quarta-feira, julho 28, 2010

Portugal e Brasil apostam em canal comum de televisão



Portugal e o Brasil lançaram ontem em Lisboa as raízes de um canal de televisão que deverá ser gerido em parceria pelos dois países através das suas empresas públicas de Comunicação Social, mas aberto aos restantes países de língua portuguesa.
"Temos uma grande ambição: a de contribuir, assim, para a valorização internacional da língua portuguesa, incrementar o conhecimento das culturas, das realidades locais e também das próprias posições estratégicas que os países podem desempenhar no plano internacional", adiantou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, após a assinatura do acordo de cooperação.
Questionado pelo JN sobre o financiamento do projecto, Lacão admitiu que o modelo de negócio está por definir, realçando, no entanto, o "forte impulso político" de ambos os governos e dos respectivos canais públicos "para levar para a frente este projecto".
"Os aspectos técnicos, de financiamento, de grelhas de programação, de formas de parceria concretas vão ser detalhadamente estudados. Mas o que resulta de hoje é que há um forte impulso político dos dois Governos e também das instituições de serviço público para levar à frente este projecto", sublinhou.
O documento assinado entre os representantes dos dois Governos frisa que a cooperação entre os países permitirá "avaliar as possibilidades de criação, em parceria multilateral (...) de um canal de televisão, destinado a ampla difusão internacional e dirigido "à difusão, valorização e afirmação da língua portuguesa no mundo". Há 250 milhões de falantes da língua portuguesa espalhados pelo globo.
A primeira fase vai começar já com um estudo desenvolvido por um grupo de trabalho bi-lateral durante os próximos 30 dias.

Intercâmbio no audiovisual

A cooperação entre a Empresa Brasil de Comunicação e a RTP abrange, ainda, áreas que vão do intercâmbio de programas e outras obras audiovisuais, realização de co-produções, apoio à produção de obras cinematográficas e audiovisuais, formação profissional, ao intercâmbio profissional e técnico. O acordo entre as duas estações públicas prevê encontros regulares entre as respectivas administrações e entre técnicos responsáveis pelas áreas abrangidas.
Segundo disse Guilherme costa, presidente do Conselho de Administração da RTP, a opção prende-se com a importância da língua portuguesa no mercado mundial. "O Brasil e todos os países de língua portuguesa são uma realidade económica e cultural de enorme significado actual".

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