sábado, novembro 29, 2008

Professores com vantagens face a restantes funcionários públicos


Ministra de Educação Explica Modelo de Avaliação

Falhou esta tarde a ronda de negociações entre a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e os representantes sindicais para viabilizar o modelo de avaliação dos professores, entretanto simplificado. Maria de Lurdes garante, em comunicado, que "este modelo protege os professores, dando-lhes condições mais vantajosas face à generalidade dos funcionários públicos, que não adquirem automaticamente condições de progressão com classificação isentas de quotas".
Salienta ainda a titular da pasta da Educação que 'neste período transitório existe uma vantagem adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classficações negativas'.
Um entendimento diferente sobre a avaliação possuem os sindicatos. No braço-de-ferro entre Governo e professores, Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos (Fenprof) reclamou no final da reunião a demissão da ministra. Por sua vez, o secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação, João Dias da Silva, espera para quarta-feira a realização da maior greve de sempre de professores.
Contudo para o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, as negociações falharam por responsabilidade dos sindicatos.
Jorge Pedreira referiu que concluídas as negociações com os sindicatos não foi encontrada qualquer saída para a recusa dos professores em serem avaliados pelo modelo simplicado porque 'os professores não deram nenhuma contribuição e continuam no mesmo ponto onde estavam, inflexíveis, irredutíveis, dizendo que se não houver suspensão não há possibilidade de negociação'. Também, Mário Nogueira classificou a reunião com a ministra como uma fracasso, acusando Maria de Lurdes Rodrigues de possuir 'a obsessão de que quem não está com o seu modelo está de má fé'.
Mário Nogueira defendeu então 'que se demita a srª ministra da Educação' e apelou aos professores para uma adesão a 100% à greve de quarta-feira.
Jorge Pedreira sublinhou que os sindicatos 'já não falam de nada do que estava a ser negociado', exigindo agora negociar 'a categoria de avaliação do professor titular e a existência de quotas'.
Mário Nogueira confirmou que para além do pedido de suspensão do modelo de avaliação simplificado, os sindicatos defendem também a revisão do estatuto de carreira docente e o abandono pelo Governo da medida que visa aplicar um sistema de quotas nas escolas. 'Os professores são um corpo especial da administração pública e por isso não se pode aplicar o regime geral', sublinhou.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Dia ‘D’ da avaliação


Educação - Sindicatos garantem que cinco mil se manifestaram em Lisboa

Um modelo transitório de auto-avaliação e a suspensão imediata do modelo em curso são as propostas que os docentes apresentam hoje à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. O regime de avaliação levou esta semana milhares de professores a manifestaram-se pelo País. Só em Lisboa, estiveram ontem à noite cerca de cinco mil.
De acordo com os sindicatos, o Ministério da Educação já pressionou as escolas a adoptarem o regime simplificado do modelo de avaliação, apesar de o mesmo ainda não ter sido discutido ou estar em decreto-lei. Os professores do agrupamento de escolas de Seia, por exemplo, já foram questionados sobre quem desejam que os avalie.
"Este conflito é, desde sempre, pura teimosia do Ministério da Educação. É o Governo que tem de resolver este drama da avaliação", salientou ontem Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
António Avelãs, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e dirigente da Fenprof, diz que "a auto-avaliação é um modelo transitório apenas para este ano, enquanto se prepara um projecto eficaz e deve ser discutida pelos conselhos pedagógicos das escolas."
"É mais interessante para os docentes do que limitarem-se a preencher papéis como se sugere neste regime simplificado", explicou ao CM. "Se esta crise se arrastar, em 2009 os protestos vão ser bem piores", acrescentou.
Na próxima quarta-feira, dia 3 de Dezembro, está agendada uma greve nacional: "Vai ser a maior greve de sempre em Portugal. As escolas vão encerrar em todo o País", alertou Mário Nogueira. Se o actual modelo de avaliação for suspenso, os docentes garantem que a greve é desconvocada.

MINISTRA RECEBEU ESTUDANTES DO SECUNDÁRIO PELA PRIMEIRA VEZ

Estudantes do Ensino Secundário foram ontem recebidos, pela primeira vez, pela ministra da Educação. Eduardo Fernando, porta--voz das 13 associações de estudantes que se reuniram com Maria de Lurdes Rodrigues, disse que a reunião se deveu a "um esclarecimento mais sucinto de todo o estatuto do aluno", nomeadamente em relação ao "regime de faltas". "O actual estatuto pode gerar uma dualidade de critérios, sendo que, por vezes, tem tendência a ser mal interpretado pelos alunos", disse. "O problema não está no estatuto, mas sim na compreensão do mesmo", alertou.
O estudante fez questão de dizer que "a reunião correu muito bem", salientando que "já está agendada uma nova conversa", porém "sem data ainda marcada".

55 MIL JÁ SE MANIFESTARAM

Entre os 5000 professores que se manifestaram ontem, em Lisboa, em frente ao Ministério da Educação contra o actual modelo de avaliação, esteve João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos de Professores (FNE). O dirigente referiu que estas lutas "já juntaram mais de 55 mil professores em todo o País" e que as alterações anunciadas pelo Governo são "insuficientes e não tocam na essência do modelo".

APONTAMENTOS

SEMANA DE PROTESTOS

Os docentes de Lisboa, Santarém, Setúbal e Caldas da Rainha protestaram ontem à noite contra o modelo de avaliação. Terça-feira a manifestação coube aos docentes do Norte e quarta-feira aos do Centro do País.

SUL MANIFESTA-SE

Esta tarde está organizada uma manifestação de professores em Portalegre, Beja e Évora. À noite os docentes do Algarve protestam em Faro.

ESTATUTO DO SUPERIOR

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e o Governo iniciaram ontem as negociações para a criação de um estatuto de carreira específico para os docentes do Ensino Superior. De acordo com o SNESup este processo poderá estar terminado em 2009.

FNE mantém greve


Após reunião com o Ministério da Educação

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) anunciou esta manhã que vai manter a greve de professores agendada para a próxima quarta-feira, dia 03 de Dezembro, após uma reunião com o Ministério da Educação ter terminado sem acordo.
João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, em declarações aos jornalistas após o encontro com a tutela, indicou que vai reunir-se esta sexta-feira com os sindicatos para discutir as propostas de simplificação do modelo de avaliação apresentadas pelo Ministério.
A greve só será cancelada se o Ministério da Educação suspender o processo de avaliação do desempenho dos docentes, frisou o dirigente sindical.
Antes da reunião com a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, João Dias da Silva sublinhou à TSF que não há margem para uma negociação sobre o actual modelo, dado que os professores não estão na disposição de perder tempo com medidas de remendo.

Centros sem formação há um ano só apoiam avaliação


Inactivos. O Estatuto da Carreira Docente determina que os professores terão de obter pelo menos 50 horas de formação, a cada dois anos, para evitarem penalizações na avaliação do desempenho, mas a reorganização da rede de centros está a gerar adiamento de cursos e preocupação

Falta de oferta gera explosão na procura

O Estatuto da Carreira Docente determina que os 140 mil professores de escolas públicas terão de obter pelo menos 50 horas de formação, a cada dois anos, para evitarem penalizações na avaliação, mas os centros responsáveis não dão cursos há mais de um ano. Entretanto, têm estado apenas direccionados para o apoio à avaliação do desempenho.
No passado ano lectivo, o Ministério da Educação decidiu extinguir todos os 200 centros de formação de associações de escolas existentes e reduzir a rede através da fusão dos anteriores. Isto numa altura em que já estavam elaboradas as candidaturas ao apoio financeiro do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), que ficaram sem efeito com a reorganização da rede de centros, que deveriam ser homologados até Agosto. "Até ao momento, foram registados 92", informa Joaquim Raminhos, director do Centro de Formação de Escolas do Barreiro e Moita. "Com a reorganização, ainda não foi possível concorrer aos fundos do POPH. Há mais de um ano que não existem formações - isto apesar de o Ministério da Educação garantir que as acções de formação não pararam, inclusive através de serviços ministeriais - e antes de Janeiro não vai haver nada, o que gera o desespero em professores que vêem o tempo passar e têm a informação que precisam da formação para efeitos de avaliação."
Muitos professores decidiriam não esperar pela abertura dos novos centros, a que deve corresponder uma explosão na procura, e pagam as formações do próprio bolso. Nunca menos de 150 euros por curso de 25 horas. "Dinheiro pago por um serviço que o ministério é obrigado a fornecer", critica Luís Mateus, ex-representante dos centros da região de Lisboa e critico da reorganização do Governo, "que está a gerar dificuldades aos centros para conseguirem regressar à normalidade".
Em vez de formações, os centros estiveram no último ano a dar apoio à avaliação do desempenho, nomeadamente com acções de esclarecimento junto de conselhos executivos, avaliadores e professores avaliados. "Enquanto isso, não arrancaram os cursos para todos os grupos disciplinares existentes nas escolas, não só os tradicionais, como o Português ou a Matemática, como em novas áreas, como as tecnologias, que é uma das apostas do Governo." A este propósito, o coordenador do Plano Tecnológico da Educação (PTE), João Trocado da Mata, anunciou ontem que a formação e certificação de professores em competências de Tecnologias da Informação e Comunicação vai arrancar no primeiro trimestre de 2009.

Acções contabilizadas

Críticos do actual modelo de avaliação, os movimentos independentes de professores defendem o regresso ao regime anterior de progressão na carreira, em que o professor tinha de reunir créditos para passar de escalão. O que não seria praticável neste momento, em que os cursos de formação contínua estão parados.
"Além disso, o Ministério da Educação informou que as formações realizadas antes de 2005/2006, ano em que as progressões foram congeladas, iriam ser contabilizadas na avaliação. Importa perceber o que aconteceria àqueles professores que não têm acções anteriores a 2005 e que não as conseguiram fazer nos últimos dois anos por falta de oferta", questiona Mário Machaqueiro, da Associação em Defesa do Ensino.

Bilhetes pré-comprados deixam de se vender


Lisboa. Basta um cartão para creditar dinheiro e usar em quatro operadores

Descontos de 5% para quem utilizar mais transportes públicos

A partir de terça-feira deixam de se vender 15 títulos de transporte da Carris, Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa, incluindo os denominados bilhetes de ida e volta e os pré-comprados. Mas quem ainda tiver títulos desses nos cartões Viva Viagem e 7 Colinas pode continuar a utilizá-los. Quando se esgotarem, passa a carregar dinheiro nesses cartões em vez de viagens, servindo um único cartão para utilizar nos quatro modos de transporte referidos.
Deixa de ser necessário ter um cartão para carregar viagens de metro e outro para a Carris e mais um terceiro sistema para utilizar os barcos que atravessam o Tejo. Esta é a principal novidade no sistema de bilhética da região de Lisboa, a que se juntam descontos imediatos de 5% para quem utilizar dois modos de transporte sucessivos num período de uma hora. Ou de duas horas, se incluir uma travessia do rio.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, exemplificou que um utente entra no metro no Marquês de Pombal e, quando sai no Terreiro do Paço, a máquina retira do cartão o valor dessa viagem. Se no prazo de uma hora utilizar um autocarro da Carris, o validador desconta-lhe do cartão um valor inferior ao preço do bilhete, descontando 5% sobre o total das duas viagens.
Além disso, o cartão Lisboa Viva, que até agora só servia para carregar passes mensais, passa também a funcionar simultaneamente como o Viva Viagem e o 7 Colinas. A partir de terça-feira, pode-se creditar dinheiro no Lisboa Viva para ir descontando em viagens nos quatro modos de transporte já referidos.
Os cartões Viva Viagem e Sete Colinas continuam válidos, não sendo preciso fazer qualquer alteração. Mas só é possível passar a creditar dinheiro depois de gastar os bilhetes que lá estejam carregados.
Ana Paula Vitorino explicou que esta "simplificação da bilhética e os descontos destinam-se a atrair mais pessoas para os transportes públicos e a retirar carros das estradas".

La Féria estreia hoje o seu 'West Side Story'


Espectáculo. Musical da Broadway no Teatro Politeama

Filipe La Féria encena versão moderna de 'Romeu e Julieta'

Filipe La Féria era um jovem que nem 20 anos tinha quando interpretou o papel de Romeu no clássico de Shakespeare Romeu e Julieta. Desde então, ficou com vontade de voltar à personagem. "Sempre tive este sonho de contar essa história, de fazer Romeu e Julieta ou o West Side Story", explicou aos jornalistas o encenador na apresentação do seu mais recente espectáculo: West Side Story - Amor sem Barreiras, que hoje se estreia no Teatro Politeama, em Lisboa.
O espectáculo West Side Story, com guião de Arthur Laurent, música de Leonard Bernstein e libretto de Stephen Sondheim estreou-se na Broadway em Setembro de 1957 para rapidamente se tornar um êxito. Vista justamente como uma versão moderna do clássico de Shakespeare, o musical substitui as brigas das famílias de Verona pela rivalidade entre gangs da Nova Iorque dos anos 50. Temas musicais como Somewhere, Maria ou Tonight tornaram-se ainda conhecidos quando, em 1961, Robert Wise assinou a adaptação cinematográfica, transformando Maria e Tony em ícones de uma geração em todo o mundo.
À semelhança do que tem feito nos últimos anos, Filipe La Féria parte do original (no caso, a concepção de Jerome Robbins) para criar o seu próprio espectáculo. Foi assim com Minha Linda Senhora (2004), Jesus Cristo Superstar (2007) ou Um Violino no Telhado (actualmente em cena no Rivoli, no Porto)
Lúcia Moniz, Anabela e Carlos Quintas são alguns dos actores com que o encenador tem vindo a trabalhar e que participam também em West Side Story. Para seleccionar o elenco composto por 54 cantores, actores, bailarinos e músicos, La Féria realizou três audições, como sempre muito concorridas.
A produção de La Féria custou cerca de um milhão e 250 mil euros, sem qualquer apoio estatal. O encenador e produtor está habituado a correr riscos, pedindo empréstimos bancários e procurando patrocinadores para pôr de pé os seus sonhos. Mas, se tudo correr como nos últimos espectáculos, o público irá lotar as sessões por muitos e muitos meses.

BP volta a baixar os preços dos combustíveis


A BP anunciou que, à meia noite de hoje vai descer o preço dos combustíveis em um cêntimo nos gasóleos e nas gasolinas.

Cada litro de gasóleo passará a custar 1,079 euros e o da gasolina sem chumbo 95 1,149 euros.
Já na passada quinta-feira, a empresa tinha baixado o preço da gasolina sem chumbo 95 em três cêntimos, para 1,159 euros por litro, e o gasóleo em dois cêntimos para 1,089 cêntimos.
Também a Repsol reduziu na quinta-feira o preço por litro da gasolina sem chumbo 95 em cinco cêntimos, ficando o preço de referência a ser de 1,149 euros, e baixou o do gasóleo em quatro cêntimos para 1,078 euros o litro.
Depois dos recordes alcançados no Verão, o preço do petróleo continua a descer nos mercados internacionais, situando-se na casa dos 51 dólares o barril.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...