sábado, outubro 09, 2010

Primárias para o pós-Sócrates revelam presença de Seguro



PS

Socialistas ontem e hoje em eleições internas. Nalgumas, a disputa é entre socratistas e seguristas, com todas as atenções centradas nas grandes federações de Lisboa e Porto.

O aparelho do PS vai a votos. Ontem começou e hoje prosseguirá a eleição directa dos líderes das 19 federações distritais do partido. Nalgumas dessas estruturas o que está em causa é já a preparação de tropas para um PS pós-liderança de Sócrates. Em cinco federações surgiu mais do que um candidato: Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro e Coimbra.
O confronto que mais expectativas suscitava, o de Lisboa, encontrava-se em plena contagem de votos à hora do fecho desta edição. Joaquim Raposo, presidente da Câmara da Amadora, um velho nome do guterrismo, enfrentou, pela primeira vez, uma lista concorrente digna desse nome: a liderada por Marcos Perestrelo, secretário de Estado da Defesa, quadro muito próximo de José Sócrates (integra o secretariado nacional do PS) e, sobretudo, de António Costa. Ninguém arriscava prognósticos. Também se apresentou o histórico António Brotas.
No Porto, o que está em causa é um confronto entre o mais puro socratismo representado na figura do líder recandidato, o deputado Renato Sampaio e José Luís Carneiro, presidente da Câmara de Baião, dirigente muito próximo de outro potencial candidato à sucessão de Sócrates, Francisco Assis. Todos os prognósticos apontavam para uma vitória de Renato. O resultado será conhecido hoje à noite.
Outra federação com mais do que um candidato é Aveiro: três dirigentes locais avançaram para disputar a sucessão do deputado Afonso Candal. As suas tropas dividiram-se entre a candidatura de Pedro Nuno Santos (ex-líder da JS e ex-deputado) e Fernando Mendonça. Santos é visto como representando o socratismo e Mendonça o segurismo, sendo apoiado por José Mota, governador civil e ex- -presidente da Câmara de Espinho. Pelo meio surge um não alinhado, Adriano Martins. A votação terminou ontem à noite, os resultados não eram conhecidos.
Em Coimbra também há concorrência: entre o histórico Vítor Baptista, deputado, que se recandidata, e um dirigente local, Mário Ruivo. Baptista integra a vasta multidão de dirigentes do PS que esteve com Sócrates desde o início mas há alguns meses entrou em conflito com o seu chefe de gabinete no partido, André Figueiredo, numa história de tentativa de inscrição de militantes em massa (477, mais precisamente) a tempo de participarem na votação. Dito de outra forma: o socratismo aposta em Mário Ruivo. A votação será hoje.
O quinto caso de eleição disputada é o de Setúbal, mas aqui estarão apenas em causa questões locais. Três candidatos, como em Aveiro: Vítor Ramalho, actual líder, soarista ferrenho; Luís Pimenta Ferreira (dirigente local próxima da presidente da Câmara do Montijo) e Alexandre da Cruz Lopes (um outsider).
De resto, tudo candidaturas únicas. Os líderes das distritais de Viseu e Viana do Castelo, respectivamente José Junqueiro e Rui Solheiro, foram impedidos de se recandidatarem por terem atingido o limite máximo de mandatos (quatro).

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