quinta-feira, julho 22, 2010

Brisa introduz sistema de pagamento de portagens semi-automático



A Brisa anunciou que está a introduzir na sua rede um sistema de pagamento de portagens semi-automático, o Via Manual. O sindicato diz que este processo poderá colocar em risco 1.200 postos de trabalho.
"O acto de pagamento através da Via Manual será igual ao dos parques de estacionamento, realizado através de um equipamento embutido na cabine de portagem, onde o cliente controla toda a operação, sempre apoiado por indicadores luminosos", refere a Brisa em comunicado.
A concessionária de auto-estradas diz que o "automobilista poderá recorrer a todos os métodos habituais de pagamento, como cartão bancário, moedas, notas e Via Verde".
A empresa salienta a introdução deste sistema de cobrança de portagens é "complementar à acção dos operadores de portagem" e vai permitir um "aumento da capacidade de serviço e operacional".
Em declarações à Agência Lusa, fonte oficial da Brisa disse que "a introdução do novo sistema de pagamento não se traduz directamente na substituição de operadores por máquinas, mas, como todos os processos de modernização tecnológica, também tem implicações ao nível dos recursos humanos".
A mesma fonte afirmou ainda tratar-se de "um processo gradual", pelo que "é possível medir de imediato todos os seus efeitos".
A Brisa afirma ainda que toda a operação "poderá ser apoiada remotamente" pelas equipas de operadores que "controlarão as transacções através de câmaras de videovigilância".
O Via Manual foi introduzido na rede Brisa (A17 - Auto-estrada do Litoral Centro), em 2008, e na rede Atlântico (A15 - Auto-estrada Caldas da Rainha/Santarém), no início deste ano.

Postos de trabalho ameaçados

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) já contestou a introdução do sistema de pagamento de portagens semi-automático na rede da Brisa, alertando que poderá colocar em risco 1.200 postos de trabalho.
Em declarações à Lusa, o dirigente do CESP António Vieira disse que a "substituição de portageiros por máquinas automáticas" vai originar rescisões, dispensa de trabalhadores precários e o fim do recurso ao trabalho temporário.
"Quando este processo estiver completo, ou seja, quando todos os portageiros forem substituídos por máquinas automáticas, serão abrangidos cerca de 1.200 trabalhadores na Brisa", disse o dirigente sindical.
António Vieira disse ainda que este sistema de cobrança automática poderá estender-se a outras concessionárias de auto-estradas, como a Autoestradas do Atlântico, onde a Brisa tem uma participação de 50%.
O CESP representa 900 trabalhadores da Brisa.

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