domingo, outubro 24, 2010

Anónimo devolve carteira recheada



M. Canaveses: Emigrante na suíça trazia oito mil francos (5900 euros)

"Tive muita sorte. Perder este dinheiro implicava não poder pagar a prestação da casa e nem sequer oferecer uma prenda de Natal aos meus filhos. Graças a Deus recuperei-o. Ainda há gente séria neste país". As palavras são de um emigrante, que ontem recuperou oito mil francos suíços (cerca de 5900 euros), perdidos anteontem na estação de Campanhã, no Porto, momentos antes de apanhar um comboio para casa, em Marco de Canaveses. Para evitar outros azares, o dinheiro foi imediatamente depositado num banco.

Ontem à tarde, ao levantar o dinheiro no gabinete de apoio ao cliente da estação de Campanhã, o homem quis saber quem era a pessoa que tinha entregue a carteira com o dinheiro, para lhe dar uma recompensa, mas apenas lhe foi dito que os 8000 francos foram encontrados no 8º balcão. "Bem queria agradecer a quem mostrou seriedade, mas ninguém da CP me soube dizer quem era a pessoa. Também quis deixar uma gorjeta para os empregados da CP, mas eles recusaram", disse ao CM o emigrante.
Durante os últimos seis meses que esteve sozinho na Suíça, o homem amealhou a quantia que transportava no regresso a casa. Quando chegou de táxi à estação de Cête, em Paredes, deu pela falta da carteira e alertou imediatamente as autoridades. Pouco depois foi informado de que alguém tinha encontrado a carteira em Campanhã e devolvido o dinheiro. "Foi um alívio enorme. Estava a ver a minha vida a andar para trás", disse ontem o emigrante.

CANSAÇO EXPLICA DISTRACÇÃO

A ansiedade de ver a família e o cansaço de uma viagem de 2000 quilómetros são as explicações encontradas pelo emigrante para ter perdido a carteira. O homem viajou de Zurique, na Suíça, até ao Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, onde apanhou depois o metro até ao centro da cidade. Regressou a casa de comboio e terá sido na estação de Campanhã que deixou cair a carteira.
Ao CM, o homem aceitou contar a história, mas pediu para não ser fotografado nem identificado. Tem receio de que alguém saiba que possui uma quantia elevada e que venha ainda a sofrer outros contratempos. "Nos seis meses que estive na Suíça, tudo aquilo que podia ia amealhando. Morava numa casa da obra e tinha alimentação gratuita. Guardava o dinheiro para o trazer comigo", diz o trabalhador, que agora garante que irá recorrer ao banco para evitar percalços. Também a mulher, refeita do susto, garante que irão ter mais cuidado.

Novas Oportunidades permite subida de salários



Avaliação externa revela que apenas 32% confirmaram aspectos positivos da formação no seu emprego

Apenas 32% dos inscritos no ensino através das Novas Oportunidades afirmaram que esse facto "teve já algum impacto positivo na sua vida profissional". Dez por cento dos interrogados disseram que hoje ganham melhor graças à iniciativa que entregou certificados a 3 724 55 dos 1,088 milhões inscritos.

Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação, congratula-se com estas conclusões obtidas pela avaliação externa realizada pelo Centro de Estudos da Universidade Católica Portuguesa.
"Com o País numa situação de contenção e reduções de salários na Função Pública, haver 10% que obtiveram aumentos de salário é positivo", referiu, acrescentando que apenas 32% referiram aspectos positivos por responderem logo após o fim do curso.

Governo e PSD deram início à segunda ronda negocial



OE2011

As equipas do Governo e do PSD que estão a negociar o Orçamento do Estado para 2011 iniciaram hoje, com cerca de 15 minutos de atraso, na Assembleia da República, a segunda ronda de conversações.

Tal como aconteceu no sábado, nem a delegação do Governo, liderada pelo ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, nem a do PSD, chefiada por Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, prestaram declarações aos jornalistas.
Fonte social democrata referiu à agência Lusa que esta segunda ronda negocial incidirá sobre a análise das informações adicionais sobre despesa pública requeridas sábado pelo PSD a Teixeira dos Santos.
No final da reunião de sábado, o ministro de Estado e das Finanças afirmou que solicitara "informação adicional e esclarecimentos" em relação às condições colocadas pelo PSD para viabilizar o Orçamento do Estado para 2011.
"Tive a oportunidade de solicitar informação adicional e esclarecimentos. Foi uma reunião longa, com espírito positivo - e vai ser necessário continuarmos a trabalhar", disse sábado Teixeira dos Santos.

João Proença pede para não haver "mata e esfola"



Entre Governo e PSD

O secretário-geral da UGT, João Proença, apelou este domingo ao Governo e ao PSD, que realizam esta tarde a segunda ronda negocial sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2011, para "não estarem numa de mata e esfola".

"Há muitas questões no Orçamento apresentado pelo Governo que espero que sejam corrigidas, mas também espero que atitudes radicais, que por vezes surgem da parte do PSD, sejam claramente atenuadas e que se encontre um compromisso melhor", disse João Proença à agência Lusa.
O dirigente sindical reconheceu que é importante haver um OE "sob pena de termos perigos maiores", mas frisou que é fundamental que esse Orçamento "responda melhor às preocupações de todos os portugueses e às preocupações de justiça social".
"Um Orçamento também é um instrumento de justiça social. Tem que se combater o défice, mas a justiça social tem de estar sempre inerente", defendeu João Proença.
O sindicalista considerou ainda "inaceitável" as receitas do IRS relativamente a 2010 aumentarem "significativamente" e as receitas do IRC diminuírem, o que classificou como um dos "escândalos" deste Orçamento.
"Há um ataque às deduções em sede de IRS, mas não há ataque idêntico às deduções em sede de IRC", afirmou João Proença, que exigiu ainda um "combate sério à fraude e à fuga fiscal".
Referindo-se à greve geral marcada para 24 de Novembro, o secretário-geral da UGT comentou que o anúncio desta acção "já começa a ter resultados".
"Hoje, quando o Governo e a oposição se sentarem à mesa para discutir o OE, já têm presente a greve geral e o descontentamento dos trabalhadores e políticas que queriam promover já recuaram um bocadinho", sustentou o dirigente sindical, adiantando, no entanto, que isso "não é claramente suficiente".

Grande afluência a hipers no primeiro dia com novos horáros



Lei entrou este domingo em vigor

Os hipermercado estão a partir de hoje abertos ao domingo à tarde e feriados em virtude da nova lei que rege os horários destas superfícies comerciais. Até agora, estes horários sé eram permitidos no período natalício, compreendido entre 1 de Novembro e 31 de Dezembro. O CM fez uma ronda por vários centros comerciais, de Norte a Sul do País, e apurou que a afluência, neste dia de estreia, foi grande.

Os corredores das principais superfícies comerciais encheram-se de famílias carregadas de compras, que juntando o útil ao agradável, aliaram o passeio às compras.
A abertura do Jumbo de Alfragide aos domingos e feriados foi bastante aplaudido pelos clientes. O sentimento era comum: a medida é “muito satisfatória, pois atende às necessidades das famílias”. E, por outro lado, gera emprego e riqueza.
A cliente Ana Maria Alves é mais crítica. E aponta: “Os excessos devem ser evitados, há que saber poupar e gastar, pois os tempos são de crise”.
Cristina Maria Oliveira, operadora da loja de Alfragide há 22 anos, não se sente explorada e realça os benefícios do novo horário para os empregados e clientes. “É bom para nós porque recebemos o subsídio de domingo e para os clientes que têm mais tempo para comprar”. Para ela, hoje está mais gente que o habitual.
No actual contexto económico “qualquer medida que permita a criação de emprego e que gere riqueza para o País, deve ser posta em prática”. Quem o diz é Rui Teixeira, director do hipermercado. O responsável destaca a criação de 400 postos de trabalho e um acréscimo de três a quatro pontos percentuais nas vendas.

'Pesadelo' esteve na Galeria DN



Exposição

Em Julho de 2008, a Galeria DN recebeu a exposição "Pesadelo", de João Silva. Foi a primeira mostra em Portugal do fotógrafo de guerra radicado na África do Sul. Entre as imagens expostas, a de um soldado norte-americano a arrastar um colega ferido no Iraque (aqui na foto), que lhe valeu uma menção honrosa no World Press Photo de 2006.

João Silva pisou mina mas continuou a fotografar



Afeganistão

Fotógrafo português perdeu parte das pernas e ainda não está fora de perigo

O fotógrafo português João Silva, radicado na África do Sul, ficou ontem gravemente ferido depois de ter pisado uma mina, no Sul do Afeganistão. Segundo o porta-voz do The New York Times, jornal para o qual o fotógrafo trabalha actualmente, João Silva perdeu "parte de ambas as pernas", apresentando ainda "danos pélvicos e hemorragias internas". O fotojornalista deve ser transferido ainda hoje para a base norte-americana de Ramstein, na Alemanha.
O fotógrafo de 44 anos acompanhava uma patrulha da 101.ª Divisão Aerotransportada em Arghandab, na província de Kandahar, quando pisou a mina. De acordo com o relato da jornalista Carlotta Gall - contado ao DN pelo porta- -voz Robert Christie -, João Silva "continuou a tirar fotografias após a explosão, enquanto os médicos habilmente aplicaram torniquetes, lhe deram morfina e o levaram em maca para o helicóptero".
Após ter sido levado de emergência para a base em Kandahar, o fotógrafo foi operado e esperava-se que fosse ainda ontem transferido para a base de Bagram, perto de Cabul. Segundo Robert Christie, os médicos estão em contacto com a mulher do fotógrafo, tendo-he indicado que ele "ainda não está livre de perigo, mas é extremamente forte". Vivian, que vive com o marido na África do Sul, deverá voar para a Alemanha na segunda-feira de manhã. A família, contactada pela agência sul-africana SAPA, estava demasiado perturbada para tecer comentários.
"O João é um excelente fotógrafo de guerra, temeroso mas cuidadoso, com um olho incrível", disse Bill Keller, editor executivo do New York Times. "Aguardamos ansiosamente e rezamos pela sua rápida recuperação." Antes de trabalhar no Afeganistão, o fotógrafo de guerra tinha já passado pelo Iraque, pelos Balcãs, por vários países em África e do Médio Oriente, tendo visto as suas fotos distinguidas com vários prémios.
Não há relato de mais feridos no incidente de ontem. Segundo o jornal norte-americano, "um grupo de especialistas em minas e de cães farejadores de bombas tinha já passado sobre a área e encontrava-se vários passos à frente de João Silva quando se deu a explosão". As minas, accionadas remotamente ou através de algum mecanismo de pressão, são a principal arma usada pelos talibãs no Afeganistão, sendo baratas e fáceis de fazer, mas difíceis de detectar. Segundo a AFP, foram responsáveis pela morte da maioria dos 600 militares estrangeiros que, só este ano, já perderam a vida neste país.
Para acompanhar os militares, os jornalistas têm de assinar vários termos de responsabilidade. "Somos nós que temos de garantir a nossa própria vida e ter o nosso próprio equipamento, desde coletes a capacetes. Temos de contratar seguranças privados se quisermos", disse ao DN o jornalista João Francisco Guerreiro, da TSF, que esteve até há dias com os militares portugueses em Cabul. Quanto ao medo, confessa que este é maior quando ainda se está em Portugal. "Depois de chegar, é mais fácil estar mais tranquilo, porque a ameaça é permanente", acrescentou.
O dia de ontem no Afeganistão ficou ainda marcado por um ataque de bombistas suicidas à representação da ONU em Herat. Três guardas ficaram feridos.

Dream On - “Um musical numa viagem ao Sonho” subiu ao palco no Casino Estoril

  O 10º aniversário, da Associação Palco da Tua Arte, foi assinalado com um espectáculo cujo o título foi Dream On – “Um musical...