domingo, setembro 13, 2009

J. Sócrates - M. Ferreira Leite: a verdade e os "apagões"



Manuela Ferreira Leite e José Sócrates falaram da verdade de cada um e discordaram em muitos aspectos relacionados com a economia e a política fiscal. Sócrates falou nos "apagões" no programa do PSD e Manuela Ferreira Leite continua com dúvidas se o líder do PS sabe de economia.

Asfixia:
Este foi o primeiro tema e para José Sócrates, “acho despropositada a critica à falta de Democracia e mais ainda quando a comparação é o Governo Regional da Madeira. A Democracia é feita de tolerância. Não são os ataques pessoais que contribuem para a Democracia. Não compreendo como fez uma campanha a favor da verdade e depois aprova as listas de candidatos a deputados que é a mais falsa. João Jardim já disse que não ocupará o lugar."
Para Manuela Ferreira Leite, “o que eu disse é que era contra a simultaneidade a duas eleições. O caso de Alberto João Jardim é diferente, ele não concorre a outro cargo.”. A líder do PSD recusou-se ainda a falar sobre a integração de dois arguidos nas listas do PSD em Lisboa.

Economia:

Manuela Ferreira Leite disse que se não se mudar de politica a nossa economia está em decadência e que, mantém as dúvidas se Sócrates sabe de economia”
O líder do PS respondeu que é preciso humildade. Sócrates disse que houve duas fases nesta Legislatura. Na primeira fase a economia cresceu mais do que nos 3 anos que a líder do PSD esteve no governo e foram feitas as reformas estruturais. Em 2008 surgiu a crise e o Estado ajudou para dar mais oportunidades às empresas e mais emprego.” O líder socialista concluiu que “não é com pessimismo que os portugueses vão lá”. Sócrates socorreu-se de um gráfico para mostrar que o actual governo ajudou mais pequenas e médias empresas do que o executivo do PSD.
Para Manuela Ferreira leite o pessimismo e o optimismo não dão postos de trabalho e a forma como o actual governo combateu a crise foi errada e tardia.

TGV:

Para José Sócrates é indispensável a ligação por TGV. De seguida o líder do PSD interrogou Manuela Ferreira Leite que esteve numa cimeira com Espanha onde foram acertadas quatro ligações e até aprovou em Conselho de Ministros uma recomendação nesse sentido. "Assumiu em nome dos portugueses um compromisso e agora, porque está na oposição, é contra".
Manuela Ferreira Leite respondeu que Sócrates não pode mudar de situação e comparar as mesmas decisões. "Em 2003 a situação do pais não é igual à de hoje" e, por outro lado, a Espanha está interessada em que o TGV chegue a Portugal para captar "mais fundos comunitários". “O senhor engenheiro deve pedir aos seus camaradas, para lá da fronteira, para deixarem de fazer manifestações e pressões contra a minha pessoa. Não gosto dos espanhóis metidos na politica portuguesa”.
Sócrates respondeu que em 2003 havia também uma crise económica.

SCUTS
O tema foi lançado por Sócrates e salientou que o PSD andou quatro anos a dizer que queria colocar portagens nas SCUTS mas no programa do PSD nada consta.
A líder do PSD respondeu que “nos próximos anos a situação é de tal forma pesada que não vou introduzir elementos mais pesados”, Numa troca de palavras com José Sócrates, Manuela Ferreira Leite adiantou que não é contra a SCUT do Algarve porque não há alternativa. Para José Sócrates, há uma mudança de posição e “é uma coisa muito feia, há oportunismo politico devido às eleições e muda de opinião.”

Estado Social:
Para Manuela Ferreira Leite “aqui é que há oportunismo politico, nós não vamos mexer na Segurança Social na próxima Legislatura e nunca ouviu uma critica minha à reforma deste governo, os senhores fizeram alguma coisa”. De seguida lançou um repto sobre qual a base da reforma do PS porque, no seu entender, dentro de 10 anos as pessoas vão receber metade do seu vencimento bruto”.
José Sócrates falou do Estado Social e deu como exemplo o aumento do salário mínimo, que foi “classificado pelo PSD como irresponsável”. No entanto, o programa do PSD nada diz, “foi mais um apagão no seu programa”. 
Sócrates deu ainda outros exemplos como foi o caso do Complemento Social para os idosos . Isso, “desenvolveu uma nova geração de politicas sociais e Manuela Ferreira Leite quando olha para trás não se lembra de uma medida”.
Sócrates citou ainda o lançamento de programas de construção de estruturas sociais, como lares e creches e “quando Manuela Ferreira Leite chegou ao governo, a primeira coisa que fez foi suspender a construção de estruturas sociais”.
A líder do PSD disse que não tenciona acabar com apoios sociais e a resolução dos problemas das pessoas é com a geração de riqueza.


Serviço Nacional de Saúde:
Para o líder do PS houve uma melhoria e deu alguns exemplos. Citou duas reformas em particular e de seguida falou da diminuição dos tempos de espera e do aumento de cirurgias. Tal como fez Cavaco Silva, Sócrates também citou o índice da mortalidade infantil para evidenciar a melhoria do Serviço Nacional de Saúde.
Mais uma vez, Sócrates referiu que “nesta matéria também há um apagão" porque o Serviço Nacional de Saúde não consta no programa do PSD.
Para Manuela ferreira Leite se não consta do programa é porque não quer alterar o Serviço Nacional de Saúde, nem avançar com qualquer privatização.
 Esta afirmação não convenceu José Sócrates que citou uma declaração de Manuela Ferreira Leite onde falou em privatização da saúde e educação. “Nunca tive esse pensamento, nunca me passou isso pela cabeça”, respondeu a líder do PSD.

Educação:
Manuela Ferreira Leite disse que não tenciona "impor mas antes negociar modelos de avaliação. Este modelo tem de ser outro porque não funcionou.” Para a líder do PSD a imagem de marca deste governo é este problema com os professores.
Sócrates respondeu que “tudo o que fizemos foi para bem do pais.” Citou alguns exemplos, como foi o caso da colocação dos professores e o ensino profissional.
Por último, a líder do PSD excluiu um entendimento governativo com o PS, alegando diferenças insanáveis face à Sócrates, "considero que não tenho a mínima hipótese de me entender em termos políticos com o engenheiro Sócrates. Está absolutamente fora de causa, porque a forma como vemos a política, como entendemos os processos e como encaramos as questões básicas para o crescimento do país é de tal forma divergente",

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