sábado, maio 22, 2010

Ana Jorge: Vai ser preciso "gerir melhor" os recursos da Saúde

A ministra da Saúde afirmou hoje, sexta-feira, que vai ser preciso "gerir melhor" os recursos do sector, dado o contexto de crise, mas que os serviços de Saúde "são para manter" e estão "garantidos".
"A Saúde tem de gerir muito bem aquilo que faz, temos de garantir os cuidados de saúde, que são essenciais", afirmou Ana Jorge aos jornalistas quando confrontada com os alertas de sindicatos, associações e profissionais do sector que temem que as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo para os serviços públicos ponham em causa o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Com aquilo que temos vindo a fazer vamos conseguir garantir os cuidados de saúde", disse a ministra, acrescentando: "Vamos gerir melhor e vamos ter o envolvimento dos profissionais e também das pessoas".
Ana Jorge falava em Lisboa, à margem de uma conferência sobre obesidade.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considerou hoje, sexta-feira, que a serem aplicadas ao sector "de forma cega e indiscriminada" as medidas de austeridade decididas pelo Governo haverá uma ruptura nos serviços.
"Mais de 2500 enfermeiros contratados podem ser despedidos", afirmou o SEP num comunicado.
Na quarta-feira, também a Ordem dos Enfermeiros alertou que as medidas de austeridade não podem criar uma maior desigualdade no acesso aos cuidados de saúde.
O director da Escola Nacional de Saúde Pública, Constantino Sakellarides, disse, na quinta-feira, que a existência do SNS pode estar em risco caso o Governo corte nos recursos humanos.
"Estamos em tempo de crise, é necessário conter a despesa, mas espero que o Governo seja inteligente nessa matéria para perceber que é possível conter gastos em muitos aspectos, mas não o deve fazer nos recursos humanos da saúde", disse à Agência Lusa.
No mesmo sentido, na segunda-feira, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) tiha manifestado preocupação com o impacto das medidas de contenção no SNS, alertando que há profissionais a trabalhar no limite, colocando em risco a sua "sanidade mental e física".

Receitas de publicidade na Internet crescem em 2011

Segundo os responsáveis das principais empresas portuguesas de comunicação social, a Internet é o sector dos media que vai obter mais receitas ao nível da publicidade em 2011.
Apesar de ser um meio relativamente recente, a Internet tem vindo a ganhar mais adeptos e a conquistá-los a outros meios de comunicação, levando os anunciantes a apostar neste meio para divulgar as suas marcas.
O Observatório de Comunicação realizou o estudo entre Outubro do ano passado e Março deste ano, inquirindo 223 gestores de grupos como a Cofina, a Controlinveste, a Impresa, a Media Capital, a Renascença, a RTP e Zon Multimédia. O estudo contou com respostas de 62 gestores.
Cerca de 88% dos inquiridos prevêem um crescimento continuado das receitas na Internet.
A rádio é o meio mais favorável nas previsões de crescimento para 2011. Nos jornais, é também esperado um maior crescimento das receitas, em comparação ao período de 2009 e 2010. No sector televisivo, os inquiridos acreditam que irá haver um crescimento continuado das receitas, tanto em televisão via cabo, como em televisão paga por outras vias.

sexta-feira, maio 21, 2010

Balsemão a Judite: "Não faria sentido abrir uma crise"


Presidente da Impresa cita Comissão de Ética: "A liberdade de expressão diminuiu em Portugal nos últimos anos"

Francisco Balsemão disse ontem na RTP1 que "certa promiscuidade entre o poder político e o poder económico" é uma das principais responsáveis pela situação actual da liberdade de imprensa em Portugal. Citando as conclusões da Comissão Parlamentar de Ética na sequência da investigação sobre o falhado negócio PT/TVI, o presidente da Impresa referiu que "a liberdade de expressão diminuiu em Portugal nos últimos anos".
Na Grande Entrevista de Judite Sousa, Balsemão criticou a RTP por receber "300 e tal milhões de euros por indemnizações compensatórias" e reafirmou que "a concorrência é essencial; o que não aceito é regras especiais de concorrência".
Quanto à crise político-económica, o antigo primeiro-ministro (1981-83) disse que "o País está preocupado e tem razões para isso" e, estabelecendo um paralelo com a Irlanda a propósito das medidas anunciadas, repetiu que "temos uma grande tendência para andar a reboque".
Convicto de que, neste momento, abrir uma crise política "não faria sentido", Balsemão declarou o seu apoio à eventual recandidatura de Cavaco Silva à Presidência, embora revelando proximidade "e até cumplicidade" com Manuel Alegre. O homem que um dia contratou Marcelo Rebelo de Sousa para o Expresso lembrou: "Quando alguém me faz uma partida, não esqueço. É uma questão de dignidade."

Os vencedores dos Prémios M&P

Ontem à noite, no Centro de Congressos de Lisboa, decorreu a gala de entrega dos Prémios Meios & Publicidade 2010. Conheça os vencedores:

Marketing & Publicidade

Relacional:
OgilvyOne

Agência Digital:
Wiz

Agência de Comunicação:
Lift


Agência de Eventos:
Desafio Global Ativism


Marca:
Meo


Produtora de Imagem:
Garage Films


Produtora de Som:
Índigo

Empresa de Publicidade Indoor/Exterior:
JCDecaux

Agência de Design:
Brandia Central

Agência de Meios:
Initiative


Agência de Publicidade:
MSTF Partners

Prémio Voz:
Margarida Vila Nova

Personalidade Publicidade:
Duda Mendonça

Personalidade de Comunicação:
António Cunha Vaz


Media


Publicação de Informação e Tecnologias de Informação:
PC Guia

Publicação sobre Automóveis:
Turbo

Publicação de Televisão:
TV Guia

Publicação de Viagens:
Evasões

Publicação de Saúde e Educação:
Pais&Filhos


Publicação de Decoração:
Caras Decoração

Publicação de Sociedade:
Caras

Publicação Feminina:
Happy Woman


Publicação Masculina:
Maxmen


Newsmagazine:
Sábado

Suplemento:
Única

Publicação Desportiva:
Record


Site de Informação:
Jornal de Negócios

Diário Gratuito:
Destak

Produtora de Televisão:
Plural

Diário de Informação Económica:
Jornal de Negócios


Semanário Generalista:
Expresso

Diário Generalista:
Correio da Manhã

Rádio:
Rádio Comercial


Canal Cabo Internacional:
Fox Life


Canal Cabo Nacional:
SIC Notícias


Canal Generalista :
SIC


Prémio Carreira:
Cândido Rodan


Personalidade de Media:
Luís Cabral


Segurança: Ministro da Justiça recusa o "fundamentalismo do Direito"

O ministro da Justiça, Alberto Martins, recusou hoje no Porto o "fundamentalismo do Direito" em situações em que a liberdade e a segurança colidem.
"Não podemos cair na tentação do fundamentalismo do Direito", já que certas circunstâncias podem obrigar a "compressões nas liberdades individuais, em limites que sejam adequados, necessários, razoáveis, proporcionais", disse Alberto Martins.
O ministro considerou que segurança e liberdade "são duas faces da mesma moeda" e disse que "é no equilíbrio ente segurança e o excesso de garantismo que temos de encontrar uma solução" para os problemas que se colocam ao mundo depois dos atentados do 11 de setembro em Nova Iorque.

Segurança: PSP e REFER lançam campanha virada para utentes dos transportes ferroviários

Alertar os utentes dos transportes ferroviários para aspetos ligados à segurança em transportes públicos é um dos objetivos de uma campanha da PSP com a REFER, que decorre entre segunda feira e 04 de junho.
Segundo a PSP, trata-se de uma "iniciativa inédita", a nível nacional, que pretende "alertar a população em geral e os utentes dos transportes ferroviários em particular para o quadro vigente em Portugal em matéria de segurança em transportes públicos".
Para o efeito, a PSP procurou acautelar dois tipos de situações: os ilícitos criminais que são cometidos a bordo dos transportes públicos e numa segunda vertente os princípios de segurança que devem nortear os utilizadores de transportes públicos, especificamente os atravessamentos de linha.

Guia de perguntas e respostas sobre o aumento de impostos


Vem aí um novo plano de austeridade. Todos os impostos vão aumentar e as dúvidas são muitas. A Renascença preparou um guia de perguntas e respostas composto a partir de uma entrevista a Jaime Esteves, fiscalista da consultora norte-americana PricewaterhouseCoppers. Saiba tudo sobre os novos impostos.

O Governo apresentou ao país um plano de austeridade para conter o défice público. Quem vai ser afectado pelas medidas?

Neste momento, tendo em conta o que foi anunciado, vai surgir, desde logo, a redução do lado da despesa. Mas o que irá suceder é fundamentalmente um aumento da receita fiscal. Esse aumento acabará por ser repartido por famílias, empresa e titulares de rendimentos, na medida em que vai haver aumento do IRC, aumento das taxas de IRS e um aumento generalizado de todas as taxas de IVA.


Vai apanhar todos os escalões de IRS?
Apanha transversalmente todas as famílias, com maior pendor para as famílias de rendimentos mais elevados, na medida em que, até ao terceiro escalão de rendimentos de IRS (rendimento anuais até 17.979 euros), o aumento é de um ponto percentual. Para os escalões superiores, será de 1,5 pontos percentuais. Relativamente ao IVA, o aumento é sempre de um ponto percentual. O IVA tem um efeito ligeiramente regressivo e, nessa medida, terá um impacto um pouco maior nas famílias de menores rendimentos.


Diz-se que o Estado poderá amealhar cerca de 300 milhões de euros com a sobretaxa de IRS. Será mesmo assim?
Dependendo do momento em que o aumento terá efeitos, será um valor credível. Se pensarmos que as sobretaxas de 1% e de 1,5% vão aplicar-se aos rendimentos auferidos na totalidade do ano, portanto desde 1 de Janeiro de 2010, o montante avançado terá credibilidade. Se inversamente se aplicar apenas a metade do ano, seja Junho ou Julho, eventualmente o valor avançado pecará por excesso. Há também que ter conta que as taxas de retenção na fonte serão aumentadas de 20 para 21,5% para aqueles rendimentos que não são sujeitos a emolumento.


Fazendo a simulação para uma pessoa solteira, sem filhos, com um rendimento anual de 14 mil euros, quanto pode pagar de IRS?
Se fizermos a anualização desses valores e pensarmos que o aumento se aplica desde o início do ano, 1 de Janeiro (é o que vai suceder a partir de 2011; em 2010, a sobretaxa aplica-se apenas a sete meses do ano), as simulações da PricewaterhouseCoopers para um casal solteiro, sem filhos e com um rendimento de 14 mil euros apontam para um aumento de 98,96 euros no IRS. Já no caso de um casal com um filho, a ganhar 27 mil euros anuais, o aumento será de 197,92 euros.


Para um casal com um filho, mas que ganhe 154 mil euros anuais, qual será a penalização?
Neste caso, o aumento será de 1.876 euros. O mesmo acontece num casal com dois filhos e com o mesmo rendimento anual de 154 mil euros. Terá o mesmo aumento de 1.876 euros, tendo em conta estimativas anuais.


Como se explica que um casal só com um filho pague o mesmo que um casal com dois filhos?
A explicação é fácil. Todas as condicionantes personalizantes do IRS mantêm-se constantes. Portanto, as deduções por saúde, educação e por dependentes a cargo mantêm-se iguais. O remanescente das taxas também se mantém igual. Temos, neste caso, para um rendimento de 154 mil euros um aumento de 1,5%. E, portanto, é esse aumento que é repartido pela totalidade da população e, independentemente das condições pessoais do agregado familiar, o aumento de imposto é exactamente igual.


Pensionistas que ganham mais também vão pagar mais IRS?
Tal como para os rendimentos do trabalho, os rendimentos até um salário mínimo nacional não vão sofrer aumentos. Entre este valor e o terceiro escalão haverá um aumento de 1%. Nos escalões superiores, será de 1,5%. Também nos pensionistas, a parte personalizante do imposto já está estruturada e ter-se-á apenas o efeito marginal do aumento, como ocorre para os trabalhadores dependentes.


Diz-se que Estado espera obter 500 milhões de euros em receita com o aumento do IVA. É um valor expectável?
O valor da receita do Estado com o aumento da taxa de IVA será empacotado, desde logo, por conta do aumento de 1% que incidirá sobre a generalidade do consumo. Todas as taxas, mínimas, intermédias e agravadas, vão ter um aumento de um ponto percentual. Neste caso, é claro que as novas taxas só se aplicarão à aquisição de bens e serviços posteriores à entrada em vigor da lei. Portanto, temos um efeito apenas para metade do ano. Por outro lado, o aumento da receita dependerá da evolução do consumo e do PIB. Para a totalidade do ano, 500 milhões de euros de aumento da receita fiscal, e considerando o impacto que a redução do IVA de 21% para 20% teve, parece-me uma expectativa relativamente optimista e que eventualmente não se confirmará.


Em que ponto vai ficar o poder de compra dos portugueses?
O rendimento disponível será empacotado negativamente com o aumento do IRS e a capacidade de poder de compra também será empacotada negativamente em função do aumento generalizado do IVA, que sobe um ponto percentual nas três taxas (passa a 6%, 13% e 21%). O impacto nas famílias dependerá das despesas com habitação. O financiamento à habitação, bem como a renda, não estão sujeitos a IVA e, portanto, quanto maior for a fatia afecta a esse montante, menor será o impacto.


Estas medidas de austeridade podem promover a fuga ao fisco?
Como é sabido, o aumento da taxa de tributação aumenta a apetência para a tributação - isso é uma verdade empírica e estudada. De qualquer forma, a máquina fiscal em Portugal está cada vez mais eficiente. Há mecanismos de controlo que estão devidamente implementados: 1% e 1,5% de aumento de IRS não é suficiente para aumentar de forma significativa a fuga ao fisco. No entanto, nos escalões mais altos do IRS, o aumento poderá ser significativo. A taxa máxima era de 42%, foi aumentada para 45% e agora sofre outro aumento de 1,5%. Entretanto, há ainda os rendimentos com as mais-valias, que estavam isentos de imposto e que passam agora a ser tributados a expectavelmente 20%. Para os rendimentos mais altos vai haver um aumento maior da carga fiscal e, por essa via, pode haver uma maior apetência para a fraude e evasão fiscal.


O aumento do imposto de selo ao crédito ao consumo pode retrair o consumo interno?
Retrairá seguramente. O consumo das famílias tem sido estimulado pelo acesso fácil ao crédito. Não se sabe ainda bem qual será o aumento da tributação - não se sabe se será um sinal político para a necessidade de contenção por parte das famílias ou se será uma medida mais forte, com um aumento substancial que tem impacto forte no consumo. De qualquer forma, há um esforço de contenção que é necessário fazer. Provavelmente, muito mais do que o aumento da tributação, será a própria restrição por parte dos agentes disponibilizadores do crédito ao consumo.


Este ano haverá também aumento do IRC. É razoável esperar que este aumento consiga gerar receitas para o Estado na ordem dos 160 milhões de euros, como já foi dito?
Em função daquilo que tem sido a receita histórica ao nível do IRC, e assumindo que há um aumento de 2,5% aplicado aos lucros tributáveis das empresas com lucros superiores a dois milhões de euros e que esse aumento é aplicado aos rendimentos do ano de 2010, talvez não seja excessivamente optimista falar num encaixe de 160 milhões de euros, desde que não haja uma contracção do PIB e do lucro das empresas.

Ainda não há indicação concreta de como estes 2,5% vão ser cobrados, mas recordo que as empresas apresentarão as declarações de IRC em 2011, relativamente aos rendimentos de 2010, e, expectavelmente, o aumento da receita acontecerá para o ano e não em 2010.


Para empresas que ganhem menos de dois milhões de euros por ano, o agravamento é menor?
Para empresas com lucro tributável até dois milhões de euros, não haverá impacto. Poderá haver impacto se a actual taxa de 12,5% para lucros tributáveis menores for abolida. Não há indicação ainda nesse sentido. Os 2,5% de aumento da taxa de IRC, que o elevam de 25% para 27,5%, incidirão apenas nas empresas com lucros acima dos dois milhões de euros.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...