Ensaiador mudou, mas o testemunho parece ter sido bem passado. Alfama ficou a pé até conhecer a votação. Depois dormiuA noite após a actuação na Avenida da Liberdade foi longa e dormir tornou-se na principal prioridade das gentes de Alfama, logo que o júri das marchas ditou a sentença pelas 08.00: Alfama é mais uma vez a vencedora das marchas populares de Lisboa (com este, o bairro arrecadou já 13 primeiros lugares desde 1990).
O ano passado, Alfama foi também vencedora a par do Castelo, mas, como não gostam "cá de ex aequos", dizem que este ano a vitória soube bem melhor. Ansiosos, poucos foram à cama antes de conhecer o resultado do concurso. Seguiram-se uns momentos de copos e folia. E, claro, a ressaca!
Consequência? Ontem, pelas três da tarde, reinava o silêncio e uma ou outra conversa que, por mais baixa que fosse, se ouvia em qualquer esquina ou artéria deste bairro alfacinha.
No Largo do Salvador, rangem finalmente as velhinhas portas de madeira, do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, onde se realizam os ensaios. Mário Rocha, que faz parte da comissão da marcha, e dois ou três ajudantes dão início aos preparativos para mais uma longa noite de festa. "Hoje vai haver arraial pela noite fora e vou propor que a sardinha seja à borla em virtude desta vitória merecida", disse ao DN, enquanto dava um jeito no bar e lavava o chão.
Garante que este prémio lhes saiu do pêlo, sobretudo à sua sobrinha Vanessa Rocha, a quem coube a tarefa de substituir Carlos Mendonça como ensaiadora de uma marcha que há 20 anos era "domesticada" por este homem, cuja disciplina e rigor, pode dizer- -se, são quase a sua imagem de marca (ver texto ao lado).
E, no geral, o prémio é por todos mesmo dedicado à sucessora de Carlos Mendonça. "A Vanessa é uma boa ensaiadora. Ela aprendeu bem a lição", frisa a nortenha Maria do Cravo Rocha do alto dos seus 78 anos, 34 deles vividos em Alfama. No largo deserto, e com a pequena bisneta na anca, arregala os olhos que passaram a noite em claro e ergue a voz: "Alfama é a melhor, sem tirar nem pôr."
O "despertador vocal" ecoou no largo e, uma a uma, as portadas das janelas começaram a abrir-se com rostos sonolentos a espreitar a luz do dia. Por esta hora, já os responsáveis da marcha caminhavam para a Praça do Rossio, para dar entrevistas e falar da vitória e da marcha que este ano, segundo Vanessa Rocha, "prestou homenagem às mulheres de Alfama e à filigrana em ouro que elas usam".
O ano passado, Alfama foi também vencedora a par do Castelo, mas, como não gostam "cá de ex aequos", dizem que este ano a vitória soube bem melhor. Ansiosos, poucos foram à cama antes de conhecer o resultado do concurso. Seguiram-se uns momentos de copos e folia. E, claro, a ressaca!
Consequência? Ontem, pelas três da tarde, reinava o silêncio e uma ou outra conversa que, por mais baixa que fosse, se ouvia em qualquer esquina ou artéria deste bairro alfacinha.
No Largo do Salvador, rangem finalmente as velhinhas portas de madeira, do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, onde se realizam os ensaios. Mário Rocha, que faz parte da comissão da marcha, e dois ou três ajudantes dão início aos preparativos para mais uma longa noite de festa. "Hoje vai haver arraial pela noite fora e vou propor que a sardinha seja à borla em virtude desta vitória merecida", disse ao DN, enquanto dava um jeito no bar e lavava o chão.
Garante que este prémio lhes saiu do pêlo, sobretudo à sua sobrinha Vanessa Rocha, a quem coube a tarefa de substituir Carlos Mendonça como ensaiadora de uma marcha que há 20 anos era "domesticada" por este homem, cuja disciplina e rigor, pode dizer- -se, são quase a sua imagem de marca (ver texto ao lado).
E, no geral, o prémio é por todos mesmo dedicado à sucessora de Carlos Mendonça. "A Vanessa é uma boa ensaiadora. Ela aprendeu bem a lição", frisa a nortenha Maria do Cravo Rocha do alto dos seus 78 anos, 34 deles vividos em Alfama. No largo deserto, e com a pequena bisneta na anca, arregala os olhos que passaram a noite em claro e ergue a voz: "Alfama é a melhor, sem tirar nem pôr."
O "despertador vocal" ecoou no largo e, uma a uma, as portadas das janelas começaram a abrir-se com rostos sonolentos a espreitar a luz do dia. Por esta hora, já os responsáveis da marcha caminhavam para a Praça do Rossio, para dar entrevistas e falar da vitória e da marcha que este ano, segundo Vanessa Rocha, "prestou homenagem às mulheres de Alfama e à filigrana em ouro que elas usam".
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