domingo, junho 14, 2009

Marchas de Santo António atravessam fronteiras

Santarém, Lamego, Amarante, Itália, Brasil e até Japão. As marchas de Santo António vão hoje muito além das fronteiras de Lisboa. Na Avenida da Liberdade havia ontem espectadores de todos os cantos do País e também do estrangeiro.
O italiano Marcello Zini, que "travou conhecimento" com Santo António, há vinte anos, numa viagem de negócios ao nosso país, não tem dúvidas em afirmar que "as marchas estão para Portugal, assim como o Carnaval está para o Brasil. Só é pena que não sejam mais divulgadas". Este fã incondicional faz questão de, sempre que pode, visitar Lisboa nesta altura.
Marcello e os mais de meia dúzia de amigos italianos eram só alguns dos muitos admiradores das festas de Lisboa, que ontem à noite encheram a Avenida para ver desfilar as 23 marchas (20 a concurso e apenas três participantes).
Dentro do País há quem faça centenas de quilómetros para ver as marchas. É o caso de Augusta Sobral. "Vim de Lamego a Lisboa para assistir pela primeira vez ao desfile", disse ao DN. Junto à tribuna presidencial, onde a actuação das marchas é mais esmerada, Augusta esperou pelas exibições desde as 16.30.
Atenta, ela e os milhares de olhares, de novos e velhos, seguiram a abertura do desfile, feita em tons de laranja pela marcha Sanjoanina, que veio dos Açores (ver texto ao lado). Uns metros atrás, e na tonalidade de vermelho, marchavam os Mercados, felizes por regressarem este ano a uma lide que foi interrompida em 2008 "não se sabe bem porquê", diz Luísa Carvalho, responsável da marcha. Os padrinhos, a fadista Anita Guerreiro e o actor João de Carvalho, garantem que esta é a rainha das marchas que, embora não vá a concurso, "representa todos os bairros, pois todos têm mercados".
Alheia às tendências bairristas, Maria Júlia veio de propósito de Amarante com um único objectivo: assistir à grande noite do desfile das marchas, que costuma acompanhar através da televisão. "É a primeira vez que venho, não conheço nenhuma marcha mas vim pelo espectáculo", confessa.
E espectáculo era o que iam prometendo os marchantes de cada bairro a quem por eles passava. "Alfama! Alfama!", era dos nomes que mais se ouvia e muitos apostavam na sua vitória. "Depois de tanto tempo de trabalho, ficaríamos satisfeitos se arrecadássemos a 14.ª vitória", admitiu, João Ramos, em nome de todos os marchantes. A maioria diz que "logo se vê".
Belém e Baixa estavam radiantes com a estreia nestas andanças, que para Miguel Honrado, presidente da EGEAC (empresa municipal de animação cultural) "é um espectáculo maravilhoso" que tem cada vez mais adesão".

Marchas: Marvila cede o ceptro a Alfama e Castelo

Marvila, o bairro vencedor do Concurso de Marchas Populares de Lisboa de 2008, cedeu a primazia a Alfama e Castelo, vencedores "ex-aequo" da edição de 2009.
Várias foram as classificações "ex-aequo", facto que foi salientado com satisfação pelo júri como sinal da "qualidade global sempre crescente" das marchas.
Foi a seguinte a classificação final (indicam-se entre parênteses a posição em 2008):

1. Alfama (2) e Castelo (5)

3. Madragoa (3) e Marvila (1)

5. Bairro Alto (8)

6. Bica (13)

7. Alcântara (6)

8. Olivais (18)

9. Mouraria (12)

10. Beato (4)

11. Alto do Pina (16), Carnide (7), Graça (13) e Santa Engrácia (11)

15. Baixa (não concorreu) e Lumiar (10)

17. S. Vicente (8)

18. Bela Flor (17)

19. Belém (não concorreu)

20. Campolide (15)

(Em 2008, Ajuda classificou em 19.º lugar e Benfica em 20.º, não tendo concorrido este ano.)

Outros prémios:

Melhor figurino - Beato, Castelo e Madragoa

Melhor coreografia - Bairro Alto e Castelo

Melhor cenografia - Alcântara e Castelo

Melhor letra - Beato, Madragoa, Marvila e Mouraria

Melhor musicalidade - Alfama

Desfile na Avenida - Alfama

Melhor composição - Bica ("" espera de uma fragata").

Alfama e Castelo venceram Marchas de Lisboa



As marchas de Alfama e Castelo foram as grandes vencedoras da noite de Santo António, em Lisboa. O júri atribuiu a mesma classificação às duas marchas e destacou a qualidade crescente dos desfiles dos bairros lisboetas.

sábado, junho 13, 2009

Europa protege imprensa



Jornalismo: Carta europeia para a liberdade dos jornalistas

Proibição da censura, livre acesso às fontes, protecção dos jornalistas contra a vigilância electrónica, escutas telefónicas e buscas a Redacções e computadores são alguns dos princípios enunciados na Carta Europeia para a Liberdade de Imprensa, que foi entregue à comissária europeia responsável pelos Media, Viviane Reding.
Adoptada e assinada por 150 jornalistas de 19 países europeus, a carta – promovida pelo chefe de Redacção da revista alemã ‘Stern’, Hans-Ulrich Jörges – pretende ainda que o cumprimento da liberdade de imprensa seja obrigatório na adesão de novos países à União Europeia.
"Não conheço a Carta, mas Portugal há muitos anos que é reconhecido, por diversas entidades, como um dos países com a legislação mais avançada, protegendo a liberdade de imprensa. Na matéria, estamos acima da Alemanha, Grã--Bretanha, Itália e Espanha", diz o socialista Arons de Carvalho. Já Luís Rodrigues, deputado do PSD, sublinha a importância da Carta, pois "a liberdade de imprensa é um princípio da Democracia". E, em jeito de crítica, refere: "O respeito mútuo é fundamental e penso que este Governo [PS] não tem seguido essa orientação."
O documento entregue na Europa enuncia os dez princípios que os governos devem respeitar na relação com os jornalistas, bem como a necessidade de proteger os meios de Comunicação Social de sanções económicas. "A Carta constitui uma importante reafirmação dos valores fundamentais, nomeadamente o pluralismo dos media e a liberdade de expressão e de informação, que são os alicerces das tradições democráticas da Europa", diz a comissária Europeia para a Sociedade de Informação e Media, que reconhece "não ter competência directa para converter este documento num texto juridicamente vinculativo".

DADOS

25 DE MAIO

Foi o dia em que 150 jornalistas, entre os quais 48 editores e chefes de órgãos de Comunicação Social, de 19 países, assinaram o documento. Outros fizeram-no on-line.

6 LÍNGUAS

A Carta Europeia para a Liberdade de Imprensa existe já em seis línguas e está disponível on-line [em www.pressfreedom.eu ] e aberta à assinatura dos jornalistas interessados.

A CARTA

Pode ser invocada pelos jornalistas "contra governos ou autoridades públicas sempre que sintam que a liberdade do seu trabalho é abusivamente ameaçada", diz Reding.

Preços caem 1,2% em Maio

Inflação

Os preços em Portugal desceram 1,2% em Maio em relação ao mesmo mês do ano passado, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística.
É o terceiro mês consecutivo de queda da inflação.

Portugal empenhado na União para o Mediterrâneo



Cavaco Silva distinguido com prémio

O Presidente da República, Cavaco Silva, alertou esta sexta-feira em Nápoles para a necessidade de incluir os cidadãos no diálogo mediterrâneo para que este tenha sucesso e garantiu o empenho de Portugal no projecto.
'Portugal está firmemente empenhado no sucesso da União para o Mediterrâneo e espera, sinceramente, que seja possível ultrapassar as dificuldades que vêm impedindo que o seu funcionamento se processe de forma mais fluida', afirmou o Chefe de Estado português na Fundação Mediterâneo.
Porém, continuou Cavaco Silva, 'de nada valerão as construções políticas e institucionais, se o diálogo não chegar aos nossos cidadãos, se estes não se sentirem verdadeiros actores do diálogo'.
O Presidente da República discursava na cerimónia da entrega do Prémio Mediterrâneo Instituições 2009, com que foi distinguido pela Fundação Mediterrâneo.
O prémio foi atribuído por unanimidade a Cavaco Silva 'em reconhecimento pelo seu empenho e acção no reforço da solidariedade e de uma activa cooperação entre países mediterrâneos, em favor da promoção do desenvolvimento e da paz nessa região'.

Portugal tem mais cinco cidades e 22 vilas



Dezenas de cidadãos seguiram as votações no Parlamento

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, a criação de cinco cidades e a elevação de 22 povoações a vilas.
As propostas foram votadas depois de terem sido debatidas na Subcomissão para a Criação de Novos Municípios, Freguesias, Vilas e Cidades, no âmbito da Comissão de Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território.
Os lugares das galerias do Parlamento estavam totalmente ocupadas por dezenas de cidadãos de diversas localidades que assistiam à votação com ansiedade, mas sem se manifestarem.
As novas cidades criadas são Borba (Évora), Senhora da Hora (Matosinhos), Samora Correia (Benavente), Valença (Viana do Castelo) e São Pedro do Sul (sede do concelho).
A categoria de vilas passaram as localidades de Castro Laboreiro (Melgaço) e Soajo (Arcos de Valdevez), ambas no distrito de Viana do Castelo, Arões de S. Romão (Fafe), no distrito de Braga, Lordelo, distrito de Vila Real, e Ancede (Baião), Guifões (Matosinhos), Vilarinho (Santo Tirso), Senhora Aparecida (Lousada) e Madalena (Vila Nova de Gaia), todas no distrito do Porto.
No distrito de Coimbra passaram à categoria de vila as povoações de S. Pedro, Marinha das Ondas, Lagos e Tarazede, todas no município da Figueira da Foz, enquanto o distrito de Aveiro viu subir a vila as localidades de Soza (Vagos) e Valongo do Vouga (Águeda).
No Parlamento foram também aprovadas a elevação a vila das povoações de Foz do Arelho e À-dos-Francos, ambas nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e Olival (Ourém), distrito de Santarém.
Passaram ainda a vila as localidades de Prior Velho (Loures), Casal de Cambra (Sintra) e Montelavar (Sintra), no distrito de Lisboa, e Bensafrim (Lagos), distrito de Faro.
De acordo com a legislação, uma localidade pode ser elevada à categoria de cidade se tiver mais de oito mil eleitores e pelo menos metade dos seguintes equipamentos: instalações hospitalares, farmácias, corporação de bombeiros, casa de espectáculos e centro cultural, museus e biblioteca, instalações de hotelaria, estabelecimento de ensino preparatório e secundário, estabelecimento de ensino pré-primário e infantários, transportes públicos e parques ou jardins públicos, salvo 'importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitectónica'.
Já para uma localidade ser elevada a vila tem de ter mais de três mil eleitores em aglomerado populacional contínuo e pelo menos metade dos seguintes estabelecimenots: posto médico, farmácia, casa do povo, dos pescadores, de espectáculos, centro cultural ou outras colectividades, agência bancária, transportes públicos colectivos, estação dos correios, estabelecimentos comerciais ou de hotelaria e uma escola pública.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...