Português
Exames nacionais arrancaram ontem com uma prova que os alunos consideraram "acessível". 'Os Lusíadas' e o 'Memorial do Convento' dominaram as perguntas.
Eram as matérias mais temidas pelos alunos, mas foram as escolhidas pelo Ministério da Educação: Os Lusíadas e o Memorial do Convento dominaram as perguntas no exame nacional de Português do 12.º ano. Mesmo assim, de norte a sul do País, os alunos consideraram a prova "fácil" e "acessível".
Estas eram as expressões mais ouvidas à porta das escolas que o DN visitou. No Liceu Camões, em Lisboa, Mónica Lopes confessa que saiu exactamente o que não tinha estudado. "Quando vi o exame pensei 'Meu Deus', mas depois comecei a fazer e correu muito bem", disse ao DN a estudante de 19 anos, que tem esperança de conseguir pelo menos um 16.
Segundo a vice-presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Antunes Ferreira, a obra de Luís de Camões e o livro do Prémio Nobel são as duas matérias que os estudantes menos gostam. Mas a Associação salienta que o excerto de Os Lusíadas proposto, Canto X, "foi objecto de análise nas aulas, não sendo, por isso, um texto desconhecido" para os alunos (Parecer da Associação na pág. ao lado).
Nem desconhecido nem inesperado. "Os Lusíadas são basilares, havia escolha múltipla e a reflexão final, em torno das viagens, também correu bem", dizia Jéssica Mendes, aluna da Secundária Emídio Navarro, em Viseu, para explicar o seu optimismo.
O colega Joel Pedro foi dos primeiros alunos a sair e o seu sorriso não deixava dúvidas. "Foi muito fácil. Estudei, mas preciso da nota para entrar em Estudos e Planeamento do Território."
Em Vila Real, Ana Gonçalves, de 18 anos, confessa que "já esperava Luís de Camões" e que por isso acredita que terá uma positiva. E se antes dos exames alguns dos alunos mostravam alguma preocupação, no final os sorrisos eram quase uma constante. "Fácil, muito fácil. Esperava mais dificuldades. Espero uma boa nota para conseguir entrar no curso de Design ou Música Electrónica", diz João Rafael, de 19 anos.
Em Lisboa, no Liceu Camões, Bruno Crista considerava que o exame do ano passado tinha sido "um bocado mais fácil". E confessava que, "como a maior parte dos estudantes", não leu o Memorial do Convento, mas apenas os resumos.
No exame do ano passado, o ministério optou por Sttau Monteiro e o seu Felizmente Há Luar. Aliás, Sttau Monteiro e Fernando Pessoa e seus heterónimos têm sido os autores mais representados nestes exames.
Já os colegas Gabriel, Jéssica e Leandro - os dois primeiros de origem brasileira e o último da Argentina - diziam não ter tido grandes dificuldade com a prova de Português. "E agora com o Acordo Ortográfico é mais simples", lembra Gabriel. Mas para eles, alunos da área de ciências, a grande aposta é na segunda-feira: Matemática.
A prova de Português é a mais concorrida do secundário: este ano estavam inscritos 75 835 estudantes. O ministério só hoje divulgará quantos compareceram. A segunda chamada é a 14 de Julho. De manhã realizou-se ainda exame nacional de Português do 9.º ano, que os alunos também consideraram fácil.
Estas eram as expressões mais ouvidas à porta das escolas que o DN visitou. No Liceu Camões, em Lisboa, Mónica Lopes confessa que saiu exactamente o que não tinha estudado. "Quando vi o exame pensei 'Meu Deus', mas depois comecei a fazer e correu muito bem", disse ao DN a estudante de 19 anos, que tem esperança de conseguir pelo menos um 16.
Segundo a vice-presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Antunes Ferreira, a obra de Luís de Camões e o livro do Prémio Nobel são as duas matérias que os estudantes menos gostam. Mas a Associação salienta que o excerto de Os Lusíadas proposto, Canto X, "foi objecto de análise nas aulas, não sendo, por isso, um texto desconhecido" para os alunos (Parecer da Associação na pág. ao lado).
Nem desconhecido nem inesperado. "Os Lusíadas são basilares, havia escolha múltipla e a reflexão final, em torno das viagens, também correu bem", dizia Jéssica Mendes, aluna da Secundária Emídio Navarro, em Viseu, para explicar o seu optimismo.
O colega Joel Pedro foi dos primeiros alunos a sair e o seu sorriso não deixava dúvidas. "Foi muito fácil. Estudei, mas preciso da nota para entrar em Estudos e Planeamento do Território."
Em Vila Real, Ana Gonçalves, de 18 anos, confessa que "já esperava Luís de Camões" e que por isso acredita que terá uma positiva. E se antes dos exames alguns dos alunos mostravam alguma preocupação, no final os sorrisos eram quase uma constante. "Fácil, muito fácil. Esperava mais dificuldades. Espero uma boa nota para conseguir entrar no curso de Design ou Música Electrónica", diz João Rafael, de 19 anos.
Em Lisboa, no Liceu Camões, Bruno Crista considerava que o exame do ano passado tinha sido "um bocado mais fácil". E confessava que, "como a maior parte dos estudantes", não leu o Memorial do Convento, mas apenas os resumos.
No exame do ano passado, o ministério optou por Sttau Monteiro e o seu Felizmente Há Luar. Aliás, Sttau Monteiro e Fernando Pessoa e seus heterónimos têm sido os autores mais representados nestes exames.
Já os colegas Gabriel, Jéssica e Leandro - os dois primeiros de origem brasileira e o último da Argentina - diziam não ter tido grandes dificuldade com a prova de Português. "E agora com o Acordo Ortográfico é mais simples", lembra Gabriel. Mas para eles, alunos da área de ciências, a grande aposta é na segunda-feira: Matemática.
A prova de Português é a mais concorrida do secundário: este ano estavam inscritos 75 835 estudantes. O ministério só hoje divulgará quantos compareceram. A segunda chamada é a 14 de Julho. De manhã realizou-se ainda exame nacional de Português do 9.º ano, que os alunos também consideraram fácil.
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