quinta-feira, abril 01, 2021

Relógios avançaram uma hora na madrugada de domingo




Os ponteiros do relógio foram adiantados 60 minutos na madrugada de domingo em Portugal continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, para a hora legal de verão, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.


Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios foram adiantados uma hora quando era 01h00, passou para as 02h00.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança foi feita às 00h00, passou para a 01h00.

A hora legal voltará depois a mudar em 31 de outubro, para o regime de inverno.

O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.

quarta-feira, março 31, 2021

Será mais fácil ouvir mensagens de áudio no WhatsApp



A nova opção está agora na versão beta da app para iOS.





O WhatsApp parece estar a trabalhar numa forma de personalizar a forma como ouve as suas mensagens de áudio.

Diz o WABetaInfo que a app de mensagens se encontra a testar uma funcionalidade que permite mudar a velocidade de reprodução de mensagens, o que lhe permite ouvi-las um pouco mais rápido.

A publicação refere que a funcionalidade está atualmente na versão beta do WhatsApp para iOS, pelo que é de esperar que venha a ser lançada em breve.

Fisco emite alerta sobre sms enviados por 'falsos' centros aduaneiros



O Fisco emitiu um alerta sobre mensagens fraudulentas enviadas aos contribuintes por um falso centro aduaneiro, apelando a ignorarem estes sms que diz servirem para, "maliciosamente", recolher informação pessoal e confidencial do contribuinte, para uso ilegal.


"A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem conhecimento de uma campanha de 'phishing' que recorre a mensagens de texto (SMS) fraudulentas emitidas supostamente por um 'centro aduaneiro'", informa o Fisco em comunicado divulgado no portal das finanças.

A AT, segundo explicou à Lusa fonte do ministério das Finanças, emitiu o alerta após começar a receber "um número significativo" de contactos de contribuintes que receberam tais mensagens e queriam esclarecer sobre a sua veracidade.

No comunicado, o Fisco explica ser "alheio" a tais mensagens e lembra que são "passíveis de comprometer a privacidade e a segurança" de quem as recebe, se o contribuinte aceder a 'links' do sms, que "maliciosamente" remetem para páginas fraudulentas na internet, para a "recolha de informação pessoal e confidencial para uso ilícito".

Essas mensagens "são falsas e devem ser ignoradas" e, em caso algum, deve o contribuinte efetuar a operação pedida no sms, recomendando ainda o Fisco que o contribuinte leia o folheto informativo sobre Segurança Informática disponível no mesmo portal.

Há cerca de um mês a AT emitiu um aviso semelhante, informando também sobre a circulação de mensagens fraudulentas enviadas para os telemóveis para pagar taxas aduaneiras de encomendas retidas nas alfândegas.

Também em novembro, o Fisco alertou para o envio de mensagens falsas para o telemóvel nas quais é pedido que se carregue em 'links' que são fornecidos, apelando a que fossem ignoradas por quem as recebia.

Entre os exemplos do corpo das mensagens falsas, enviadas alegadamente pelo Governo português, em novembro, constava o anúncio de reembolso de 105 euros e convidava o contribuinte a clicar num 'link' para que o reembolso fosse processado.

Dúvidas sobre convocatória para vacina? Eis o guia que lhe explica tudo



Quem me irá enviar a SMS? De que número? Como respondo de forma correta? Aqui encontrará as respostas.


O plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal está em marcha desde o final do ano passado, mas importa tirar as dúvidas que persistem sobre a convocatória e o agendamento para este ato "gratuito e universal" que é fundamental para o combate à pandemia. 

Assim, o Governo, em conjunto com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), Direção-Geral da Saúde (DGS) e Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), criaram um guia com tudo o que precisa de saber

"No âmbito do plano de vacinação contra a Covid-19, será contactado por SMS pelo número 2424", é explicado. A mensagem que irá receber terá o seu nome, assim como o dia, hora e local para os quais a sua inoculação está marcada. 

Em resposta, terá de enviar uma SMS para o mesmo número onde colocará SNS, seguido do seu número de utente, seguido da palavra 'SIM' ou 'NÃO' - consoante aceita ou não a marcação. Tudo separado por pontos finais. Exemplo: SNS.111111111.SIM

"Caso não responda à SMS, ou se responder negativamente ao agendamento proposto, perde a prioridade na vacinação", é apontado.



Respondi. E agora?


Após ter respondido correta e positivamente à convocatória, o registo fica efetuado e a informação registada: "No dia anterior ao dia da vacinação, o utente recebe uma nova mensagem para recordar a convocatória". Exemplo: COVID19: Nao se esqueca. Vacinacao amanha as 10:00 em USF ALVALADE.

Se a resposta tiver sido dada num formato incorreto , vai receber um aviso. "COVID19: Formato da resposta incorreto. Responda: SNS.NUMEROUTENTE.SIM/NAO."

Por fim, caso envie a resposta fora do prazo, a mensagem será a seguinte: "COVID19: Resposta fora do prazo. Aguarde contacto do SNS. Para mais informação consulte covid19.min-saude.pt/vacinação"

Dia Nacional do Estudante: o longo caminho que ainda falta percorrer





Portugal continua a ser um dos países europeus com as propinas mais caras e com menor número de estudantes abrangidos por algum tipo de bolsa pública de acção social.

Esta quarta-feira, 24 de Março, assinalou-se o Dia Nacional do Estudante. Este início de década tem sido particularmente nefasto para os jovens, à custa de uma pandemia que tarda em deixar-nos. O ensino presencial tem sido, a espaços demasiado largos, substituído pelo ensino online – com todos os entraves na aprendizagem que essa mudança traz, acentuados nos jovens provenientes de famílias mais carenciadas – e a crise social e económica que enfrentamos irá depenar, sobretudo, os ciclos de ensino que (ainda) constituem um elevado peso nas contas dos agregados familiares. É, por isso, de extrema importância reflectir novamente sobre o estado do ensino superior, os custos associados à sua frequência e, sobretudo, sobre políticas públicas que visem tornar Portugal num país com uma população mais qualificada.  

Portugal continua a ser um dos países europeus com as propinas mais elevadas e com menor número de estudantes abrangidos por qualquer tipo de bolsa pública de acção social, como demonstra o relatório da Eurodyce National Student Fee and Support System in European Higher Education, relativo ao ano lectivo de 2019/2020. Apesar da redução das propinas nos últimos dois anos lectivos, de 1065 euros para 697 euros, ter constituído uma vitória para todos os que defendem a democratização e universalidade do acesso ao ensino superior, a realidade é que se está ainda muito longe de atingir esse princípio, principalmente se se tiver também em conta a contínua redução de estudantes abrangidos com bolsa de acção social – de 20,6% em 2017 para 18,8% em 2019.

Contrastando com países como o Chipre, a Suécia ou a Dinamarca, países que atingiram os objectivos definidos pela União Europeia como meta até 2020 referentes à percentagem da população dos 30 aos 34 anos com ensino superior concluído, Portugal não só não atingiu a meta para si estabelecida, como continua abaixo da média europeia. É, portanto, urgente mudar o paradigma estabelecido e, de uma vez por todas, assumir que o ensino superior é um pilar fundamental para o crescimento do nosso país, fomentando o aumento da produtividade e a qualidade de vida dos portugueses. Para isso, é necessário assegurar a igualdade no acesso ao ensino superior, através da redução da propina até ser atingida a gratuitidade e do aumento das bolsas de acção social, tanto ao nível do valor como do limiar de elegibilidade, certificando que ninguém fica para trás.

Também o subfinanciamento crónico do ensino superior deve ser combatido, permitindo um desenvolvimento sustentável das instituições de ensino superior, e a aposta no alojamento estudantil, através do PNAES, deve primar pela sua execução a curto prazo, tendo em conta a elevada percentagem de estudantes deslocados das suas áreas de residência e dos elevados custos que o alojamento constitui para os mesmos.

É, acima de tudo, uma questão de escolha: se queremos um país onde apenas alguns têm a possibilidade de prosseguir os seus estudos ou um país onde todos os jovens, independentemente das suas condições socioeconómicas, têm a oportunidade de aprender; um país com um elevador social danificado ou um país de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos têm acesso às mesmas oportunidades e onde o mérito é o principal diferenciador de cada um.

A escolha, essa, só pode ser uma: a democratização e universalidade do ensino superior.



 



sexta-feira, março 26, 2021

Vacinas de ARN-mensageiro protegem grávidas contra a covid-19 (e ao bebé também)

 

Imunização com vacinas da Moderna ou da Pfizer-BioNtech gera anticorpos protectores para a mãe e para os filhos. Grávidas correm riscos elevados de hospitalização, se tiverem covid-19, mas faltam ensaios clínicos para provar que é seguro vacinar-se.

Mulheres grávidas e a amamentar, imunizadas contra a covid-19 com as vacinas de ARN-mensageiro, têm altos níveis de anticorpos que as protegem contra o vírus SARS-CoV-2. Mais, as vacinas conferem imunidade aos recém-nascidos através do leite materno e da placenta, onde também se encontram anticorpos, diz o maior estudo deste tipo publicado até agora, feito nos Estados Unidos.

Investigadores do Massachusetts General Hospital, do Hospital Brigham e de Mulheres, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts e da Universidade de Harvard dizem na revista científica American Journal of Obstetrics and Gynecology (AJOG) que as vacinas como as da Moderna e da Pfizer-BioNtech são altamente eficazes a produzir anticorpos nestas mulheres – que ficaram de fora da primeira fase de ensaios clínicos e também da recomendação para se vacinarem.

No entanto, múltiplos grupos de investigação em várias partes do mundo têm mostrado que as grávidas com covid-19 correm riscos maiores de sofrerem de uma forma grave da doença e de serem hospitalizadas, e de necessitarem de ventilação, do que mulheres da mesma idade que não estejam grávidas, segundo um artigo noticioso recente na revista Nature.

O estudo agora publicado viu o que se passou com 131 mulheres (84 grávidas, 31 a amamentar e 16 simplesmente em idade reprodutiva) que foram vacinadas com as vacinas da Moderna ou da Pfizer-BioNtech. O número de anticorpos que desencadearam era equivalente nos três grupos, e os efeitos secundários raros e comparáveis entre todos.

“Esta notícia, de haver uma excelente eficácia das vacinas, é encorajadora para as mulheres grávidas e a amamentar, que ficaram de fora dos ensaios clínicos iniciais”, comentou Andrea Edlow, especialista em medicina materna e fetal do Massachusetts General Hospital e uma das autoras seniores do artigo, citada num comunicado de imprensa do hospital.

As empresas que produzem as vacinas de ARN-mensageiro lançaram, entretanto, ensaios clínicos focados nas mulheres grávidas – e nas crianças também, outro grupo que ficou de fora dos testes iniciais e que, por isso, não é vacinado contra a covid-19. A Moderna está a recrutar para testar a sua vacina até em bebés de seis meses e crianças até 1 anos. Até agora as recomendações sobre a vacinação destinadas a elas têm sido casuísticas: deve ser uma decisão da mulher e do seu médico, avaliando riscos e benefícios.

Sabe-se que as grávidas correm maiores riscos com doenças respiratórias infecciosas. Os seus pulmões trabalham mais do que o normal, para dar oxigénio ao bebé, mas a sua capacidade vai ficando reduzida, à medida que o útero cresce e empurra o diafragma, conquistando espaço na barriga. Além disso, quando uma mulher fica grávida, o seu sistema imunitário fica suavizado, algo adormecido, para não atacar o bebé. Isto pode tornar as mulheres mais susceptíveis a complicações de uma infecção respiratória. Está documentado que as mulheres que foram infectadas com o vírus da gripe H1N1 na pandemia de 2009-2010 correram um maior risco de ter um parto prematuro ou um nado-morto, diz a Nature.

Uma análise de 77 estudos publicada na British Medical Journal em Setembro de 2020 mostrou que as hipóteses de grávidas com covid-19 darem entrada numa unidade de cuidados intensivos são 62% maiores do que para mulheres da mesma idade que não estejam grávidas. E é 88% mais provável que necessitem de ventilação. Estes resultados foram confirmados por outras análises, diz a Nature.

Não parece haver é sinais de que a infecção pelo novo coronavírus seja transmitido ao feto, pelo menos frequentemente. Já havia indicações de que isto acontecia, mas o estudo agora publicado na AJOG mostra que havia anticorpos gerados pelas vacinas em todas as amostras de sangue do cordão umbilical e do leite materno colhidas – o que prova a transferência de anticorpos da mãe para o recém-nascido. “Agora temos provas claras de que as vacinas contra a covid-19 induzem uma reacção imunitária que protege os bebés”, comentou Galit Alter, o outro autor-coordenador do estudo, citado no comunicado de imprensa.

O estudo mostrou também diferenças potenciais entre as duas vacinas de ARN-mensageiro: mostrou que o nível de anticorpos (IgA) nas mucosas é mais alto após a segunda dose da vacina da Moderna do que após a segunda dose da da Pfizer-BioNtech. “Isto é importante para toda a gente, pois o vírus SARS-CoV-2 é contraído através de superfícies das mucosas como o nariz, a boca e os olhos”, comentou Kathryn Gray, obstetra no Hospital Brigham e de Mulheres, e principal autora do artigo. “Mas também é importante para as mulheres grávidas e que estão a amamentar, pois o IgA é um dos anticorpos fundamentais no leite materno”, concluiu.


quarta-feira, maio 01, 2019

Um debate “demasiado telegráfico” sobre eleições que “não são plebiscito ao Governo”


EUROPEIAS 2019

Pela primeira vez, os candidatos dos cinco principais partidos e da coligação juntaram-se, na SIC, para falar sobre europeias.

O primeiro debate com os candidatos de cinco partidos (PS, PSD, CDS, BE e PDR) e uma coligação (CDU) às eleições europeias juntou esta quarta-feira, Dia do Trabalhador, na SIC Pedro Marques, Paulo Rangel, Nuno Melo, Marisa Matias, Marinho e Pinto e João Oliveira. Moderado pelo jornalista Bento Rodrigues, o debate começou com uma declaração de um minuto de cada um dos intervenientes. “Demasiado telegráfico”, queixou-se o candidato do PDR antes de a emissão passar para a SIC Notícias. Rangel deixou claro que eleições não são “um plesbicito ao Governo”. 
Nesse primeiro minuto, foi Marinho e Pinto - o terceiro a falar - quem mais ideias conseguiu verbalizar. Depois de concordar com os outros dois candidatos que já tinham falado, dizendo que “estas eleições são da máxima importãncia”, o candidato do PDR explicou que defende a criação de um “salário mínimo europeu abaixo do qual não seja digno remunerar na Europa, uma pensão mínima e um subsídio de desemprego mínimo”. Em apenas um minuto, ainda falou sobre o combate contra transformações climáticas e o pilar social europeu. 
Paulo Rangel abriu as intervenções a dizer que estas “são as eleições mais importantes” e que criticando António Costa por ter querido “transformá-las num simples referendo ao seu Governo, enquanto na Europa se debate o Brexit, o populismo, as migrações”, entre outros assuntos importantes. “Eles falam e não fazem, nós temos propostas concretas para a juventude, luta contra o cancro”, disse. 
Pedro Marques quis deixar claro que as europeias dizem respeito os portugueses e que implicam “uma escolha clara com consequências directas na vida dos portugueses”. Disse que Paulo Rangel e o PSD personificam a “Europa dos cortes e sanções” enquanto o PS representa “a Europa da coesão, dos direitos sociais e dos trabalhadores”. 
Já Nuno Melo, à semelhança de Paulo Rangel, criticou António Costa por ter “nacionalizado a campanha enquanto o PS escondeu o seu candidato”. O primeiro-ministro disse que “estas eleições têm de ser uma moção de confiança ao Governo, se assim é, são a primeira oportunidade para uma estrondosa censura ao Governo”. o candidato do CDS repetiu que este partido é a “única escolha possível”. Fora do seu minuto, marcou o debate quando mostrou imagens de Pedro Marques com José Sócrates. 
Seguiram-se Marisa Matias e João Oliveira. A primeira usou o seu minuto a falar sobre a “importância do voto no Bloco para poder defender salários e pensões”. Já o comunista referiu-se ao Dia do Trabalhador e ao aumento do salário mínimo. Teve ainda tempo para falar sobre “o direito a compatibilizar a vida profissional com a vida familiar” e de enviar um recado àqueles que “hora H voltaram as costas aos trabalhadores”. 
Mais tarde, João Ferreira concretizou as críticas à Europa responsabilizando a União Europeia pelos problemas dos portugueses. “Portugal é dos menos cresce. É uma realidade muito ligada às políticas da União Europeia. Decisões em que PS, PSD e CDS não se distinguiram”, disse o comunista. Nuno Melo havia de responder com uma pergunta: “Que culpa tem a UE que uma ministra da Saúde tenha falseado listas de espera?”. 
Uma boa parte do debate foi dedicado à questão das sondagens, em que o PS tem vindo a descer sem no entanto se deixar apanhar pelo PSD. Os candidatos evitaram comprometer-se com eventuais resultados, mas Pedro Marques arriscou dizer que o PS vai mostrar a sua força. Paulo Rangel assumiu que o objectivo do PSD é ganhar as eleições. “Está ao nosso alcance, não é fácil, mas vamos subir substancialmente a votação. Estamos muito confiantes.” 
Um dos temas incontornáveis no debate foi o dos fundos estruturais. Pedro Marques recordou que até Carlos Moedas concordou que o acordo conseguido por Portugal foi um bom acordo e acusou o Governo PSD/CDS de desperdício de fundos comunitários, incluindo 20 milhões de euros do PRODER. “Não vou continuar a comentar estas inverdades”, concluiu. Mas Rangel não o deixou a falar sozinho. “Pedro Marques não negou aqui que tenha havido um corte de 7% e 1600 milhões de euros no novo quadro financeiro plurianual. Como podemos considerar credível um candidato que foi negociador dos fundos e que aumentou fundos para países muito mais ricos do que Portugal? Há corte ou não há corte?”, quis saber. 
Durante esta troca de argumentações a dois, Marinho e Pinto aproveitou para pedir a Bento Rodrigues para não deixar que o debate se transformasse num frente-a-frente em que ganha a “pura retórica de campanha”. Quanto finalmente intervém, Marisa Matias assegura que o Bloco vetará o orçamento comunitário. “Portugal não pode aceitá-lo porque não defende Portugal nem os portugueses”. A bloquista criticou ainda a falta de investimento em Portugal. 
Temas como a Venezuela, que motivou várias perguntas do moderador, ou a Coreia do Norte, introduzido por Nuno Melo, serviram para o candidato do CDS lançar críticas às posições do PCP, sobretudo, mas também para voltar a falar em José Sócrates. “O que a Venezuela será cabe aos venezuelanos decidir não cabe a Trump, a Bolsonaro ou a Juncker”, defendeu-se João Ferreira. A União Europeia “não tem de seguir a fanfarra do senhor Trump ou do senhor Bolsonaro”, disse Marinho e Pinto. 
A presença da extrema-direita na Europa serviu para João Ferreira valorizar a existência dos partidos comunistas e para Marisa Matias culpabilizar, sobretudo, os partidos do bloco central pela forma como trataram a questão dos refugiados, permitindo o aproveitamento da extrema-direita. 
Pedro Marques assumiu que o facto de “as pessoas deixarem de ver resultados concretos nas suas vidas”, apesar de Governos de diferentes partidos se sucederem, ajudou a que os movimentos populistas se reforçassem. “Não é normal que a direita europeia normalize a extrema-direita europeia”, acrescentou, numa crítica a Nuno Melo. O centrista reagiu, na sua vez: “Não aceito duplos critérios. Não temos extrema-direita em Portugal, mas temos extrema-esquerda”. “Já me chamaram coisas piores”, disse Marisa Matias, sorrindo. “Temos de ter sentido de humor.” Marinho e Pinto ajudou a bloquista: “Não confundam uma coisa com a outra. É preciso isolar a extrema-direita na União Europeia”. 
“O problema é o fim da democracia liberal”, tentou explicar Paulo Rangel, trazendo também ao debate a questão de Governos socialistas como o de Malta ou Roménia, a braços com problemas de corrupção e que Pedro Marques nunca condenou.
Aliança e Livre queixaram-se à CNE por não estarem a ser convidados para estes debates.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...