Educação: Negativas à disciplina passam de 36,2 para 48,7 por cento
O número de alunos com avaliação de 1, numa escala de 1 a 5, no exame nacional de Matemática do 9º ano, aumentou para mais do dobro em 2009/2010. No total são 8437 alunos em 2009/2010, contra os 3623 registados no ano lectivo anterior. A percentagem de negativas à disciplina também aumentou. Passou de 34,2 por cento em 2008/2009 para 48,7 por cento.
Estes 8437 alunos, avaliados com a pior nota (1), representam 9,5 por cento dos estudantes que realizaram a prova de Matemática na primeira chamada. Já a segunda pior nota (2) foi obtida por 34 810 alunos, ou seja, 39,2 por cento.
Os resultados dos exames nacionais do 9º ano, revelados ontem pelo Ministério da Educação, preocupam a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), que não poupa críticas ao baixo nível de exigência. "Achamos que o nível da prova do 9º ano ainda não está no grau de exigência que consideramos aceitável ao fim de nove anos de estudos obrigatórios. Mesmo assim, temos cerca de 50 por cento dos alunos a reprovar", afirmou Miguel Abreu, presidente da SPM.
Após o exame, realizado a 18 de Junho, a SPM considerou-o "mais exigente do que em anos anteriores, sem cair nos habituais exageros de facilistismo".
Um mês depois, Miguel Abreu diz que o aumento das negativas é natural e até esperado: "Sempre que a prova melhora um bocadinho o nível de exigência em relação ao ano anterior, os resultados acabam por descer. Isto acontece porque a preparação dos alunos, de um ano para outro, não tem sofrido grande alteração."
Perante os dados registados, o presidente da SPM espera agora que a política do Ministério da Educação não volte a cair na tentação do facilitismo. "Não se pode inverter o caminho feito do ano passado para este. Deu-se um passo positivo, melhorando o grau de exigência. Estamos na direcção certa", disse, acrescentando: "Se no próximo ano tivermos uma prova muito mais fácil, para que as taxas de aprovação recuperem, vamos estar outra vez a caminhar no sentido negativo."
Os resultados dos exames nacionais do 9º ano, revelados ontem pelo Ministério da Educação, preocupam a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), que não poupa críticas ao baixo nível de exigência. "Achamos que o nível da prova do 9º ano ainda não está no grau de exigência que consideramos aceitável ao fim de nove anos de estudos obrigatórios. Mesmo assim, temos cerca de 50 por cento dos alunos a reprovar", afirmou Miguel Abreu, presidente da SPM.
Após o exame, realizado a 18 de Junho, a SPM considerou-o "mais exigente do que em anos anteriores, sem cair nos habituais exageros de facilistismo".
Um mês depois, Miguel Abreu diz que o aumento das negativas é natural e até esperado: "Sempre que a prova melhora um bocadinho o nível de exigência em relação ao ano anterior, os resultados acabam por descer. Isto acontece porque a preparação dos alunos, de um ano para outro, não tem sofrido grande alteração."
Perante os dados registados, o presidente da SPM espera agora que a política do Ministério da Educação não volte a cair na tentação do facilitismo. "Não se pode inverter o caminho feito do ano passado para este. Deu-se um passo positivo, melhorando o grau de exigência. Estamos na direcção certa", disse, acrescentando: "Se no próximo ano tivermos uma prova muito mais fácil, para que as taxas de aprovação recuperem, vamos estar outra vez a caminhar no sentido negativo."
PORMENORES
21 952 CHUMBARAM
No ano lectivo 2009/2010, a taxa de reprovação a Matemática foi de 26 por cento, o equivalente a 21 952 alunos que frequentaram o 9.º ano. No ano lectivo anterior foi de 24 por cento. O exame contou 30 por cento para a nota final.
PORTUGUÊS NOS 9%
A percentagem de alunos chumbados a Português foi de nove por cento, o mesmo valor registado no ano lectivo anterior, o equivalente a 7525 estudantes.
TRÊS EM CADA DEZ TÊM NEGATIVA A PORTUGUÊS
l No exame nacional de Português o cenário é muito semelhante ao do ano passado: três em cada dez têm negativa à disciplina. No total são 26 128 alunos (29,7 por cento), dos quase 88 mil que realizaram a prova na primeira chamada, com notas inferiores a 3, numa escala de 1 a 5. No lado oposto da escala, 2120 alunos obtiveram nota 5, ou seja, 2,4 por cento dos alunos. A maior percentagem (46,3) dos alunos ficou com nota 3. A pontuação média obtida pelos alunos foi 56, segundo os dados do Ministério da Educação.
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