segunda-feira, novembro 22, 2010

Sócrates confiante nos serviços mínimos



Greve Geral

O primeiro-ministro mostrou-se hoje confiante que haverá acordo com os sindicatos na definição de serviços mínimos para a greve geral de quarta-feira e adiantou que muitos sindicalistas compreendem as medidas de austeridade do Governo.

José Sócrates falava aos jornalistas no Parque das Nações, no final da sessão de apresentação sobre os dados referentes ao potencial científico e tecnológico de Portugal em 2009.
Interrogado sobre a possibilidade de se vir a assistir na quarta-feira a um diferendo entre sindicatos e Governo na definição de serviços mínimos, o primeiro-ministro referiu que "esse cenário não se deverá colocar".
"Os serviços mínimos são um aspecto que está consagrado na lei. Tenho a certeza que todos os sindicatos vão respeitar", respondeu.
José Sócrates disse mesmo não ter nenhuma indicação que seja necessário ao Governo proceder a medidas de requisição civil em algum sector.
"No entanto, se for necessário, fá-lo-emos, porque a lei da greve consagra o direito à greve, respeitando também a liberdade de terceiros no sentido de poderem ser atendidos. Por isso, os serviços mínimos servem para defender o interesse geral", declarou.
Em relação à greve geral de quarta-feira, o primeiro-ministro disse que "neste país respeita-se o direito à greve".
O primeiro-ministro insistiu, no entanto, que as medidas de austeridade "não foram tomadas de ânimo leve".

Fectrans acusa CP de pressionar trabalhadores para cumprirem serviços mínimos



Greve Geral

O coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) acusou hoje a CP de enviar cartas aos trabalhadores convocando-os para o cumprimento de serviços mínimos, numa atitude que considera ser "ilegal".

"As cartas estão a ser enviadas desde sexta feira", disse Amável Alves em declarações à agência Lusa, lembrando que cabe à entidade sindical definir a lista dos trabalhadores que se irão apresentar nos serviços mínimos.
A Lusa tentou obter um comentário por parte da CP relativamente a esta questão, mas tal não foi possível em tempo útil.
Apesar deste tipo de "pressões", a Fectrans - que se reuniu hoje com os sindicatos representativos dos trabalhadores dos transportes e das comunicações para a preparação da greve geral de quarta-feira - disse esperar uma "grande adesão à greve".

Greve geral feita à medida da crise



Unidas

CGTP tem 15 mil activistas na rua, UGT conta com mais de mil. Arranque às 08.00 de dia 24 na Autoeuropa.

A crise dá, a crise tira. A actual crise económica e social é histórica e dá o mote perfeito para a quinta greve geral da democracia portuguesa. Mas também limita o envolvimento de muitas pessoas e, logo, a dimensão do próprio protesto, marcado para a próxima quarta-feira, dia 24. É o caso da crescente precariedade e pobreza que afecta milhares de pessoas e que, segundo observadores, "não se sentem representadas" pelas organizações que apelam à greve ou que "não têm acesso a esta forma de protesto".
Primeiro, a palavra aos actores principais, os líderes das centrais sindicais. Nenhum sabe quanto custa preparar uma greve desta dimensão, mas todos têm uma certeza: "Vai ser um sucesso."
Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), a estrutura que convocou a greve e à qual a União Geral dos Trabalhadores (UGT) depois se associou, acredita que "vai ser um movimento sem comparação" e que, da parte da central sindical e sindicatos próximos, "terá envolvido aproximadamente 15 mil activistas nesta fase de preparação que dura há já várias semanas". Ainda assim, explicou o sindicalista, "decidiu-se não convocar uma manifestação". Porquê? "Porque não é tradição. O objectivo é a paralisação. E seria contraditório mobilizar pessoas para um grande protesto de rua no centro da capital quando a greve afecta os transportes", admitiu. Existem fontes da central que referem que seria um risco muito grande embarcar num projecto desse tipo: não havendo transportes, as pessoas poderiam desmobilizar-se. Para além disso, seria mais um custo a ter em conta. Segundo a própria CGTP, a manifestação do 1 de Maio custou 80 mil euros.
Do lado da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a motivação é grande, mas houve uma atenção especial aos custos. Pedro Roque, secretário-geral adjunto da UGT e o responsável pela logística da greve, confirmou ao DN que "foram confrontados diversos orçamentos no sentido de se obter um valor mais consentâneo com o período de crise que vivemos". A UGT diz que pôs na rua "cem mil desdobráveis, 5000 cartazes em diversos formatos (A2, A3 e A4), mil autocolantes". João Proença, que lidera a central, completa a informação: "Da nossa parte, estão envolvidos, seguramente, mais de mil activistas no apelo e preparação da greve." O secretário-geral disse ainda esperar "uma forte adesão, dependendo muito do grau de envolvimento do sector dos transportes". O arranque conjunto para a greve - com Carvalho da Silva e João Proença - acontecerá às 08.00 de dia 24, na fábrica da Autoeuropa, em Palmela.
O protesto de quarta-feira é contra um "mal maior", contra os efeitos da crise global e europeia, que estão a forçar uma redução brusca nos níveis salariais, nas prestações sociais, na capacidade de criar empregos e, no limite, uma nova recessão na sequência das políticas de redução do défice postas entretanto em marcha para aplacar a ira dos "mercados". Contra a lógica de que é preciso empobrecer e consumir menos para Portugal ser um país mais sustentável.

Crise também tira gás

Os especialistas explicam que a crise dá motivos para a greve, mas, "ironicamente", também tira fôlego ao protesto. Pedro Lains, investigador do Instituto de Ciências Sociais, considera que a greve geral "é, sobretudo, uma manifestação das pessoas que vão ter de pagar a crise a um preço que, podemos dizer, é injusto". Quem? "Os funcionários públicos, que estão bem representados nos sindicatos, os empregados que podem vir a ser confrontados com reduções de salários." Mas, claro, a crise atinge outros grupos, menos visíveis e com menos acesso a esta forma de protesto: "Os desempregados não fazem greve, os precários podem ter receio, os pobres não sei", refere.
De há poucos anos a esta parte, os mais precários organizaram-se em estruturas próprias e agora participarão na primeira greve geral.
Pedro Adão e Silva, politólogo, também repara que "a crise não é só económica e social, é a crise da falta de confiança das pessoas na mobilização e do facto de não se reverem nos discursos, é a crise dos próprios sindicatos que representam sobretudo trabalhadores com vínculos mais estáveis ao emprego, pessoas mais velhas". E diz que a greve de dia 24 é só portuguesa. "Se há um problema global e europeu gravíssimo, como se explica que esta greve geral não seja europeia ou, pelo menos, comum aos países da Zona Euro?", interroga-se. "Isto faz com que a mobilização tenha um misto de irrelevância e impotência face à situação", lamenta.
A CGTP e a UGT não faziam uma greve geral juntas desde 1988. Independentemente da adesão dos trabalhadores, na quarta-feira, o evento já é histórico: será a quinta da democracia portuguesa e a sétima do Portugal republicano. Entre 1935 e 1982 houve um longo vazio neste tipo de protestos que coincidiu com as quatro décadas da ditadura do Estado Novo.

Brisa reduz 25% de portageiros



Medida afecta mais de 200 pessoas

A Brisa anunciou esta segunda-feira que vai eliminar 25 por cento do número de portageiros até ao final do ano, o que equivale a um corte de 200 funcionários.

No âmbito de remodelação da empresa, 50 portageiros da região Norte já foram recolocados no centro de apoio a clientes da Maia. Os restantes 156 aderiram a um programa de rescisões voluntárias.
A aposta da Brisa passa por colocar até ao final do ano 249 máquinas de pagamento automático de portagens. Com este investimento, o grupo liderado por Vasco de Mello estima obter uma poupança de 3,5 milhões de euros no próximo ano.

Blindados já chegaram a Portugal



Não vieram a tempo da Cimeira da NATO

Os blindados que eram para chegar a tempo da Cimeira da NATO chegaram a Portugal no domingo à noite, num camião de uma empresa de transitários.

Vieram de Madrid para o Aeroporto da Portela, onde havia mais espaço para a descarga dos dois Cougar, de fabrico norte-americano.
No local estava a supervisionar o comandante da Unidade Especial da Polícia, Magina da Silva, e o respectivo segundo comandante que deram instruções para que os blindados, já com combustível e em condições de circulação, seguissem para Belas, sede da Unidade Especial de Polícia.
Segundo apurou o CM, a conduzir os veículos estiveram os dois elementos do corpo de intervenção escolhidos para a condução dos mesmos, caso tivessem chegado a tempo da Cimeira da NATO.

Sócrates espera que decisão irlandesa acalme mercados



Resgate financeiro

O primeiro-ministro José Sócrates espera que a decisão da Irlanda de recorrer à ajuda da União Europeia e do FMI trave "a especulação" e "acalme" os mercados. E sublinhou que não há relação entre os problemas financeiros irlandeses e os portugueses.

Para o primeiro-ministro, o recurso da Irlanda à ajuda externa para solucionar a crise financeira deve ter como consequência "uma acalmia dos mercados, parando com a especulação, que não tem nenhum sentido".
"Espero que a Irlanda, ao recorrer ao fundo da União Europeia, faça com que se normalize a situação nos mercados, porque Portugal estava a sofrer um nítido efeito de contágio. Não há nenhuma relação entre Portugal e a Irlanda", disse esta segunda-feira no Parque das Nações, em Lisboa.
Segundo Sócrates, ao contrário da Irlanda, "Portugal não tem qualquer problema no seu sistema financeiro". "Temos mesmo um dos sistemas financeiros que menos consequências sofreu em 2008 e em 2009. Mas Portugal também nunca teve qualquer bolha imobiliária - e isso não criou no país qualquer problema financeiro - e temos uma situação orçamental sem comparação", sustentou.
De acordo com o líder do Executivo, Portugal fechará este ano com "um défice orçamental de 7,3%, que é menor do que o da França, para já não falar em comparação com a Grécia, Irlanda, Reino Unido, Estados Unidos ou Japão".
"Portugal tem uma dívida pública que está em linha com a média da União Europeia e teremos um Orçamento aprovado para 2011 que prevê um défice de 4,6%, valor também abaixo da média europeia. Estes dados dão-nos razões para ter confiança com o que se está a passar em Portugal. Nós vamos resolver os nossos próprios problemas", acrescentou.

Vendas de Natal caem



Comércio: Crise gera menos procura

O comércio algarvio deverá registar quebras de mais de 10% nas vendas de Natal neste ano, devido à crise, segundo uma estimativa do presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL).

Além da falta de dinheiro dos clientes, João Rosado diz que a decisão das autarquias de reduzir ou mesmo suspender os gastos com a iluminação de Natal – Portimão foi uma das poucas câmaras algarvias a manter um investimento semelhante ao do ano passado – também terá um efeito negativo, dado que "as artérias comerciais ficam menos atractivas para o público".
Neste período, muitas lojas irão manter-se abertas aos sábados, domingos e feriados, enquanto o encerramento nos dias de semana será efectuado mais tarde, entre as 20h00 e as 21h00.
Além de várias iniciativas de animação, a ACRAL promoverá uma feira de retalhos no próximo mês, em Portimão, e no primeiro fim-de-semana de Janeiro, em Faro (para escoar produtos que não forem vendidos no Natal).
João Rosado realça que esta época funciona como um "balão de oxigénio para muitas lojas", representando "cerca de 40% do total de facturação do ano inteiro".

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...