terça-feira, janeiro 12, 2010

Caso da UNI decidido em Fevereiro

Último arguido ouvido ontem

É já em Fevereiro que o juiz Carlos Alexandre decide o futuro dos arguidos do caso de corrupção na extinta Universidade Independente. Amadeu Lima de Carvalho foi ontem, segunda-feira, ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal na última audição da fase instrutória do caso.
O accionista da extinta Universidade Independente (UNI), e arguido no caso, Amadeu Lima de Carvalho, declarou ao tribunal que o negócio com a Fundimo - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário (Grupo Caixa Geral de Depósitos) - para venda do imóvel, "nasceu porque a universidade tinha dívidas que nunca mais acabavam".
"Queríamos salvar a universidade e surgiu a proposta da Fundimo. Essa proposta custou muito a alguns porque estávamos a vender o imóvel", disse, acrescentando que a universidade, com a operação da Fundimo, "ficava a zero de dívidas". O arguido disse ainda que um milhão de euros de encaixe foi para "pagar impostos".
Na anterior audição, que decorreu ainda em Dezembro, Lima de Carvalho revelou que, a fim de saldar dívidas pessoais, Rui Verde, antigo vice-reitor, "vendeu os 22,5% de acções que possuía a Angola, na sequência de um encontro em que esteve presente o ministro da Educação angolano, António Burity da Silva", por dois milhões de euros.
O próprio Lima de Carvalho vendeu os seus 35%, pelo que os angolanos ficaram com a maioria das acções da Sides, empresa detentora da universidade. De facto, o grupo angolano de investidores DEA negociou a compra da maioria das acções da empresa gestora da Universidade Independente. As negociações foram mantidas com Lima Carvalho e com o ex-vice-reitor da UnI de Lisboa Rui Verde.
O caso da Universidade Independente, que foi encerrada compulsivamente em 2007, teve início precisamente com a queixa de Lima de Carvalho contra Rui Verde, em Janeiro de 2006, a qual originou a investigação que levou depois à acusação de 23 particulares e três empresas. Amadeu Lima de Carvalho, accionista da Sociedade Independente para o Desenvolvimento do Ensino Superior - SIDES (empresa que geria a Universidade Independente), foi constituído arguido em Março de 2007, juntamente com outros, entre os quais Rui Verde,Isabel Pinto de Magalhães, António Labisa, Joaquim Mota Veiga, Elsa Velez, Luís Arouca e Rui Martins.Em Fevereiro último foi deduzida acusação e iniciada a fase instrutória do processo.
A decisão sobre o processo será tomada em Fevereiro, anunciou ontem o juiz Carlos Alexandre no final da última audição da fase instrutória.

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