domingo, julho 04, 2010

Número de menores que se prostituem tem diminuído em Portugal



Mas estatística pode ser enganadora

No ano passado foram sinalizadas 12 menores que se prostituíam em Portugal. Os números têm vindo a descer, mas a estatística pode ser enganadora: o Instituto de Apoio à Criança (IAC) teme que o crime esteja agora escondido em pensões ou hotéis de luxo.


Nas rondas semanais que a carrinha do IAC faz pela cidade de Lisboa, os técnicos raramente se deparam com menores a prostituírem-se. Dizem que, desde o escândalo Casa Pia, este crime quase “desapareceu das ruas”. “Desde 2007, as equipas depararam-se com uma diminuição de casos. O processo da Casa Pia despertou muitas consciências. Se nos deixou mais alerta e denunciamos mais, também alertou o lado mais obscuro e fê-los pensar que têm de se precaver”, disse à agência Lusa a responsável pela Equipa da Área das Crianças em Contexto de Rua, do IAC, Paula Paço.
De acordo com o último relatório da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, divulgado no mês passado, em 2009 foram sinalizados 12 menores a prostituírem-se em todo o país, entre os quais um menino e três meninas entre os 11 e os 14 anos e sete jovens (três rapazes e quatro raparigas) com 15 ou mais anos.
Só na zona de Lisboa, o IAC confirmou no ano passado a existência de cinco casos. Em 2008, entre giros e denúncias, acabaram por detectar outros dez.
Os números da Polícia Judiciária não andam muito longe: no ano passado foram abertos seis inquéritos de recurso à prostituição de menores e 17 de lenocínio de menores, revelou à Lusa a responsável daquela polícia Alexandra André. Mas a diminuição de casos apontada pela estatística pode não reflectir a realidade, alerta Paula Paço. “Eu acredito que ainda há crianças e jovens que estão a ser utilizados por pessoas menos escrupulosas para os fins mais perversos, mas as coisas estão muito camufladas”, explica.
A responsável lembra relatos de jovens que revelam que os encontros ocorrem em pensões, sobretudo da baixa lisboeta, sendo marcados muitas vezes de forma “discreta” através de telemóveis ou da Internet. “Não é visível aos nossos olhos mas não quer dizer que não existam”, resume.
Nas rondas, as equipas do IAC encontram “um pouquinho de tudo”. “Jovens que tinham um historial de abuso já muito longo e acabaram por enveredar pela prostituição” e outros que começaram porque precisavam de dinheiro e os amigos lhes disseram “anda lá, esqueces logo a seguir e ganhas bem”, recorda.
O problema é que a capacidade de intervenção do IAC é, muitas vezes, quase nula. “Quando são menores que avistam a carrinha acabam por fugir”, lamenta Paula Paço. “Se conseguirmos chegar à fala com eles e estar alguns minutos é pura sorte. Porque são jovens que estão normalmente altamente vigiados. Já procurámos intervir mas somos logo afastados”, acrescenta.
Mas as equipas nunca desistem, mesmo quando a sua vida corre risco, como aconteceu uma vez no Parque Eduardo VII quando os técnicos do IAC pararam para falar com umas jovens e foram interceptados por três homens, que, com o seu carro, bloquearam a carrinha do instituto.

Auchan diz que crise ajudou as vendas dos hipermercados



Américo Ribeiro, director-geral da Auchan, não tem planos para novas aberturas de supermercados, e é nos 21 hipermercados Jumbo que encontra a melhor "alternativa à crise".


"A recessão veio ajudar este formato pela capacidade de dar alternativas ao cliente. Só o hiper consegue ter debaixo do mesmo tecto soluções para todos os poderes de compra", justifica. A proximidade é cada vez mais valorizada pelo consumidor, mas Américo Ribeiro acredita que as unidades Pão de Açúcar (das dez actuais, oito são novas, duas estão em renovação) são suficientes para responder à procura.
Em 2009 o grupo anunciara uma previsão de aberturas de 30 a 35 supermercados para os próximos anos. Agora, optou por reforçar a atenção nos hipermercados e segue o caminho contrário ao de outras cadeias de distribuição como, a Jerónimo Martins, que preferiu apostar no supermercado e deixar para trás as lojas com mais de dois mil metros quadrados de dimensão da insígnia Feira Nova. Entre 2008 e 2009, o número de supermercados Pingo Doce aumentou 18 por cento, a maior subida neste segmento (dados Nielsen).
Américo Ribeiro, que começou a trabalhar no Auchan como chefe de secção há 20 anos (tem hoje 48 anos), acredita que comprar "no mesmo sítio e numa só deslocação é uma vantagem". Contesta, assim, o mito do supermercado, cujo formato também é o que mais domina a lista das autorizações concedidas pela Direcção-Geral das Actividades Económicas para a instalação de estabelecimentos de comércio.
Do total de 151 autorizações, 23 são do retalho alimentar, e nenhuma destas contempla lojas com mais de 2000 metros quadrados. Entre as duas dezenas de lojas, está um Pão de Açúcar em Condeixa-a-Velha. De acordo com a Nielsen, em 2009 foram emitidas 196 autorizações para supermercados, e apenas 16 para hipermercados.
Só com lojas de grande dimensão, defende Américo Ribeiro, é possível criar corredores distintos como o self discount (zona exclusiva para produtos de marca própria, mais baratos). Já este ano o grupo francês transformou um hiper convencional de nove mil metros quadrados no maior hipermercado hard discount em França, estreando no mercado a insígnia Priba. Se a experiência correr bem, a empresa poderá reconverter outros hipermercadoss com menor rentabilidade, noticiou o diário francês Le Figaro.
Por cá, os planos de novas superfícies de maior dimensão incluem Coina (2010) e Portimão (2011); em carteira estão remodelações para continuar a cativar clientes. O investimento estimado para este ano é de 20 milhões de euros, não incluindo o hipermercado no Algarve. "O ano passado abrimos em Guimarães e Amadora", diz Américo Ribeiro. A abertura de novos estabelecimentos está dependente da construção de centros comerciais onde os hipermercados são lojas-âncora, ou seja, focos de atractividade de clientes. Segundo a Associação Portuguesa de Centros Comerciais até 2011 estão previstos seis novos shoppings (um é outlet), com um total de área bruta locável de 228.699 metros quadrados. Um ritmo de crescimento mais moderado, depois do boom na década de 90.
A nível internacional, os hipermercados pesam 80 por cento nas receitas totais do grupo Auchan que também tem negócios no sector imobiliário (centros comerciais) e banca (Accord). Em 2009, a facturação das cadeias de grande formato aumentou 0,9 por cento para os 31.700 milhões de euros graças às aberturas concretizadas nos últimos dois anos (cerca de 100). Contudo, na região da Europa Ocidental as vendas dos hipers recuaram - em França caíram 3,5 por cento.
Já os 739 supermercados que o grupo tem em cinco países não conseguiram resistir às quebras generalizadas no consumo e viram baixar a facturação 3,2 por cento, para os 6600 milhões. Os sinais de retoma sentidos no final do ano passado não conseguiram travar o impacto nas vendas, que só atingiram bons resultados na Polónia e na Rússia. Em Portugal, a Auchan registou um volume de negócios de 1364 milhões de euros, mais cinco por cento do que em 2008, o que equivale a 3,4 por cento do total do grupo.
O bom comportamento dos hipermercados num contexto de recessão leva a cadeia retalhista francesa a acreditar que o formato ainda não morreu. Mas, para sobreviver, o sector da grande distribuição tem de diversificar serviços. Os analistas apontam o exemplo da britânica Tesco que juntou ao retalho tradicional o crédito ao consumo, serviços financeiros, telecomunicações ou até aluguer de viaturas.

Rangel exige pedido de desculpas de Sócrates e da comissão para as comemorações da República



Paulo Rangel não se conforma com o facto de os deputados europeus eleitos pelo PSD, PCP e BE (pelo menos) não terem recebido convites para a sessão comemorativa do 25.º aniversário do tratado de adesão de Portugal e Espanha às comunidades europeias e enviou ontem uma carta ao gabinete do primeiro-ministro onde exige um pedido de desculpas institucional.


Foi o culminar de uma azeda troca de correspondência entre o eurodeputado do PSD, o gabinete do primeiro-ministro e a Comissão para as Comemorações do Centenário da República, entidade organizadora do evento que decorreu a 12 de Junho no Mosteiro dos Jerónimos, com a presença dos presidentes da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek. À excepção da socialista Edite Estrela, nenhum eurodeputado português esteve presente, assim como não estiveram os presidentes do PSD e do CDS, também por falta de convites.
"Alguém achará razoável e crível esta tese de que dezenas de titulares de órgãos políticos faltaram a tal evento, sem qualquer justificação ou mensagem, apesar de terem sido efectivamente convidados?", questiona Rangel em carta a José Sócrates.
A tese a que se refere é a da carta do presidente da comissão organizadora, onde Artur Santos Silva afirma terem sido enviados convites aos eurodeputados em 25 e 26 de Maio, e onde se mostra surpreendido que, "dada a importância do evento, se registassem significativas vagas na audiência prevista". "Não posso deixar de admitir que o convite tenha merecido menor atenção por parte dos destinatários que eventualmente o tenham recebido pela circunstância de não assumir a forma de carta personalizada", acrescenta o presidente da comissão.
Ao transmitir a Rangel esta justificação, o chefe de gabinete do primeiro-ministro limita-se a reafirmar que a comissão efectuou a "oportuna remessa de convites" e que os representantes em Lisboa da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu foram informados" desse envio.
Em resposta, Rangel considera que a carta "põe veladamente em causa" as declarações dos eurodeputados do PSD, "corroboradas por quase todos os outros eurodeputados e por um conjunto relevantíssimo de outras personalidades". E acaba a lamentar que nesta troca de correspondência não tenha havido sequer "um simples pedido institucional de desculpas, que seria decerto bastante para encerrar este lamentável caso".

Cristiano Ronaldo anuncia ter sido pai de um rapaz



Revelação feita nas redes sociais oficias do jogador

Cristiano Ronaldo anunciou hoje nas suas páginas oficiais nas redes sociais Facebook e Twitter ter sido pai de um rapaz.
Ronaldo publicou um comunicado à uma hora da madrugada em que afirma que “é com grande alegria e emoção” que informa que se tornou “recentemente pai de um rapaz”.
As páginas das redes sociais de Cristiano Ronaldo têm sido, desde há três semanas, fontes oficiais de mensagens do futebolista do Real Madrid e estão certificadas oficialmente pelo jogador.
“Acordei com a mãe, que quer manter a sua identidade confidencial, que ficarei com a custódia exclusiva da criança. Não serão reveladas mais informações sobre este assunto e peço a toda a gente que respeite integralmente o direito à minha privacidade e à da criança, visto tratar-se de um assunto pessoal”, afirma Cristiano Ronaldo no comunicado revelado nas redes sociais
A revelação do jogador foi citada de imediato pelos grandes órgãos de informação sociais de todo o mundo nos seus sítios da Internet e, pouco tempo depois, já tinha mais de quatro mil comentários no Facebook.

Cientistas estudam alterações climáticas no Ártico



Regressam a Xangai a 23 de Setembro

Uma equipa de 122 cientistas, na sua maioria chineses, parte no dia 1 de Julho para o Pólo Norte com o objectivo de estudar as alterações na superfície do gelo e o efeito destas no meio ambiente.


A expedição vai durar 85 dias será apoiada por um helicóptero, uma estação de observação e um robot submarino. Entre os cientistas encontram-se sete especialistas internacionais, dos Estados Unidos, de França, Finlândia, Coreia do Sul e um de Taiwan. O grupo deverá regressar a Xangai no dia 23 de Setembro.

Passos Coelho: Défice a 3 por cento



O líder do PSD, Passos Coelho, considerou ontem ser “possível” atingir a meta anunciada pelo Governo de reduzir o défice para três por cento antes de 2013.

Utilizadores com saldos nas Scut



Portagens: PSD à espera de proposta concreta do Governo

O PSD está à espera de que o Governo concretize o que já terá sugerido discretamente: um sistema de descontos para automobilistas frequentes das três auto--estradas sem custos para o utilizador (Scut) que deverão ser portajadas a partir de 1 de Agosto. Depois de resolvida a questão do ‘como’ pagar as Scut, trata-se agora de arranjar uma solução consensual para o ‘quem é que vai pagar’.


O Governo recusa, para já, confirmar este novo modelo de discriminação positiva, o que não é de estranhar, tendo em conta as ideias já sugeridas, e esquecidas, para convencer o PSD. Com efeito, Sócrates já sugeriu isenções para os residentes (23 de Junho), o secretário de Estado das Obras Públicas avançou com o critério do poder de compra concelhio (29 de Junho) e, neste fim-de-semana, o governo terá proposto um sistema de descontos, em substituição de isenções.
O conceito de descontos mensais já é usado na ponte 25 de Abril, à entrada em Lisboa, aplicado a quem tem Via Card ou mesmo a Via Verde. Nestes casos, os descontos variam entre os 10% (entre 1 e 12 passagens) e o gratuito, para quem cruze a ponte mais de 71 vezes.
A ser aplicado, este princípio beneficiaria os utilizadores frequentes, por um lado, e garantiria as receitas, de que nenhum dos dois maiores partidos pretende abdicar. De qualquer forma, o PS e o PSD asseguraram, no projecto acordado para enquadrar o chip, que o Dispositivo Electrónico de Matrícula (DEM) permite acolher um sistema de isenções ou descontos.
O socialista Vítor Baptista, que sempre defendeu portagens nas Scut face à crise, deixou ontem o alerta de que "aos custos políticos" se acrescenta o arrecadar de receitas. E só admite tratamentos diferenciados nos casos em que as auto-estradas sem custos foram feitas em cima de outras vias. Pedro Passos Coelho, líder do PSD, frisou que espera uma proposta concreta com os custos.

DETALHES

TURISMO

A Associação de Empresas Turísticas Portuguesas considera que a introdução de portagens nas Scut pode retirar competitividade à economia portuguesa, por condicionar a circulação rodoviária dentro do País.

ALGARVE

Jerónimo de Sousa afirmou que o PCP "está presente no protesto contra as portagens atabalhoadas no País e no Algarve" e defendeu que a Estrada Nacional 125 não é "uma alternativa que garanta com eficiência a segurança".

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...