domingo, junho 20, 2010

Saramago já tinha mostrado ao editor as primeiras páginas do novo romance

Centenas de pessoas escreveram último capítulo de José Saramago



O corredor central do cemitério do Alto de São João, em Lisboa, foi pequeno para acolher as largas centenas de pessoas que quiseram assistir à cerimónia fúnebre do escritor José Saramago.
Eram 13.10 horas, quando a urna do Prémio Nobel da Literatura entrou, carregada em ombros e coberta com a bandeira portuguesa, no cemitério do Alto de São João.
Centenas de pessoas aplaudiram, durante mais de 10 minutos. Lançaram cravos vermelhos, abraçaram os exemplares dos livros do escritor que levaram consigo, emocionaram-se, na derradeira homenagem prestada do Nobel da Literatura.
“ Saramago : a Luta continua", ouviu-se, entre as centenas de pessoas, que se concentravam à entrada do crematório.
Quando as portas do crematório fecharam, reservando o espaço à família e aos amigos, continuaram a ouvir-se aplausos e gritos de apoio, como: " Saramago , amigo, o povo está contigo".
Pelas 13.25 horas, o fumo começou a sair da chaminé do crematório, arrancando mais aplausos à população que assistiu, emocionada, a este momento. Estava cumprido um dos pedidos expressos em vida por Saramago : ser cremado.
Os cravos vermelhos foram outra das notas de cor na despedida do escritor português, simbolizando a luta pela liberdade e também a militância comunista.
Uma única bandeira do PCP, empunhada por alguns militantes junto ao crematório, serviu para juntar naquela zona muitos apoiantes do partido.
Muitos foram também os admiradores do Nobel que decidiram levar alguns dos seus livros mais emblemáticos para esta despedida: "Memorial do Convento", "Ensaio sobre a Cegueira" e "Caim", a última obra do autor, iam sendo levantados à medida se ouviam aplausos.
Álvaro Paninho, um dos populares presente no Alto de São João, fez questão de ir acompanhado pelo "Evangelho Segundo Jesus Cristo", a polémica obra que levou um ex-secretário de Estado do PSD, Sousa Lara, a impedir Saramago de concorrer a um prémio.
E houve outra polémica a pontuar os discursos de alguns dos presentes: a ausência do Presidente da República nas cerimónias fúnebres do único Nobel da Literatura português.
À margem de polémicas, várias personalidades da política e da cultura juntaram-se à derradeira cerimónia fúnebre, como o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que foi fortemente aplaudido quando chegou à zona do crematório, acompanhado pelo seu antecessor, Carlos Carvalhas.
O presidente da câmara de Lisboa, António Costa, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louça, o ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, e o cantor Carlos do Carmo foram outras das personalidades presentes.
No final da cerimónia, Pilar del Rio foi também longamente aplaudida pela população, no momento em que abandonava o local onde o corpo do marido se transformou em cinza.

Cavaco Silva garante que cumpriu obrigações de Chefe de Estado



O Presidente da República desvalorizou hoje, domingo, "alguma polémica estéril" gerada em torno da sua actuação em relação à morte de José Saramago, garantindo ter feito o que lhe competia como chefe de Estado.
Em declarações aos jornalistas na ilha de S. Miguel, onde hoje termina quatro dias de férias, Cavaco Silva sublinhou que aquilo que o chefe de Estado deve fazer é "diferente daquilo que deve ser feito pelos amigos ou deve ser feito pelos conhecidos".
"O que um chefe de Estado deve fazer é diferente daquilo que deve ser feito pelos amigos ou deve ser feito pelos conhecidos. Devo dizer que nunca tive o privilégio na minha vida, se me recordo, de alguma vez conhecer ou encontrar José Saramago", declarou o Presidente da República.
Cavaco Silva referiu que na sua qualidade de chefe de Estado emitiu uma "uma nota oficial prestando homenagem à obra literária de José Saramago e ao seu contributo para a projecção da cultura portuguesa no Mundo", enviou uma coroa de flores e promulgou o decreto de declaração de dois dias de luto nacional.
"Hoje de manhã o meu chefe da Casa Civil e o meu chefe da Casa Militar apresentaram sentidas condolências aos familiares de José Saramago", acrescentou.
Interrogado sobre se os restos mortais do Nobel Português devem ir para o Panteão Nacional, disse tratar-se de uma matéria da competência da Assembleia da República.
Recordou ter sido o Parlamento que decidiu a recente trasladação para o Panteão dos restos mortais de Aquilino Ribeiro, o que aconteceu décadas depois da sua morte.
O Presidente da República justificou ainda a sua permanência de férias em S. Miguel, apesar da morte de Saramago, com a importância que para ele tem a palavra dada.
"Todos os portugueses sabem que desde quinta-feira à noite estou nos Açores, em S. Miguel, cumprindo uma promessa que fiz há muito tempo a toda a minha família, filhos e netos, de lhes mostrar as belezas desta região", declarou.
Cavaco Silva recordou, também, o seu apelo recente para que os portugueses "não deixem de conhecer a riqueza paisagística, a riqueza cultural e histórica do nosso país até antes de conhecerem outras partes do mundo e os Açores tal como a Madeira têm algo que não deve deixar se ser conhecido".
"Eu quis que desde o neto de mais tenra idade à neta mais com mais anos e os filhos também tivessem oportunidade", acrescentou

Um adeus português ao escritor universal



Corpo do escritor chegou ontem a Portugal. Funeral é hoje, em Lisboa

Milhares de pessoas passaram ontem, desde o início da tarde, pelo Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa para uma derradeira homenagem ao escritor José Saramago, falecido anteontem, na ilha espanhola de Lanzarote. O funeral realiza-se hoje às 12 horas.
Anónimos e figuras públicas associaram-se à manifestação de pesar pelo desaparecimento físico do mais laureado escritor português contemporâneo. Primeiro, a conta-gotas e, ao fim de alguns minutos, com a chegada de um número crescente de pessoas, a fila não tardou a chegar à Praça do Município. A espera, essa, prolongou-se por longos minutos.
Além de familiares e amigos próximos, compareceram ao acto figuras das letras como Eduardo Lourenço, Manuel Gusmão e Gonçalo M. Tavares, mas também políticos de longa data (Jorge Sampaio, Diogo Freitas do Amaral e representantes dos principais partidos (como o primeiro-ministro, José Sócrates, Jerónimo Sousa e Francisco Louçã).
A ausência do presidente da República, Cavaco Silva, da cerimónia não passou despercebida aos presentes, mas, nas declarações aos jornalistas, ninguém criticou o chefe de Estado. Marcelo Rebelo de Sousa optou por desvalorizá-la, afirmando que "é mais importante a presença espiritual de Cavaco Silva do que a presença física", enquanto o antigo presidente da República Mário Soares observou que "a melhor homenagem é a que o povo português lhe está a prestar"
O cortejo fúnebre parte hoje, às 12 horas, rumo ao cemitério do Alto de S. João, em Lisboa onde será feita a cremação, conforme desejo expresso do autor de "Levantado do chão".

Vaticano critica escritor

O coro de homenagens ao escritor natural da Azinhaga percorreu Mundo, numa demonstração adicional do prestígio e da popularidade da sua obra, mas houve pelo menos uma excepção aos elogios rasgados: ontem mesmo, o diário oficial do Vaticano, "L'Osservatore Romano", publicou um violento artigo em que definia o escritor português como "populista e extremista" de uma ideologia antirreligiosa e marxista.
No texto, que reflecte a tensão existente há longos anos entre o romancista e os meios eclesiásticos, o articulista, Claudio Toscani, critica de forma áspera "o homem e o intelectual de nenhuma admissão metafísica, ancorado até ao final numa confiança arbitrária no materialismo histórico, aliás, marxismo".

sexta-feira, junho 18, 2010

Cavaco recorda Saramago como "referência nacional"



O presidente da República, Cavaco Silva, recordou hoje, sexta-feira, José Saramago como um "escritor de projecção mundial", sublinhando que o escritor e Nobel português "será sempre uma figura de referência" da cultura nacional.
"Escritor de projecção mundial, justamente galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago será sempre uma figura de referência da nossa cultura", refere o chefe de Estado, numa mensagem de condolências à família do escritor, enviada à comunicação social.
José Saramago, Nobel da Literatura em 1998, faleceu hoje aos 87 anos na sua casa na ilha espanhola de Lanzarote.
"Em nome dos Portugueses e em meu nome pessoal, presto homenagem à memória de José Saramago, cuja vasta obra literária deve ser lida e conhecida pelas gerações futuras", sublinha o presidente, endereçando condolências à família do escritor.

Reacções: "Portugal fica mais pobre"



Várias foram as personalidades portuguesas que já reagiram ao falecimento do escritor. Uma perda para Portugal e para a literatura portuguesa, dizem todos, do presidente da República ao primeiro-ministro.
O Presidente da República, Cavaco Silva, recordou José Saramago como um "escritor de projecção mundial", sublinhando que "será sempre uma figura de referência" da cultura nacional.
"Em nome dos Portugueses e em meu nome pessoal, presto homenagem à memória de José Saramago, cuja vasta obra literária deve ser lida e conhecida pelas gerações futuras", sublinha o Presidente, endereçando condolências à família do escritor.
O primeiro-ministro, José Sócrates, também prestou a sua homenagem ao escritor, considerando-o "um dos grandes vultos" da cultura, e manifestando o orgulho do país na sua obra.
"Recebi a notícia da morte de José Saramago com muito pesar. Entendo que é uma perda para a cultura portuguesa e o meu dever, neste momento, é endereçar palavras de coragem e de condolências", disse.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, foi dos primeiros a reagir. "Foi com profunda consternação e pesar que recebi a notícia da morte do escritor José Saramago, um dos vultos mais destacados da cultura portuguesa contemporânea. Nobel da Literatura em 1998, José Saramago deixa uma obra literária intemporal. Com o seu desaparecimento, Portugal fica mais pobre", afirmou.

Grande perda para o mundo da cultura

A morte de José Saramago é uma "grande perda para o mundo da cultura", afirmou o presidente do Governo das Canárias, arquipélago espanhol onde o escritor faleceu.
Paulino Rivero, que se afirmou muito surpreendido pela notícia da morte considerou-a uma notícia "absolutamente inesperada" pela forma como ocorreu. "Não tinha conhecimento que estivesse mal de saúde. Em qualquer caso quero expressar a solidariedade do Governo das Canárias com a sua família", afirmou.
O presidente da câmara de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón, enviou um telegrama de condolências à família de José Saramago, um escritor "único" cujo desaparecimento deixa "um enorme vazio".
No telegrama, Gallardón expressa "enorme pesar pela triste notícia" do falecimento do escritor português, afirmando que a sua obra "abriu os olhos a uma nova dimensão narrativa, desgarrada, íntegra e lúcida".

Referência luminosa

O presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, também se manifestou. "Perdemos não apenas o maior escritor português, mas uma referência luminosa de dignidade e grandeza à escala universal", disse, emocionado. As palavras do presidente foram sentidas. "Era o meu melhor amigo, porventura".
A escritora Lídia Jorge lamentou a morte de José Saramago, definindo-o como "um escritor genial" e também "um exemplo de coragem, pela sua coerência".
"Apesar de tudo acho que morreu feliz porque escreveu até ao fim da vida, entregando-se sempre com a mesma coragem ao ofício que escolheu, e acreditando piamente nas suas convicções", afirmou Lídia Jorge.
O reitor da Universidade Aberta, Carlos Reis, lamentou também a morte do escritor. "Obriga-nos ao lugar comum e o lugar comum é este: é um escritor que mudou a literatura portuguesa e é um escritor que pôs a literatura portuguesa na cena internacional", disse.

Figura indiscutivelmente maior

Também o escritor Mário Cláudio considerou Saramago "uma figura indiscutivelmente maior das nossas letras", classificando o seu desaparecimento como "triste e inesperado".
O escritor portuense afirmou que "Saramago vai durar o que durar a literatura portuguesa", e não deixou de relembrar a contribuição do escritor para a literatura portuguesa, afirmando que apesar da morte, "permanece o génio de Saramago".
O presidente da Fundação do Centro Cultural de Belém (CCB) António Mega Ferreira, considerou que a morte de José Saramago é uma "perda muito grande para a literatura portuguesa".
O encenador João Brites mostrou-se "abalado" com a morte do escritor José Saramago por o considerar uma "referência como homem, um cidadão lúcido, firme e capaz de provocar o nosso pensamento". Considerou que Saramago era um homem que "provocava a rotina" dos portugueses por ser "no sentido literário, artista maior".
A tradutora Margaret Jull Costa recebeu, com surpresa, a notícia da morte do escrito e manifestou-se "triste e privilegiada" por ter traduzido os livros do Prémio Nobel da Literatura 1998.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, também já reagiu à notícia da morte do escritor. "O desaparecimento de José Saramago representa uma perda para a Cultura portuguesa. O prémio Nobel da Literatura enche o país de orgulho e deu um contributo para o prestígio da língua portuguesa, não só em Portugal mas à escala universal".
"Desejo prestar à sua memória a homenagem que lhe é totalmente devida, em meu nome e em nome do Governo", concluiu.

Escritor marcante da segunda metade do século 20

A ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima considera José Saramago "um escritor marcante da segunda metade do século 20" e que conseguiu "um lugar muito particular na literatura portuguesa".
O presidente do Governo das Canárias, Paulino Rivero, considerou a notícia "absolutamente inesperada" pela forma como ocorreu. Acrescentou ainda que esta morte "significa uma grande perda para o mundo da cultura no arquipélago e no resto do mundo".
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, lembrou José Saramago como "um escritor sempre insubmisso" no estilo e nas causas que defendeu e um homem que "combateu a cegueira social".
Também José Eduardo Agualusa deixou a sua mensagem, ""foi muito importante para toda a literatura de Língua Portuguesa", pois a atribuição do Prémio Nobel "mudou a forma como a nossa língua passou a ser percebida em todo o mundo", declarou o escritor angolano.
O fadista Carlos de Carmo, que deu voz a poemas de José Saramago, afirmou que se sente "profundamente consternado", recordando o escritor como "uma pessoa de quem gosto genuinamente, e sinto-me profundamente consternado". "Estou bem mais pobre com a perda deste querido amigo", concluiu o fadista.
O ex-ministro Manuel Maria Carrilho recorda também o escritor, "era um homem controverso, como todas as grandes personalidades, mas cultivava uma proximidade discreta e secreta com Portugal".
O coordenador do grupo “Mais Saramago”, José Miguel Noras, afirmou que "a perda e a consternação são totais", mas sublinhou que "só morre quem não vence o esquecimento".
"Estamos muito magoados agora, muito tristes, mas Saramago continua a existir como o gigante que é da nossa cultura, da nossa literatura. É uma referência para nós", referiu José Miguel Noras.
A morte de José Saramago é "um momento de grande pesar e de grande perda para a literatura e a cultura portuguesa", considerou o escritor José Luís Peixoto. "Ele tem lugar assegurado nos grandes nomes da literatura de sempre", avaliou o escritor.
O escritor espanhol e Prémio Cervantes Juan Marsé recordou que sempre o uniram a José Saramago "bastantes ideias sobre a situação política e social". Lamentando a morte do Prémio Nobel, cuja notícia do falecimento o surpreendeu, Marsé destacou a faceta de "grande narrador" de Saramago.
A Academia Brasileira de Letras está de luto pela morte de José Saramago, afirmou Marcos Vilaça, membro da academia.
"É uma grande perda para a língua portuguesa. Estamos todos muito entristecidos. A Academia está enlutada", assinalou. Marcos Vilaça lamentou que José Saramago, eleito em Julho de 2009 sócio correspondente da ABL, não tivesse tomado posse.
A agente literária de José Saramago na Alemanha, Nicole Witt, lamenta a morte do escritor português, aos 87 anos, que tinha visitado ainda na semana passada em casa, considerando-a "uma grande perda pessoal, mas também para toda a humanidade".
A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, manifestou pesar pela morte de Saramago, destacando que a obra do Nobel da Literatura português fica marcada pela "liberdade de pensamento".
"Foi um homem que afirmou a sua criação literária através da liberdade de pensamento", destacou a governante, que se encontra em Sintra a participar numa reunião de ministros da cultura da Comunidade de Países de Língua Portuguesa

“Merece homenagem de luto nacional”

O secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, manifestou hoje "profundo pesar e enorme mágoa" pela morte de José Saramago, militante comunista desde 1969, e considerou que o escritor "merece a homenagem" do luto nacional.
Os reis Juan Carlos e Sofia, de Espanha, enviaram a Pilar del Rio, viúva de José Saramago, uma mensagem de pesar pela morte do escritor português, cujo corpo está em capela ardente em Tias, no arquipélago espanhol das Canárias.
Na mensagem, os reis classificam o Nobel da Literatura português como "um extraordinário escritor" que sempre esteve "profundamente vinculado a Espanha".
Numa declaração na sede do PCP em Lisboa, o líder comunista salientou que a morte de Saramago, hoje, aos 87 anos, "constitui uma perda irreparável para Portugal, para o povo português, para a cultura portuguesa".
O Partido Socialista Operário Espanhol manifestou hoje a sua mais "sincera e profunda tristeza" pela morte de José Saramago que classificou como uma "referência" para a família socialista, destacando as suas convicções e a defesa constante dos mais desfavorecidos.
Em comunicado, a direcção dos socialistas espanhóis recalcou que Saramago foi "um escritor único" tendo-se destacado pela sua "capacidade crítica e utópica, valores que transcendem a sua literatura".
A ministra da Educação disse ser uma "honra para Portugal ter um autor como José Saramago", que "em todo o mundo é conhecido, apreciado, estudado", considerando que a obra do escritor, hoje falecido, continuará sempre a ser lida.
A selecção de futebol de Portugal lamentou a morte do escritor português José Saramago, considerado "um dos grandes rostos da cultura lusa" por jogadores, técnicos e restante "staff" presentes no Mundial2010, na África do Sul.
Gilberto Madail, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sublinhou que o prémio Nobel da Literatura em 1998 "engrandecia o país e levou o nome de Portugal a vários pontos do Mundo".

Prémios e outras distinções de José Saramago



Das distinções que José Saramago mereceu, sem dúvida que a mais significativa foi o Prémio Nobel da Literatura, em 1998.
Mas foram muitas mais as formas de reconhecimento da sua obra, em Portugal e no estrangeiro.

Portugal - Prémio da Associação de Críticos Portugueses; Prémio Cidade de Lisboa; Prémio Município de Lisboa; Prémio PEN Clube Português (por duas vezes); Prémio Literário Município de Lisboa, Prémio da Crítica; Prémio Dom Dinis, da Fundação Casa de Mateus; Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores; Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores; Grande Prémio de Teatro, da Associação Portuguesa de Escritores; Prémio Consagração, da Sociedade Portuguesa de Autores; Prémio Luís de Camões.

Itália - Prémio Grinzane-Cavour (Alba); Prémio Internacional Ennio Flaiano (Pescara); Prémio Brancati (Zafferana); Prémio Internacional Mondello (Palermo); Prémio Scanno-Universidade Gabriele d'Annunzio (Chieti); Prémio Penne-Mosca (Penne).

Inglaterra - Prémio The Independent de Ficção Estrangeira (Londres).

Espanha - Prémio Rosalía de Castro (Vigo); Prémio Europeu de Comunicação Jordi Xifra Heras (Gerona); Prémio Canárias Internacional, 2001).

Foram ainda atribuídas a José Saramago as seguintes distinções honoríficas:

Portugal - Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada; Grande Colar da Ordem Militar de Santiago de Espada.

França - Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras; Oficial da Legião de Honra.

Espanha - Grã-Cruz da Ordem «Ilhas Canárias».

Equador - Medalha Guayasamin-UNESCO; Medalha Rumiñahui; Grã-Cruz ao Mérito Cultural e Literário do Congresso Nacional; Grã-Cruz ao Mérito Educativo e Cultural «Juan Montalvo».

México - Medalha Isidro Fabela da Faculdade de Direito da UNAM.

José Saramago é doutor “honoris causa” pelas Universidades de Turim (Itália), Sevilha (espanha), de Manchester (Reino Unido), de Castilla-La Mancha (Espanha), de Brasília (Brasil), de Évora (Portugal), de Rio Grande do Sul (Brasil), de Minas Gerais (Brasil), de Las Palmas de Gran Canaria (Espanha), Politécnica de Valência (Espanha), Fluminense (Brasil), de Nottingham (Reino Unido), de Santa Catarina (Brasil), Michel de Montaigne – Bordéus (França), de Massachussets, Dartmouth (Estados Unidos da América), de Salamanca (Espanha), de Santiago (Chile), de la República del Uruguay (Uruguai), de Roma Tre (Itália), de Granada (Espanha), Carlos III (Espanha), Universitá per Stranieri di Siena (Itália), de Alberta (Canadá), Autónoma do Estado de México Toluca (México), de Tabasco (México), de Buenos Aires (Argentina), Charles-de-Gaulle – Lille 3 (França), de Alicante (Espanha), de Coimbra (Portugal), Autónoma de Madrid (Espanha), de El Salvador (São Salvador), Nacional (Heredia - Costa Rica), de Estocolmo (Suécia), Nacional de Irlanda (Dublin).

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