércio e Serviços (UACS), Vasco de Mello, manifestou-se ontem "surpreendido" com o número de operações dos últimos dias na rede multibanco. A perspectiva dos comerciantes era a de que "dificilmente" as vendas iriam recuperar, num ambiente de crise económica, adianta. Mas, ainda assim, é preciso esperar pelos dados finais das vendas, números que a associação ainda não dispõe, sublinha Vasco de Mello.
Certo é que ante a perspectiva de acentuadas quebras nas vendas, muitos comerciantes optaram por apostar nas promoções para incentivar o consumo. Essa tinha sido mesmo uma das recomendações da consultora Deloitte, que num estudo internacional sobre o consumo na quadra natalícia apontava para a redução de presentes , com excepção das crianças. A Deloitte estimava uma quebra nos gastos de 4,8 por cento, face à resposta de 77 por cento dos inquiridos: o poder de compra este ano era inferior ao do ano passado.

Passagem de ano com chuva


Mau tempo vai continuar

A chuva que este sábado atinge todo o território nacional vai manter-se nos próximos dias, incluindo na passagem de Ano.
De acordo com a meteorologista Maria João Frada, “temos um tempo invernoso, com algum vento nas zonas das terras altas do Norte e Centro, com rajadas na ordem dos 70 a 90 quilómetros”.
Para amanhã, o tempo melhora um pouco, mas ao final do dia a precipitação vai regressar. “Gradualmente a partir de amanhã vamos ter subida da temperatura, a neve vai ficar restrita a locais mais elevados, a partir dos 1400 metros”, disse a meteorologista, em declarações à ‘TSF’.

Os Gato entram em 2010 já nesta passagem de ano

SIC. Os quatro humoristas vão saltar um ano para fugir à crise de 2009

Os Gato entram em 2010 já nesta passagem de ano

No réveillon do ano passado os Gato Fedorento, na RTP1, fizeram todo o programa regressando aos anos 80. Este ano, na SIC, os quatro humoristas vão avançar no tempo, entrando directamente em 2010. E se há pouco menos de um ano o programa foi feito no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, com 8000 pessoas, dentro de uma semana vai ser transmitido em directo dos Estúdios Valentim de Carvalho, em Paço d'Arcos (concelho de Oeiras), com 700 pessoas.
O especial com o nome Gato Fedorento Deseja Um Bom 2010 a Você vai estar no ar cerca das 22.30, de dia 31, e terá a participação entre outros de Rui Veloso e dos Perfume, dos Anjos, de Paulo Gonzo e dos Balla. A direcção de programas da SIC garante, em comunicado, que este será o projecto mais arrojado, inovador e divertido da passagem de ano. "Esperamos uma loucura, com eles estamos sempre preparados para tudo", disse Nuno Santos.
Já para os Gato, "é importante saltar o ano da crise mas para a coisa ser bem feita devia-se saltar uma década". Os Gato acham ainda que "a 31 de Dezembro de 2008 podem dar à SIC uma das vitórias de 2009."
Depois deste programa, os Gato Fedorento vão de férias, não estando previsto o seu regresso à antena da SIC antes de Abril.
Na SIC a noite de passagem de ano tem ainda uma edição especial do programa Atreve-te a Cantar, apresentado por Bárbara Guimarães. Neste especial vão participar nomes como Joana Seixas, Heitor Lourenço, Ana Maria Lucas, ou João Ricardo.

Natal oferece audiências à SIC


Audiências: Estação de Carnaxide obteve o maior share

A melhor prenda deste Natal foi conquistada pela SIC, que deixou para trás a TVI e a RTP ao posicionar-se no primeiro lugar da tabela de audiências com 29,8% e 32,8% de share nos dias 24 e 25, respectivamente. O cinema, e também a novela ‘Feitiço de Amor’, no caso da TVI, foi o prato forte da oferta das duas estações.
Satisfeito com a proeza da SIC, que se revelou "a estação preferida dos portugueses", está Nuno Santos, director de Programas, que justifica, assim, a liderança natalícia: "Acho que isso reflecte uma boa oferta, coerente, adaptada aos gostos dos públicos e que foi bem comunicada."
Nuno Santos considera que os números obtidos nas tabelas de audiência na véspera de dia de Natal são "um estímulo". "Mas já estamos a pensar no dia de amanhã. Ontem, passou!", conclui o director de Programas da SIC já projectado nas grelhas de 2009.
Filmes como ‘Pular a Cerca’ e ‘As Crónicas de Nárnia’ ajudaram a estação de Carnaxide a destacar-se. No dia de Natal, um especial de ‘Tá a Gravar’, apresentado por Pedro Miguel Ramos e Carolina Patrocínio, arrebatou o segundo lugar na tabela de audiências. O programa foi visto por 1 275 000 espectadores (ver caixa).
Em segundo lugar na tabela ficou a TVI, com 29,3% de share, no dia 24, e 30,4%, no dia 25. Na grelha de programação sublinha-se o desempenho da novela ‘Feitiço de Amor’, que na noite da Consoada foi vista por 1 067 900 telespectadores e obteve um share de 43,4%, registando uma audiência média de 11,3%.
No dia de Natal, a estação de Queluz apostou na ficção nacional e ‘Feitiço de Amor’ voltou a liderar a tabela de audiências com 41,3% de share. A novela de horário nobre foi seguida por 1 366 100 espectadores e registou uma audiência de 14,4%.
A RTP 1, que nos horários-nobre dos dias 24 e 25 apostou em produções nacionais como ‘Ceia de Natal’, com José Bento dos Santos, e ‘A Minha Geração’, com Catarina Furtado, ficou-se por 23,1% de share, no dia 24, e 20,4%, no dia de Natal.

"RESULTADOS OPTIMISTAS"

"Estes resultados são muito optimistas e constituem uma motivação acrescida para fazer mais e melhor", comenta ao CM Pedro Miguel Ramos, num intervalo de ‘Tá a Gravar’. Satisfeito com o share de 39,1% e uma audiência de 13,5% obtidos pelo especial que apresentou com Carolina Patrocínio no dia 25, Pedro Miguel Ramos diz que o resultado denota a preocupação de "ir ao encontro do que as pessoas desejam ver em prime time". Para o apresentador, os "mais de mil vídeos" recebidos por dia são um indicador da aceitação do ‘Tá a Gravar’.

TVI LIDERA ANO DE 2008

Pelo quarto ano consecutivo, a TVI, grupo Media Capital, será a estação líder das audiências em Portugal, com uma quota anual de 30,5% (segundo dados da Marktest até dia 25 de Dezembro). O canal dirigido por José Eduardo Moniz , que em 2007 se tinha ficado por 29%, voltou a subir este ano. A SIC registou 24,8% de share, a RTP 1 23,8% e a RTP 2 5,6%.

Cardeal pede conversão a Jesus Cristo


Natal: Desejo de Deus fundou civilização

Gerar novos filhos de Deus, em Jesus Cristo" é "a expressão máxima da fecundidade", defendeu ontem o Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na homilia de Natal. "O Natal, como a Páscoa, é apelo à conversão, à profundidade, a viver a sério o que acreditamos e anunciamos", referira, por sua vez, na missa da Noite de Natal.
No dia em que os católicos assinalam o Nascimento do Salvador, na Sé de Lisboa, o Patriarca José sublinhou a importância do momento em que "os seres humanos geram um filho, no amor", acrescentando depois a importância de Cristo para um novo nascimento no caminho da fé. "Escutá-l’O [a Jesus] é sermos gerados de novo e tornarmo-nos filhos de Deus", disse.
Perante os fiéis e após desejar um Santo Natal, D. José Policarpo salientou que ao viver com Cristo "perceberemos Deus e o Seu desígnio de amor e mergulharemos com mais ardor nesta nossa história".
"A procura de Deus constitui a página mais densa, mesmo dramática, da história da Humanidade", disse o Cardeal-patriarca, que lembrou que "o desejo de Deus é constitutivo da natureza humana e está na origem da religião que, por sua vez, se tornou elemento decisivo na elaboração de culturas".
Na mensagem de Natal, o Cardeal pediu a solidariedade para com os doentes e "as famílias em dificuldades económicas, agravadas com a situação que o Mundo está a viver".
Por fim, mencionou o conflito laboral que opõe professores e Governo. "Nas últimas semanas, os acontecimentos levaram-nos a fixar a nossa atenção num grupo de pessoas cuja missão é decisiva para o futuro de Portugal: os professores", disse. "Que ninguém ouse transformar este sofrimento em simples arma de luta política, porque na batalha da educação os únicos vencedores têm de ser os vossos filhos", acrescentou.
Também o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, frisou o clima de instabilidade que se vive nas escolas: "Da família à educação, da economia à política, do nacional ao internacional, aparecem mais sombras do que luzes." O bispo do Porto lançou, então, o apelo de que as luzes de Natal iluminem "os políticos e economistas".

PROFESSORES CONCORDAM COM CARDEAL-PATRIARCA

Mário Nogueira, porta--voz da plataforma sindical de professores, concorda com D. José Policarpo – que os alunos são os mais prejudicados no conflito entre docentes e Governo. "O Cardeal-patriarca tem toda a razão, mas o problema é que o Ministério da Educação só aceita pôr fim ao conflito se for ele o vencedor, esmagando os professores", referiu Mário Nogueira. O sindicalista considerou que os sindicatos "já deram um sinal de abertura quando suspenderam as greves regionais" que estavam marcadas para este mês. Governo e professores não conseguem obter um consenso sobre o modelo de avaliação do desempenho dos professores que deve ser adoptado. Sindicatos reclamam suspensão do actual modelo, o que o Governo recusa.

PAPA TEME "HORIZONTE SOMBRIO" PARA ISRAELITAS E PALESTINIANOS

O Papa expressou ontem uma imagem do Mundo marcada pela incerteza perante os conflitos que assolam o Globo. Da varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Bento XVI referiu-se a "um futuro que se torna cada vez mais incerto" e desejou "que a luz divina de Belém ilumine a Terra Santa, onde o horizonte parece voltar a estar sombrio para israelitas e palestinianos".
As palavras do Sumo Pontífice sobre a instabilidade na Terra Santa ganham especial relevância perante a viagem prevista de Bento XVI à Jordânia, a Israel, e aos territórios palestinianos, em Maio, embora o Vaticano ainda não tenha confirmado a deslocação.
Que a luz divina "se espalhe pelo Líbano, Iraque, e por todo o Médio Oriente", bem como pelo Zimbabwe, pela República Democrática do Congo, por Darfur (Sudão) e pela Somália", disse. "Que fecunde os esforços de todos aqueles que não se resignam perante a lógica perversa do confronto e da violência e que, ao contrário, privilegiam a via do diálogo e da negociação", acrescentou Bento XVI.
Aquando da celebração da Missa do Galo, Bento XVI foi confrontado por uma mulher que tentou saltar a vedação e aproximar-se de si. A mulher foi de imediato imobilizada por um agente da Guarda Suíça. O Vaticano desvalorizou a situação e sublinha que a vida do Papa não esteve em perigo. É frequente pessoas tentarem saltar as vedações para tocar no Papa.

APONTAMENTOS

RÁPIDO CRESCIMENTO

A religião Católica regista forte progressão. Em 1970, havia 654 milhões de católicos, hoje são 1,2 mil milhões.

ÁSIA LIDERA CONVERSÕES

Embora só 3% dos asiáticos sejam católicos, o continente regista o maior aumento de fiéis. Entre 1975 e 2000, a população da Ásia cresceu 61% e os católicos subiram 104%, sendo hoje 120 milhões.

PERSEGUIÇÕES SEM FIM

Os católicos são perseguidos pelos regimes da Coreia do Norte, China e Sudão, bem como por radicais na Índia ou Iraque.

CENTRO NO VATICANO

Com 2782 dioceses espalhadas pelo Mundo, a Igreja Católica tem o seu centro no Vaticano e por dirigente o Papa Bento XVI.

Mensagem de Natal do Cardeal Patriarca de Lisboa

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Sócrates promete ajuda e pede empenho e determinação


Pela primeira vez, o primeiro-ministro gravou a sua mensagem de Natal de pé quebrando com a tradição de estar sentado

O Primeiro-Ministro, José Sócrates garantiu na sua mensagem de Natal transmitida pela televisão esta sexta-feira, que o Governo usará todos os meios possíveis e ao seu alcance para ajudar as empresas, os trabalhadores e as famílias no ano de 2009, ano que será particularmente “difícil e exigente”.

Falando de pé e não como tradicionalmente sentado, Sócrates sublinhou que sendo o ano de 2009 “difícil e exigente para todos” o dever do Governo é “não ficar à espera que os problemas se resolvam por si próprios”.
"Pela minha parte, e pela parte do Governo, quero garantir-vos que não temos outra orientação que não seja defender o interesse nacional neste momento particularmente difícil. E defender o interesse nacional é usar todos os recursos ao nosso alcance, com rigor, sentido de responsabilidade e iniciativa, para ajudar as famílias, os trabalhadores e as empresas a superarem as dificuldades, e para incentivar o investimento económico que gera riqueza e emprego", disse.
O líder do Governo socialista não quis no entanto deixar de dar aos portugueses uma mensagem de esperança em relação ao futuro face aos próximos desafios resultantes da "grave crise económica e financeira" mundial.
"Os seus efeitos já se sentem também em Portugal. Mas a verdade é que, nos últimos três anos, o país ultrapassou a crise orçamental e pôs as contas públicas em ordem. Isso permite-nos agora responder melhor às dificuldades económicas que nos chegam de fora. Podemos agora usar mais recursos do Estado para apoiar o emprego, as empresas e as famílias", sustentou.
O primeiro-ministro garantiu aos portugueses que poderiam esperar dele e do seu Governo, determinação no presente “momento difícil da Europa e do mundo”.
"Determinação no apoio à economia. Determinação, também, na defesa e na promoção do emprego. Mas, determinação, sobretudo, na protecção das famílias, especialmente às famílias de menores rendimentos, protegendo-as das dificuldades que sentem e ajudando-as nas suas despesas principais", acrescentou.

Sócrates recordou medidas já tomadas a favor dos mais desfavorecidos

Sócrates aproveitou a mensagem para relembrar e sintetizar as medidas já tomados nos últimos meses como os aumentos do abono de família, da acção social escolar ou dos passes para os transportes escolares.
"Foi por isso que criámos as condições para que baixassem os juros com a habitação, generalizámos o complemento solidário para idosos, protegemos as poupanças, aumentámos o salário mínimo e actualizámos os salários da função pública acima da inflação", disse, ainda em referência a medidas tomadas pelo Governo.
O Governo visou o "reforço do investimento, apoio à economia e ao emprego e aumento da protecção social".
"Esta é a resposta adequada aos tempos difíceis que vivemos. Hoje, os portugueses compreendem melhor porque foi preciso consolidar as finanças públicas, defender a segurança social pública, reformar os serviços públicos: justamente para que, no momento em que as famílias mais precisam do Estado, o Estado tenha as condições para intervir e ajudar quem precisa", advogou.

Apêlo à confiança, entreajuda e solidariedade

Face a uma conjuntura problemática e complexa, Sócrates apelou aos portugueses num momento em que “se espera de todos uma atitude de confiança, uma capacidade de entreajuda, um sentido de responsabilidade solidário".
"O país precisa dessa atitude, desse empenhamento e dessa determinação", salientou.
Portugal tem boas razões para acreditar e ter confiança no seu futuro.
"Os portugueses já conseguiram enfrentar e resolver uma grave crise orçamental. Saberão agora, com o seu talento e o seu trabalho, superar os efeitos negativos da crise económica internacional", disse.
“Empenhamento e coragem” foi pedido aos portugueses enquanto o primeiro-ministro entendeu deixar uma “profunda solidariedade” aos cidadãos mais desprotegidos, e "sofrem com a doença, a pobreza ou a solidão".
O primeiro-ministro não deixou de, à semelhança do que é habitual neste tipo de mensagens, saudar especialmente os militares das Forças Armadas e os elementos das forças de segurança que se encontram em missões no estrangeiro, bem como as comunidades portuguesas "espalhadas pelo mundo, que em todos os continentes mostram a nossa capacidade de trabalho e iniciativa e o nosso carácter pacífico e solidário".

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...