terça-feira, junho 15, 2010

Apenas 10% dos comboios circulam durante a manhã de hoje




A greve dos maquinistas da CP vai afectar a normal circulação de comboios até amanhã, quarta-feira. O período mais conturbado será entre as 5 e as 10 horas de hoje, quando circulam apenas 10% dos comboios em todo o país. Em Lisboa e no Porto, haverá autocarros alternativos.
Começou às 20 horas de ontem e irá estender-se até ao final da tarde de quarta-feira. A greve de três dias convocada pelo sindicato de maquinistas da CP irá dificultar a vida de quem utiliza o comboio como meio de transporte. A paralisação será cumprida a tempo parcial, entre as 20 horas e as 5 horas, e a tempo integral, entre as 5 horas e as 10 horas do dia de hoje. Após este período, a paralisação será novamente parcial.
Durante o horário abrangido pela greve total, os maquinistas vão cumprir serviços mínimos na zona urbana de Lisboa, Porto e regionais, ou seja, apenas 10% dos comboios estarão a circular.

Primeiro dia sem impacto

Segundo estimativas avançadas pela CP ao final da tarde de ontem, o impacto no primeiro dia de greve não será grande, uma vez que não coincide com a hora de ponta. Os efeitos serão sentidos com maior intensidade durante a madrugada e manhã de hoje. “Prevê-se a ocorrência de perturbações na circulação de todos os comboios, Alfa Pendular, Intercidades, Regionais e Urbanos, com supressões e atrasos um pouco por todo o país”, afirmou a CP em comunicado. Durante o dia, a empresa irá fazer balanços de duas em duas horas. As expectativas apontam para uma normalização durante a tarde de hoje e o dia de amanhã, embora estejam já previstos atrasos.
Na origem do protesto está a suspensão das negociações da contratação colectiva, explicou ao JN António Medeiros, presidente do Sindicato dos Maquinistas. “Estávamos a discutir ganhos de produtividade e mais-valias quando as negociações foram fechadas pela empresa sem justificação”, afirmou. Os três dias de greve visam pressionar a CP a reabrir as negociações sindicais e melhorar as condições de trabalho.
A CP diz estar aberta a conversações, mas, “neste momento, a empresa não tem condições para aumentar custos”, afirmou ao JN fonte oficial da CP. “No ano passado, houve aumentos, que resultaram num encargo médio de 4% com pessoal. A classe dos maquinistas é das classes que melhores condições têm, quer sociais quer de trabalho, e das que mais bem remuneradas”, afirmou Ana Portela, acrescentando: “Estamos preocupados em garantir o futuro da empresa e dos postos de trabalho de toda a gente”.

Motivos

Em causa está também um processo de rescisões por mútuo acordo, que resulta da reestruturação do ramal da Lousã e das linhas da zona urbana de Coimbra e afecta cerca de 30 trabalhadores, e o acordo com a CP Carga. “A CP Carga quer impor um acordo que agrava as condições de trabalho dos maquinistas, chegando ao ponto de querer impor um horário de dez horas, sem condições de trabalho, e diminuição do salário”, afirmou António Medeiros. “Isto é, no mínimo, imoral, não podemos aceitar esta situação e isto só se resolve com a negociação”, concluiu.

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