quarta-feira, julho 07, 2010

Redes sociais duplicam o grupo de amigos



Convívio

Portugueses têm uma média de cem relacionamentos na Internet e têm páginas em mais que uma plataforma virtual. O hi5 e o Facebook lideram.


As redes sociais duplicaram o grupo de amigos dos portugueses. E, se há muitos que têm milhares de contactos, a maioria estabelece relacionamentos com uma média de cem pessoas, mesmo assim, o dobro das amizades se não usassem a Internet. O hi5 e o Facebook são de longe as mais usadas, em especial pelas mulheres.
"São relacionamentos diferentes, menos intensos, mas o que esta constatação quer dizer é que as pessoas encontraram uma forma de ultrapassar as limitações das relações pessoais", explica Gustavo Cardoso, um dos autores do estudo The Network Society 2010, Portugal, hoje apresentado no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas (ISCTE), uma das quatro instituições portuguesas que participam no Projecto da Internet Mundial (WIP, sigla em inglês). É a reunião anual do grupo, desta vez em Portugal, onde serão apresentadas investigações de 17 países entre os 33 que o constituem.
São novos modelos de relacionamento. "As redes sociais potenciam uma apetência que sempre esteve latente na Internet, e na sociedade em geral, que é facto de nos relacionarmos uns com os outros", acrescenta. E essa necessidade de nos relacionarmos leva a que os portugueses estejam presentes em várias redes sociais, aproveitando de cada uma aquilo que lhes interessa mais. "É uma espécie de sociologia do consumo. O que faz a diferenciação é o que cada rede social nos permite fazer. Podemos estar numa rede mas, se aparece uma outra que ganha intensidade, também" lá queremos estar, sublinha o sociólogo, que realizou o estudo com Rita Espanha, Tiago Lima e João Taborda.
Um utilizador pode jogar com o seu grupo ou subgrupos no hi5, rede criada em 2003 e onde se terá iniciado ainda jovem, mas não deixa de partilhar gostos e a vida privada com os amigos no Facebook (desde 2004). E há, ainda, quem se ligue ao Twitter para seguir as novidades, o que é sobretudo verdade para os homens. Os utilizadores masculinos têm, também, uma maior preferência pelo MySpace, que nasceu em 2003 e é um espaço interactivo de fotos, vídeos e blogs, e pelo LinkedIn (rede de negócios lançada em 2003). Já o Orkut é mais popular entre as mulheres, uma plataforma do Google que nasceu em 2004 e que é muito popular no Brasil. As razões que os levaram a aceitar os convites para fazer parte do grupo têm a ver com o facto de quererem fazer parte das novas plataformas de relacionamento, onde podem contactar com quem está longe, trocar ideias, vídeos ou fotos e conhecer pessoas. Enfim, socializarem-se.
Utilizam as redes para enviar mensagens, conversar, partilhar fotos e vídeos, encontrar amigos e jogar. São os mais novos os grandes frequentadores destes espaços virtuais de convívio, não se podendo estabelecer claramente um padrão de acordo com cada rede e idade.
A importância das redes sociais em Portugal segue a tendência mundial: estão cada vez mais presentes na vida dos cidadãos. O que nos distingue é que os portugueses as procuram essencialmente para comunicação e intercâmbio uns com os outros, enquanto em outros países se destaca a vertente laboral e de informação.

Mais de metade dos portugueses não usa Internet



Falta de interesse ou por ignorância

Mais de metade dos portugueses (55,4%) não usam a Internet, a maioria dos quais por falta de interesse ou porque não a sabem utilizar, segundo um inquérito que é divulgado hoje.
De acordo com um estudo sobre o impacto da Internet na sociedade portuguesa, realizado pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), apenas 44,6% dos portugueses utilizam esta ferramenta, apesar de se registar uma subida relativamente aos dados de 2008: 38,9%.
Entre os que não utilizam a Internet, 47,5% têm 55 ou mais anos, enquanto a maior fatia dos que a usam, 61,9%, situa-se naturalmente entre os 15 e os 34 anos.
Participaram neste inquérito 1 255 pessoas. As 696 que afirmaram não utilizar justificaram a resposta com o facto de não se interessarem pela Internet ou a considerarem pouco útil, 44,4%, ou pelo simples facto de não saberem utilizar a ferramenta (26,3%).
Mais de 20% afirmam não ter um computador ou consideram o acesso à Internet demasiado caro.
Do grupo de pessoas que não utilizam a Internet, mais de 50% acham que nunca vão começar a fazê-lo.
As diferenças entre homens e mulheres são hoje mais reduzidas, conclui ainda o estudo.
Em relação ao acesso à informação, 77% dos inquiridos consideram a televisão "importante" ou "muito importante", seguida dos jornais (55,6%). A Internet surge apenas em terceiro lugar, com 52,3%, à frente da rádio, com 50,6%.
Em relação ao entretenimento, a televisão é novamente a primeira opção, enquanto a Internet é a última, com 23,9% dos inquiridos a considerarem "nada importante".
Dos que utilizam a Internet, 56,5% fazem-no diariamente para consultar o email, 46,9 para usar sistemas de mensagens instântaneas. Nos últimos lugares surge a realização de chamadas, apontada por apenas 7%.
Quanto a redes sociais, 25% dos inquiridos (315 pessoas) afirmaram estar registados em pelo menos uma, sendo que 75,6% apontaram o Hi5 e 70,2% o Facebook.
O estudo de opinião é apresentado, hoje, na 11ª Conferência Anual do World Internet Project, no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa - Instituto Universitário de Lisboa.

Queixa contra TVI acaba arquivada



‘Jornal de 6.ª’: Processo de Sócrates por difamação

O Ministério Público arquivou o processo por difamação que o primeiro-ministro tinha movido, em Março de 2009, contra cinco jornalistas da TVI, entre eles Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz, então director-geral da estação.


Em causa estava a divulgação de um DVD de escutas do caso Freeport no ‘Jornal de 6ª’. Neste caso, o Ministério Público "considerou não haver crime, pois foi revelado um facto, objectivo, que tem interesse público", disse ao CM fonte ligada ao processo.
"Seria impossível sermos acusados de difamação, pois tudo o que fizemos foi feito com rigor e seriedade, com base em documentação. Tudo o que pusemos no ar foi ponderado, feito com base em documentos e visionado várias vezes, de maneira a que não houvesse qualquer falha", disse ao CM Moura Guedes em relação ao arquivamento da queixa.
A antiga subdirectora de Informação da TVI frisou ainda que "essas notícias [que envolviam o nome de José Sócrates no caso Freeport] nunca foram desmentidas pelo primeiro-ministro nem por quem quer que fosse. Aliás, é curioso que se avance com um processo de difamação sobre notícias que nunca foram desmentidas", frisou a jornalista.
Contactado pelo CM, o gabinete do primeiro-ministro não fez qualquer comentário.
Recorde-se que no passado sábado, 3 de Julho, foi também arquivado pelo Ministério Público o processo avançado por Moura Guedes e Eduardo Moniz contra José Sócrates, que acusou o ‘Jornal de 6ª’ de ser "um jornal travestido, feito de ódio e perseguição".

Utentes da Ponte 25 de Abril processam Estado



Pagamento de portagens é a razão

Uma associação de utentes da Ponte 25 de Abril anunciou esta quarta-feira que vai apresentar uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu contra o pagamento de portagem nesta travessia sobre o Tejo.


Numa nota, citada pela agência Lusa, a Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril (ADUP) realça que na base desta queixa está o facto de "a Ponte 25 de Abril não ter alternativa", pelo que "o pagamento de portagem desrespeita a garantia que o Estado português deve assegurar aos seus cidadãos de circularem livremente de e para qualquer ponto do território nacional, sem que isso dependa da sua capacidade económica".
A associação realça que, como evidenciou o ex-bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, "a Ponte 25 de Abril é utilizada pela população mais pobre do País". Por isso, realçam que, em comparação com a polémica à volta das SCUTS (vias sem custos para o utilizador), "impõe-se por maioria de razões a abolição de portagem na Ponte 25 de abril, pondo-se fim à cidadania de segunda a que o povo da margem sul tem sido remetido".
Lembrando que, já na altura do aparecimento das SCUT, a ADUP se manifestou contra a possibilidade de estas novas estradas "sacarem dinheiro aos portugueses, a associação refere que pretende ainda "dinamizar junto dos autarcas e comissões de utentes a Frente Nacional Contra portagens" e promover acções de luta contra a portagem da ponte.

Grécia atingida por nova greve na quinta-feira



Protestam contra medidas de austeridade

Os sindicatos gregos marcaram nova greve geral para quinta-feira, de modo contestar o pacote de austeridade do governo socialista. Os transportes e os serviços públicos deverão ser fortemente atingidos.


Pela sexta vez, desde Fevereiro, esta greve deverá atingir o tráfego aéreo, ferroviário e marítimo, impedindo, designadamente, os turistas de se deslocarem para as ilhas gregas, já que todos os navios deverão ficar no cais.
As companhias aéreas Olympic Air e Aegean prevêem cancelamentos e atrasos de voos, no entanto outras companhias a operar na Grécia deverão ser atingidas pela greve dos controladores aéreos entre as 8h00 e as 12h00 (horas portuguesas).
A Administração pública, hospitais, empresas públicas e os noticiários serão alvo da paralisação.
O protesto surge contra a reforma das pensões, que impõe 40 anos de descontos, contra os actuais 37, cortes de sete por cento no valor das pensões e no estabelecimento dos 65 anos para idade de reforma.
Estas medidas estão a ser adoptadas como contrapartida pelos empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sampaio ficaria supreendido se Cavaco não se recandidatasse



Ex-Chefe de Estado afirma que Presidente "tem condições"

O ex-presidente da República, Jorge Sampaio, admitiu esta terça-feira à noite, na SIC-Notícias, que ficaria "surpreendido" se o actual Chefe de Estado não se recandidatasse.


Numa entrevista de 50 minutos à SIC-Notícias, Jorge Sampaio até considerou que Cavaco Silva "tem condições para se recandidatar". Mas nada mais quis acrescentar, sublinhando, apenas, que uma candidatura a Belém depende sempre da vontade individual de cada um.
Quanto ao 'timming' a escolher pelo Presidente, Sampaio assumiu que "não se ganha em anunciar isso cedo", recorrendo à sua própria experiência quando se recandidatou a um segundo mandato.
O seu apoio para as eleições presidenciais vai para Manuel Alegre, mas lembrou que "um ex-presidente não precisa de estar a fazer campanha". Na entrevista alertou ainda que o interessante numa corrida a Belém é avaliar a forma como se interpreta os poderes de um Chefe de Estado. Até porque, frisou, "o presidente da República não tem que ter um programa político".
Sobre a situação do País, alertou contra os calculismos políticos e as análises que se fazem de um cenário de eleições legislativas antecipadas e exortou a compromissos. Não só entre partidos com assento parlamentar, mas também com parceiros sociais. E até pediu compromissos "por escrito" nas várias áreas e em vários patamares. Para o efeito, exemplificou com os consultores de economia do PS e do PSD a elencarem soluções e trabalharem sobre elas.

Jorge Sampaio: Direita beneficiada



O ex-presidente da República Jorge Sampaio disse ontem que são “as direitas que mais têm beneficiado com a crise que ajudaram a criar e de que são responsáveis”.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...