No Palácio da Cidadela de Cascais decorreu o Acto de Instalação dos Instalação dos Órgãos Municipais de Cascais eleitos para o mandato 2017-2021 na sequência das eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017.
domingo, outubro 29, 2017
Encerramento do Festival Internacional da Cultura 2017
A terceira edição do Festival Internacional de Cultura de Cascais terminou com um encontro entre António Lobo Antunes e Eduardo Lourenço. Mais de três centenas e meia de pessoas encheram o Auditório da Casa das Histórias Paula Rego, para assistirem à conversa entre dois dos mais conceituados intelectuais portugueses.
Capas milionárias do Asterix
Não serão apenas "os romanos que estão doidos". Uma capa original do álbum de banda desenhada "Astérix e a volta à Gália", publicado em 1965, foi vendida num leilão em Paris, por um valor recorde de 1 milhão e meio de euros.
Pintada com tinta-da-china, guaches e tintas coloridas, com a dedicatória da dupla Goscinny-Uderzo, a ilustração tinha um valor estimado entre os 180 mil e 200 mil euros.
A venda acontece a poucos dias da publicação do novo livro, Astérix e a Transitálica .
A leiloeira Group anunciou também que, na mesma sessão na sexta-feira, o colecionador privado adquiriu a capa de um outro álbum – “Astérix e o escudo Arverno” – de 1968, por 1,2 milhões de euros.
No total o comprador desembolsou quase três milhões de euros por duas capas.
Novo Astérix de Ferrix e Conradix até parece um dos antigos
Os sucessores de Goscinny e Uderzo estiveram em Lisboa para apresentar o novo álbum de Astérix e Obélix. O gaulês gordo é a vedeta desta aventura.
Poucos são os livros que chegam às livrarias de quase todo o mundo e raros os que atingem cinco milhões de exemplares na edição de lançamento. Então, se for um álbum de banda desenhada ainda é mais improvável, como é o caso do novo álbum da dupla Astérix e Obélix, Astérix e a Transitálica, que teve um número infinitamente inferior, seis mil, na primeiríssima edição em 1961.
O álbum sai hoje em França e Portugal em simultâneo e por essa razão a dupla dos atuais criadores - que sucede a Goscinny e Uderzo - veio a Lisboa promover o Transitálica excecionalmente. Agora, segue-se a publicação em mais 23 países, somando novos milhões aos 370 já impressos desde que em 1959 este herói foi criado para sair na revista Pilote e dois anos depois reproduzido no nosso país na revista Foguetão, sendo só em 1967 que o primeiro álbum, Astérix, o Gaulês, saiu em português.
Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, respetivamente os novos argumentista e desenhador, observaram a edição portuguesa com toda a atenção. Gostaram do que viram e estavam bem-dispostos para a primeira conversa sobre o seu terceiro Astérix. Quarenta minutos antes leu-se o único exemplar que estava fora dos cofres da editora de modo a poder fazer-se a entrevista.
A dupla comporta-se como se fossem eles próprios personagens da aldeia gaulesa onde vivem os destemidos heróis e interrompem a conversa ora em cochichos ora em piadas próprias de quem se chamasse Ferrix e Conradix...
Estavam curiosos em saber qual era a primeira opinião sobre a nova aventura e aceitam quando se lhes diz que o único problema é o de a história precisar de mais algumas páginas para não terminar quase abruptamente. Concordam, e Ferrix garante que sentiu essa falta de espaço ao não poder ultrapassar as 48 páginas que o livro pode ter. Aproveita-se para perguntar se Astérix nunca terá um álbum duplo ao longo da sua existência e percebe-se que lhes agradaria a ideia, mas logo confessam que "os editores jamais autorizariam". Dão como exemplo a necessidade de um outro autor, Edgar P. Jacobs, o ter feito nos álbuns de Blake e Mortimer, mas o assunto fica por aí.
O que traz de novo este Astérix e a Transitálica? Uma coisa se pode dizer, lê-se à velocidade da corrida que serve de suporte à história. Conta-se só um pouco: as estradas do império romano estão cheias de buracos, situação que o "ministro" responsável nega e, em desespero, anuncia uma prova automobilística por todas as províncias de Itália para mostrar que as vias romanas estão transitáveis. Quando César sabe do evento, só tem uma exigência: o vencedor tem de ser um romano e nunca um bárbaro conquistado. É aqui que surgem Astérix e Obélix, ou melhor dizendo, o segundo com grande destaque, pois desta vez é ele o principal herói da história.
A partir daqui, estamos na página 8, nada mais se revela, apenas que se lê de uma penada até ao fim, deixando o leitor curioso sobre o que vai acontecer nas quatro dezenas de páginas que se seguem.
É preciso prestar muita atenção para se perceber que este Astérix é desenhado por Conradix, porque o estilo de ilustração está muito próximo do de Uderzo. A juntar à grande fluidez do argumento está um traço que faz esquecer que estamos perante um trabalho dos sucessores, de tão conseguido. Conradix confirma: "Sim, estou cada vez mais à vontade a desenhar." Ferrix completa: "O desenho está muito mais livre porque sentimos menos inquietude por participar no mundo Astérix. É preciso não esquecer que ele é um símbolo da França. Ainda por cima, Uderzo usou vários estilos ao longo da sua vida e nós tínhamos de optar, e fizemo--lo pelo registo que era o mais desabrido."
Também existem situações novas no argumento de Ferrix, pois nota-se a presença de mais personagens femininas com um papel ativo na história, bem como de uma fuga ao cenário tradicional da aldeia gaulesa, não desaparecendo o habitual jantar que celebra o regresso de Astérix e Obélix - e Ideafix, claro -, com o bardo amordaçado para não cantar. Ferrix avisa que a única dificuldade foi encontrar símbolos para representar a Itália daquela época, pois a maioria das referências que identificam o país são as do Renascimento.
Entre as novas personagens está Coronavírus, um condutor mascarado que criará muitas surpresas; pela segunda vez surge um lusitano; e existem temas que jamais entraram em qualquer dos 37 álbuns da série, como é o caso da globalização e das referências às diferenças entre os povos do Sul e do Norte da Europa, bem como o cenário da Península Itálica, próprio para mostrar que Roma dominava várias culturas e sociedades, nem sempre satisfeitas com esse poder central. Astérix e Obélix já tinham estado em Roma (Astérix Gladiador e Os Louros de César), mas nunca fora dessa capital, em convívio com vénetos, úmbrios, etruscos, oscos, messápios, apúlios. "A Itália não se resume a César, a Roma e ao Coliseu! Demo-nos conta de que já era tempo de Astérix e Obélix ficarem com uma ideia mais exata sobre aquilo que era verdadeiramente a Itália", explicam Didier Conrad e Jean-Yves Ferri. Além de que esse cenário geográfico, diz Conradix, foi uma homenagem a Uderzo, nascido em Itália: "Obélix era de quem mais gostava, portanto era lógico fazer dele a vedeta."
Quanto ao papel importante que César tem neste livro, Conradix considera impossível de fugir: "A história passa-se nos territórios governados por Roma e ele defende o seu campeão." O mesmo refere em relação à inovação que é a presença das personagens femininas com mais força de sempre: "É muito bom desenhar mulheres e demos um papel muito importante a duas "amazonas" que conduzem uma das quadrigas em competição." Quanto aos lusitanos presentes, reclama-se do pequeno papel, mas Ferrix responde que "têm vindo a ganhar papéis cada vez maiores e desta vez terão uma recompensa muito importante no final".
Para ambos os autores é necessário "ter muito cuidado na escolha dos temas porque Astérix já esteve em todos os lados e em todas as situações". Ferrix acrescenta que a opção em Transitálica era "fazer um álbum diferente do anterior, que tinha um tema muito sério - o controlo da informação - e desta vez quisemos mais diversão".
Para Conradix, esta é uma das "raras séries de banda desenhada que podem ser lidas e relidas através de gerações sucessivas. Creio que há cada vez mais jovens leitores apesar de terem outros meios que os de antigamente não possuíam". Ferrix acrescenta que "as séries antigas funcionam melhor nas continuações que estão a ser feitas por sucessores e vemos muitos jovens nas nossas apresentações. É preciso fazer a história de modo a que eles a compreendam.
A meio da conversa pergunta-se a Ferrix e a Conradix como nasceu a ideia para este álbum. A resposta do desenhador é desconcertante: "Estávamos no Festival de Locarno e convivíamos com pessoas que vinham de várias locais e que contavam a sua história com paixão. Então, surge a ideia de colocar Astérix e Obélix entre os povos da Península e mostrar as diferenças entre os que Roma queria pacificar."
Mais uma vez, este novo álbum mantém uma periodicidade de saída a cada dois anos. Como é que se faz um álbum neste período, principalmente quando o desenhador vive no Texas e o argumentista em França? Conradix garante que não é assim tão complexo e Ferrix brinca, mais uma vez, ao dizer que ainda bem que "não são obrigados a conviver". Segundo Conradix, "todo o trabalho de preparação é feito durante a promoção - como esta em que estamos -, porque vivemos juntos a maior parte destes dias, pelo menos um mês. Depois, trocamos ideias por e-mail ou por Skype e resolvemos os problemas. Dois anos é o tempo necessário para fazer um novo Astérix".
sábado, outubro 28, 2017
Obélix protagonista e um vilão mascarado. As novidades de “Astérix e a Transitálica”
Já está nas bancas o novo álbum de banda desenhada de Astérix e Obélix. A nova aventura passa-se em Itália e tem algumas novidades: Obélix assume o papel de protagonista, numa história em que o vilão aparece mascarado.
domingo, julho 30, 2017
sábado, setembro 10, 2016
Escolas recebem alunos para preencher 55.000 turmas
O número de turmas abertas este ano "está em linha" com o ano passado.
Os alunos do ensino básico e secundário começam na sexta-feira a preencher as 55.000 turmas abertas pelo Ministério da Educação para o ano letivo 2016-2017, que marca a distribuição gratuita de manuais escolares no 1.º Ciclo.
O número de turmas abertas este ano "está em linha" com o ano passado, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Educação, acrescentando que são cerca de 80.000 as crianças que entram este ano para o 1.º ano e que recebem os manuais escolares.
Muitas câmaras que já desenvolviam esta práctica vão continuar a oferecer os livros, até porque a medida do Ministério da Educação aplica-se este ano apenas ao 1.º ano de escolaridade e não inclui os livros de fichas, só os manuais, que terão de ser devolvidos em bom estado no final do ano.
A Câmara de Viana do Alentejo, no distrito de Évora, anunciou que vai oferecer os manuais e os livros de fichas aos cerca de 200 alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, aproveitando os manuais disponibilizados pelo ministério para o 1.º ano e oferecendo os restantes livros necessários para o 2.º, 3.º e 4.º ano, incluindo os cadernos de actividades.
Alcácer do Sal, Setúbal, segue a mesma práctica, num investimento de superior a 24.000 euros para abranger as 425 crianças do 1.º Ciclo.
Na Sertã, a Câmara Municipal optou por assegurar a manutenção das quatro turmas do Instituto Vaz Serra (IVS) em Cernache do Bom Jardim que perderam os contractos de associação com o Estado, na sequência dos cortes de financiamento decididos pelo Ministério da Educação, na sequência de uma revisão da rede pública de ensino.
A autarquia decidiu suportar metade dos custos com os alunos dessas turmas, o que corresponde a 200.000 euros, de acordo com o presidente do município, José Farinha Nunes (PSD).
De acordo com o Ministério da Educação, todas as escolas vão desenvolver este ano um sistema de tutorias para apoiar os alunos com dificuldades.
Alguns estabelecimentos de ensino já desenvolviam experiências do género, mas no âmbito do crédito horário que lhes está destinado para desenvolverem projectos próprios.
Agora, precisou o ministério, estes projectos estão incluídos na componente lectiva.
"O modelo de organização é absolutamente flexível", referiu a mesma fonte, sublinhando que os directores escolares foram desafiados a organizar o modelo em função das necessidades locais, durante as jornadas pedagógicas promovidas em Julho, com a participação do secretário de Estado da Educação, João Costa.
A abertura oficial do ano lectivo decorre de Sexta-feira a dia 15, com a maioria das escolas a aproveitarem os primeiros dias para ultimarem o regresso às aulas e as reuniões de recepção aos pais e alunos.
Cerca de 1,2 milhões de alunos vão distribuir-se por 811 agrupamentos e escolas não agrupadas da rede pública.
O ministro da Educação marca o início do ano escolar hoje numa visita ao Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva, em Rio Maior, onde estudam cerca de 1.200 alunos.
Na quarta-feira, dia 14, cerca de 30 membros do executivo vão visitar escolas, numa iniciativa anunciada como uma homenagem à comunidade educativa.
Neste dia, o primeiro-ministro, António Costa, 15 ministros e 12 secretários de Estado voltam, na sua maioria, a alguma das escolas em que estudaram.
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