quinta-feira, junho 17, 2010

PCP diz que feriados não são causa do problema de produtividade do país



O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, considerou hoje, quinta-feira, que "não é nos feriados que reside o problema de produtividade do país" e classificou de "totalmente inaceitável" a possibilidade de se transferir o feriado do 25 de Abril.
O PS anunciou hoje, quinta-feira, que a proposta das deputadas independentes Teresa Venda e Rosário Carneiro para transferir os feriados e eliminar pontes mereceu um "consenso generalizado" da bancada e que existe abertura para discutir as datas a incluir.
De acordo com uma das proponentes da medida, apenas o dia de Natal e o Ano Novo são excepções à possibilidade de "flexibilizar" as datas dos feriados.
Questionado sobre esta proposta, Bernardino Soares disse precisar de analisar "o que é que em concreto" esta pretende, mas sublinhou desde já: "uma coisa é certa, não é nos feriados que reside o problema de produtividade do país".
O líder da bancada comunista referiu ainda que recentemente o Governo concedeu "mais de um dia de tolerância de ponto" (a propósito da visita do papa a Portugal) e "nem as deputadas em causa nem o grupo parlamentar em que se inserem tiveram a preocupação que agora parecem ter em relação aos feriados oficiais que estão determinados".
Sobre a possibilidade de o 25 de Abril ser assinalado noutra data -- como as autoras do projecto e o vice-presidente da bancada do PS, Ricardo Rodrigues, admitiram -- Bernardino Soares considerou que tal seria "totalmente inaceitável".
O vice-presidente da bancada socialista afirmou que se o 25 de Abril "for encarado com o dia da Liberdade em Portugal, tanto faz que seja celebrado a 25 ou a 27".

Socialistas querem acabar com quatro feriados e eliminar "pontes"



A eliminação de alguns e a mobilidade de quase todos os feriados, civis e religiosos, para evitar as "pontes" vai ser levada ao Conselho de Concertação Social.
A ideia, que teve origem num projecto de resolução apresentado pelas deputadas católicas independentes eleitas pelo PS, Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro, teve hoje, quinta-feira, luz verde da bancada socialista para avançar e passa por eliminar quatro feriados e transferir os outros de forma a inviabilizar as “pontes”.
De acordo com o vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Ricardo Rodrigues, “o projecto obteve consenso” dos deputados presentes na reunião da bancada, que decorreu ao fim da manhã de hoje, quinta-feira.
“O projecto de resolução irá avançar e, nesse sentido, foi sugerido às duas deputadas que estabeleçam conversações com os restantes grupos parlamentares, no sentido de se procurar o maior consenso possível”, afirmou Ricardo Rodrigues aos jornalistas, adiantando que, posteriormente o Governo levará o assunto à Concertação Social.
A lista dos feriados a eliminar, preferencialmente dois civis e dois religiosos, só será estabelecido após as conversações com os parceiros sociais e com a Igreja Católica. Para já, as autoras do projecto de resolução, consideram apenas “intocáveis” as celebrações do 25 de Dezembro e do 1 de Janeiro, e propõem que sempre que um feriado, religioso ou civil, calhe numa quinta-feira ou numa terça, passe para a segunda seguinte. Pode, por isso acontecer que o 25 de Abril possa ser comemorado, por exemplo, a 26.
"O importante é que se comemore a Liberdade e não o dia exacto", justificou Ricardo Rodrigues.
A argumentação de Teresa Venda relaciona-se com a situação económica do país, ao afirmar que “evitando-se as pontes, dá-se um passo no sentido do aumento da produtividade nacional.”

“Este teste foi uma chachada”



Educação


Os alunos ouvidos ontem pelo CM na Escola Josefa de Óbidos, em Lisboa, consideraram todos que a prova de Língua Portuguesa do 9º ano do Ensino Básico foi fácil. "Foi mais fácil do que os testes que fiz ao longo do ano", disse Filipa Silva, de 16 anos, enquanto Madalena Abreu foi mais longe: "Este teste foi uma chachada, muito mais fácil do que o exame do ano passado".

Já a Associação de Professores de Português (APP) fala em 'balanço global muito positivo'. 'A prova inclui acertadamente uma grande diversidade de textos, de tipos de perguntas e avalia uma grande quantidade de conteúdos', refere o parecer da APP, que chama, contudo, a atenção para as perguntas 2 e 9, considerando que é apresentada 'informação excessivamente facilitadora da resposta correcta'.
A prova começa com a interpretação de um texto jornalístico, de um poema de Nuno Júdice e de duas estrofes de ‘Os Lusíadas’, tudo com cotação de 50 pontos. Uma segunda parte de gramática somava 20 pontos à prova, seguida de 30 pontos relativos à elaboração de um texto. Os exames foram realizados por mais de 85 mil estudantes, que amanhã têm agendada a prova de Matemática.

NOTAS

NÚMEROS: FALTAM 1868

Havia 87 276 alunos inscritos para os exames do 9.º ano de Língua Portuguesa, mas 1868 faltaram, revelou o Ministério. As faltas na prova de Português do 12.º são divulgadas hoje

LATIM: 160 FIZERAM PROVA

No dia de ontem, 160 alunos fizeram exames de Latim do secundário. Houve ainda 1011 estudantes do básico e secundário que realizaram provas a Português Língua Não-Materna

CORRECÇÕES: 'CM' ENVIA

Os leitores podem pedir as propostas de correcção para o e-mail examesnacionais@cmjornal.pt. O ‘CM’ procederá ao envio, à medida que forem sendo disponibilizadas pelo Ministério

Exames: Alunos acham que foi fácil



Avaliações nacionais do Básico arrancaram com prova de Português

“Fácil”, “muito fácil”, foram as expressões mais utilizadas esta manhã entre os alunos ouvidos pelo Correio da Manhã na Escola Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa. À saída da prova de Português do 9º ano a opinião era partilhada por todos. O exame era mais acessível que os testes realizados durante o ano e que os exames de anos anteriores.

“Não estudei muito mas pareceu fácil.”, afirmou Miguel Barreiros, 16 anos. A colega, Carolina Bárbara, 15 anos, recorreu à prova de 2009 para estudar e confirmava que “a estrutura era igual mas este foi mais fácil.” A sensação entre os que abandonavam a sala de aula era a da chegada das férias.
Para o exame deste ano estavam inscritos 96 mil alunos, numa faixa etária média de 14 anos de idade. Esperava-os uma primeira parte correspondente a interpretação de textos, com cotação de 50 pontos, no qual se incluíam um texto jornalístico, um poema de Nuno Júdice e duas estrofes d’Os Lusíadas. Uma segunda parte de gramática somava 20 pontos à prova, seguida de 30 pontos respeitantes à elaboração de um texto.
Os alunos do 8º ano com mais de 15 anos auto-propostos a exame, medida do Governo que suscitou polémica, só farão as provas na 2ª chamada.

Exame trazia matéria temida mas mesmo assim "foi fácil"



Português

Exames nacionais arrancaram ontem com uma prova que os alunos consideraram "acessível". 'Os Lusíadas' e o 'Memorial do Convento' dominaram as perguntas.

Eram as matérias mais temidas pelos alunos, mas foram as escolhidas pelo Ministério da Educação: Os Lusíadas e o Memorial do Convento dominaram as perguntas no exame nacional de Português do 12.º ano. Mesmo assim, de norte a sul do País, os alunos consideraram a prova "fácil" e "acessível".
Estas eram as expressões mais ouvidas à porta das escolas que o DN visitou. No Liceu Camões, em Lisboa, Mónica Lopes confessa que saiu exactamente o que não tinha estudado. "Quando vi o exame pensei 'Meu Deus', mas depois comecei a fazer e correu muito bem", disse ao DN a estudante de 19 anos, que tem esperança de conseguir pelo menos um 16.
Segundo a vice-presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Antunes Ferreira, a obra de Luís de Camões e o livro do Prémio Nobel são as duas matérias que os estudantes menos gostam. Mas a Associação salienta que o excerto de Os Lusíadas proposto, Canto X, "foi objecto de análise nas aulas, não sendo, por isso, um texto desconhecido" para os alunos (Parecer da Associação na pág. ao lado).
Nem desconhecido nem inesperado. "Os Lusíadas são basilares, havia escolha múltipla e a reflexão final, em torno das viagens, também correu bem", dizia Jéssica Mendes, aluna da Secundária Emídio Navarro, em Viseu, para explicar o seu optimismo.
O colega Joel Pedro foi dos primeiros alunos a sair e o seu sorriso não deixava dúvidas. "Foi muito fácil. Estudei, mas preciso da nota para entrar em Estudos e Planeamento do Território."
Em Vila Real, Ana Gonçalves, de 18 anos, confessa que "já esperava Luís de Camões" e que por isso acredita que terá uma positiva. E se antes dos exames alguns dos alunos mostravam alguma preocupação, no final os sorrisos eram quase uma constante. "Fácil, muito fácil. Esperava mais dificuldades. Espero uma boa nota para conseguir entrar no curso de Design ou Música Electrónica", diz João Rafael, de 19 anos.
Em Lisboa, no Liceu Camões, Bruno Crista considerava que o exame do ano passado tinha sido "um bocado mais fácil". E confessava que, "como a maior parte dos estudantes", não leu o Memorial do Convento, mas apenas os resumos.
No exame do ano passado, o ministério optou por Sttau Monteiro e o seu Felizmente Há Luar. Aliás, Sttau Monteiro e Fernando Pessoa e seus heterónimos têm sido os autores mais representados nestes exames.
Já os colegas Gabriel, Jéssica e Leandro - os dois primeiros de origem brasileira e o último da Argentina - diziam não ter tido grandes dificuldade com a prova de Português. "E agora com o Acordo Ortográfico é mais simples", lembra Gabriel. Mas para eles, alunos da área de ciências, a grande aposta é na segunda-feira: Matemática.
A prova de Português é a mais concorrida do secundário: este ano estavam inscritos 75 835 estudantes. O ministério só hoje divulgará quantos compareceram. A segunda chamada é a 14 de Julho. De manhã realizou-se ainda exame nacional de Português do 9.º ano, que os alunos também consideraram fácil.

25 de Abril 'tanto faz que seja celebrado a 25 ou a 27'



Flexibilizar feriados

O PS anunciou hoje que a proposta das deputadas independentes Teresa Venda e Rosário Carneiro para transferir os feriados e eliminar pontes mereceu um "consenso generalizado" da bancada e que existe abertura para discutir as datas a incluir.

"Estabeleceu-se um consenso e o projecto de resolução irá avançar", afirmou aos jornalistas o vice presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues, que presidiu à reunião semanal do grupo parlamentar, em substituição de Francisco Assis.
Ricardo Rodrigues considerou que a proposta "tem peso económico" e disse ser positivo que "sempre que um feriado seja à quarta ou à quinta feira possa juntar-se ao fim de semana para evitar pontes".
O socialista afirmou que "Portugal está nos países que tem mais feriados ao nível mundial" e considerou este é um tema "excelente" para ser debatido em sede de concertação social, adiantando que o seu partido avança com a proposta sem "nenhuma ideia fechada".
"Nesta fase não indicamos nenhum feriado para retirar, nem nenhum feriado para colocar", disse, colocando no entanto uma condição.
"O que achamos é que se reduzirmos algum feriado civil, seja um, seja dois, a mesma regra deve ser aplicada para a Igreja", defendeu.
"Ficou sugerido que as senhoras deputadas também pudessem falar com os outros grupos parlamentares no sentido de ver o consenso que há sobre esta matéria, esta é uma ideia que não é exclusiva de Portugal, vigora em muitos países da União Europeia", referiu, adiantando que a resolução deverá avançar ainda nesta sessão legislativa.
Questionado sobre as datas a abranger, o vice presidente do grupo parlamentar do PS disse que esse debate ainda não foi feito, afirmando apenas que "há muito boas razões para retirar alguns e muito boas razões para manter outros".
O deputado do PS deu o exemplo do 25 de Abril: "Se for encarado com o dia da Liberdade em Portugal, tanto faz que seja celebrado a 25 ou a 27".

Trabalhadores preocupados com área financeira da Lusa



A Comissão de Trabalhadores da agência Lusa manifestou-se esta terça-feira preocupada, durante uma audição parlamentar, com a sustentabilidade financeira futura da empresa devido à gestão de recursos levada a cabo nos últimos anos.
"A sustentabilidade financeira (da agência) preocupa-nos bastante. Temos todos os motivos para estarmos preocupados", disse um dos membros da Comissão de Trabalhadores (CT) aos deputados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República.
Segundo a CT, a Lusa actualmente tem maior despesa com pessoal do que em 2002, altura em que tinha 315 funcionários e um custo de 10,5 milhões de euros com pessoal, valor então considerado pelo Governo como "insustentável".
"Em 2003 foi encetado um programa de rescisões que levou à saída de cerca de 60 trabalhadores, tendo o Estado dado uma indemnização extra contrato de programa, para fazer face a este plano", referiu a CT, adiantando que com a saída destas pessoas "verificou-se uma redução da despesa na ordem de 1,5 milhões de euros".
Hoje, de acordo com a CT, as despesas com pessoal situam-se nos 12,5 milhões de euros, sendo que o número de trabalhadores da empresa é de 293, número inferior a 2002.
Aos deputados, a CT disse considerar que um dos factores que contribuiu para este aumento de custos foi uma série de contratações levadas a cabo a partir de 2006, principalmente para cargos de chefia e com vencimentos, "em muitos casos, mais de mil euros acima da tabela salarial praticada na empresa".


Fecho das delegações

Outros dos assuntos abordados pela Comissão de Trabalhadores foi a manutenção das delegações da agência de notícias em Évora, Faro e Coimbra, cujo encerramento foi anunciado em Janeiro pelo presidente do conselho de administração.
Os membros do CO defenderam "a continuidade física dessas delegações, até por uma questão de prestígio da empresa".
O presidente do Conselho de Administração da Lusa, Afonso Camões, afirmou que ao longo deste ano as delegações do Algarve, Coimbra e Évora, seriam encerradas, mantendo-se ou reforçando-se, no entanto, os jornalistas que trabalham nesses locais.
O Bloco de Esquerda requereu em Fevereiro a presença de Afonso Camões e do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, na comissão, a propósito deste assunto.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

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