quarta-feira, julho 07, 2010

Alerta vermelho para Lisboa e Alentejo



Termómetro

Autoridades alentejanas reforçam vigilância a idosos. Amareleja muda horários de funcionários que trabalham na rua.


O calor levou a Direcção-Geral da Saúde (DGS) a colocar ontem os distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja em alerta vermelho, ou seja, máximo. Isto devido aos "efeitos nefastos na saúde" que as temperaturas elevados dos últimos dias podem provocar. O alerta mantém-se, pelo menos, até amanhã. A DGS aconselha a população a "aumentar a ingestão de água ou sumos de fruta natural sem açúcar, evitando as bebidas alcoólicas".
O aumento dos riscos para a população levou as autoridades de saúde do Alentejo a reforçar o alerta junto dos profissionais de saúde e lares de terceira idade. "Em dias como os que temos vivido, há um risco acrescido quando não se tem em atenção a perda de líquidos", diz ao DN o presidente da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, Rui Sousa Santos, chamando a atenção para o facto de "por questões culturais os alentejanos beberem pouca água".
Desta forma, o risco de desidratação é mais elevado quando a temperatura máxima atinge valores da ordem dos 40 graus e a mínima não baixa dos 20 graus durante vários dias.
Segundo o responsável, será dada "uma atenção especial a doentes internados e às crianças e idosos em lares". É entre os grupos mais vulneráveis, lembra, que estão os idosos, muitos avessos à utilização de aparelhos de climatização e "mais expostos ao risco de desidratação por não terem uma noção de sede idêntica à de uma pessoa com menos idade".
Por outro lado, vários municípios e juntas de freguesia do Alentejo, como a de Amareleja, a "terra mais quente de Portugal", mudam o horário dos funcionários que trabalham na rua, para "escaparem" ao calor, durante o Verão, com temperaturas de 40 graus.
Assim, entre 1 deste mês e final de Setembro, os funcionários da junta da Amareleja passam a trabalhar entre as 06.00 e as 13.00.

PJ alerta para passagem de notas falsas de 50 euros



Algarve

Turistas trazem na bagagem notas falsas. Adquirem bens baratos, recebendo como troco significativos valores em moeda verdadeira. Esta semana já houve três detenções.


A Polícia Judiciária (PJ), do Algarve, está preocupada com a passagem de notas falsas, sobretudo de 50 euros, em especial em Vilamoura, Quarteira e Albufeira,em particular nos estabelecimentos nocturnos. Ao que o DN apurou, com este fenómeno a região tem prejuízos anuais na ordem de milhares de euros.
Ao DN, o presidente da Direcção da Associação de Comércio e Serviços do Algarve, João Rosado, admitiu que os prejuízos ascendem a muitos milhares de euros, já que "com a chegada do Verão e dos turistas é uma situação recorrente", frisou.
Exemplo disso é que, em três dias, as autoridades - PJ e GNR - detiveram um homem e um casal por terem pago com notas de 50 euros falsas valores irrisórios, o que lhes iria fazer render um lucro nunca inferior a 40 euros, como é habitual acontecer. Sendo esta uma situação que os criminosos repetem em vários locais, chegam a angariar centenas de milhares de euros.
Os três detidos eram turistas estrangeiros que, à semelhança de muitos outros, vieram passar férias e descobriram uma verdadeira mina de ouro no Algarve. Estes indivíduos sabem que é fácil obter um bom lucro passando moeda falsa em bares e em discotecas, pois na confusão e na escuridão conseguem pagar uma bebida com uma nota de 50 euros que, na realidade, nada vale. O troco, esse, vem em moeda verdadeira e de valor considerável. A PJ conhece esta realidade e está preocupada com o fenómeno que começou no Euro 2004, Campeonato da Europa de Futebol.
Ao DN, fonte da Judiciária admitiu que "existe um crescendo deste tipo de crime quando há equipas de futebol estrangeiras a jogar em Portugal".
Contudo, a mesma fonte alertou para o facto de este ser "um crime algo frequente, mas com números estabilizados". Isto quer dizer, segundo apurado pelo DN, que ocorre pelo menos uma situação por mês, o que, no entender de muitos, "é preocupante". Tanto mais que, neste como noutros meses, o rácio já foi ultrapassado no período de três dias.
Tal como a PJ informou em comunicado, no dia 2 deste mês foi detido um homem de 53 anos "pela presumível prática do crime de passagem de moeda falsa, na zona de Vilamoura e da Quarteira". Na segunda-feira à noite foi igualmente detido um casal pelo mesmo crime, também em Quarteira.
A estratégia, como contou ao DN fonte conhecedora desta situação, é sempre a mesma. Há turistas (sobretudo do norte da Europa e alguns da América do Sul) que chegam em grupo para passar umas férias de curta duração. Na sua bagagem trazem 500 a 600 euros em notas falsas de 50 euros e também algumas de 20.
"Há um tipo de notas que começou a aparecer no Euro 2004 e que está catalogado. São sobretudo notas de 50 euros, embora também haja de 20 e de 100 euros. Mas as mais significativas são as de valor médio, porque não se estranha tanto a sua circulação e permitem um bom troco de retorno", explicou a fonte da PJ, adiantando que há ainda situações em que a burla não é feita com intenção, já que há muita gente de fora da zona euro que é burlada nas casas de câmbio que lhes "impingem" notas falsas que depois acabam por circular.
Mas a maioria dos casos diz respeito a pessoas mal intencionadas. O mais problemático, diz a fonte da PJ, é "que muito dificilmente existe flagrante delito porque os empresários de restauração só reparam que foram enganados quando fecham a caixa".
A agravar a situação, os criminosos raramente ficam presos, já que o crime de passagem de moeda falsa é punível com prisão até cinco anos. Como a prisão preventiva só é aplicável a crimes com penas superiores àquele período, "os indivíduos podem sair do território em liberdade", diz a PJ, e dificilmente irão responder perante a Justiça.

Redes sociais duplicam o grupo de amigos



Convívio

Portugueses têm uma média de cem relacionamentos na Internet e têm páginas em mais que uma plataforma virtual. O hi5 e o Facebook lideram.


As redes sociais duplicaram o grupo de amigos dos portugueses. E, se há muitos que têm milhares de contactos, a maioria estabelece relacionamentos com uma média de cem pessoas, mesmo assim, o dobro das amizades se não usassem a Internet. O hi5 e o Facebook são de longe as mais usadas, em especial pelas mulheres.
"São relacionamentos diferentes, menos intensos, mas o que esta constatação quer dizer é que as pessoas encontraram uma forma de ultrapassar as limitações das relações pessoais", explica Gustavo Cardoso, um dos autores do estudo The Network Society 2010, Portugal, hoje apresentado no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas (ISCTE), uma das quatro instituições portuguesas que participam no Projecto da Internet Mundial (WIP, sigla em inglês). É a reunião anual do grupo, desta vez em Portugal, onde serão apresentadas investigações de 17 países entre os 33 que o constituem.
São novos modelos de relacionamento. "As redes sociais potenciam uma apetência que sempre esteve latente na Internet, e na sociedade em geral, que é facto de nos relacionarmos uns com os outros", acrescenta. E essa necessidade de nos relacionarmos leva a que os portugueses estejam presentes em várias redes sociais, aproveitando de cada uma aquilo que lhes interessa mais. "É uma espécie de sociologia do consumo. O que faz a diferenciação é o que cada rede social nos permite fazer. Podemos estar numa rede mas, se aparece uma outra que ganha intensidade, também" lá queremos estar, sublinha o sociólogo, que realizou o estudo com Rita Espanha, Tiago Lima e João Taborda.
Um utilizador pode jogar com o seu grupo ou subgrupos no hi5, rede criada em 2003 e onde se terá iniciado ainda jovem, mas não deixa de partilhar gostos e a vida privada com os amigos no Facebook (desde 2004). E há, ainda, quem se ligue ao Twitter para seguir as novidades, o que é sobretudo verdade para os homens. Os utilizadores masculinos têm, também, uma maior preferência pelo MySpace, que nasceu em 2003 e é um espaço interactivo de fotos, vídeos e blogs, e pelo LinkedIn (rede de negócios lançada em 2003). Já o Orkut é mais popular entre as mulheres, uma plataforma do Google que nasceu em 2004 e que é muito popular no Brasil. As razões que os levaram a aceitar os convites para fazer parte do grupo têm a ver com o facto de quererem fazer parte das novas plataformas de relacionamento, onde podem contactar com quem está longe, trocar ideias, vídeos ou fotos e conhecer pessoas. Enfim, socializarem-se.
Utilizam as redes para enviar mensagens, conversar, partilhar fotos e vídeos, encontrar amigos e jogar. São os mais novos os grandes frequentadores destes espaços virtuais de convívio, não se podendo estabelecer claramente um padrão de acordo com cada rede e idade.
A importância das redes sociais em Portugal segue a tendência mundial: estão cada vez mais presentes na vida dos cidadãos. O que nos distingue é que os portugueses as procuram essencialmente para comunicação e intercâmbio uns com os outros, enquanto em outros países se destaca a vertente laboral e de informação.

Mais de metade dos portugueses não usa Internet



Falta de interesse ou por ignorância

Mais de metade dos portugueses (55,4%) não usam a Internet, a maioria dos quais por falta de interesse ou porque não a sabem utilizar, segundo um inquérito que é divulgado hoje.
De acordo com um estudo sobre o impacto da Internet na sociedade portuguesa, realizado pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), apenas 44,6% dos portugueses utilizam esta ferramenta, apesar de se registar uma subida relativamente aos dados de 2008: 38,9%.
Entre os que não utilizam a Internet, 47,5% têm 55 ou mais anos, enquanto a maior fatia dos que a usam, 61,9%, situa-se naturalmente entre os 15 e os 34 anos.
Participaram neste inquérito 1 255 pessoas. As 696 que afirmaram não utilizar justificaram a resposta com o facto de não se interessarem pela Internet ou a considerarem pouco útil, 44,4%, ou pelo simples facto de não saberem utilizar a ferramenta (26,3%).
Mais de 20% afirmam não ter um computador ou consideram o acesso à Internet demasiado caro.
Do grupo de pessoas que não utilizam a Internet, mais de 50% acham que nunca vão começar a fazê-lo.
As diferenças entre homens e mulheres são hoje mais reduzidas, conclui ainda o estudo.
Em relação ao acesso à informação, 77% dos inquiridos consideram a televisão "importante" ou "muito importante", seguida dos jornais (55,6%). A Internet surge apenas em terceiro lugar, com 52,3%, à frente da rádio, com 50,6%.
Em relação ao entretenimento, a televisão é novamente a primeira opção, enquanto a Internet é a última, com 23,9% dos inquiridos a considerarem "nada importante".
Dos que utilizam a Internet, 56,5% fazem-no diariamente para consultar o email, 46,9 para usar sistemas de mensagens instântaneas. Nos últimos lugares surge a realização de chamadas, apontada por apenas 7%.
Quanto a redes sociais, 25% dos inquiridos (315 pessoas) afirmaram estar registados em pelo menos uma, sendo que 75,6% apontaram o Hi5 e 70,2% o Facebook.
O estudo de opinião é apresentado, hoje, na 11ª Conferência Anual do World Internet Project, no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa - Instituto Universitário de Lisboa.

Queixa contra TVI acaba arquivada



‘Jornal de 6.ª’: Processo de Sócrates por difamação

O Ministério Público arquivou o processo por difamação que o primeiro-ministro tinha movido, em Março de 2009, contra cinco jornalistas da TVI, entre eles Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz, então director-geral da estação.


Em causa estava a divulgação de um DVD de escutas do caso Freeport no ‘Jornal de 6ª’. Neste caso, o Ministério Público "considerou não haver crime, pois foi revelado um facto, objectivo, que tem interesse público", disse ao CM fonte ligada ao processo.
"Seria impossível sermos acusados de difamação, pois tudo o que fizemos foi feito com rigor e seriedade, com base em documentação. Tudo o que pusemos no ar foi ponderado, feito com base em documentos e visionado várias vezes, de maneira a que não houvesse qualquer falha", disse ao CM Moura Guedes em relação ao arquivamento da queixa.
A antiga subdirectora de Informação da TVI frisou ainda que "essas notícias [que envolviam o nome de José Sócrates no caso Freeport] nunca foram desmentidas pelo primeiro-ministro nem por quem quer que fosse. Aliás, é curioso que se avance com um processo de difamação sobre notícias que nunca foram desmentidas", frisou a jornalista.
Contactado pelo CM, o gabinete do primeiro-ministro não fez qualquer comentário.
Recorde-se que no passado sábado, 3 de Julho, foi também arquivado pelo Ministério Público o processo avançado por Moura Guedes e Eduardo Moniz contra José Sócrates, que acusou o ‘Jornal de 6ª’ de ser "um jornal travestido, feito de ódio e perseguição".

Utentes da Ponte 25 de Abril processam Estado



Pagamento de portagens é a razão

Uma associação de utentes da Ponte 25 de Abril anunciou esta quarta-feira que vai apresentar uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu contra o pagamento de portagem nesta travessia sobre o Tejo.


Numa nota, citada pela agência Lusa, a Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril (ADUP) realça que na base desta queixa está o facto de "a Ponte 25 de Abril não ter alternativa", pelo que "o pagamento de portagem desrespeita a garantia que o Estado português deve assegurar aos seus cidadãos de circularem livremente de e para qualquer ponto do território nacional, sem que isso dependa da sua capacidade económica".
A associação realça que, como evidenciou o ex-bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, "a Ponte 25 de Abril é utilizada pela população mais pobre do País". Por isso, realçam que, em comparação com a polémica à volta das SCUTS (vias sem custos para o utilizador), "impõe-se por maioria de razões a abolição de portagem na Ponte 25 de abril, pondo-se fim à cidadania de segunda a que o povo da margem sul tem sido remetido".
Lembrando que, já na altura do aparecimento das SCUT, a ADUP se manifestou contra a possibilidade de estas novas estradas "sacarem dinheiro aos portugueses, a associação refere que pretende ainda "dinamizar junto dos autarcas e comissões de utentes a Frente Nacional Contra portagens" e promover acções de luta contra a portagem da ponte.

Grécia atingida por nova greve na quinta-feira



Protestam contra medidas de austeridade

Os sindicatos gregos marcaram nova greve geral para quinta-feira, de modo contestar o pacote de austeridade do governo socialista. Os transportes e os serviços públicos deverão ser fortemente atingidos.


Pela sexta vez, desde Fevereiro, esta greve deverá atingir o tráfego aéreo, ferroviário e marítimo, impedindo, designadamente, os turistas de se deslocarem para as ilhas gregas, já que todos os navios deverão ficar no cais.
As companhias aéreas Olympic Air e Aegean prevêem cancelamentos e atrasos de voos, no entanto outras companhias a operar na Grécia deverão ser atingidas pela greve dos controladores aéreos entre as 8h00 e as 12h00 (horas portuguesas).
A Administração pública, hospitais, empresas públicas e os noticiários serão alvo da paralisação.
O protesto surge contra a reforma das pensões, que impõe 40 anos de descontos, contra os actuais 37, cortes de sete por cento no valor das pensões e no estabelecimento dos 65 anos para idade de reforma.
Estas medidas estão a ser adoptadas como contrapartida pelos empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...