9.º ano
Os resultados dos exames do básico estabilizaram a Português, mas na Matemática as negativas passaram de 36,2% para 48,7%. SPM preocupada. Ministério não comenta
Um total de 43247 alunos do 9.º ano - entre os 88.846 que fizeram a primeira chamada dos exames nacionais de Matemática -, não conseguiu ir além das classificações de 1 e 2 (em 5).
Por outras palavras, quase metade dos estudantes - 48,7% - teve negativa no exame, um desempenho bastante pior do que o de 2009, em que as negativas à disciplina não foram além dos 36,2%. De resto, também em 2008 as notas inferiores a 5 não tinham ido além dos 44,8%.
A percentagem de alunos que acabou mesmo por reprovar a matemática - tendo em conta a média entre o resultado da prova e a nota interna da escola - também subiu de 24% para 26%.
Dados que o Ministério da Educação não quis ontem comentar, optando, numa nota, por sublinhar o facto de a média do conjunto de todas as provas realizadas ser positivo. Uma "positiva" de 50% , que se explica pelo facto de as notas altas de "4" e "5 " terem sido superiores aos "1", apesar de também terem caído em relação a 2009.
Já a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) reagiu com apreensão à percentagem de negativas, sobretudo tendo em conta o grau de dificuldade que atribuíra aos exames.
"Há um motivo de preocupação, sobretudo porque entendemos que estas provas ainda não têm o nível de exigência que consideramos adequado para o 9.º ano", disse ao DN Miguel Abreu, novo presidente da SPM.
Porém, admitiu, os exames de 2010 eram ainda assim "mais adequados" do que os de anos anteriores. Facto que "poderá explicar" esta quebra. "Esperamos que o facto de as negativas terem aumentado não leve a um regresso a provas que eram muito facilitistas", defendeu. "Os resultados devem servir para que exista uma maior noção do trabalho que é necessário".
O DN tentou, sem sucesso, contactar os responsáveis da Associação de Professores de Matemática (APM), que este ano também considerou equilibrados os testes externos do 9.º ano.
Já no que respeita aos exames de Português, feitos por 87959 alunos, a grande maioria (69,6%) teve positiva, um valor praticamente idêntico ao de 2009 (69,9%). No balanço das provas com a nota interna, 9% dos alunos ficaram reprovados à disciplina. Exactamente a mesma percentagem registada em 2009.
As 26 128 negativas, correspondentes a 30,4% do total, não são uma boa notícia. Mas pode pelo menos falar-se em estabilização, já que as notas de 2009 à disciplina tinha sido consideravelmente piores do que as do ano anterior.
Nestes exames, havia ainda curiosidade em conhecer os desempenhos dos cerca de 140 alunos alunos com mais de 15 anos, que fizeram as provas - na 2.ª chamada - numa tentativa de passar do 8.º para o 10.º ano. Os resultados dessa segunda chamada são bem piores do que os de 2009, mas só amanhã a tutela esclarece se isso fica a dever-se a esses alunos.
Por outras palavras, quase metade dos estudantes - 48,7% - teve negativa no exame, um desempenho bastante pior do que o de 2009, em que as negativas à disciplina não foram além dos 36,2%. De resto, também em 2008 as notas inferiores a 5 não tinham ido além dos 44,8%.
A percentagem de alunos que acabou mesmo por reprovar a matemática - tendo em conta a média entre o resultado da prova e a nota interna da escola - também subiu de 24% para 26%.
Dados que o Ministério da Educação não quis ontem comentar, optando, numa nota, por sublinhar o facto de a média do conjunto de todas as provas realizadas ser positivo. Uma "positiva" de 50% , que se explica pelo facto de as notas altas de "4" e "5 " terem sido superiores aos "1", apesar de também terem caído em relação a 2009.
Já a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) reagiu com apreensão à percentagem de negativas, sobretudo tendo em conta o grau de dificuldade que atribuíra aos exames.
"Há um motivo de preocupação, sobretudo porque entendemos que estas provas ainda não têm o nível de exigência que consideramos adequado para o 9.º ano", disse ao DN Miguel Abreu, novo presidente da SPM.
Porém, admitiu, os exames de 2010 eram ainda assim "mais adequados" do que os de anos anteriores. Facto que "poderá explicar" esta quebra. "Esperamos que o facto de as negativas terem aumentado não leve a um regresso a provas que eram muito facilitistas", defendeu. "Os resultados devem servir para que exista uma maior noção do trabalho que é necessário".
O DN tentou, sem sucesso, contactar os responsáveis da Associação de Professores de Matemática (APM), que este ano também considerou equilibrados os testes externos do 9.º ano.
Já no que respeita aos exames de Português, feitos por 87959 alunos, a grande maioria (69,6%) teve positiva, um valor praticamente idêntico ao de 2009 (69,9%). No balanço das provas com a nota interna, 9% dos alunos ficaram reprovados à disciplina. Exactamente a mesma percentagem registada em 2009.
As 26 128 negativas, correspondentes a 30,4% do total, não são uma boa notícia. Mas pode pelo menos falar-se em estabilização, já que as notas de 2009 à disciplina tinha sido consideravelmente piores do que as do ano anterior.
Nestes exames, havia ainda curiosidade em conhecer os desempenhos dos cerca de 140 alunos alunos com mais de 15 anos, que fizeram as provas - na 2.ª chamada - numa tentativa de passar do 8.º para o 10.º ano. Os resultados dessa segunda chamada são bem piores do que os de 2009, mas só amanhã a tutela esclarece se isso fica a dever-se a esses alunos.
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