quinta-feira, outubro 07, 2010

Trabalhadores da GALP aderem à greve geral



Protesto

A organização representativa dos trabalhadores da Galp Energia decidiu hoje aderir à greve geral de 24 de Novembro em protesto contra a privatização da empresa.

"Por causa da privatização e da repressão sobre os trabalhadores já tínhamos um conjunto de coisas decididas, mas, entretanto, a governação de José Sócrates levou a um conjunto de medidas que intensificam a ofensiva contra os trabalhadores da Petrogal e que justificam ainda mais que se faça alguma coisa", afirmou à agência Lusa o coordenador da comissão central de trabalhadores da Galp Energia.
Segundo Hugo Basto, o objectivo é, a 24 de Novembro - dia da greve geral nacional que está a ser preparada pela CGTP - paralisar não só as refinarias da Galp, mas também os serviços administrativos da empresa e a rede de gestão de postos de abastecimento da Galp Gest.
"Queremos abranger o máximo de empresas do grupo Galp Energia", destacou, referindo que, para o efeito, até ao dia da greve serão realizadas "várias jornadas de contacto com os trabalhadores, incluindo plenários na segunda quinzena de Outubro".
Na reunião que hoje juntou na refinaria da Petrogal em Matosinhos cerca de 40 representantes dos trabalhadores da Galp Energia esteve em debate a privatização da empresa, à qual os sindicatos se opõem "por razões de interesse nacional".
"O Governo procura intensificar a privatização por determinação do capital financeiro, que põe e dispõe no país, inclusivamente sobre a Galp Energia, e cujo interesse é ficar com os lucros e não por a empresa ao serviço do país", sustentou Hugo Basto.
Em cima da mesa esteve também "a questão do respeito dos interesses dos trabalhadores", que dizem estar cada vez mais ameaçada "à medida que a privatização avança".
Segundo o responsável sindical, foi defendido "o arquivamento dos processos disciplinares com vista ao despedimento que estão a correr por causa da greve realizada em abril e a reposição dos salários que foram retirados indevidamente aos trabalhadores grevistas, que fizeram 1,2 ou 3 dias de greve e aos quais foram descontados 8,9 ou 10 dias de salário".

CTT começam a vender identificador para pagar portagens



SCUT

Os CTT começam hoje a fornecer nos seus balcões os Dispositivos Electrónicos de Matrícula, ou identificadores, que serão utilizados para o pagamento de portagens nas SCUT Norte Litoral Grande Porto e Costa de Prata.

Em declarações à Lusa, o administrador dos CTT Marcos Batista explicou que, além das formas de pagamento tradicionais - pós-pago e Via Verde - serão disponibilizadas duas novas modalidades: pré-pago anónimo e pré-pago titulado.
No pré-pago titulado, explicou, é feito "um carregamento normal como num telemóvel, que pode ser feito nas estações dos Correios ou nos agentes Payshop, havendo um abate na conta pré-pago".
Já o pré-pago anónimo garante aos condutores "a confidencialidade de todas as suas deslocações".

Buzinões e marchas lentas contra portagens



SCUT

Os protestos vão acontecer amanhã um pouco por todo o país, contra a anunciada introdução de portagens nas SCUT, autoestradas até aqui sem custos para o utilizador.

"É claro que, estando os dois maiores partidos em sintonia em relação à introdução de portagens, dificilmente haverá marcha atrás neste processo, mas a esperança é a última coisa a morrer. Pode ser que seja desta que Governo compreende as razões que nos assistem", disse hoje à Lusa o porta voz dos utentes da A28.
O Governo decidiu cobrar portagens nas SCUT Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata a partir de 15 de Outubro, o mesmo acontecendo nas restantes do país até 15 de abril.
Para sexta feira, está marcado um protesto nacional, com buzinões e marchas lentas, em todas as localidades servidas pelas SCUT.
O movimento conjunto de contestação às portagens já definiu as horas dos vários protestos e, no caso de Viana do Castelo, os automobilistas concentram-se às 17:00, na rotunda junto ao Hotel Áxis.
Em Esposende, o ponto de encontro está marcado para as 18:00, na Avenida da Marginal, e na Póvoa de Varzim os automobilistas juntam-se, a partir das 18:00, na rotunda da Telecom, desfilando depois pela Estrada Nacional 13 até Azurara, em Vila do Conde.
No Porto, a marcha será feita a partir das 17:00 pela VCI, com partida em vários locais em simultâneo.
Espinho e Aveiro têm acções concertadas a partir das 17:00, sendo que no primeiro município se juntam na rotunda da Rua 19 e, no segundo, na rotunda da Policlínica, na EN109, acabando ambas as caravanas por se encontrarem, para um desfile conjunto pela A29.
Em Viseu, a concentração é à mesma hora na Avenida Europa, e em Torres Novas o cortejo sai, a partir das 17:30, da Casa do Guarda (Casa Nery), junto ao viaduto de Rio Frio.
Para o Algarve está também agendada uma jornada de luta, que vai percorrer a Estrada Nacional 125.
"Até ao lavar dos cestos é vindima", acrescentou Jorge Passos, sublinhando a "profunda injustiça" da introdução de portagens em localidades onde "não há qualquer alternativa minimamente válida" e onde os índices de desenvolvimento ficam "bem abaixo" da média nacional.
Este activista contesta ainda a "disparidade temporal" anunciada para a introdução de portagens nas várias SCUT do país.
"A haver portagens, pelo menos que seja em todo o país ao mesmo tempo. Vai-se sacrificar já o norte porquê? E quem consegue explicar por que é que o IC19 e outras autoestradas da zona de Lisboa ficam livres de portagens? Onde está a equidade, onde está a justiça, onde está o critério?", questionou.
Jorge Passos lembrou ainda que quando os movimentos de contestação reivindicaram universalidade nas portagens o fizeram no sentido de "pagarem todos, mas cada um pagar menos".
"O Governo aproveitou e o que fez? Pagam todos muito", criticou.
No dia 14, serão discutidos e votados, na Assembleia da República, que propõem a revogação da cobrança das portagens nas SCUT.

Pinto Balsemão defende que Orçamento do Estado não deve resultar da "teimosia de quem o propõe"



O presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, afirmou hoje que a disc...

O presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, afirmou hoje que a discussão do Orçamento do Estado (OE) 2011 deve ter "o apoio do maior número possível de partidos" e "não resultar da teimosia de quem o propõe".
À margem do VI Encontro da COTEC Europa, na Casa da Música, no Porto, o presidente da Impresa defendeu que a discussão do OE 2011 "implica que todas as opiniões devem ser ouvidas, porque não deve resultar da teimosia de quem o propõe".
O ex-primeiro ministro e fundador do PSD considerou que o OE deve "ter o apoio do maior número possível de partidos representados na Assembleia da República".
Em declarações aos jornalistas, Pinto Balsemão admitiu que "as consequências de não haver um OE obviamente se repercutirão sobre a economia real".
Escusando-se comentar a posição do líder do PSD, Passos Coelho, Pinto Balsemão disse apenas que o OE propõe "um certo número de coisas" com as quais não concorda.
"Vamos conversar e tentar chegar a um orçamento que seja aceitável para toda a gente", afirmou, no final do VI Encontro COTEC Europa, que reuniu o Rei de Espanha, Juan Carlos, o Presidente da República português, Cavaco Silva, e o homólogo italiano, Giorgio Napolitano.
Em declarações aos jornalistas, Pinto Balsemão considerou que Portugal tem feito progressos em termos de investigação, realçando que "o passo seguinte é criar invenções que sejam aplicáveis na prática e que melhorem a vida das pessoas".
Segundo o empresário, falta investimento do Estado, num modelo "simples e exequível" em que seriam apoiadas as inovações com êxito, e falta também coragem e capacidade para estar no mercado global do lado empresarial.
Ainda assim, considerou, "em momentos em que a economia está parada e que, segundo alguns, vai entrar em recessão, as empresas têm que ser mais cautelosas sem desistirem de investir e de inovar".
O VI Encontro COTEC Europa, organizado pela COTEC Portugal, que reúne as congéneres espanhola e italiana, tem como objetivo "reforçar contactos e a troca de experiências entre empresários e dirigentes empresariais dos três países".

quarta-feira, outubro 06, 2010

Portugueses vão gastar mais 300 milhões num ano



Medicamentos

Esta é a estimativa da Associação Nacional de Farmácias (ANF), que considera que a nova política do medicamento é devastadora para os utentes.

A nova política do medicamento vai levar os portugueses a pagarem mais 300 milhões de euros num só ano pelos seus remédios, estima a Associação Nacional de Farmácias (ANF), considerando que o cenário é "devastador para os utentes".
Um estudo realizado pela ANF concluiu que as novas regras de comparticipação de medicamentos vai implicar uma transferência de mais 76 milhões de euros do Estado para os utentes em apenas três meses.
"As medidas são perfeitamente avassaladoras para os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", declarou o presidente da ANF, João Cordeiro, na comissão parlamentar de saúde.
Para ilustrar os gastos do Estado com medicamentos, a associação mostrou aos deputados quanto custou a comparticipação dos genéricos a 100 por cento: entre Junho de 2009 e maio deste ano, o SNS pagou 74 milhões de euros.
"Não há avaliação das medidas que são tomadas. Isto é avassalador, é insustentável", comentou João Cordeiro, manifestando-se contra as comparticipações de fármacos a 100 por cento.
O presidente da ANF tentou ainda desmontar o argumento do Ministério da Saúde, que alegou a existência de abusos para acabar com o regime especial de comparticipações: "acreditamos que fraude não existirá".
As farmácias estão também contra a retirada do preço das embalagens dos medicamentos, alegando que irá criar um clima de desconfiança entre a população e a farmácia.
Em relação à receita electrónica, a ANF garante que não estão criadas as condições para entrar em vigor a 1 de Março do próximo ano, como determina a legislação publicada recentemente.
"O Ministério da Saúde tem três meses para regulamentar o decreto-lei e depois dá só dois meses para se fazer a implementação da medida. É evidente que em Março não vamos ter nenhuma receita electrónica, a não ser que a regulamentação seja feita ainda durante este mês", frisou João Cordeiro.

ANF pede extinção do Infarmed e investigação policial



Suspeitas

O presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) lançou hoje um conjunto de suspeitas sobre a política de comparticipações dos medicamentos em Portugal e propôs a extinção da autoridade reguladora do sector.

Na comissão parlamentar de Saúde, João cordeiro denunciou a situação da comparticipação de um medicamento antiepilético que "apenas foi considerado inovador em Portugal".
A situação levou mesmo o presidente da ANF a pedir uma investigação policial à comparticipação deste medicamento e à investigação farmacêutica em Portugal.
Em causa está o medicamento zebenix, que a ANF considera que não apresenta qualquer novidade ao nível da molécula e dos processos produtivos.
João Cordeiro sublinhou ainda que este medicamento tem custos diários 10 vezes superiores aos seus equivalentes: "o preço é um escândalo. Acho que o preço exige mesmo uma investigação policial".
A ANF frisa ainda que este medicamento não se encontra comparticipado em nenhum outro país da Europa e que apenas foi considerado inovador pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
"O Infarmed tem obrigação de evidenciar os ganhos em saúde com este investimento", declarou, recordando que este fármaco é comparticipado em 95 por cento pelo Estado.
A ANF disse ainda estranhar que o Governo vá financiar com 600 milhões de euros a investigação científica no laboratório que produz o Zebenix.
Para João Cordeiro, esta situação mostra que o Infarmed não tem cumprido as suas funções de organismo regulador e, como tal, deixa de ter razão para existir.
"Não percebo a necessidade do Infarmed em Portugal, sobretudo quando temos uma agência europeia do medicamento. Acho que o Infarmed é puro custo. Uma estrutura daquelas, com uns cerca de 300 funcionários, acho que é desnecessária", declarou aos deputados.
Além de considerar que o Infarmed não cumpre as suas funções no que respeita à comparticipação de remédios, lembrou que todos os medicamentos são introduzidos e retirados do mercado português por decisão da agência europeia.
João Cordeiro afirmou também que "alguma coisa de estranho se passa" com a venda de fármacos de alguns laboratórios em Portugal, que registaram crescimentos de mil ou dois mil por cento através de prescrições de determinados centros de saúde.
"Não é por acaso que a indústria farmacêutica investe milhões na sua relação com os médicos", declarou ainda o representante dos proprietárias das farmácias.

Portugal tem uma das taxas mais elevadas do mundo



penetração de telemóveis

A penetração de telemóveis em Portugal atinge os 150 por cento, disse hoje o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, afirmando tratar-se de "uma das mais elevadas do mundo".

António Mendonça, que falava na Conferência Internacional Anual da ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações -, disse que este número "ilustra a receptividade da sociedade portuguesa na adopção de novas tecnologias".
Durante a sua intervenção, o ministro destacou o facto de Portugal ocupar a segunda posição no ranking da União Europeia em termos de penetração de banda larga e recordou que as receitas do sector das telecomunicações representam cerca de cinco por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
António Mendonça sublinhou a "transformação" das telecomunicações em Portugal na última década, referindo que o país é hoje "um mercado totalmente liberalizado, fortemente competitivo e pujante".
O ministro destacou também a aposta que o país está a fazer nas Redes de Nova Geração, afirmando que "até 2012 Portugal terá o seu território totalmente coberto" por estas redes, o que permitirá "que todos os cidadãos portugueses tenham a possibilidade de aceder a serviços profundamente inovadores", nomeadamente nas áreas da saúde, educação, justiça e segurança.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...