quarta-feira, janeiro 26, 2011

Caso Independente: Juíza nega branqueamento de capitais




A juíza e arguida Isabel Magalhães, ex-mulher do antigo vice-reitor da Universidade Independente Rui Verde, negou hoje a prática de branqueamento de capitais, alegando desconhecer a alegada proveniência ilícita do dinheiro utilizado para a compra de bens do casal.

Maria Isabel Pinto Magalhães, que se divorciou por mútuo consentimento com Rui Verde(arguido no processo principal), está acusada de um crime de branqueamento de capitais e dois crimes de falsificação de documentos, num caso relacionado com a dissipação do património que o casal adquiriu alegadamente com dinheiro subtraído à Universidade Independente (UNI), entretanto extinta.
Tratou-se da segunda sessão do julgamento no Tribunal da Relação de Lisboa, depois de na primeira audiência, na semana passada, Isabel Magalhães ter dito desconhecer os ilícitos financeiros praticados na gestão da UNI e insistir que documentos com a sua assinatura foram falsificados.
Acusada de branqueamento de capitais, a juíza admitiu ter colocado bens em nome de familiares e de na conta da irmã ter sido depositado dinheiro da venda de imóveis, incluindo da alienação de uma casa que o casal possuía em Espanha, mas negou que tivesse qualquer intenção de branquear.
"Não houve intenção de ocultar o que quer que fosse", disse a arguida, alegando que se quisesse branquear dinheiro não teria depositado o dinheiro da venda da casa em Espanha na conta da irmã, mas numa conta no país vizinho.
A juíza justificou a criação, com o acordo de Rui Verde e o patrocínio do advogado Horta Osório, da sociedade anónima Imopasse, que passou a deter os bens do casal antes da sua venda, justificando este esquema financeiro com a necessidade de proteger o património dos alegados credores do ex-vice-reitor, sobretudo de Amadeu Lima de Carvalho, auto-intitulado acionista maioritário da SIDES (empresa detentora da UNI), arguido no processo principal.
Diante do coletivo presidido por Ricardo Cardoso, insistiu que o ex-marido estava a ser vítima de agiotagem e de usura por Amadeu Lima de Carvalho, numa ação que envolvia familiares deste último e um grupo de angolanos interessados na UNI.
A alegada simulação ou não do divórcio com Rui Verde, o susposto clima de tensão do casal, o alegado desconhecimento da juíza da estratégia de reconquista do poder por Rui Verde e Horta Osório na UNI foram outros aspetos que marcaram a sessão de hoje.
A nova audiência está prevista para a próxima terça-feira à tarde.
No processo principal, Rui Verde é arguido juntamente com mais de 20 arguidos, incluindo Amadeu Lima de Carvalho e o antigo reitor da UNI, Luís Arouca, por crimes que vão desde associação criminosa, fraude fiscal, abuso de confiança, falsificação, corrupção e branqueamento, entre outros crimes.

Jornal, rádio e site de Rangel arrancam a partir de Abril



Os projectos de Emídio Rangel para a fundação de um semanário, uma rádio de informação e um site na Internet vão arrancar em simultâneo a partir de Abril. Trata-se de um investimento de cinco milhões de euros, que exigirá a contratação de mais de cem jornalistas que, no futuro, irão também trabalhar para um canal de televisão da responsabilidade do antigo homem forte da SIC.

A maior parte do capital a investir pertence a um grupo espanhol. O restante será repartido por vários accionistas, entre os quais Rui Pedro Soares, arguido no caso TagusPark. O ex-administrador da PT deverá fazer o investimento com parte do dinheiro da indemnização que recebeu para sair da empresa, mas não ficará como administrador nos projectos de Rangel. Os pequenos accionistas ficarão com participações entre um e os cinco por cento. No terreno, os contactos com alguns jornalistas já começaram a ser feitos, mas ainda não há contratações concretizadas.
Rangel já assinou um contrato com a Rádio Paris-Lisboa (RPL, dos franceses da Radio France International) para transformá-la num canal de informação concorrente da TSF, da qual foi fundador e primeiro director. Como a frequência da RPL só abrange a área da Grande Lisboa, o projecto pretende chegar a outros pontos do país, através de 15 rádios locais.
Em relação ao projecto de televisão, o antigo director da SIC já garantiu os direitos da Liga Espanhola de 2012 a 2015 e está em negociações com o Benfica para a compra dos jogos, após a época 2012-13. Em ambos os casos, os jogos são actualmente transmitidos pela Sport TV, canal controlado pela Controlinveste.

terça-feira, janeiro 25, 2011

TVI vende empresa de Felícia Cabrita



Nanook: Produtora é detida maioritariamente por Joaquim Vieira

A Media Capital vendeu a participação de 27% que detinha na Nanook, uma produtora especializada em documentários que tem como accionistas Joaquim Vieira, ex-presidente do OberCom (Observatório da Comunicação), e Felícia Cabrita, jornalista do ‘Sol’.

A informação está presente nas demonstrações consolidadas da dona da TVI referentes ao terceiro trimestre de 2010 e foi confirmada ao CM por Joaquim Vieira. "A Media Capital referiu que era um segmento de mercado que não lhe interessava e já tinha expressado vontade em sair", diz, acrescentando que o grupo de media herdou esta participação quando comprou a NBP, actualmente Plural.
A Media Capital detinha 27% da produtora, participação que foi adquirida por Joaquim Vieira. Este optou por não revelar o valor do negócio, mas confirma que, actualmente, é o sócio maioritário, com 77% do capital. De resto, Vieira havia já comprado a participação de Júlia Pinheiro, já que a apresentadora vendeu os seus 23% da Nanook quando saiu da RTP para a TVI. Felícia Cabrita mantém 23% da produtora.
De acordo com Joaquim Vieira, em 2009 a produtora obteve um lucro de 7765 euros. As contas de 2010 ainda não estão fechadas.
Especializada em documentários, a Nanook está, nesta fase, a trabalhar em dois projectos. Um documentário sobre a vida de José Afonso, para a RTP 1, e um sobre a Primeira República, para a RTP 2.
Os últimos trabalhos emitidos em Portugal estiveram também na antena dos canais públicos. A RTP 1 transmitiu ‘A Voz da Saudade’, que conta a história de uma mulher portuguesa que levou mensagens das famílias dos militares para a frente da guerra colonial, enquanto a RTP 2 emitiu ‘Por Amor ao Piano’, um trabalho sobre a vida e obra do pianista Sequeira Costa.

Vodafone FM arranca hoje às 24h



Nova rádio

Exclusisamente dedicada à música e ao público jovem, Vodafone FM aposta na divulgação de novos artistas e promete ser uma marca forte no sector.

"São projectos como este que podem puxar a rádio para cima", disse Luís Cabral, administrador da Media Capital Rádios, hoje, durante a apresentação da nova rádio, a Vodafone FM, que começa a emitir hoje às 24h.
António Coimbra, presidente da Vodafone Portugal, sublinhou que a música continua a ser o centro da comunicação da empresa. "O projecto que a Media Capital nos apresentou é pioneiro e tem como principal objectivo dar a conhecer as novas bandas portuguesas. Esta é uma iniciativa que pode mexer no mercado."
Numa primeira fase, o conteúdo da Vodafone FM é composto por uma playlist de músicas nacionais e internacionais, com destaque para a produção nacional. Diariamente, os ouvintes podem expressar as suas preferências musicais através de uma plataforma de votação online que decide os temas que vão para o ar.
A Vodafone FM vai emitir nas frequências 107.2 Mhz na Grande Lisboa e 94.3 Mhz no Grande Porto. Também estará disponível em www.vodafone.fm.

TMN: 4G em preparação



TMN prepara e moderniza rede com vista à adaptação para 4G.

A TMN vai actualizar e modernizar a sua rede, com vista à adaptação para 4G. O update à rede irá recorrer a tecnologias fornecidas pela Huawei e pela Nokia Siemens Networks, que vai trazer maiores benefícios a nível ambiental, de consumos energéticos e ainda diminuir os espaços ocupados para a instalação de equipamentos.
De acordo com o comunicado da operadora, os investimentos efectuados pela PT na fibra óptica, no negócio fixo, geraram sinergias com o negócio móvel uma vez que permitiram também a migração para fibra óptica da ligação das estações TMN. Actualmente cerca de 85% dos sites da TMN já estão ligados através de fibra óptica, valor ímpar a nível internacional, e que permitirá uma evolução sustentada para a 4ª geração móvel.
A TMN é um dos 61 operadores móveis em todo o mundo, num total de 7%, que se encontram a implementar a rede 4G. Em Abril do ano passado, numa demonstração pública da tecnologia LTE, demonstraram potencial para atingir entre 100 e 150 Mbp/s.

Vodafone FM lançada hoje



A Vodafone apresentou hoje no Parque das Nações a sua rádio, dedicada exclusivamente a música.

A Vodafone apresentou hoje, no Parque das Nações, a Vodafone FM, uma rádio dedicada exclusivamente a música e que começa a emitir a partir das 00h de amanhã. O projecto vai apostar na criação musical e na promoção de novas bandas e artistas, dirigindo-se essencialmente a um público jovem e urbano. A apresentação contou com a presença de António Coimbra, CEO da Vodafone Portugal, e Luís Cabral, Administrador da Media Capital Rádios, entre outras personalidades do universo da música nacional.
A Vodafone FM vai apostar em tudo o que de novo e relevante se faça no pop, rock, hip hop, dança ou nas múltiplas fusões de qualquer um destes estilos, de acordo com a operadora. Os ouvintes poderão expressar o seu gosto pelas músicas através de uma plataforma de votação online, permitindo uma intervenção sobre as músicas que passam no ar.
Inicialmente, os conteúdos vão consistir em playlists com destaque para a produção nacional, spots com divulgação do casting de locutores, que decorre até 13 de Fevereiro no site oficial da rádio, e ainda promoção do sistema de votação nas músicas. Mais tarde com a entrada dos locutores em antena, está prevista voz em directo na emissão e outro tipo de programação como noticiários de música, agenda cultural e programas de autor, refere a Vodafone em comunicado.
A estação de rádio vai emitir 24 horas por dia, 7 dias por semana, a partir do estúdio da Media Capital Rádios, podendo ser ouvida nas frequências 107.2 MHz na zona da Grande Lisboa, em 94.3 MHz no Grande Porto ou ainda em www.vodafone.fm para o resto do mundo.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Cavaco é o Presidente do País da gigantesca abstenção



Resultados

Cavaco esmagou em todos os distritos, mas é o PR menos votado da História. Alegre desiludiu em toda a linha, tendo menos votos com apoios partidários do que sozinho.

Confirmaram-se as indicações das sondagens, a tradição eleitoral, as previsões dos comentadores, o senso comum: Cavaco Silva foi reeleito, como gritavam os seus apoiantes durante a campanha eleitoral, "à primeira!"; e Manuel Alegre registou um resultado pior do que quando concorreu, em 2006, sem apoios partidários.
Mas, no país da abstenção (52,4%, valor só superado nas escolhas para o Parlamento Europeu), apesar de triunfar em todos os distritos (na maioria esmagando Alegre), com 52,9% e 2,2 milhões de votos, mesmo assim Cavaco Silva é o Presidente menos popular da III República: não só é o único que nunca teve três milhões de votos, como ficou abaixo de Jorge Sampaio, que tinha registado o pior desempenho até à data, com 55,6% e 2,4 milhões na reeleição de 2001.
O resultado de Manuel Alegre (19,8%), inferior aos 20,7% que teve quando concorreu sozinho - a origem desse milhão de votos de 2006 terá sido sobretudo dos que contestavam os partidos e, agora, votaram em Fernando Nobre -, pode ser terrível para o poeta, mas também é péssimo para o PS, o BE e o PCTP/MRPP - que somaram 43,7% (2,2 milhões de votos) nas legislativas de 2009. E, em especial, para José Sócrates, líder do partido que elegeu dois PR (Mário Soares e Jorge Sampaio) e, depois, obteve votações irrisórias nos candidatos que decidiu apoiar na corrida a Belém em 2006 e em 2011.



Cavaco é o Presidente do País da gigantesca abstenção



Resultados (com vídeo)

TV cresce 5,6%



Publicidade: Rádio e cinema com tendência positiva

O investimento publicitário em Portugal cresceu 3,3% em 2010, revelam os dados da MediaMonitor. A preços de tabela (aos quais é preciso retirar os descontos efectuados), o mercado recebeu mais de 4,9 mil milhões de euros.

De acordo com a empresa do grupo Marktest, no ano passado, a televisão recebeu mais 5,6% de investimento, sendo responsável por 75% do valor gasto em publicidade em Portugal. A TVI foi o canal que mais recebeu, garantido 36,6% do bolo total da publicidade. Ao canal de Queluz segue-se a SIC, com uma quota de mercado de 20,8%, e a RTP, com 13,3%.
Depois da televisão, a imprensa continua a ser o segundo meio preferido dos anunciantes, ao receber 14,5% do total investido. Isto apesar de registar uma quebra de 3%. A perder esteve também a publicidade exterior, que recebeu menos 6,3%, ficando assim, com 5,9% dos euros investidos em publicidade.
Com sinal positivo esteve a rádio, que viu o investimento crescer 2% no último ano, garantindo, assim, 4% do bolo da publicidade. Também a crescer esteve o cinema, que captou mais 2,7%. Ainda assim, este meio apenas representa 0,5% do mercado.
Estes números reflectem investimentos a preços de tabela, aos quais é necessário retirar os descontos praticados pelas empresas de comunicação social. Em 2009, por exemplo, a TVI praticou um desconto sobre estes valores de 92,2%, a RTP de 90,1% e a SIC de 89,7%.

Audiências: RTP1 ganha noite eleitoral



Presidenciais 2011

A emissão do primeiro canal da televisão pública foi o programa mais visto de ontem.

A maioria dos portugueses preferiu seguir a noite de eleições presidenciais na RTP1. A emissão do primeiro canal da televisão estatal liderou a tabela de audiências do dia e foi vista por 1 175 100 telespectadores, o que corresponde a uma audiência de 12,4%, registando um share de 29,2%.
Em segundo lugar, no que diz respeito à emissão especial 'Presidenciais 2011', ficou a TVI, com 1 026 300 telespectadores (10,9% de audiência) e 26,5% de share. Em último ficou a SIC, onde a vitória de Cavaco Silva foi acompanhada por 786 200 pessoas (8,3% de audiência) e alcançou 19,7% de share.

Canais perdem Alegre



RTP 1: Canal Público apenas emitiu ronda de perguntas

O discurso em que Manuel Alegre reconheceu a derrota nas eleições não foi transmitido, em directo, por nenhum dos três canais generalistas.

Quando o candidato entrava na sala do Hotel Altis, a RTP 1 estava em intervalo e a SIC e a TVI também fizeram pausas comerciais. O canal público ainda voltou a tempo de mostrar a ronda de perguntas, já a TVI optou por passar em diferido a mensagem do candidato. A SIC, por seu lado, quando retomou a emissão partiu logo para um directo, para acompanhar a saída de Cavaco Silva, o vencedor da noite, de casa até ao Centro Cultural de Belém. Mais tarde, recuperou o discurso de Alegre.
A cobertura das eleições presidenciais, como é hábito, mereceu grande destaque das estações generalistas, mas foi a RTP 1 que mais apostou. O canal público iniciou a emissão às 19h00, uma hora mais cedo do que os privados, e apresentou os resultados em três cenários diferentes. No principal, José Alberto Carvalho, munido de um iPad, foi revelando os números da noite. José Rodrigues dos Santos ocupou um segundo espaço e Judite de Sousa ouviu os comentários de Rui Rio e António Vitorino num terceiro cenário.
A SIC e a TVI apresentaram um modelo similar, com um cenário principal, com Rodrigo Guedes de Carvalho e Júlio Magalhães, respectivamente, e um secundário, onde decorreram os espaços de entrevista e análise.

COELHO E NOBRE SUPERAM SONDAGENS

Fernando Nobre e José Manuel Coelho foram os dois candidatos que superaram as últimas sondagens. Já Cavaco Silva ficou aquém dos resultados esperados, ainda que garantindo a maioria absoluta anunciada. Já Manuel Alegre apenas superou a previsão da Marktest, a que mais se afastou da realidade dos votos.

Cavaco com maioria, Alegre sofre derrota



Votos: Presidente reeleito à primeira volta

Cavaco Silva foi reeleito à primeira volta. Manuel Alegre, apoiado pelo PS e pelo Bloco, foi o grande derrotado. Fernando Nobre conseguiu mais de meio milhão de votos, Francisco Lopes segurou o eleitorado comunista e José Manuel Coelho surpreendeu com 4,5% dos votos, tendo vencido em três concelhos da Madeira, incluindo o Funchal.

O Presidente, que disse na campanha que tinha pouco apetite para usar a ‘bomba atómica' que lhe permite demitir o Governo, um poder que pode exercer a partir do próximo dia 9 de Março, frisou ontem no discurso de vitória que será "um referencial de confiança, de estabilidade e de solidariedade, sem abdicar de nenhum dos poderes que a Constituição" lhe confere. Cavaco prometeu exercer "uma magistratura activa, cooperando lealmente com todos os órgãos de soberania para a defesa dos grandes objectivos estratégicos nacionais". Pedro Passos Coelho, líder do PSD, também sublinhou que a vitória de Cavaco nas presidenciais não foi a primeira volta de futuras legislativas.
As eleições foram marcadas por uma abstenção recorde. A bronca com o Cartão do Cidadão, que não tem número de eleitor, terá contribuído em alguma parte para este registo. Cavaco não se esqueceu do incidente e criticou o Governo, ao saudar "os cidadãos portugueses que por razões burocráticas" não conseguiram votar, e adiantou que a "qualidade da democracia também se constrói criando condições para o exercício efectivo do direito ao voto". Mas uma nota da noite foi o protesto dos eleitores, manifestado no voto em candidatos como Coelho, ou nos recordes históricos dos votos brancos e nulos.

ALEGRE VALE MENOS COM O PS E BLOCO

Manuel Alegre foi a maior surpresa há 5 anos. À revelia dos partidos, o poeta consegui mais de um milhão de votos e passou os 20%. Agora com o apoio do Bloco e do PS não chegou a essa fasquia e ficou longe de 1 milhão de votos. Fernando Nobre ocupou o espaço deixado por Alegre e também surpreendeu com uma percentagem semelhante à registada por Mário Soares há 5 anos. O PCP voltou a apresentar um candidato, mas Francisco Lopes tem menos 160 mil votos do que os obtidos por Jerónimo em 2006.

sábado, janeiro 22, 2011

Ginásios com quebras de 15 a 30% nas receitas



Aumento do IVA

Os ginásios registam uma quebra de receita entre 15 a 30 por cento neste início de ano, devido às dificuldades financeiras dos portugueses, com a redução salarial e o aumento do IVA, segundo a associação do sector.

"O número de clientes que estão a aderir diminuiu, bem como o número de fidelizações de clientes. Há uma quebra nas receitas provocada pelos abandonos e pela menor adesão a certos cartões de fidelização", relatou à agência Lusa o presidente da Associação das Empresas de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), José Luís Costa.
Com cortes salariais e com o IVA dos ginásios a aumentar a partir deste mês, os portugueses estão a optar por programas mais acessíveis nas academias ou a cancelar a inscrição de alguns membros da família. Para já, as contas provisórias da AGAP apontam para 15 a 30% de quebras.
Relativamente a eventuais falências, José Luís Costa está certo de que alguns estabelecimentos irão encerrar: "Outros estão a tentar fazer trespasses e outros, que tinham prazos definidos para abertura de novos espaços, estão a atrasar essa abertura". "Existem custos que são aumentados no início do ano, como o gás, luz, água. Está a ser um início de 2011 complicado para se manter a qualidade que se pretende", frisou.
A associação do sector diz ainda que os ginásios continuam sem saber qual o IVA a aplicar, apesar de o Ministério das Finanças ter já dito que a taxa mínima de seis por cento deve incidir apenas nas actividades sem professor. Para as restantes actividades ou serviços a taxa é de 23%. "Aguardamos e temos insistido e continuamos sem resposta da secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais. Isso cria uma grande instabilidade nos ginásios. Há clubes a aplicar 23% e outros a taxar a 6%", declarou José Luís Costa.

As novas freguesias de Lisboa



Reforma administrativa

O PS e o PSD, que negociaram a reforma administrativa ao nível concelhio e distrital, propõem que seja criada uma nova freguesia do Oriente em parte da actual freguesia de Santa Maria dos Olivais, mas sem incluir para já algum território do vizinho do concelho de Loures, como reivindicado por comerciantes e moradores do Parque das Nações.

Excluída fica a ideia, contemplada num estudo feito por um consórcio universitário no ano passado, de criar a freguesia de Telheiras, separando este bairro da restante área do Lumiar. Assim, esta freguesia mantém o desenho actual, tal como Carnide, São Domingos de Benfica, Benfica, Campolide, Ajuda, Alcântara, Marvila e Beato.
As restantes freguesias são associadas em novas, definindo-se as seguintes junções: Campo Grande/São João de Brito/Alvalade, Anjos/São Jorge de Arroios/Pena, São João/Penha de França, Santo Condestável/Santa Isabel, Lapa/Santos/Prazeres, São Sebastião/Nossa Senhora de Fátima, Alto do Pina/São João de Deus, Charneca/Ameixoeira, São Francisco Xavier/Santa Maria de Belém, São Vicente de Fora/Graça/Santa Engrácia, Mercês/Santa Catarina/Encarnação/São Paulo e São Mamede/São José/Coração de Jesus.
A maior associação ocorre no centro histórico, com a união dos Mártires, Sacramento, São Nicolau, Madalena, Santa Justa, Sé, Santiago, São Cristóvão e São Lourenço, Castelo, Socorro, São Miguel e Santo Estêvão.

53 freguesias de Lisboa passam a 24 no novo mapa



Reforma administrativa

O novo mapa de Lisboa proposto pelo PS e pelo PSD, que reduz para 24 as actuais 53 freguesias, atribui às juntas mais competências a nível de manutenção do espaço público, gestão de equipamentos, intervenção comunitária e habitação.

Segundo o documento, assinado ontem pela distrital do PSD e pela federação da área urbana do PS, as juntas de freguesia ficarão, por exemplo, a assegurar a manutenção de espaços verdes, conservar pavimentos pedonais, limpar as ruas, licenciar actividades como a venda ambulante de lotarias ou leilões, construir parques infantis e sanitários públicos, gerir feiras e mercados ou a definir critérios especiais nos processos de realojamento.
Estas competências não se aplicarão, contudo, quando envolvam "espaços, vias, equipamentos ou matérias de natureza estruturante para a cidade" e o apoio a actividades e instituições não serão dados se já houver apoio da câmara. De acordo com o presidente do executivo municipal, António Costa (PS), o reforço da descentralização de competências será suportado apenas pelo orçamento camarário e não implicará mais despesa com meios humanos ou físicos, pelo que alguns colaboradores da câmara passarão para as juntas.
Com a proposta de reforma administrativa, os dois partidos sugerem também uma reorganização dos executivos das juntas, com "a possibilidade de aumentar o número de permanências dos membros". O documento visa também dar "expressão administrativa" às freguesias e equilibrar as suas dimensões relativas, já que há freguesias com 400 eleitores e outras com 45 mil.
A proposta será apreciada na próxima semana na câmara e segue para a assembleia municipal (onde o voto do PS e PSD garante a aprovação), sendo depois submetida a discussão pública, nova votação nos órgãos autárquicos e, finalmente, à apreciação da Assembleia da República. O líder da bancada municipal do PSD, António Prôa, sublinhou a importância de o Parlamento "ser capaz de corresponder até ao final" ao anseio da cidade e de a reforma administrativa de Lisboa não estar dependente de outras eventuais reivindicações idênticas no resto do país.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Defensor Moura pedalou esta tarde para um derradeiro e ecológico apelo ao voto



Defensor Moura subiu esta tarde para um quadriciclo e pedalou pelo centro da cidade de Viana do Castelo, para um derradeiro e «ecológico» apelo ao voto para as eleições presidenciais de domingo.
E no último dia a campanha animou. É verdade que foram percorridas as mesmas ruas, a comitiva era composta pelas mesmas pessoas mas Defensor Moura adoptou um meio de transporte diferente.
O candidato deixou de andar a pé e subiu para o quadriciclo, conjuntamente com as suas acompanhantes de sempre, a esposa Joana e a mandatária Flora Silva, e pedalou pelo centro histórico de Viana do Castelo.
Durante a tarde, cinco destas bicicletas de quatro rodas e quatro lugares chamaram a atenção para a candidatura de Defensor Moura, que quis aproveitar este veículo ecológico para apelar ao voto para as presidenciais de domingo.
Né Bastos deu o toque de partida com a sua concertina e animou o percurso com músicas como a Rosinha ou o Ramalhete.
«Oh Joana, ajuda aí», pediu o deputado socialista à sua esposa logo no início do passeio.
O antigo autarca de Viana do Castelo afirmou que a iniciativa tem um «significado muito importante».
É que, segundo frisou, isto só é possível na cidade minhota pois possui quatro quilómetros de ruas pedonais, nas quais diz que teve alguma responsabilidade enquanto autarca depois de 16 anos à frente da câmara local.
Defensor Moura garantiu que esta não foi uma campanha de turismo, mas aproveitou os carros de turismo para falar com as pessoas e distribuir panfletos.
E será que esta arruada original serve para arranjar votos? O candidato independente garante que não pensa só em votos mas que esta é uma maneira de «mostrar um modelo de vida para Portugal que foi ensaiado com sucesso em Viana».
Com umas socas calçadas, Flora Silva sentiu alguma dificuldade em acompanhar o ritmo da pedalada mas garantiu que a está pronta para «seguir sempre rumo a Belém em defesa de um Portugal melhor».
Para o apoiante Vítor Barbosa esta foi uma iniciativa «muito ecológica» e «mobilizadora das populações».
«Além do mais serve para chamar a atenção para o desperdício. As pessoas não gostam nem do desperdício económico nem ecológico», sublinhou.

Nobre promete Restauradores 'cheio' no domingo à noite



A campanha presidencial de Fernando Nobre despediu-se hoje da rua com o candidato à frente de mais de trezentos apoiantes a quem prometeu uma praça dos Restauradores «cheia» no domingo à noite.
A arruada, que começou no Chiado, terminou com Nobre na varanda da sua sede, um segundo andar nos Restauradores, dizendo através de um megafone que domingo à noite haverá «uma praça cheia» para comemorar a passagem à segunda volta que continua «piamente» convencido que vai atingir.
Nobre caminhou junto da sua mulher, duas filhas e vários apoiantes que o acompanharam durante a campanha, como o fundador do PS Edmundo Pedro e a ex-provedora da Casa Pia Catalina Pestana.
Aos jornalistas, Fernando Nobre reafirmou que um resultado como dez por cento dos votos «não é mau» para quem começou com previsões de «um ou dois».
«Acredito piamente», respondeu quando questionado se ainda acredita numa segunda volta.
Fernando Nobre teve ainda tempo de responder às declarações do seu adversário Cavaco Silva, que criticou cortes salariais e defendeu um imposto extraordinário sobre rendimento, dizendo que veio «tarde e a más horas».
«Se não estava de acordo com o Orçamento de Estado, não o podia ter promulgado», disse Nobre.
O caminho da arruada foi aberto por um grupo de dezasseis jovens a tocar bombos e tambores. À frente da multidão veio um outro grupo de jovens que apoiou Fernando Nobre em todas as deslocações pelo país segurando uma faixa que dizia «Cidadania».
Atrás do candidato vinham várias centenas de apoiantes com bandeiras, entoando palavras de ordem.
Pelo caminho, Nobre foi acenando às pessoas que pararam nos passeios e observavam o desfile das varandas.
Muitos quiseram também cumprimentá-lo e abraçá-lo, expor-lhe problemas pessoais, tirar fotografias ou simplesmente vê-lo mais de perto.
No fim, chegado aos Restauradores, subiu ao apartamento que lhe serve de sede distrital, a cem metros do enorme cartaz que Cavaco Silva pôs a decorar a fachada do prédio onde instalou a sua sede, e declarou que a sua candidatura mostrou que a «cidadania está viva».
«Queremos dignidade, respeito e futuro, para que Portugal volte a ser um país digno e admirado», afirmou.
O candidato terminou dizendo que «o futuro negro que alguns nos traçaram não tem razão de ser», antes de, já sem megafone, se voltar a dirigir aos apoiantes para saudar a presença do seu filho, considerando que tornou o dia «muito especial».
Fernando Nobre reserva para o comício de hoje à noite, no Centro de Congressos de Lisboa, o «último grito» da candidatura e afirmou que espera estar no dia 24 a «preparar a segunda volta».

Alegre: 'As pessoas precisam de esperança'



A última arruada da campanha eleitoral de Manuel Alegre decorreu esta tarde pela Rua de Santa Catarina, no Porto, culminando com o candidato presidencial a subir a um autocarro para deixar uma palavra de esperança aos portugueses.
A arruada na baixa do Porto de Manuel Alegre reuniu hoje menos pessoas do que o habitual nestes contactos com a população de candidatos do PS, mas ainda assim ouviram-se gritos de apelo a Alegre, havendo muitos cidadãos a querer cumprimentá-lo.
O passeio pelas ruas da cidade começou na Praça da Batalha, e o candidato presidencial seguiu acompanhado pela sua comitiva, da qual faziam parte nomes como o líder da Federação do PS/Porto, Renato Sampaio, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Salvador Serrão, a governadora civil do Porto, Isabel Santos, entre outros.
A arruada seguiu pela Rua de Santa Catarina, onde Alegre foi ziguezagueando para poder cumprimentar apoiantes, lojistas e transeuntes.
No final, o candidato subiu a um autocarro panorâmico para dirigir algumas palavras aos seus apoiantes.
Aos jornalistas, Alegre disse, antes de entrar no seu carro, que «as pessoas precisam de esperança, quem lhes incuta confiança, não cinzentismo, não suspeição, não sombras».
«As pessoas querem sol, querem alegria, querem esperança», concluiu.

'Casos' da campanha foram 'encomendados' aos jornalistas



As notícias sobre a compra e venda de acções da SLN e sobre a casa de férias de Cavaco no Algarve foram 'encomendadas' aos jornalistas por campanhas adversárias, afirma o candidato.
Em entrevista à Rádio Renascença, Cavaco Silva refere-se aos casos que aqueceram a campanha eleitoral - o da compra e venda de acções da SLN a um preço supostamente vantajoso para o actual Presidente da República, e o da escritura da sua casa de férias no Algarve, a qual terá sido construída antes da emissão da devida licença.
Cavaco afirma que tudo não passa de uma «operação montada» através de notícias 'encomendadas' aos jornalistas por campanhas adversárias.
«Foi pena que alguma imprensa não tivesse revelado quem é que os alimentava. Os jornalistas sabem quem montou a operação», acusa o candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP, sem concretizar.
Sobre os dois casos, Cavaco entende que «não há nada a esclarecer», defendendo que gerir poupanças ou ter uma casa de férias são coisas «normais» de «cidadãos normais».

Presidenciais: Sondagens excluem 2.ª volta



Desde a primeira à última sondagem, uma constante: Cavaco arruma Alegre no domingo.
Sondagens há para todos os gostos é uma expressão que não se aplica nestas presidenciais. As empresas que mediram as tendências de voto nos últimos meses - Eurosondagem, Intercampus, Marktest, Aximage e Católica - confirmam na recta final da campanha a principal tendência que manifestaram ao longo dos últimos meses: a inexistência de segunda volta. Se estiverem certas, Cavaco Silva ganha direito a ficar mais cinco anos em Belém, já no próximo domingo, com uma percentagem de votos que, no limite, rondará os 55%.
Manuel Alegre, que beneficiou das críticas e dúvidas lançadas sobre a honestidade de Cavaco no negócio das acções que teve no BPN, surpreende pela negativa: perde os ganhos arrecadados nas últimas semanas e acaba, nas sondagens, perto dos 25%.
Se as urnas reiterarem as sondagens, confirma--se que o socialista esteve longe de fazer o pleno do eleitorado do PS. Mais, Alegre não conseguirá sequer, neste cenário, obter a soma da percentagem de votos obtida há cinco anos, como candidato independente, com a do candidato do BE, Francisco Louçã - juntos somaram 26%.
As dores de cabeça do PS e do BE contrastam com uma possível alegria entre as hostes comunistas. Francisco Lopes, que antes da campanha era um ilustre desconhecido dos portugueses, têm hipóteses, na previsão da Intercampus, de ficar ao nível da percentagem obtida por Jerónimo de Sousa há cinco anos. Um bom resultado no que se antevê ter sido o tirocínio para a liderança do PCP... um dia.
Surpreendente é a recuperação de Fernando Nobre, o candidato independente, que foi esmagado por analistas pela sua prestação nos frente-a-frentes televisivos e que passou discreto pelos primeiros dias de campanha.
Finalmente. Defensor Moura e José Manuel Coelho - dois candidatos com uma base de apoio regional - disputam a liga dos últimos, com uma votação entre os 2 e 3 por cento.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

World Press Photo cria concurso para trabalhos jornalísticos multimédia



Prémio tem valor de 5 mil euros

A World Press Photo lançou este ano um concurso para produções jornalísticas multimédia, lê-se no sítio da organização na Internet.

Os concorrentes serão nomeados por uma comissão de especialistas que vai escolher trabalhos jornalísticos em duas categorias: produções lineares online ou off-line, e produções online interactivas.
As produções podem incluir elementos audiovisuais como fotografia, vídeo, animação, gráficos, ilustrações, som e texto, com a condição de que a fotografia tenha "um papel significativo na história".
Os critérios para a selecção serão o impacto, a edição, a originalidade e o grau de inovação na execução.
Os vencedores serão anunciados no início de Maio, na mesma altura em que a World Press Photo divulga os nomes dos premiados na área da fotografia.
O júri é liderado por Ed Kashi, fotojornalista norte-americano, e inclui Claudine Boeglin, da fundação Thomson Reuters, Andrew DeVigal, do jornal The New York Times, o fotógrafo e realizador britânico Tim Hetherington e o sul-coreano Kang Kyung-ran, da Frontline News Service.
O primeiro prémio tem o valor de 5 mil euros.

Governo arrisca multa por atraso



Lei da Televisão: Tem de ser aprovada até final de Janeiro

Portugal pode pagar uma multa de dois milhões de euros se não aprovar até ao final do mês as alterações à Lei da Televisão.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, "mandou para a comissão [de ética] uma notificação de que a União Europeia pode levantar um processo passível de multa se não aprovarmos a lei dentro do prazo. E agora temos de acelerar os trabalhos", explica ao CM Carla Rodrigues, deputada do PSD.
Recorde-se que a Lei da TV passou na generalidade em Setembro, mas tem de ser aprovada na especialidade, à semelhança do que aconteceu com a Lei da Rádio, já publicada em Diário da República.
A legislação já aprovada poderá sofrer ainda algumas alterações na especialidade, já que PSD e BE levantaram algumas questões. O PSD, por exemplo, questiona a obrigatoriedade do financiamento do Estado ao Serviço Público de Televisão, bem como a excessiva regulamentação da concentração de meios. Os sociais-democratas falam ainda na possibilidade de financiamento por parte dos municípios a televisões locais ou regionais.
Mas com o prazo apertado devido ao ultimato da UE, os deputados da comissão de ética têm de acelerar. "Agora, temos uma espada em cima da cabeça. Reunimos sexta-feira e vamos fazer a votação sem nos perdermos em pormenores. Depois logo se vê", explica ainda Carla Rodrigues.

Trabalhadores ferroviários em greve dia 10 de Fevereiro



Contra a privatização das linhas da CP

Os trabalhadores da CP, da CP Carga, da Refer e da EMEF estarão em greve no dia 10 de Fevereiro, informa o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira.

José Manuel Oliveira disse, em declarações à agência Lusa, que os representantes sindicais das empresas do sector ferroviário decidiram, esta quinta-feira, avançar para uma greve de 24 horas, que abrangerá todos os trabalhadores das quatro empresas, com excepção dos maquinistas.
Os maquinistas “farão apenas uma greve parcial durante a manhã” do dia 10 de Fevereiro, voltando a paralisar no mesmo período no dia 15.
Além da greve, os sindicatos decidiram também apresentar um pedido de reunião com a administração da CP com o objectivo de protestar a intenção do Governo, de privatizar algumas linhas.
No dia 07 e 11 de Fevereiro também será feita uma greve pelos funcionário dos CTT, da Transtejo, da Carris e da Soflusa, e no dia 9 paralisará a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP).

Edição 19-01-2011

Julgamento do caso da Universidade Independente marcado para 03 de Março



O início do julgamento do caso da Universidade Independente (UNI), que conta com 24 arguidos acusados de vários crimes de cariz económico-financeiro, está marcado para o dia 03 de Março, na 1.ª Vara Criminal de Lisboa, anunciou fonte judicial.
Amadeu Lima de Carvalho, alegado accionista maioritário da SIDES - Sociedade Independente para o Desenvolvimento do Ensino Superior, empresa detentora da já extinta UNI, o ex-reitor Luís Arouca, o antigo vice-reitor Rui Verde e o ex-presidente da instituição, António Labisa, são quatro dos arguidos no processo.
Amadeu Lima de Carvalho, que chegou a estar preso preventivamente, está acusado de mais de 40 crimes, incluindo branqueamento de capitais, burla qualificada, corrupção e fraude fiscal.

Assinaturas “falsificadas”



Justiça: Ex-mulher de Rui Verde clama inocência

A juíza Isabel Pinto Magalhães garantiu ontem, no Tribunal da Relação de Lisboa, que o ex-marido, Rui Verde, lhe ocultou todas as operações financeiras relacionadas com a Universidade Independente (UNI) e que as suas assinaturas foram falsificadas.

"Qualquer assinatura minha em documentos deste processo não é verdadeira. Foram falsificadas", afirmou a magistrada, acusada de um crime de branqueamento de capitais e dois de falsificação de documentos.
Em causa no julgamento, realizado pela Relação em virtude de a arguida ser juíza de 1ª instância, está a dissipação de património que o casal adquiriu com dinheiro da UNI. A acusação diz que a arguida está envolvida em movimentos que atingem os dez milhões de euros. Mas a juíza garantiu estar inocente: "Nunca tive acesso às contas bancárias da SIDES [empresa detentora da UNI]. Tudo me foi sempre completamente ocultado."
A arguida afirma que só houve dois movimentos da SIDES para as suas contas, no valor de 40 mil euros. "A explicação do meu ex-marido era que tinha créditos sobre a SIDES. Não estranhei, porque sempre me disse que a UNI não tinha receitas suficientes e ele tinha de financiar", disse, frisando que Rui Verde tinha "fortuna pessoal". A 2ª sessão realiza-se quarta-feira. Os outros 24 arguidos começam a ser julgados a 3 de Março.

Juíza garante que a sua assinatura foi falsificada



Isabel Pinto Magalhães foi casada com o ex-vice-reitor Rui Verde, da UNI

A juíza Isabel Pinto Magalhães, ex-mulher do vice-reitor da Universidade Independente (UNI), garantiu ontem, no Tribunal da Relação de Lisboa, que as suas assinaturas foram falsificadas e que desconhecia o conteúdo de documentos onde consta o seu nome.

Isabel Pinto Magalhães está a ser julgada por dois crimes de falsificação de documentos e um crime de branqueamento de capitais, num processo extraído do caso UNI. Em causa está a dissipação do património, adquirido pela juíza e Rui Verde, com dinheiro da Universidade Independente.
O ex-vice-reitor da UNI esteve em prisão preventiva e chegou a ser pronunciado de dezenas de crimes, incluindo associação criminosa, burla agravada, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Além de Rui Verde, também são arguidos no processo principal da UNI o antigo reitor Luís Arouca e o auto-intitulado accionista maioritário da SIDES – empresa detentora da extinta universidade – Amadeu Lima de Carvalho.
Após uma investigação iniciada em 2006, o Ministério Público acusou 26 arguidos por crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada, falsificação de documentos, burla qualificada, corrupção activa/passiva e braqueamento de capitais.
A UNI foi encerrada compulsivamente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.



quinta-feira, janeiro 06, 2011

Estagiários passam a ter direito a subsídio de desemprego



Medida está a ser discutida com os parceiros sociais

Os jovens que, a partir de este ano, frequentem estágios profissionais serão integrados no regime geral da Segurança Social, passando a ter direito a protecção no desemprego e na doença.

A medida foi avançada por fonte oficial do Ministério do Trabalho e está, neste momento, a ser apresentada e discutida com os parceiros sociais no âmbito da discussão do plano para a competitividade e emprego.
Com esta medida, um jovem que tenha feito um estágio profissional de nove meses (o tempo máximo para os estágios financiados pelo Instituo de Emprego) verá este tempo ser-lhe contado para efeitos de subsídio de desemprego.
Os pormenores da medida ainda estão em discussão, mas fonte oficial garante que estes descontos serão feitos “sem acréscimo de custos para as entidades acolhedoras”. A integração dos estagiários na Segurança Social era uma reivindicação antiga das centrais sindicais, UGT e CGTP.
Na reunião que a ministra Helena André está a ter com os parceiros sociais terá ainda sido proposta a criação de um grupo de trabalho para definir as profissões estratégicas para a economia do futuro e para a reconversão dos desempregados. As conclusões irão levar a uma actualização do catálogo nacional de qualificações.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...