terça-feira, julho 13, 2010

Instituições criam centenas de novas vagas na 2.ª fase




Além dos lugares sobrantes na 1.ª fase vão surgir novas vagas. Medicina não está excluída. A regra é haver procura acima da oferta nacional e capacidade das instituições


Centenas de novas vagas, incluindo algumas em áreas apetecíveis, como a Medicina, a Arquitectura e certas engenharias, poderão ser colocadas a concurso na 2.ª fase de acesso ao ensino superior, a partir de Setembro. Para que isso aconteça, há duas condições: que a procura desses cursos exceda a oferta a nível nacional; e que as instituições mostrem capacidade para receber mais alunos.
A possibilidade - suscitada na nota que acompanhou a lista dos 53 986 lugares a concurso na 1.ª fase de acesso, que arranca hoje - foi confirmada ao DN pelo ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, que a definiu como uma resposta ao "aumento da procura" que o Governo espera este ano.
"Temos a noção de que a procura está a subir de forma evidente", disse o governante, associando o fenómeno ao "Contrato de Confiança". Um acordo assinado em Janeiro com as instituições do ensino superior público que prevê a qualificação de mais 400 mil adultos no activo até 2014.
Mariano Gago começou por ressalvar que só "quando forem conhecidos os resultados" desta primeira fase, em Setembro, será possível projectar as áreas e o número dos lugares adicionais.
Mas considerou que é de "admitir" que o total chegue às centenas, não excluindo a criação de lugares em "nenhum" curso. Incluindo nos mais requisitados, como a Medicina, Arquitectura, o Direito e a Engenharia Física.
"O que acontece é que, em muitas dessas áreas, a capacidade instalada já está no limite" ressalvou. "Mas se houver procura superior à oferta, não existirem alternativas a nível nacional e as capacidades demonstrarem capacidade humana e material, não vejo porque não", disse o ministro.
Estando a apostar na certificação de adultos no activo - a oferta em pós-laboral representa 80% das vagas adicionais deste ano (ver texto em baixo)- , o Governo espera que o crescimento se faça sobretudo nessa área. Mas nada impede o alargamento das ofertas diurnas. As instituições estão ainda a estudar esta oportunidade, mas já há quem faça algumas previsões.
Raul Santos, assessor da Universidade do Porto, admitiu que a instituição, que "tem esgotado sempre as vagas na 1.ª fase", terá capacidade para oferecer "até 100 novas vagas, em áreas como as humanísticas e algumas engenharias". Já na saúde "é mais difícil".
António Rendas, presidente do conselho de reitores e líder da Universidade Nova, considerou estar-se perante "uma oportunidade para as instituições aumentarem o seu número de alunos", mas defendeu que esse alargamento deve ser feito "de forma reflectida" e sem esquecer o compromisso na qualificação de activos. "É de esperar que a Nova aposte no pós-laboral e até no ensino à distância."
O vice-reitor da Universidade de Lisboa, Vasconcelos Tavares, confirmou também que a instituição "tem capacidade" para alargar a oferta, mas considerou "prematuro" eleger áreas. Posição idêntica à da Universidade de Coimbra.

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