terça-feira, julho 06, 2010

Governo adiou reforma curricular do 7.º ao 9.º ano do ensino básico



Ministério da Educação confirma adiamento e ainda não enviou informação sobre organização do ano escolar para as escolas. Directores preocupados.


A reforma do 3.º ciclo foi adiada. No próximo ano lectivo, tudo ficará tal e qual como está. Ao contrário do que a ministra da Educação Isabel Alçada anunciara, não vão ser introduzidas mudanças nos 7.º, 8.º e 9.º anos e os alunos terão a mesma carga disciplinar, tão criticada pela governante. "Não será introduzida qualquer alteração aos currículos para o próximo ano lectivo", informa a tutela, em resposta ao PÚBLICO. Entretanto, as escolas estão preocupadas por ainda não terem sido informadas sobre como será o próximo ano.
Em Dezembro, a ministra anunciou "um novo currículo" para o 3.º ciclo: menos disciplinas, mas a mesma carga horária. Imediatamente se começou a falar da possibilidade de cortar algumas das áreas curriculares não disciplinares (Estudo Acompanhado, Área de Projecto e Educação Cívica) ou semestralizar disciplinas de maneira a dar mais horas lectivas a Português e a Matemática.
João Formosinho, responsável pelo grupo de trabalho que estudou as alterações, entregou o estudo em Maio e desde então ficou à espera de uma resposta do Ministério da Educação (ME). Ontem,o investigador ainda não sabia se as propostas entrariam em vigor no próximo ano lectivo. "No sentido de permitir uma articulação e uma maior coerência do currículo, o ME decidiu promover a aplicação das metas de aprendizagem a partir do próximo ano lectivo [ver caixa]. Após acompanhar e avaliar essa aplicação, serão decididas as adaptações curriculares consideradas necessárias. O trabalho coordenado pelo prof. João Formosinho será um contributo importante para o processo de decisão a este propósito", escreve a tutela.
Noutros anos, por esta altura, as escolas já sabem como será a organização do próximo ano lectivo. Em Maio ou início de Junho, recebem um documento da tutela sobre a organização do próximo ano escolar. Ontem, este ainda não chegara, assim como as escolas não sabiam como será organizado o calendário escolar e se haverá alterações a fazer no 3.º ciclo.
A acrescentar a tudo isto, houve atrasos na publicação do novo estatuto da carreira docente e do concurso dos professores contratados, enumeram os directores das escolas. Sem esquecer a reordenamento da rede escolar, os mega-agrupamentos, dizem.
Álvaro dos Santos, presidente do Conselho das Escolas, admite que há atrasos, mas que "o ME vai resolver muito em breve". Pedro Araújo, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, diz que as escolas vivem um clima de "profunda instabilidade". É preciso "tranquilidade e estabilidade", concordam os dois responsáveis.
O ME assegura que o processo de reordenamento da rede escolar "está concluído" e que o impacto é de aproximadamente oito por cento.
Nas escolas que vão fazer parte dos mega-agrupamentos, o início do novo ano escolar será mais difícil, avaliam os directores. Também a FNE e a Fenprof estão preocupadas.

Metas já desenhadas

As metas de aprendizagem que os alunos devem atingir no final de cada ciclo já estão desenhadas. No próximo ano lectivo poderão começar a ser experimentadas em 30 a 50 escolas, anuncia Natércio Afonso, coordenador do grupo de trabalho. A semana passada as associações profissionais e sociedades científicas, cerca de 30, conheceram a primeira versão do documento. As próximas duas semanas serão para fazer alterações de maneira a publicar o documento final antes do mês terminar.

DGS põe Lisboa, Santarém e Setúbal em alerta vermelho devido ao calor



Temperaturas elevadas devem manter-se até sábado

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu passar para o alerta máximo (vermelho) os distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja, devido às elevadas temperaturas que se têm feito sentir nos últimos dias e que se devem prolongar até sábado, segundo o Instituto de Meteorologia.


O alerta vermelho accionado para amanhã significa que os cuidados devem ser redobrados, porque as "temperaturas muito elevadas podem trazer graves problemas para a saúde". Nos restantes distritos mantém-se o alerta amarelo e o Porto e Viana do Castelo continuam com o verde.
A decisão de passagem do alerta médio (amarelo) para o máximo é determinada também pelas elevadas temperaturas mínimas que se têm feito sentir e pelo grande número de incêndios, entre outros factores, adiantou ao PÚBLICO o chefe da Divisão de Saúde Ambiental da DGS, Paulo Diegues.
O alerta vermelho implica que as administrações regionais de saúde tomem medidas suplementares, que passam pelo reforço das equipas nos serviços de saúde.
Por enquanto, a procura dos serviços de urgência aumentou apenas ligeiramente e o impacto na mortalidade ainda é difícil de avaliar, apontando os dados preliminares para uma subida não muito acentuada (mais cinco óbitos por dia, em média), acrescentou Paulo Diegues.
Com pequenas subidas e descidas, o calor promete permanecer sobre Portugal continental até sábado. Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), as temperaturas voltarão a subir amanhã, com previsão de 40 graus Celsius em Évora, 39 graus em Lisboa e Beja, e 38 em Setúbal, Santarém e Castelo Branco. Quase todo o país, excepto algumas zonas do litoral, estará com os termómetros acima dos 30 graus. Em Portalegre, a noite será quente como se fosse dia: a temperatura mínima, durante a próxima madrugada, não deverá descer abaixo dos 29 graus.
Amanhã e sobretudo quinta-feira poderão ocorrer aguaceiros e trovoadas. As temperaturas, quinta-feira, baixarão ligeiramente, mas ainda assim irão manter-se acima dos 30 graus em grande parte do país. Para sexta-feira, prevê-se uma descida das temperaturas mínimas, mas o calor durante o dia permanece até sábado, devendo ceder apenas domingo.
Se a previsão se mantiver, possivelmente esta semana será classificada tecnicamente como uma onda de calor em vários pontos do país.

Dupla Malato-Fernando Mendes regressam com 'Carregue no Botão'



Televisão

Concurso bem-humorado é a grande novidade da RTP1 para o Verão

Depois do sucesso, no ano passado, de Há Festa, a RTP1 volta a apostar na dupla de sucesso José Carlos Malato e Fernando Mendes para a apresentação do novo formato de entretenimento do Verão. A dupla de peso vai regressar com a sua habitual boa disposição para conduzir as emissões de Carregue no Botão. Trata-se de um concurso semanal transmitido ao sábado, em horário nobre, e cuja estreia está marcada para o próximo dia 31. Ao todo estão previstas 11 emissões, sendo que duas delas vão ser especiais, com a presença de alguns famosos.
Produzido pela FremantleMedia, o programa é uma adaptação de um formato de sucesso inglês, Push the Botton, transmitido habitualmente pela ITV. O concurso é um original de Ant e Dec, precisamente a mesma dupla de apresentadores responsável por Jogo Duplo (Poker Face) e Aqui há Talento.
"O objectivo fundamental consiste em mantermos a ideia original e refinarmos o formato", explicou o director de programas da RTP1, José Fragoso, justificando o regresso da dupla de apresentadores pela sua indiscutível popularidade entre os telespectadores. Fragoso falava a jornalistas na apresentação da nova grelha de programas com que a estação pública irá preencher o Verão.
Na versão portuguesa, que já está em fase de pré-produção, duas equipas constituídas por cinco pessoas, em representação dos diferentes distritos, vão enfrentar-se em divertidos jogos e disputar um prémio que poderá chegar a atingir os 50 mil euros. Neste concurso, o tempo é um factor importante, já que quem carregar mais depressa no botão mais hipóteses tem de ganhar.
Para além desta aposta no entretenimento, vai regressar pelo terceiro ano consecutivo Verão Total. O programa que vai substituir Praça da Alegria e Portugal no Coração, já a partir do próxima segunda-feira, arranca a primeira emissão na ilha do Pico, nos Açores. Depois, irá percorrer o País de Norte a Sul, passando também pela ilha da Madeira. Jorge Gabriel, Tânia Ribas de Oliveira, Sónia Araújo e João Baião são alguns dos apresentadores que vão passar pelas emissões diárias até 3 de Setembro, num total de 43 programas que vão também ser transmitidos pela RTP Internacional.
Este ano, Verão Total vai também dedicar 21 emissões aos finalistas das "7 Maravilhas Naturais de Portugal", cujos vencedores deverão ser divulgados num grande espectáculo, a transmitir no dia 11 de Setembro, a partir de Ponta Delgada, nos Açores.

Moura Guedes avança com acusação contra Sócrates



Difamação

Jornalista da TVI insiste na queixa por difamação de José Sócrates. O seu advogado ainda não foi notificado


O advogado de Manuela Moura Guedes revelou ontem que a jornalista da TVI "está decidida" a "deduzir uma acusação" por difamação contra José Sócrates, apesar do Ministério Público (MP) ter decidido fechar o inquérito ao primeiro--ministro. Em entrevista ao "Jornal das 9", de Mário Crespo, na SIC Notícias, Francisco Pimentel disse que Moura Guedes recebeu a carta com o despacho da decisão do MP "no final da tarde de sexta-feira", despacho que data de quarta- -feira, 30 de Junho. Só o advogado aguarda ser notificado.
A jornalista da TVI vai avançar contra o primeiro-ministro porque, como explicou Francisco Pimentel, no "Jornal Nacional de Sexta","aquilo que de mais sério tem um jornalista é a sua honra". E insistiu: "Dizer o que disse [José Sócrates de Moura Guedes] é dizer o pior que se diz de um jornalista, quando não há um só caso em que ela tenha sido condenada".
Já no sábado à noite, quando se soube da decisão do MP, a pivô da estação de Queluz de Baixo ameaçava avançar. "Se o MP entende que não, talvez eu entenda que sim. Eu tenho encontrado algumas decisões curiosas por parte do MP", disse, citada pela Lusa. Moura Guedes achou "extraordinário" que a decisão tenha sido revelada no fim do dia de sábado.
O MP entendeu que "as expressões alusivas ao jornal" apresentado por Manuela, que o primeiro-ministro usou "na entrevista concedida ao canal 1 da RTP e emitida em 21 de Abril de 2009, não constituem o crime de difamação".
José Sócrates referiu-se ao "Jornal de Sexta" apresentado por Manuela Moura Guedes como sendo "travestido" e feito "de ódio e perseguição". "Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", apontou. O MP disse "que [as acusações] foram proferidas no contexto de uma entrevista, como reacção às observações e comentários sobre o denunciado" no referido noticiário.
Para Pimentel, o facto de o MP não acompanhar a queixa, fazendo "um juízo a priori, transformando-se no decisor", é uma "situação grave para os cidadãos e liberdades, direitos e garantias".

Temperaturas perto dos 40º vão manter-se hoje e amanhã



Calor

Hospitais das zonas mais quentes, Braga e Santarém, registaram afluências na urgência acima do normal. Na maioria, casos de idosos desidratados e jovens com queimaduras.


Os termómetros vão manter-se hoje perto dos 40 graus em vários distritos do interior do País e o calor só começará a diminuir a partir de quinta-feira. Apesar de o território ainda não estar em onda de calor, as temperaturas estão muito acima da média para esta altura do ano, explicou o Instituto de Meteorologia. Por exemplo, ontem, em Coruche, Amareleja e Alcácer do Sal, atingiram-se os 42 graus.
O calor levou os serviços de urgência de alguns hospitais a registarem uma afluência acima do normal. No Hospital distrital de Santarém, foram registados casos de queimaduras devido à exposição exagerada ao sol no domingo e ontem. Na maioria entre jovens.
"Registámos ainda meia dúzia de casos de idosos desidratados. Não ingeriram os líquidos suficientes e chegaram com a pele seca, vómitos ou náuseas e menos consciência", afirmou ao DN o director clínico do hospital. José Marouço explicou ainda que alguns idosos foram internados para receber soro, embora nenhuma situação tenha sido grave.
"Na maioria dos casos, as situações poderiam ser evitadas se estes idosos tomassem as precauções recomendadas pelas autoridades de saúde", sublinhou o clínico. Em Braga, outro distrito onde as temperaturas rondaram os 40 graus no domingo e durante o dia de ontem, a afluência às urgências também registou um pequeno acréscimo. A maioria dos casos foram pessoas mais velhas com problemas respiratórios e a precisar de cuidados de saúde.
Em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, as urgências registaram por agora, uma afluência normal nos últimos dois dias.
O calor provocou também vários incêndios que obrigaram à mobilização de centenas de bombeiros. Uma das situações mais complicadas registou-se durante a tarde em Miranda do Corvo, onde estiveram mais de 120 homens a combater as chamas.
Em Évora e Santa Maria da Feira, o fogo também causou preocupações às autoridades, embora ao início da noite tudo estivesse controlado (ver texto secundário).
As temperaturas elevadas estão também a prejudicar a qualidade do ar. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, em Faro, Lisboa, Porto e Setúbal o índice de qualidade será hoje fraco, devido à presença de partículas poluentes na atmosfera.
Entretanto, um relatório do Centro Nacional de Dados do Clima revelou ontem que os cinco primeiros meses deste ano foram os mais quentes desde 1880, quando começaram a ser registadas sistematicamente as temperaturas.
Entre Janeiro e Maio, as temperaturas combinadas da terra e dos oceanos estiveram 0,68 graus Celsius acima da média do século XX.

Rixas de praias do Estoril atingem Algés



Alerta

Grupos invadem supermercado, agridem pessoas e saem sem pagar antes de apanharem comboio para a praia


As ocorrências de rixas, agressões e assaltos que se têm registado desde há uma semana nos comboios da linha de Cascais e nas praias daquela costa levaram ontem à mobilização de mais polícias, principalmente para o Tamariz, no Estoril, onde dois grupos se envolveram em confrontos no domingo (ver caixa). O policiamento alargou-se também ao supermercado Minipreço de Algés, alvo de furtos e desacatos praticados pelos mesmos grupos que frequentam os comboios da linha de Cascais antes e depois de irem à praia.
O empregado de um bar perto do supermercado, defronte da estação de Algés, explicou ao DN que "esses grupos de africanos vêm da Buraca e da Amadora no autocarro 750. Saem aqui e, antes de apanharem o comboio para a praia, vão abastecer-se ao Minipreço. São grupos de dez ou 15, mas só um ou dois é que compram alguma coisa. Os outros levam tudo sem pagar".
Clientes do supermercado queixam-se que "esses grandes grupos entram e levam tudo à frente. Insultam e empurram as pessoas, dão-lhes encontrões, falam aos gritos e dizem palavrões". Às vezes "até tentam roubar malas e carteiras das pessoas que andam aqui às compras", alertaram.
Pedro Barbosa Viana, director de comunicação da Dia Portugal, da cadeia Minipreço, confirmou ao DN estas situações, que considera "bastante graves. Estamos preocupados com a segurança dos nossos clientes e funcionários".
Explicou que "este problema está a agravar-se desde o Verão. Eles entram em grupos, furtam coisas e assustam as pessoas".
"Apanham o que querem e saem sem pagar. E não são os nossos empregados que lhes vão fazer frente, pois até têm indicações da empresa para não o fazer, pois as consequências poderiam ser ainda mais graves", referiu.
"Já tivemos várias reuniões com o comando policial da zona e resolvemos contratar polícias gratificados, pagos pela empresa, para garantir a segurança no supermercado", revelou Barbosa Viana.
Ontem já era visível o efeito dessa decisão. Pelas 16.00, três polícias rondavam o interior do supermercado. De uma carrinha da PSP estacionada perto, debaixo do viaduto da CRIL, saiu meia dúzia de agentes. Espalharam-se pelas imediações do supermercado e à porta. No exterior, grupos de jovens de ascendência africana olhavam, com ar desconfiado, para todo aquele aparato policial. Um grupo desses foi impedido de entrar no supermercado.
Aparato semelhante também esteve ontem na praia do Tamariz, no Estoril, onde dois grupos de jovens se envolveram em confrontos, no domingo, junto à esplanada das piscinas naturais.
Foram relatadas cenas de agressões e tiroteios, com clientes da esplanada a fugir em pânico e uma pessoa ferida à facada nos membros superiores e inferiores. Curiosamente, empregados desse estabelecimento disseram ao DN "desconhecer o que se passou".
Entre as 17.00 e as 17.30 de ontem, havia dois polícias no cais da estação do Estoril, outros três no túnel de acesso à praia e uma carrinha com meia dúzia de agentes no paredão do lado das piscinas naturais, onde se juntou meia dúzia de efectivos da Polícia Marítima e dois da Polícia Municipal.
Ali perto, alguém brincou com a situação: "Estão todos os meios terrestres e marítimos. Só falta mesmo o policiamento aéreo."

Universidades privadas dão trabalho a alunos em dificuldades



Ensino superior

Algumas faculdades privadas estão a empregar estudantes em 'part-time' para os ajudar a pagar propinas. Número de jovens com dificuldades duplicou.


"Se não fosse este trabalho já não estaria na universidade." A confissão é de João Sousa Varela, aluno do quarto ano de Arquitectura da Universidade Lusíada de Lisboa e, desde este ano lectivo, colaborador do centro de informática da instituição. Um exemplo do crescente número de estudantes com dificuldades para pagar as propinas. E das soluções que as universidades privadas estão a encontrar para evitar a sua saída.
João, de 24 anos, não é elegível para a acção social, através do Fundo de Apoio ao Aluno, já que os rendimentos do seu agregado familiar ultrapassamos valores máximos (que rondam os 400 euros por cabeça). Mas as dificuldades, que "vêm aumentando desde o ano passado", são bem reais.
"Tenho a minha avó em coma induzido, num hospital privado, e o dinheiro [da família] não dá para tudo", explica o futuro arquitecto. Na Lusíada, faz "uma média de cinco horas" diárias na Informática, que lhe permitem ter isenção das propinas de 325 euros por mês.
Uma ajuda "preciosa", ainda que não dê para tudo: "O curso de Arquitectura é caro. Além das mensalidades, há os materiais para maquetes, muitas impressões em papel, mas tenho mais de 50% das despesas cobertas", diz.
Casos como estes "não são novos", diz João Redondo, dirigente da Lusíada e presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP).
Actualmente há "seis ou sete alunos" a trabalhar "para reduzir as despesas ou até com um contrato que lhes permite ainda receber algum dinheiro".
As mesmas situações existem em algumas das outras instituições, apesar de não serem ainda em grande número. O que já não é invulgar é surgirem alunos com dificuldades para pagar as mensalidades. "Este ano, a informação que tenho é que aumentou de forma significativa o número de estudantes a pedir soluções especiais para o pagamento de propinas", conta João Redondo.
Os pedidos vão desde "fazer o pagamento em mais meses, para diluir o valor" até "pagar no final do curso".
As instituições vão dando a resposta possível: "Fazemos os possíveis para não perder nenhum aluno por motivos económicos, e até temos um fundo próprio para essas situações, mas nem sempre é possível evitá-lo."
No grupo Lusófona, adianta o administrador Manuel Damásio, os apelos de alunos em dificuldade duplicaram no último ano: "Onde havia 10 situações destas passou a haver 20", explica, ressalvando que, "ainda assim, estes casos "representam apenas 5% a 7%" da população escolar. "Até agora temos encontrado soluções para todos", diz.
Nesta universidade, "não é política" contratar alunos em dificuldades. Mas quem consegue lá encontrar emprego, por concurso, "tem isenção de propinas".
Apesar do cenário de crise, estas instituições acreditam que no novo ano lectivo irão manter ou até subir (no caso da Lusófona) o número de novas matrículas.
O DN contactou o Ministério do Ensino Superior, mas até ao fecho da edição não obteve resposta.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...