domingo, julho 04, 2010

Rangel exige pedido de desculpas de Sócrates e da comissão para as comemorações da República



Paulo Rangel não se conforma com o facto de os deputados europeus eleitos pelo PSD, PCP e BE (pelo menos) não terem recebido convites para a sessão comemorativa do 25.º aniversário do tratado de adesão de Portugal e Espanha às comunidades europeias e enviou ontem uma carta ao gabinete do primeiro-ministro onde exige um pedido de desculpas institucional.


Foi o culminar de uma azeda troca de correspondência entre o eurodeputado do PSD, o gabinete do primeiro-ministro e a Comissão para as Comemorações do Centenário da República, entidade organizadora do evento que decorreu a 12 de Junho no Mosteiro dos Jerónimos, com a presença dos presidentes da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek. À excepção da socialista Edite Estrela, nenhum eurodeputado português esteve presente, assim como não estiveram os presidentes do PSD e do CDS, também por falta de convites.
"Alguém achará razoável e crível esta tese de que dezenas de titulares de órgãos políticos faltaram a tal evento, sem qualquer justificação ou mensagem, apesar de terem sido efectivamente convidados?", questiona Rangel em carta a José Sócrates.
A tese a que se refere é a da carta do presidente da comissão organizadora, onde Artur Santos Silva afirma terem sido enviados convites aos eurodeputados em 25 e 26 de Maio, e onde se mostra surpreendido que, "dada a importância do evento, se registassem significativas vagas na audiência prevista". "Não posso deixar de admitir que o convite tenha merecido menor atenção por parte dos destinatários que eventualmente o tenham recebido pela circunstância de não assumir a forma de carta personalizada", acrescenta o presidente da comissão.
Ao transmitir a Rangel esta justificação, o chefe de gabinete do primeiro-ministro limita-se a reafirmar que a comissão efectuou a "oportuna remessa de convites" e que os representantes em Lisboa da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu foram informados" desse envio.
Em resposta, Rangel considera que a carta "põe veladamente em causa" as declarações dos eurodeputados do PSD, "corroboradas por quase todos os outros eurodeputados e por um conjunto relevantíssimo de outras personalidades". E acaba a lamentar que nesta troca de correspondência não tenha havido sequer "um simples pedido institucional de desculpas, que seria decerto bastante para encerrar este lamentável caso".

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