O Presidente da República discursou após a tomada de posse do XVIII Governo Constitucional e chamou a atenção para o momento difícil do país que o novo executivo terá de ultrapassar.
segunda-feira, outubro 26, 2009
quinta-feira, outubro 22, 2009
O império Astérix já tem meio século

O irredutível gaulês que arrebatou os louros de César cumpre meio século de resistência. A publicação de um novo álbum - hoje, simultaneamente em 19 países, com uma edição total de 3,5 milhões de exemplares - e vários eventos celebram o aniversário de um (ou dois, se contarmos com o fiel e intransponíbel Obélix) dos personagens de BD mais conhecidos em todo o mundo. O álbum a publicar hoje, 'O Aniversário de Astérix e Obélix', começa, aliás com a saída de ambos da aldeia para a sua ocupação preferida: caçar javalis. O que não sabiam era que toda a aldeia lhes preparava uma festa-surpresa. Os indefectíveis encontrarão lá alguns segredos de uma poção mágica inesgotável
A história da criação de Astérix poderia fazer hoje com que o céu caísse sobre a cabeça de alguns governantes franceses. Aquele que é, indiscutivelmente, um dos símbolos do país mais reconhecidos em todo o mundo nasceu há precisamente meio século num apartamento de um bairro social, em Bobigny, nos tumultuosos#subúrbios de Paris.
Em Agosto de 1959, o escritor René Goscinny e o desenhador Albert Uderzo davam à luz o duo mais temido do Império romano. Isso terá acontecido em apenas 15 minutos: primeiro desenharam Óbelix e só depois surgiu o inseparável companheiro Astérix. Dois anti-heróis numa luta de resistência à ocupação romana, entre zaragatas e banquetes, grandes exped- ições e encontros com personagens de nomes improváveis, que pretendiam caricaturar a sociedade francesa orgulhosa da sua "excepção cultural".
Numa época em que o general De Gaulle se mostrava irredutível face aos dois grandes blocos da guerra fria, a história da única aldeia a resistir à invasão romana não tardou muito tempo a cativar os leitores franceses e a transformar-se numa metáfora recorrente. Contava-se que, num conselho de ministros nos anos 70, o próprio De Gaulle teria mesmo comparado os ministros do seu Governo com os personagens da irredutível aldeia gaulesa.
Hoje é frequente ver os títulos e situações dos álbuns evocados na imprensa francesa para descrever a actualidade, do "combate dos chefes" dentro do Partido Socialista à luta do militante anti-globalização José Bové na defesa da agricultura gaulesa face à invasão dos OGM. Mesmo o actual primeiro-ministro francês, François Fillon, um admirador confesso de Astérix, não hesitará em recorrer ao apelido de "Caius Detritus", um espião romano que semeia a divisão entre os gauleses no livro A Zaragata, para se referir ao líder do seu próprio partido, Xavier Bertrand.
Depois da aparição das primeiras tiras de Astérix na revista de BD Pilote, o primeiro álbum em 1961, Astérix o Gaulês, foi publicado com apenas 6 mil exemplares, atingindo, porém, os 20 mil exemplares, poucos meses depois com Astérix e a Foice Dourada. Trinta e quatro aventuras depois e com mais de trezentos milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, a saga do personagem de capacete alado está na base de um império que faria corar de vergonha o próprio Júlio César, traduzido em 107 línguas e dialectos (entre os quais o mirandês), tendo inspirado filmes, jogos de computador, discos, adaptações teatrais, um parque temático e arrecadando mais de 11 milhões de euros de lucros anuais.
Desde a morte de Goscinny, em 1977, que o desenhador Uderzo prossegue sozinho a aventura tendo publicado entretanto dez novos álbuns, fiel às caricaturas de povos e situações reais.
O novo álbum publicado hoje em todo o mundo - O Eniversário de Astérix - é, antes de mais, um reencontro com alguns dos mais célebres personagens da saga, convocados à aldeia gaulesa para uma festa-surpresa, enquanto Astérix e Obélix, sem desconfiarem de nada, partem, como habitualmente, à caça de javalis.
Subversão e mitologia nacionalista são os ingredientes da poção mágica que em meio século se tornou no primeiro produto de exportação francês. Mas longe do culto patriótico, o irredutível herói é a antítese do mítico líder da Gália, Vercingétorix, que, segundo a lenda, teria sido derrotado pelos romanos numa povoação ainda hoje tão difícil de localizar no mapa pelos historiadores como pelos personagens da série de banda desenhada. "Estes franceses estão loucos"?
Bodas de ouro de Astérix e Obélix com novo livro

O mais recente (e último?) Astérix teve hoje direito a uma operação de lançamento mundial. A Fnac do Colombo, em Lisboa, abriu as portas à meia-noite para vender os primeiros exemplares de O Aniversário de Astérix e Obélix – O Livro de Ouro aos irredutíveis fãs
Portugal contribui com 60 mil exemplares numa distribuição global de 3,5 milhões de livros só nas primeiras edições
O argumento do livro - que comemora os 50 anos da criação da mais famosa dupla gaulesa - foi alvo de embargo. Mas tais cuidados são difíceis de compreender. O Livro de Ouro é uma auto-homenagem: desde o prefácio assinado por Astérix, seguido de um texto emocionado de Anne Goscinny, filha do argumentista que criou a série, até à história em si. Que não é uma, mas várias, que só os mais aguerridos fãs poderão achar bem cerzidas.
A obra começa com a perspectiva das personagens – com os nomes actualizados, para desgosto de alguns fãs - da aldeia gaulesa envelhecidos 50 anos, e segue com as ideias dos amigos em oferecer presentes (uma peça de teatro, por exemplo, nas quais se repescam vinhetas de álbuns antigos). Repescado é também um texto original do falecido Goscinny, um guia de viagens publicado na revista Pilote.
O Aniversário de Astérix e Obélix – O Livro de Ouro é uma obra desigual, aconselhada apenas aos indefectíveis.
Entretanto, no dia 28, em Paris, é inaugurada a exposição Astérix au Musée de Cluny, na qual se vai mostrar pranchas originais, textos dactilografados, desenhos e objectos da dupla Uderzo e Goscinny.
Telejornal é acompanhado por milhões de pessoas pela Internet
A informação no mais antigo programa da televisão portuguesa ainda no ar passa já muito pelas novas tecnologias. Milhões de telespectadores vêm as notícias às oito pela internet.
quarta-feira, outubro 21, 2009
Futuro da comunicação social analisado pela ERC

Os hábitos dos consumidores de notícias estão a mudar e, com eles, o papel dos jornalistas. Todos concordam: nada será como antes.
Nada será como até agora nos meios de comunicação e neste ponto os oradores convidados para o primeiro dia de debates da III Conferência Anual da Entidade para a Comunicação Social (ERC) estão de acordo. Veja-se o fenómeno à luz dos novos hábitos dos consumidores ou do papel que desempenhará o jornalista no futuro do media. O tema-chave do encontro é "A Comunicação Social num Contexto de Crise e Mudança de Paradigma" e o primeiro dia foi dedicado ao futuro dos media e aos modelos de negócio.
O investigador Jeffrey Cole, director do Center for The Digital Future, da Annenberg School University of Southern Califonia , que tem seguido os consumos de internet de 60 mil pessoas, em 30 países (Portugal incluído) abriu os debates de ontem. No futuro, prevê, "a televisão será maior do que nunca".
Estima que as pessoas passarão 50 horas semanais coladas à TV. "Os nossos estudos demonstram que a pessoa vai usar a televisão 20, 30 minutos no aeroporto, em pequenos ecrãs". E os jornais, como tinha avançado em entrevista ao DN, estão condenados a serem, no máximo, nichos de mercado. "Os adolescentes estão mais interessados do que nunca em notícias, mas não as procuram nos jornais", disse no debate sobre "O Futuro dos Media".
José Manuel Nobre Correia, professor da Universidade Livre de Bruxelas e colunista do DN, pôs a nu as alterações nos meios de comunicação, onde se assiste a uma crise empresarial, publicitária, de circulação e nas redacções. "Todos podem ser jornalistas, mas há uma técnica para cobrir a actualidade que é do jornalista", defende, e conclui: "Haverá uma divisão entre os indivíduos que podem pagar conteúdos fortes e os que consumirão uma forma de comunicação que tenderá a fastá-los da coisa pública, da política."
A preocupação quanto ao papel do jornalista é partilhada pelo jornalista Joaquim Vieira. "O jornalismo está acossado pelas novas formas de comunicação. Há géneros - a grande reportagem, a entrevista, as grandes viagens - ameaçados pelas questões económicas", disse, comentado o painel de debate "Que modelo(s) de negócio para a comunicação social?", em que participaram Jorge Pereira da Costa, da consultora Roland Berger, e estiveram representados os mais recentes players do mercado: Rafael Mora da Ongoing Media (detentora do Económico e de 35% da Media Capital), e Martim Avillez Figueiredo, director do jornal i, do Grupo Lena.
Perante o cenário de quebra significativa do investimento publicitário e perda de receitas que têm sofrido os "agregadores de conteúdos" (rádio, TV e jornais), Pereira da Costa defendeu saídas da crise com diversificação multiplaforma e produção de conteúdos.
Rafael Mora sustentou que "o que tem estado subjacente ao modelo da Ongoing é a convergência digital", disse, acrescentando que hoje existem "mais infraestruturas do que conteúdos. Estrategicamente, o objectivo tem sido "o acesso a novas geografias e aos países de língua portuguesa", disse, dando como exemplo o lançamento do jornal Brasil Económico.
No caso do jornal i foi "a criação de uma marca forte de comunicação" que esteve por trás da sua criação, disse Martim Avillez Figueiredo, sublinhando o papel que têm desempenhado as redes sociais no i.
A conferência termina hoje com debates sobre Televisão Pública e Privada; Sondagens; e Justiça e Liberdade Imprensa.
O investigador Jeffrey Cole, director do Center for The Digital Future, da Annenberg School University of Southern Califonia , que tem seguido os consumos de internet de 60 mil pessoas, em 30 países (Portugal incluído) abriu os debates de ontem. No futuro, prevê, "a televisão será maior do que nunca".
Estima que as pessoas passarão 50 horas semanais coladas à TV. "Os nossos estudos demonstram que a pessoa vai usar a televisão 20, 30 minutos no aeroporto, em pequenos ecrãs". E os jornais, como tinha avançado em entrevista ao DN, estão condenados a serem, no máximo, nichos de mercado. "Os adolescentes estão mais interessados do que nunca em notícias, mas não as procuram nos jornais", disse no debate sobre "O Futuro dos Media".
José Manuel Nobre Correia, professor da Universidade Livre de Bruxelas e colunista do DN, pôs a nu as alterações nos meios de comunicação, onde se assiste a uma crise empresarial, publicitária, de circulação e nas redacções. "Todos podem ser jornalistas, mas há uma técnica para cobrir a actualidade que é do jornalista", defende, e conclui: "Haverá uma divisão entre os indivíduos que podem pagar conteúdos fortes e os que consumirão uma forma de comunicação que tenderá a fastá-los da coisa pública, da política."
A preocupação quanto ao papel do jornalista é partilhada pelo jornalista Joaquim Vieira. "O jornalismo está acossado pelas novas formas de comunicação. Há géneros - a grande reportagem, a entrevista, as grandes viagens - ameaçados pelas questões económicas", disse, comentado o painel de debate "Que modelo(s) de negócio para a comunicação social?", em que participaram Jorge Pereira da Costa, da consultora Roland Berger, e estiveram representados os mais recentes players do mercado: Rafael Mora da Ongoing Media (detentora do Económico e de 35% da Media Capital), e Martim Avillez Figueiredo, director do jornal i, do Grupo Lena.
Perante o cenário de quebra significativa do investimento publicitário e perda de receitas que têm sofrido os "agregadores de conteúdos" (rádio, TV e jornais), Pereira da Costa defendeu saídas da crise com diversificação multiplaforma e produção de conteúdos.
Rafael Mora sustentou que "o que tem estado subjacente ao modelo da Ongoing é a convergência digital", disse, acrescentando que hoje existem "mais infraestruturas do que conteúdos. Estrategicamente, o objectivo tem sido "o acesso a novas geografias e aos países de língua portuguesa", disse, dando como exemplo o lançamento do jornal Brasil Económico.
No caso do jornal i foi "a criação de uma marca forte de comunicação" que esteve por trás da sua criação, disse Martim Avillez Figueiredo, sublinhando o papel que têm desempenhado as redes sociais no i.
A conferência termina hoje com debates sobre Televisão Pública e Privada; Sondagens; e Justiça e Liberdade Imprensa.
terça-feira, outubro 20, 2009
Cinco décadas de rostos que apresentaram o Telejornal
Ao longo dos últimos 50 anos foram vários os rostos que me sucederam. Antigamente não se falava de pivots de televisão, mas sim de locutores que, muitas vezes sem qualquer preparação ou tecnologia, deram o melhor pelo Telejornal da RTP.
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