sexta-feira, junho 18, 2010

As obras de José Saramago



O escritor José Saramago deixou uma vasta obra literária, da poesia à prosa, passando pelo conto e pelas obras para teatro.
O último livro publicado, Caim, em 2009, abordou a religião, uma vez mais, de forma polémica. Comunista, Saramago nunca esqueceu as raízes alentejanas e pobres na escrita que deu ao Mundo. Obras de Saramago:

Conto

Objecto Quase (1978)
Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido (1979)
O Conto da Ilha Desconhecida (1997)
A Maior Flor do Mundo (2001)

Crónicas, Ensaios, Memórias

A Estátua e a Pedra (1966)
Deste Mundo e do Outro (1971)
A Bagagem do Viajante (1973)
As Opiniões que o DL teve (1974)
Os Apontamentos (1976)
Folhas Políticas – 1976-1998 (1999)
Discursos de Estocolmo (1999)
O Caderno (2009)
O Caderno 2 (2010)
Democracia y Universidad (2010)

Diário

Cadernos de Lanzarote I (1994)
Cadernos de Lanzarote II (1995)
Cadernos de Lanzarote III (1996)
Cadernos de Lanzarote IV (1997)
Cadernos de Lanzarote V (1998)

Poesia

Os Poemas Possíveis (1966)
Provavelmente Alegria (1970)
O Ano de 1993 (1975)
Romance
Terra do Pecado (1947)
Manual de Pintura e Caligrafia (1977)
Levantado do Chão (1980)
Memorial do Convento (1982)
O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)
A Jangada de Pedra (1986)
História do Cerco de Lisboa (1989)
O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991)
Ensaio sobre a Cegueira (1995)
Todos os Nomes (1997)
A Caverna (2000)
O Homem Duplicado (2002)
Ensaio Sobre a Lucidez (2004)
As Intermitências da Morte (2005)
A Viagem do Elefante (2008)
Caim (2009)

Teatro

A Noite (1979)
Que farei com este Livro? (1980)
A Segunda Vida de Francisco de Assis (1987)
In Nomine Dei (1993)
Don Giovanni ou O dissoluto absolvido (2005)

Viagem

Viagem a Portugal (1981)

Corpo de Saramago chega amanhã a Portugal



O escritor português José Saramago morreu hoje, sexta-feira. O corpo do Prémio Nobel da Literatura de 1998 está em câmara ardente na biblioteca da casa em que residia, na ilha espanhola de Lanzarote e será cremado, domingo, em Portugal, onde vão ficar as cinzas. O Governo está reunido para decretar luto nacional.
José Saramago faleceu cerca das 12.30 horas em Lanzarote, a mesma hora de Portugal continental, na casa em que residia, na localidade de Tias, na ilha espanhola de Lanzarote. O corpo do escritor está em câmara ardente precisamente na biblioteca da casa de Tias.
O primeiro-ministro, José Sócrates, convocou para as 20 horas de hoje, sexta-feira, uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para decretar luto nacional pela morte do escritor José Saramago.
Entretanto, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, partiu hoje, sexta-feira, às 19.45 horas do aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, a bordo de um avião militar C-295, para ir buscar o corpo do escritor José Saramago a Lanzarote, em representação do Governo português.
Gabriela Canavilhas, que será acompanhada por familiares próximos do escritor, incluindo a filha de José Saramago, deverá chegar a Lanzarote, Espanha, às 22.15 horas, disse à Lusa fonte governamental.
Os restos mortais de José Saramago serão transferidos, amanhã, sábado, para Portugal. Segundo informou a Fundação José Saramago, o avião do Estado português transportará o corpo para Lisboa, estando prevista a sua chegada ao aeroporto de Figo Maduro pelas 12.30 horas.
Dali, os restos fúnebres do escritor seguirão em cortejo para o salão nobre da Câmara Municipal de Lisboa. Aí permanecerá em câmara ardente desde as 13.30 horas até à meia-noite de amanhã, sábado, e das 9 às 12 horas, no domingo. Depois sairá para o Cemitério do Alto de São João, onde será cremado.
Depois das cerimónias fúnebres, em Lisboa, as cinzas ficam em Portugal, confirmaram responsáveis da Fundação José Saramago. Informações não confirmadas e divulgadas pela Agência Lusa apontavam a possibilidade das cinzas do escritor serem divididas, ficando uma parte na sua terra natal, Azinhaga, e outra junto a uma oliveira no jardim da sua casa em Tías (Lanzarote).
Segundo o comunicado que se pode ver na página da Fundação Saramago, o escritor morreu "em consequência de uma múltipla falha orgânica", após uma prolongada doença. "Morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila", acrescenta o texto, em letras brancas, sobre fundo negro.
A comundiade de Lanzarote "chora a morte do seu filho adoptivo", desde 1997, e decretou já três dias de luto pelo falecimento do escritor, adiantou José Juan Cruz, que é alcaide de Tías.
Em entrevista à RTP, o editor de José Saramago, Zeferino Coelho, recordou que o Nobel da Literatura "estava doente há algum tempo, às vezes melhor outras vezes pior".
José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Aos 87 anos, morreu o primeiro Nobel da Literatura português.
Aos três anos, foi com os pais para Lisboa, cidade em que viveu a maior parte da vida adulta. Fez apenas os estudos secundários (liceal e técnico).
Serralheiro mecânico, exerceu, depois, outras profissões, destacando-se as de editor, tradutor e jornalista.
Publicou o primeiro livro, um romance, "Terra do Pecado", em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966.
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa", como comentador político.
Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores.
Foi galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1998. Deixa uma vasta obra, da poesia, com que se iniciou, à prosa, que lhe valeu o reconhecimento da Academia Sueca. Foi agraciado, ainda, com inúmeras distinções e outros prémios.


quinta-feira, junho 17, 2010

Jerónimo de Sousa diz que PS "recua devagarinho" perante exigências do PSD




O secretário-geral do PCP acusou hoje, quinta-feira, o PS de "recuar devagarinho" perante as exigências do PSD e afirmou que socialistas e sociais democratas mentem e querem "rasgar a Constituição" para "eliminar direitos e conquistas sociais".
O líder comunista, Jerónimo de Sousa, falava na Baixa lisboeta, no final de um desfile promovido pelo PCP, que reuniu várias centenas de pessoas, num protesto contra as medidas de austeridade e "a política de direita".
"Com o capitalismo não há direitos perenes", avisou o secretário geral comunista, num discurso constantemente interrompido por vaias sempre que eram referidos o PS ou o PSD.
Para Jerónimo de Sousa, "sempre que a relação de forças lhes permite é vê-los a tentar liquidar os direitos para aumentar a exploração e para manter o sistema".
Se PS e PSD estão unidos "no objectivo de eliminar direitos e conquistas sociais", diferencia-os o ritmo: "O PSD quer tudo, rapidamente e em força, enquanto o PS, dizendo que resiste, recua devagarinho", sustentou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista afirmou que PS e PSD "avançam novas medidas de retrocesso social" e estão "a apalpar terreno para, a pretexto da crise, apresentarem serviço aos grupos económicos, mexendo nas relações laborais" para permitir "despedir sem justa causa e impor a precariedade como lei universal", insistindo na acusação de que os dois partidos mentem aos portugueses.
PS e PSD "apresentam como novo aquilo que é velho e bafiento, mentem ao país", disse Jerónimo de Sousa, que deu um exemplo de uma dessas "falsidades".
"Veio o actual líder do PSD, com aquele ar de menino bem comportado, dizer que a aplicação da lei da selva, visa criar mais postos de trabalho e combater a precariedade. Que falsidade, camaradas", sublinhou, apontando a existência de "760 mil desempregados e mais de 1,2 milhões de precários".
Jerónimo de Sousa sublinhou que "a precariedade e o desemprego aumentaram" para justificar que "o problema não é a legislação laboral, mas esta política que visa rasgar a própria Constituição da República, que define os direitos dos trabalhadores como direitos fundamentais".
O secretário-geral comunista comentou ainda a reunião de hoje do Conselho da Europa, "onde Sócrates foi apresentar serviço".
"Mal vai o país em que os seus governantes, para sossegarem os interesses dos grupos económicos estrangeiros e das grandes potências, impõem sacrifícios ao seu próprio povo", criticou.
Jerónimo de Sousa deixou um apelo à luta dos trabalhadores, com um aviso: "Se não for o povo português a lutar por mais emprego, mais justiça social, pela produção nacional e pela nossa soberania, não será este Governo nem a União Europeia que o fará por nós", afirmou, prometendo a adesão do PCP ao protesto convocado pela CGTP para dia 8 de Julho.

Centenas de pessoas na baixa de Lisboa contra as políticas de austeridade



Algumas centenas de pessoas saíram hoje, quinta-feira, do Rossio pelas 18.30 horas para percorrer as ruas da Baixa lisboeta, num protesto convocado pelo PCP contra as políticas de austeridade do Governo, que os comunistas dizem representar "o roubo dos salários".
Os manifestantes começaram a concentrar-se pouco antes das 18 horas no Rossio, empunhando bandeiras do PCP, num desfile que está a ser liderado pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e por outros dirigentes do partido.
Os manifestantes gritam palavras de ordem como "o custo de vida aumenta, o povo não aguenta", "o país não se endireita com a política de direita" e "o PEC [Programa de Estabilidade e Crescimento] está mal, só interessa ao capital."
Um grupo de antigos trabalhadores da Portugal Telecom (PT), já reformados, decidiu juntar-se a este protesto por considerar que os cortes nas pensões "são piores do que ser roubado no autocarro".
Querem mostrar a sua indignação por estarem a receber menos nas suas pensões mas também para afirmarem a sua preocupação com os que "trabalham e também sofrem as consequências da política do Governo".
Aos 54 anos, Rita Medinas não consegue encontrar emprego há quase três anos: "Dizem que as pessoas não querem trabalhar mas é porque não vão ao terreno", afirmou a antiga administrativa, que diz receber o apoio mínimo do Estado, no valor de 419 euros.
Uma jovem membro da JCP -- que não quis identificar-se por recear que a sua filiação política seja mal entendida pelos patrões -- disse que "os grandes poderes económicos são os mais favorecidos" e que "o país está à beira da bancarrota" e, por isso, "as pessoas têm de vir para a rua protestar".
O aparato entusiasmou também um casal de turistas. Júlia, dos Estados Unidos da América, e Luca, do Brasil, afiram que, nos seus países, "desgraçadamente", não existe este tipo de mobilização.
Empunhando bandeiras vermelhas do PCP, os dois turistas mostraram-se solidários com o protesto dos manifestantes.
O desfile vai terminar na Rua Augusta, onde o secretário-geral do PCP vai discursar.

UGT considera absurda transferência de datas de feriados



A UGT considerou hoje, quinta-feira, absurdo que os feriados nacionais possam ser transferidos para outras datas, dado o valor histórico de cada um deles, mas admitiu discutir o gozo das pontes à custa de férias e folgas dos trabalhadores.
"Esta possibilidade é absurda, tendo em conta o valor histórico dos feriados, e é uma matéria que foi discutida, e rejeitada, no âmbito da negociação do Código do Trabalho de Bagão Félix", disse o secretário-geral da UGT, João Proença, à agência Lusa.
O grupo parlamentar do PS anunciou hoje que vai avançar com um projecto de resolução para transferir os feriados para as sextas e as segundas-feiras, de modo a eliminar pontes, por considerar que isso "tem peso económico".
Apesar da posição crítica, João Proença admite a negociação do gozo das pontes. "Isto é matéria para a negociação colectiva", disse o sindicalista, defendendo que as pontes entre os feriados e os fins-de-semana podem ser gozadas à custa de dias de férias e de folga dos trabalhadores.
Para João Proença, não faz é sentido comemorar o 25 de Abril ou o 1º de Maio noutras datas.

CGTP diz que é "despropositado" mudar datas históricas



A CGTP considerou hoje, quinta-feira, despropositado do ponto de vista histórico que os feridos nacionais possam ser transferidos para outras datas e disse que essa possibilidade não irá aumentar a produtividade das empresas.
"A transferência dos feriados tem sido defendida com o argumento da produtividade mas o aumento da produtividade não passa por isso, passa sim por outro modelo de organização das empresas e pela dinamização do aparelho produtivo", disse à agência Lusa Arménio Carlos, da comissão executiva da CGTP.
O grupo parlamentar do PS anunciou que vai avançar com um projecto de resolução para transferir os feriados para as sextas e as segundas-feiras, de modo a eliminar pontes, por considerar que isso "tem peso económico".
"Isto parece-nos despropositado porque cada feriado tem a sua história", considerou Arménio Carlos dando como exemplo duas datas emblemáticas para o movimento sindical.
"Só faz sentido comemorar o 25 de Abril no próprio dia, tal como o Dia do Trabalhador, que em todo o mundo é comemorado no 1º de Maio", afirmou, considerando que "a proposta do PS não faz sentido nenhum".

BE contesta alterações nos feriados a 25 de Abril ou 1 de Maio



O BE considerou hoje, quinta-feira, que a proposta do PS para flexibilizar datas de feriados e eliminar pontes é ainda "muito vaga" e contestou a mudança das comemorações em datas como o 25 de Abril ou o 1º de Maio.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a deputada do BE Catarina Martins defendeu que "o problema da produtividade é um problema que tem muito mais a ver com as qualificações do que propriamente com os feriados" e deu um exemplo.
"Senão a Áustria, que é um país com mais feriados do que Portugal, teria um problema de produtividade maior que Portugal e sabemos que isso não é verdade", disse.
"A proposta é ainda muito vaga, portanto, não se percebe muito bem", acrescentou.
Para o grupo parlamentar do BE, seria "absurdo, por exemplo, comemorar o 25 de Abril noutra data qualquer ou comemorar o 1º de Maio, que é comemorado em todo o mundo ao mesmo tempo, noutro dia qualquer não o dia 1 de Maio".
"Esta proposta não nos parece que venha resolver grande coisa, ainda está muito vaga, vamos esperar para ver como se concretiza", sublinhou.
A deputada independente eleita pelo PS Teresa Venda disse hoje que o projecto de resolução que visa "flexibilizar" as datas dos feriados e eliminar as pontes tem como excepções o dia de Natal e de Ano Novo e visa apoiar o aumento do salário mínimo.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião da bancada parlamentar do PS, a deputada referiu que com esta proposta se acentua "mais a importância de celebrar o acontecimento do que celebrar o dia em que teve lugar o acontecimento".
Segundo a deputada do PS, os ganhos económicos do Estado com esta proposta "serviriam para apoiar" o aumento progressivo do salário mínimo, definido pelo Governo socialista.
Na elaboração da proposta, as duas deputadas referem um estudo de Luís Bento, professor de Recursos Humanos na Universidade Autónoma de Lisboa, que conclui que cada feriado custa 37 milhões de euros à economia nacional.
Já o vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues anunciou que a proposta das duas deputadas mereceu um "consenso generalizado" da bancada e que existe abertura para discutir as datas a incluir.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...