segunda-feira, junho 14, 2010

NetJornal - 2ª Feira



As vuvuzelas continuam a provocar polémica e a organização do Mundial pondera proibir o uso destes instrumentos nos estádios.

CP disponibiliza autocarros em Lisboa e no Porto


A CP vai disponibilizar na terça-feira, como transporte alternativo, cerca de 100 autocarros em Lisboa e 50 no Porto, para minimizar os efeitos da greve de maquinistas, disse a responsável da comunicação da empresa.
De acordo com Ana Portela, os autocarros vão circular durante os períodos mais críticos da greve.
A greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas para segunda, terça e quarta-feira, começa hoje, segunda-feira, às 20 horas e será cumprida integralmente entre as 5 e as 10 horas.
A responsável da CP adiantou que haverá serviços mínimos durante este período, que se limitam a 10% da oferta.
"Em Lisboa, por exemplo, o total de comboios que iriam circular neste período normalmente seria de 446. Vamos fazer 46, o que é manifestamente insuficiente", afirmou.
A CP vai complementar esta oferta com transportes rodoviários alternativos mas, no entanto, Ana Portela prevê "um manhã complicada".
Nas linhas urbanas de Lisboa (Azambuja, Cascais, Sado e Sintra), vão estar disponíveis cerca de cem autocarros entre as 05.30 horas e as 14 horas, "porque a circulação vai demorar algum tempo a normalizar".
Nas linhas do Porto (Braga, Guimarães, Caíde e Aveiro), serão disponibilizados 53 autocarros até às 16 horas "porque se prevê que haja uma dificuldade um pouco maior para repor os níveis normais de serviço".
Ainda assim, terça-feira "é um dia para procurar alternativas neste período horário", apelou Ana Portela, sublinhando que os autocarros transportam muito menos pessoas do que os comboios.

Maquinistas começam greve de três dias

A CP prevê "perturbações" na circulação de comboios Alfa pendulares e Intercidades, a partir das 20 horas, de hoje, segunda-feira, altura em começa a greve de três dias convocada pelo Sindicato dos Maquinistas.
Os efeitos da greve serão sentidos com maior intensidade a partir de amanhã, terça-feira, quando a circulação de comboios regionais começar a ser afectada. Hoje, segunda-feira, os efeitos da paralisação serão reduzidos, uma vez que só são abrangidos os trabalhadores que entram ao serviço a partir das 20 horas.
"Durante todo o dia 15 de Junho, prevê-se que a circulação seja fortemente perturbada com a supressão de alguns comboios. Nos restantes períodos poderão ocorrer alguns atrasos e supressões pontuais", avisa a CP em comunicado.
A empresa disponibilizará transporte rodoviário alternativo nas linhas da Azambuja, de Cascais, do Sado e de Sintra, e nas linhas Braga e Guimarães, Caíde e de Aveiro.
O protesto dos maquinistas surge em reacção à "suspensão das negociações da contratação colectiva", explicou ao JN António Medeiros, do Sindicato dos Maquinistas. "Estávamos a discutir ganhos de produtividade e mais-valias em termos de regime de trabalho quando as negociações foram fechadas pela empresa", acrescentou.

Mais de 5 mil GNR vão transportar as provas

Autoridades têm montada a maior operação policial do ano para garantir a entrega e recolha dos exames nacionais nas escolas.

A GNR tem preparada aquela que é, provavelmente, a maior operação de segurança do ano. Mais de cinco mil militares estão destacados para, a partir da próxima quarta-feira, fazerem a distribuição dos mais de 356 mil exames do secundário directamente nas escolas.
De acordo com fonte da GNR, os enunciados das provas, impressos pela editorial do Ministério da Educação, já foram transportados da Avenida 5 de Outubro para os vários comandos territoriais e, a partir de quarta-feira, serão entregues nas escolas ao professor indicado pela tutela.
As provas, tal como em anos anteriores, são elaboradas por equipas especializadas constituídas no âmbito do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e depois depositadas no Ministério da Educação.
Ontem e no dia 10, a GNR e a PSP recolheram as provas e fizeram a sua distribuição pelos comandos territoriais. Um processo que se repetirá novamente nos dias 7 e 9 de Julho, para distribuir as provas da segunda fase dos exames nacionais.
Tal como explicou fonte da GNR, esta é "provavelmente a maior operação da Guarda ao longo do ano". E suplanta mesmo a mobilização de efectivos aquando da visita de Bento XVI a Portugal.
"Na visita de Sua Santidade, apesar de ser mais mediática, estiveram destacados 800 militares para três ou quatro dias." Agora serão mais de cinco mil, para um mês inteiro, para cobrir 95% do território nacional.
A fase principal da operação começa quarta-feira, dia de arranque dos exames, em que se realiza as provas de Português, Português (língua não materna) e Latim. "Temos de garantir que, em todos os dias de exame, os enunciados são entregues nas escolas entre as 07.00 e as 08.00", frisa a mesma fonte da GNR.
Tal como a PSP, a GNR tem uma listagem fornecida pelo ministério de Isabel Alçada com o nome dos professores credenciados em cada escola para receberem os envelopes com as provas. "O professor é o mesmo que, ao fim do dia, entrega os exames realizados pelos alunos à GNR", refere a mesma fonte.
O sigilo e segurança em torno de todo o processo continua após a realização dos exames: a classificação das provas faz-se em regime de rigoroso anonimato. Os exames são vistos fora da escola pública ou particular e cooperativa onde se realizam, por professores profissionalizados dos ensinos público e privado.
Para assegurar a correcção, o Ministério da Educação constituiu um Júri Nacional de Exames, composto por 51 pessoas, entre presidente, vice-presidentes e assessoria técnico-pedagógica.
O júri integra ainda sete coordenadores das delegações regionais e 32 responsáveis de agrupamentos de exames.
Os classificadores estão agregados nestes agrupamentos e são coordenados pelo Júri Nacional de Exames. Um júri que terá por missão reapreciar as provas sobre as quais existam reclamações dos alunos.

Ministério gasta 1,8 milhões de euros com exames

Professores recebem cinco euros pela correcção de cada prova do secundário. Os 356 mil exames previstos serão vistos por pelo menos 7100 docentes. Provas arrancam na quarta-feira.

O Ministério da Educação vai desembolsar quase 1,8 milhões de euros para assegurar a correcção de 356 127 exames do secundário previstos. Segundo despacho do secretário de Estado Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, cada professor que corrigir uma prova de exames nacionais do 10.º ao 12.º anos tem "direito à importância ilíquida de cinco euros".
O valor é igual ao do ano passado, mas irá implicar um aumento da despesa, dado que o número de estudantes inscritos no secundário cresceu. Há 161654 alunos em prova, mais 4794 que em 2009.
No ano passado, candidataram-se à primeira fase 156 mil alunos do secundário, para realizarem 346 282 provas. Acabaram por ser feitas cerca de 269 mil. Por estas o Ministério da Educação pagou 1,3 milhões de euros aos professores.
No despacho, assinado a 7 de Maio, o secretário de Estado especifica que a correcção de provas do ensino secundário são pagas a cinco euros, enquanto as do básico não são remuneradas, por se incluírem "no domínio das tarefas a cumprir pelos professores".
Política diferente da adoptada para as reapreciações, já que, quer no básico quer no secundário, são pagas a 7,48 euros, valor ilíquido. Já os especialistas que asseguram a análise das reclamações às reapreciações é "paga a importância ilíquida de 14,96 euros", é ainda definido.
Perante o número de exames previstos, e tendo em conta que, segundo o ministério, "cada professor classifica, em regra, um máximo de 50 provas", isto implicará o destacamento de pelo menos 7100 professores para a fase de correcção de exames. Já no dia das provas, por cada sala, vão estar presentes dois professores vigilantes.
Alheios a isto estão os alunos, mais preocupados em rever a matéria dada ou em estudar intensivamente. Embora os professores deixem uma mensagem clara: "Não é numa semana que vão ocorrer milagres e que vão recuperar o atraso do resto ano", garante Edviges Antunes Ferreira, vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP).
Para outro dos "cadeirões" do secundário, a mensagem é igual: "Em Matemática não há truques de última hora" a que os alunos possam recorrer para melhor se prepararem para o exame nacional", sublinha Joaquim Félix, da Associação de Professores de Matemática (APM).
Ideia partilhada por Lígia Santos, aluna do 1.º ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e que o ano passado foi a melhor aluna do secundário a Matemática. "Nesta altura, o que se pode fazer a Matemática é rever os exercícios desenvolvidos durante o ano." Porque, alerta Lígia, "o estudo tem mesmo de ser feito ao longo do ano".
É este também o segredo de Maria Teresa Neves, 18 anos, no 1.º ano de Medicina da Universidade de Lisboa, e eleita a melhor aluna de Português no secundário em 2008/2009. "Para Matemática tem de haver um estudo continuado ao longo do ano", insiste.
Já em relação a Português, quem só se agarra aos livros à "última hora" deve começar por reler algumas das obras dadas e apostar nas revisões da gramática.
Português e Matemática concentram mesmo o maior número de inscritos para os exames do secundário. Nas várias provas de Português contam-se 76 003 alunos, enquanto em Matemática estão inscritos 68 079 estudantes. Na lista surgem depois a Física e Química A, com 59 728 alunos, e Biologia e Geologia, com 57 048 inscritos.
Para os dois docentes contactados pelo DN, Português e Matemática são duas disciplinas cujo estudo não pode ser guardado para a última semana. "Português exige uma preparação prévia e as explicações de última hora só se forem para tirar dúvidas pontuais", esclarece a professora Edviges Antunes Ferreira.
"Torne a fazer os testes e fichas que tenha feito ao longo do ano e consulte as respectivas correcções se houver dúvidas", aconselha Joaquim Félix, para Matemática.
Se persistirem dúvidas "ou se se deparar com algum problema que não consegue resolver, não hesite em procurar o seu professor ou debater o assunto com algum colega".

Explicações aos alunos "só para tirar dúvidas"

Professores dizem que estes apoios não compensam para a falta de estudo durante o ano. Provas começam depois de amanhã

Com os exames nacionais à porta, as explicações são o último recurso para muitos alunos aprenderem a matéria dada ao longo do ano. Mas os professores garantem que, a dois dias do primeiro exame, estes apoios só servem para esclarecer dúvidas.
Edviges Antunes Ferreira, vice--presidente da Associação de Professores de Português (APP) - o primeiro exame, marcado para depois de amanhã -, diz que o recurso a explicações à última hora não permite mesmo uma boa nota. "Explicações nesta altura do ano só se forem para tirar algumas dúvidas", afirma.
Maria Teresa Neves - a aluna que no ano passado teve a melhor nota a Português no ensino secundário - também não acredita que as explicações de última hora possam ajudar a recuperar tempo perdido. "Explicações ao longo do ano sim, podem ser importantes, até porque os professores nem sempre conseguem desenvolver tanto os exercícios."
Apesar disso, nesta altura são muitos os que recorrem a estes apoios. Os preços variam de local para local e consoante a modalidade escolhida.
No centro de explicações Master Mind, em Lisboa, as explicações para o 12.º ano são individuais e custam 30,25 euros por cada aula se o estudante adquirir um pacote de oito aulas. Um valor que aumenta ligeiramente (33,61 euros por hora) se a preferência for para apenas uma ou duas aulas.
Ainda em Lisboa, mas no centro Aprende Mais, os preços são de 22,50 euros por cada hora, no caso das aulas em avulso, e de 21,75 euros se os clientes adquirirem pacotes de 8, 16 ou 24 aulas.
No Porto, na Árvore da Ciência, uma hora e meia de explicação, para qualquer disciplina - tal como em todos os outros centros contactados -, pode custar 20 euros. Contudo, esse valor desce para os 17,50 euros se os alunos forem mais do que um por semana. Já no ProfDomus, as explicações só em casos muito esporádicos não são individuais, mas sempre em grupos de dois ou três alunos no máximo. Cada hora de explicação fica por 28 euros.
Além das explicações há quem recorra a suplementos ou mesmo a medicamentos da família das anfetaminas para estudar melhor. Tal como o DN noticiou, a venda de suplementos para aumentar a concentração e memória disparou: saíram das farmácias quase 525 mil embalagens, mais 66% que há dois anos.

Alfama ficou de ressaca após vitória na Avenida

Ensaiador mudou, mas o testemunho parece ter sido bem passado. Alfama ficou a pé até conhecer a votação. Depois dormiu

A noite após a actuação na Avenida da Liberdade foi longa e dormir tornou-se na principal prioridade das gentes de Alfama, logo que o júri das marchas ditou a sentença pelas 08.00: Alfama é mais uma vez a vencedora das marchas populares de Lisboa (com este, o bairro arrecadou já 13 primeiros lugares desde 1990).
O ano passado, Alfama foi também vencedora a par do Castelo, mas, como não gostam "cá de ex aequos", dizem que este ano a vitória soube bem melhor. Ansiosos, poucos foram à cama antes de conhecer o resultado do concurso. Seguiram-se uns momentos de copos e folia. E, claro, a ressaca!
Consequência? Ontem, pelas três da tarde, reinava o silêncio e uma ou outra conversa que, por mais baixa que fosse, se ouvia em qualquer esquina ou artéria deste bairro alfacinha.
No Largo do Salvador, rangem finalmente as velhinhas portas de madeira, do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, onde se realizam os ensaios. Mário Rocha, que faz parte da comissão da marcha, e dois ou três ajudantes dão início aos preparativos para mais uma longa noite de festa. "Hoje vai haver arraial pela noite fora e vou propor que a sardinha seja à borla em virtude desta vitória merecida", disse ao DN, enquanto dava um jeito no bar e lavava o chão.
Garante que este prémio lhes saiu do pêlo, sobretudo à sua sobrinha Vanessa Rocha, a quem coube a tarefa de substituir Carlos Mendonça como ensaiadora de uma marcha que há 20 anos era "domesticada" por este homem, cuja disciplina e rigor, pode dizer- -se, são quase a sua imagem de marca (ver texto ao lado).
E, no geral, o prémio é por todos mesmo dedicado à sucessora de Carlos Mendonça. "A Vanessa é uma boa ensaiadora. Ela aprendeu bem a lição", frisa a nortenha Maria do Cravo Rocha do alto dos seus 78 anos, 34 deles vividos em Alfama. No largo deserto, e com a pequena bisneta na anca, arregala os olhos que passaram a noite em claro e ergue a voz: "Alfama é a melhor, sem tirar nem pôr."
O "despertador vocal" ecoou no largo e, uma a uma, as portadas das janelas começaram a abrir-se com rostos sonolentos a espreitar a luz do dia. Por esta hora, já os responsáveis da marcha caminhavam para a Praça do Rossio, para dar entrevistas e falar da vitória e da marcha que este ano, segundo Vanessa Rocha, "prestou homenagem às mulheres de Alfama e à filigrana em ouro que elas usam".

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...